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Jair Souza Leal _ Artigos de 16 a 20

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16- Experimenta
17 - Comida e sobremesa
18 - Porque não literatura
19 - Os Deportados

20 - Gênesis

 16 - Experimenta

 

            Em recente campanha publicitária, visando promover determinada marca de bebida alcóolica, os publicitários usaram a estratégia de apelar às pessoas para que a experimentem. Na propaganda, todos que experimentam a tal bebida, aprovam; e passam a incentivar outros a fazer o mesmo.

            Sai então, pelas ruas da cidade, uma multidão em procissão, com um copo do líquido na mão, numa frenesi, a recitar o insinuante e persuasivo "experimenta... experimenta... experimenta". Há um momento de tensão; alguém parece estar alheio ao movimento e por isto resiste, mas só até que alguém lhe cochicha aos ouvidos e ele também experimenta. Subentende-se assim que, até os mais durões não conseguem resistir ao ovacionante "experimenta"; e experimentando, inquestionavelmente irá se incorporar à multidão dos zumbis seduzidos.

            Sabemos quem é o público alvo nas campanhas publicitárias das indústrias do vício, bem como as estratégias utilizadas pelos profissionais do marketing para divulgar o produto. Seu público alvo são as nossas crianças e adolescentes. Quanto aos que já são consumidores (forçosamente adultos), dificilmente abandonarão seu vício, trocarão de marca ou consumirão mais do que já o fazem. Quanto aos que não são consumidores, dificilmente passarão a ser por assistir a um comercial de TV. Então, toda investida do marketing, visa alcançar um novo e promissor mercado consumidor, os que estão chegando. São eles quem vão garantir o mercado e lucros futuros; são eles quem são disputados; e são eles mais susceptíveis às sugestões da mídia.

            Quanto aos métodos, obviamente não se pode querer vender um produto danoso ligando-o aos resultados que provoca, as conseqüências que o acompanham. Portanto, ninguém vê as propagandas de bebida coligada com a destruição da família, mortes em acidentes de trânsito - que mata mais do que na guerra, a doenças e hospitais, a ruína profissional, financeira, de relacionamentos familiares e conjugais, a sarjeta.

            Vê gente bonita e famosa festejando, conversando alegremente, despreocupadas, longe de problemas, em ambientes sedutores, fazendo coisas extravagantes, praticando esportes radicais, inseridos em paisagens exuberantes e fazendo forte apelo àqueles que querem curtir a vida com o melhor que ela tem a oferecer.    

            Ao final das propagandas aparecem os invisíveis e quase hilários alertas do tipo: "aprecie com moderação", "quando beber não dirija". Tanto a realidade daqueles que consomem o produto, quanto os alertas, formam uma verdadeira antifonia com a mensagem que foi passada, e indubitavelmente absorvida, visando produzir exatamente o consumo.

            Forçosamente não posso concordar com o produto que é apresentado, não posso admitir o incentivo, pela mídia de massa, de produtos que causam desgraças à sociedade e à vida alheia, ainda mais travestido de oásis no deserto, quando na verdade não passa de uma conveniente e lucrativa miragem.

Entendo porém, que esta é a uma das característica do mundo capitalista em que vivemos, onde o consumismo e o livre arbítrio são o carro chefe. Fico como o advogado que é designado pela justiça para defender um reconhecido assassino, provar sua inocência, pois isto faz parte do direito legal e da ética profissional. Afinal, a publicidade tem sua parcela de culpa por enfeitar a isca tornando-a sedutora e atrativa, mas a decisão de morder esta isca é estritamente pessoal. A influência incentiva mas não obriga, morde quem quer.

Surpreendentemente, devo confessar que concordo com o conteúdo desta propaganda, obviamente conjugando-o com um “produto” diferente, verdadeiro e real. Experimentar é a melhor maneira de se conhecer alguma coisa. O cristianismo evangélico prega isto. Nossas mensagens sobre a pessoa de Jesus é direcionada para o incentivo de que cada pessoa tenha a sua experiência pessoal com Ele; que cada pessoa, individualmente, possa experimentá-lo.

Para nós, cada pessoa que se torna um cristão, o faz por ter tido uma experiência pessoal com Deus. Todos que O experimentam jamais se arrependem, e buscam ajuntar-se àqueles que tiveram experiência semelhante, sentindo-se impelidos a incentivar outros. Esta propaganda é perfeitamente coerente com o espírito cristão.

Esta sempre foi a propaganda que fizemos aos que professem uma religião nominal, hereditária, e que jamais tiveram uma experiência pessoal com Deus; aos que apenas possuem um conhecimento intelectual da pessoa de Deus, uma crença na Sua pessoa baseada em informações de segunda mão.

A bem da verdade, esta é uma propaganda que antecede até mesmo o cristianismo. Nós a encontramos no Antigo Testamento nos seguintes termos: “Provai, e vede que o Senhor é bom” (Salmo 34:8). Nas palavras atuais; “Experimenta, e veja que o Senhor é bom”. Ele é irresistível, extraordinário, incrivelmente bom, mas isto só deixará de ser uma informação para se tornar uma realidade quando você experimentar.

Por Ele sim! Vale a pena ovacionar, individualmente, coletivamente, ou em procissão pelas ruas da cidade, o insinuante e persuasivo; "experimenta... experimenta... experimenta". Ele não decepciona, não é uma miragem, não é uma ilusão, não é um enganador. Jamais irá trazer desgraças a sociedade nem a vida individual. Jamais irá gerar doenças, provocar acidentes, romper relacionamentos, arruinar, fazê-lo perder o emprego, a dignidade. Jamais irá torná-lo agressivo, abusivo, tolo, causador de problemas. Ele faz exatamente o contrário.

Aquilo que o outro produto promete, só Jesus pode cumprir. Razão de viver, felicidade, amizade, dignidade, prosperidade, enfim, tudo de bom que se possa esperar nesta vida, só encontramos nEle. 

Mas sabe quando você comprovará isto? Sabe quando poderá descobrir e ver que o Senhor é bom? Quando O experimentar; quando Ele se tornar real para você, deixando de ser um Ser distante e impessoal, uma mera informação, para se apresentar vivo dentro de você.

Agora eu te pergunto: O que você experimentará? Jesus ou aquele outro produto? E o que está esperando? "Experimenta... experimenta... experimenta" e veja como o Senhor é bom e o outro produto não presta, independente do rótulo que possua.

E dá próxima vez que ver aquele comercial, substitua o produto. Ouça-o como se estivesse lhe fazendo um apelo, incentivando você a ter uma experiência com Jesus. Comece também a fazer o mesmo que no comercial, incentive pessoas a experimentarem o Senhor Jesus para que descubram pessoalmente como ele é bom.

Eu te garanto; todos que O experimentam, aprovam; e se sentem impelidos a incentivar outros a fazerem o mesmo. Este é o meu comercial.

 

 

 17 - Comida e sobremesa

 

Como são ricas e preciosas as histórias que estão registradas nos Evangelhos, ou melhor, em toda a Bíblia, não é mesmo?! Certamente que estão recheadas de princípios espirituais que norteiam a nossa vida e nutrem o nosso espírito. Eu só não entendo bem como pode haver pregadores tão pobres e superficiais tendo em mãos tão abundante e inesgotável fonte de riquezas. Deus os teria chamado sem tê-los capacitado?

Quantos em sua pregação lêem um texto bíblico por pretexto sem se ater a ele, sem nada acrescentar, sem exaurir sua riqueza e beleza; e além de serem superficiais, são enfadonhos. Outros, passeiam toda a Bíblia sem chegar a lugar algum, no fim, falaram tanto sem ter dito nada, e seus ouvintes vão embora tão vazios quanto chegaram.

            Grande parte da culpa pelo desinteresse dos cristãos para com a pregação da Palavra deve-se a eles. Hoje muitos não gostam de ouvir pregação ou, preterem-na pelos louvores. Isto tem gerado uma ênfase cada vez maior e mais exagerada nos cânticos, a ponto de extinguir as pregações em alguns cultos.

É como a sobremesa assumido o lugar do prato principal ou, substituindo-o. A bem da verdade, a sobremesa fica cada dia mais saborosa, requintada, atraente e diversificada; na mesma proporção em que o prato principal fica cada dia mais fraco, trivial, repetitivo e insosso.

Mas havemos de convir que, os que atuam na área da música, se esmeram com dedicação, estudam, ensaiam, treinam exaustivamente, buscando aperfeiçoar e ficar cada vez melhores no exercício do seu ministério; para vergonha de muitos pregadores que, grande parte das vezes, não têm o mínimo empenho no cumprimento do seu dever, quando este deveria ser ainda maior.

A conseqüência é a desnutrição, a infantilidade e a superficialidade em que vivem muitos cristãos; bem como o surgimento de diversas heresias e práticas escusas no seio da Igreja. Afinal, quem estará melhor preparado para servir ao Senhor, enfrentar crises, tentações, e viver uma vida coerente com a vontade de Deus; os que se alimentam da Palavra, ou os que vivem a saborear deliciosas sobremesas?

Como Jesus expulsou o tentador; cantando, ou usando a Palavra que ele conhecia bem? (Mateus 4:1-10). Que força teremos para combater o mal se não nos alimentarmos? E quando a dúvida, a enfermidade, a tentação, a perseguição, a morte vierem bater à porta, como enfrentar; cantando, ou estando revestido da armadura de Deus e empunhando a espada do Espírito, que é a Palavra? (Efésios 6:10-18)

Qual a ênfase maior que encontramos no Novo Testamento; o louvor ou a pregação da Palavra? Quantas vezes encontramos Jesus ou seus apóstolos cantando; quantas vezes os encontramos expondo as Escrituras para o povo?

Aparentemente, hoje, nós nos aproximamos mais do Antigo do que do Novo Testamento, pois quando lemos o Novo Testamento, temos a clara idéia de que, o que dominava a mente, o coração e as práticas da igreja primitiva era, em grande parte, a evangelização, a pregação da palavra e a oração.

Então, tudo se deve àquela velha tendência que a Igreja tem de oscilar entre os extremos. Se em gerações passadas a música ocupou um lugar inexpressivo, hoje houve uma inversão. Há sempre o perigo de não enfatizarmos aspectos importantes da fé e em outras gerações eles retornarem com ênfase demasiada.

É certo que em cada era do cristianismo fez-se necessário enfatizar certos aspectos da doutrina cristã mais que em outras. O problema é que tendemos a enfatizar o que é necessário para o momento esquecendo do resto. Por exemplo, houve época que estava em jogo a humanidade e a divindade de Jesus; daí, foi preciso dar uma ênfase maior na doutrina da pessoa de Cristo. Outra época foi a doutrina da salvação pela graça; daí a grande ênfase que os reformadores precisaram dar na justificação pela fé.

Houve ocasiões em que certas doutrinas eram omitidas ou pouco enfatizadas nas pregações e no ensino; como a da evangelização e a do Espirito Santo. Assim, a Igreja viveu períodos de letargia espiritual e pouca influência no mundo. Até que isto redundou nos grandes empreendimentos missionários e no movimento pentecostal.

O erro cometido é deixar de ensinar os demais aspectos da fé enquanto enfatiza um em momento necessário. Sem negar que deva haver certas ênfases, devemos ensinar as pessoas a observar todas as coisas que Jesus nos mandou (Mateus 28:20).

Somos contra o louvor nas igrejas? Absolutamente! Somos contra ele ocupar o lugar principal nos cultos e na vida cristã. O louvor é bíblico, é bom e é o meio que Deus tem usado no presente para trazer unidade à sua multifacelada Igreja; é também evidência clara de avivamento, além de ser um grande motivador à espiritualidade, fervor e piedade; porém, comparado com a pregação da Palavra, é como a sobremesa comparada com o prato principal.

Portanto, não queremos que o prato principal seja substituído pela sobremesa. Infelizmente, as crianças normalmente preferem a sobremesa ao prato principal. Somente adultos podem reconhecer que, conquanto a sobremesa seja mais saborosa, a refeição é mais importante. Obviamente, cada qual tem a sua hora e lugar, devem conviver juntas sem que uma seja eliminada ou trocada pela outra.

            Então, é hora de aprender com Jesus o que é ser um pregador da Palavra; é disto que o nosso povo precisa. Pregadores verdadeiros e profundos. De tagarelas já bastam os políticos da nossa sociedade que, para angariar votos, dizem coisas que não fazem, e eles mesmos não acreditam.

Para Jesus cada pergunta, cada circunstância, cada acontecimento, por mais  trivial, não lhe passava desapercebido e se transformava em grandes e poderosos ensinamentos. É pena que, hoje, a função, e não a sensibilidade, move os grandes pregadores. Não se ensina mais pelo viver mas, pelo cargo que se ocupa, com dia, hora e lugar determinado. Em conseqüência disto há uma falta de unção, de resultados reais e duradouros, de autoridade e poder.

Jesus sempre aproveitou cada oportunidade para ensinar e pregar. Não dependia de púlpito nem de multidões, só da ocasião. Qualquer jumento, barquinho, monte, casa, estrada, mesa, pedra, era o púlpito de Jesus. Sua vida ensinava tanto quanto as suas palavras.

Muitos hoje precisam de um púlpito, de um auditório, de uma grande igreja, de um estádio, e de multidões para que possam ensinar e pregar. Jesus ensinava até com seu comportamento. Que mestre, que pastor, que pregador; que ensina com a vida e com as palavras, a qualquer pessoa, em qualquer ocasião e lugar.

Poderíamos concluir afirmando que; foi com louvor que se derrubou as muralhas de Jericó, mas foi com a espada afiada que se conquistou a vitória. Então, pense no louvor como sendo o carro de fogo que levou Elias até o céu para colocá-lo diante de Deus em reverência e adoração (2 Reis 2:11); e na pregação, como sendo o momento em que Deus fala, ensina a Sua vontade, e nos faz voltar à realidade para aplicarmos aquilo que aprendemos; para termos uma vida diferente, santa e profunda.

Preparemos e saboreemos deliciosas sobremesas; sem deixar de preparar e degustar deliciosas refeições.

 

 18 - Porque não na literatura?

 

            Vem despontando no Brasil, nos últimos anos, grandes talentos da música evangélica. Eles têm buscado e alcançado a excelência. Certamente que em nenhum outro tempo da nossa história pudemos louvar e adorar a Deus com tanto entusiasmo, beleza, qualidade e profundidade.

            Há bem poucos anos atrás ouvíamos e cantávamos as músicas aprendidas dos missionários que alcançaram a nossa pátria com o evangelho e nos invadiu com a sua cultura. Louvamos a Deus por suas vidas, sua dedicação, sua braveza e, especialmente, pela verdade do evangelho a nós revelada por seu intermédio.

            Longe estou de querer mostrar ingratidão para com o seu labor, entretanto, penso que, por vezes, eles acrescentaram à mensagem do Evangelho um pouco da sua cultura, nos ensinando como uma única coisa. Nós, ainda hoje, temos dificuldade em despir a imutável verdade da roupagem cultural que lhe vestiram.   

            Como a música sempre acompanha a pregação da palavra, esta foi uma das áreas mais influenciadas. A título de exemplo, grande parte das músicas e dos estilos que cantamos por anos a fio, vieram acompanhando os desbravadores missionários. Porém, hoje, com esta explosão de talentos, já ouvimos e cantamos as nossas próprias músicas; já louvamos e adoramos a Deus de maneira toda nossa; já desenvolvemos nosso próprio estilo e até já exportamos as nossas músicas.

            Fizemos sem sombra de dúvida um grande avanço nesta área, até ao ponto de sermos, ou estarmos nos tornando o celeiro e polo irradiador da adoração a Deus através da música.

            Na proporção inversa, porém, a área literária pouco avançou e, conquanto sejamos o celeiro da evangelização mundial, ainda necessitamos importar literatura (de muitos que só possuem nome e diplomas e não mais o poder, a unção e a graça de Deus), para nos ensinar e instruir sobre o caminho que devemos andar.

            E ainda que não desprezando a contribuição que nos deram neste sentido, já está na hora de mudarmos e passar a valorizar e incentivar a literatura nacional, afinal, temos competentes pregadores, teólogos, mestres e escritores.

            Este é uma desafio que devemos nos conscientizar, especialmente se levarmos em conta que as editoras atuantes no Brasil dedicam mais da metade do seu volume de publicações à tradução de autores estrangeiros; o pequeno espaço e lugar que ocupa o autor nacional no acervo disponível em livrarias evangélicas; a falta de incentivo por parte de nossas lideranças visando florescer e despontar mentes literárias capazes de preencher esta lacuna; e, a falta de incentivo dos fiéis para com a leitura, o saber, a cultura e a instrução (que o povo brasileiro, especialmente os evangélicos tanto necessitam).

Costumamos seguir a tendência secular de investir muito em música, construção de soberbos edifícios e realização de grandes movimentos de massa, como se isto fosse suficiente para atrair e manter o povo na fé.

            Minha esperança é que, como aconteceu na música, venha a acontecer também na literatura. Tenho a convicção de que este ministério literário, tendo a mesma unção e poder de Deus demonstrados na adoração, venha reverter este triste quadro que clama; e sei que talentos não faltarão.  

            Devo registrar porém, que, já há algumas editoras brasileiras que tiveram a iniciativa e proposta de publicar exclusivamente autores nacionais, e além de se tornarem pioneiras neste aspecto, demonstram o valor atribuído ao nosso país e a oportunidade que dão aos talentos nacionais.

Que outras possam imitar esta iniciativa e o tempo confirme a certeza que tenho de que despontarão grandes e brilhantes talentos que, como na música, reverterão este quadro.

Não desprezemos a literatura e o conhecimento dos nossos co-irmãos de outras nações, mas valorizemos os talentos que o Senhor Jesus tem dado a nós. Lembrando também que a verdadeira adoração que é agradável a Deus não consiste dos cânticos que Lhe prestamos, mas de uma vida santa que Lhe consagramos.

19 - Os Deportados

O enorme grupo de brasileiros deportados pela imigração americana, trazem consigo; na bagagem, o resto dos trapos que sobraram na aventura; na alma, a desilusão com um sonho por melhores dias que não se concretizou; e para a nossa sociedade, uma forte mensagem de que algo não vai bem em nosso país.
Muitos deles, desfizeram-se de tudo o que tinham, e até do que não tinham; deixaram a família, para enfrentar os enormes riscos que esta lida requer. Mas eles não se embrenharam nesta empreitada pelo simples sabor de arriscar o que não possuíam, ou pelo mero prazer de se aventurar.
Eles tinham um simples sonho. Sonho que perpassa cada um de nós brasileiros; de ter dias melhores; de ter um lugar para morar; de poder ver os filhos comendo, vestindo e tendo acesso à um mínimo de educação e cultura. Arriscaram tudo por um futuro melhor. Futuro este que não vislumbravam no próprio país.
Cada uma das pessoas que voltam, cultivam a nossa lógica a pensar que, se precisaram sair do país, é porque aqui não dá mais para ficar.
Mas até quando tentaremos fugir? Será que vamos ser eternamente incapazes de mudar a triste realidade econômica, financeira, social e de caráter em que nos encontramos? Realidade que insiste em permanecer destruindo vidas, famílias, sonhos, talentos; gerando miséria e mal estar, quando tudo podia e devia ser diferente? Ao menos este fato, embora os tenha empobrecido um pouco economicamente, enriqueceu em muito a sua experiência pessoal de vida.
Segundo declarações pessoais de alguns deles, tudo isto lhes serviu de lição. Eles aprenderam, da maneira mais difícil e dolorosa é claro, avalorizar mais a sua terra, os seus filhos, cônjuges e amigos. 
Talvez, se pudéssemos, devêssemos enviar toda a nossa comunidadepolítica e empresarial numa aventura semelhante. Quem sabe, talvez, elesvoltassem empobrecidos economicamente mas enriquecidos em sua alma ecaráter. Quem sabe fizessem declarações semelhantes; de que aprenderam avalorizar mais o país e as pessoas que tanto têm explorado sem escrúpulos,sentimentos, compaixão ou lealdade. 
Infelizmente, para estes que chegaram (e para muitos outros queantes deles vieram, e outros que após eles virão), vão experimentar a durasorte (ou seria azar?), de ter nascido na rica terra da miséria, dasdesigualdades e da falta de oportunidades.
Mas agora só lhes resta recomeçar; do nada se preciso. Desistir jamais.
Tudo depende de nós. Parafraseando a célebre frase, podemos afirmar: 'o futuro do Brasil está em nossas mãos.' Talvez, nos próprios dedos que digitam os números na urna eletrônica, na hora de votar e eleger aqueles que nos explorarão; ou não!
Mas o pior de tudo mesmo será para os que vivem displicentemente, e têm uma falsa certeza de salvação, terem a triste e desagradável surpresa, quando já não houver mais o que se possa fazer, de verem barrada a sua entrada no Reino dos céus, e serem deportados para longe do Senhor Jesus.
Não queira fazer parte deste grupo; eles não terão uma alegre recepção, nem a chance de recomeçar. Antes ouvirão a dura e irrevogávelsentença dos lábios do Rei dos reis.
"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres?
Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade"
(Mateus 7:22-23).

 

20 - A Atualidade de Gênesis

(da série de mensagens no livro de Gênesis)

 

Estamos diante do mais antigo livro da Bíblia, e da humanidade (perdendo talvez, somente  para Jó, em termos da data que foi escrito, mas, não em termos da história que narra).

Entretanto, uma das características marcantes da divina inspiração da Palavra de Deus, é que ela se renova a cada manhã, jamais envelhece, nem se desatualiza e nunca se torna irrelevante.

Qualquer outro livro, resiste muito pouco ao decurso dos tempos, antes de se tornar ultrapassado, mas, este livro divino, nunca e jamais ficará ultrapassado, nem descontextualizado, jamais poderá ser descartado, ou desprezado, antes, sua mensagem, a cada dia, se torna mais atual e relevante, cada dia mais moderna, e como nunca, tem falado ao nosso tempo, e tem se mostrado sempre mais robusta e penetrante.

Porventura, não nos espanta, como os detalhes, por vezes imperceptíveis, são a realidade e o fundamento da atualidade deste livro? Talvez, você nunca tenha pensado nisto, então, deixe-me te ajudar nesta tarefa: Observe:

A nossa semana, que é de sete dias, com um de descanso, é algo tão comum, mas não nos remete ao Gênesis? Não teve nele a sua origem? (2:1-2)

A diferença entre o homem, como ser racional, e os animais, não nos remete ao Gênesis? Não teve nele a sua origem? (1:26)

Quando assistimos ou participamos de um casamento, onde o homem deixa seu pai e sua mãe, e se une à sua mulher, tornando os dois uma só carne, formando uma família, isto não nos remete ao Gênesis? Não teve nele a sua origem? (2:24)

Em Gênesis, não encontramos o princípio da monogamia, que é adotada na maioria dos países do mundo, e que serve de crítica ao divórcio, hoje tão banalizado; à sexualidade distorcida; ao sexo fora do casamento, isto, não nos remete ao Gênesis? Não teve nele a sua origem?

A cada nascimento, a cada dor sofrida pela mamãe na gestação e na concepção, isto, não nos remete ao Gênesis? Não teve nele a sua origem? (3:19)

Quando você tem um duro dia de trabalho, tem vontade de “chutar o balde”, mas sabe que é do suor do seu rosto que vai tirar seu sustento e o dos seus entes queridos, chegando em casa, cansado, fatigado, não te lembras de Gênesis? Isto não teve nele a sua origem? (3:17-19)

Quando você veste a sua roupa, ou, quando não a tem para vestir, não te lembras de Gênesis? Aliás, o comércio do vestuário, as indústrias de tecidos e da moda, deveriam ser gratas a Gênesis e nunca esquecê-lo. (2:25)

Quando és perseguido, por ser servo de Deus, isto não te remete ao Gênesis? Não foi lá o princípio da maldição lançada, e do ódio que haveria entre os que servem a Deus e os que não servem? (3:15)

Quanto a você que é mulher, e está em posição de submissão ao marido, dolorosamente, não te lembra de Gênesis? Não foi lá a origem disto? (3:16)

Quando contemplas a natureza, e vês as estações do ano, as chuvas, o arco-íris, não te lembras de Gênesis? (8:21-22: 9:1-16).

Cada vez que você se alimenta (9:2-3), cada vez que se aproxima de um animal e ele foge em disparada, ou reage com ferocidade (9:2), não te lembras de Gênesis? Não foi lá a origem de tudo isso?

E quanto as diversas línguas? As dificuldades e barreiras na comunicação, as aulas de língua estrangeira, os vestibulares, as provas, os testes em empresas, que te desclassifica ou dá uma tremenda dor de cabeça, não te lembra Gênesis? (11:7-9).

Quando ouves no noticiário, o nome Israel, este nome, não te lembra Gênesis? Não teve nele a sua origem? (12:1-3; 32:28)

Não é também Gênesis, o berço das três principais religiões monoteístas do mundo? Abraão é considerado e reivindicado como o pai do judaísmo, do cristianismo e do islamismo. Não são as disputas entre estas religiões, que põe em polvorosa o Oriente Médio e o mundo? Pois é a antiga disputa entre Ismael e Isaque, ou melhor, entre Palestinos e Israelenses. E onde tudo começou?

Quanto a todo sofrimento e miséria que nos assedia; quanto à unidade da raça e sua origem comum; as chuvas que nos lembram o dilúvio; a trasladação de Enoque, que nos lembra o arrebatamento da Igreja; a história de José e a preservação do Egito; a história das vacas gordas e magras, que até se tornou um chavão. O que te lembra?

Mas, se você pensar, que Moisés, autor humano deste livro, foi instruído em toda ciência do Egito (Atos 7:22), mas não foi influenciado pelo saber da sua época, antes, escreveu o que lhe foi revelado por Deus, só podemos afirmar: Gênesis, é um livro eterno, tem um saber puro, e só pode ter origem em Deus.

Somente Deus, poderia ter levado Moisés, a contrariar a ciência de sua época, e escrever um livro que romperia os séculos, alimentaria multidões, físico, mental, intelectual e espiritualmente.

É o único e mais antigo ensino, a dar a razão confiável da existência presente e a esperança na existência futura. O único livro que peita a ciência, que, apesar de todo avanço, nunca o pode desacreditar, antes, ela vem sendo desmascarada e desafiada pelo livro de Deus.

Diante disso, só resta nos curvar ante o Todo Poderoso, e agradecer por esta palavra gloriosa, que renova e refresca a alma, por vezes ressecada pelas agruras da vida, assim como, o orvalho, refresca a relva toda manhã.

Adoremos ao Deus eterno, soberano, criador e sustentador de todas coisas (Isaías 40:6-8). E, a Ele, seja a glória para sempre. Amém.                                                                                                                                        

   

O Livro dos princípios

(da série de mensagens no livro de Gênesis)

 

Seu nome, é bem apropriado, pois desenrola diante de nós, como tudo começou; o universo, a história da humanidade, a história da redenção.

Fatos que, para muitos, parecem ser males da modernidade, poderão ser confirmados neste livro, que são tão antigos, como a própria humanidade. Por esta razão, podemos afirmar que o homem, em sua essência, é o mesmo ontem, hoje e sempre.

A Palavra de Deus, será sempre atual, pois fala ao homem pecador, e este sempre necessitará desta Palavra.

Em Hebreus, encontramos esta afirmação, “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.” (13:8), Ele também, será sempre necessário ao homem pecador.

Uma vez constatada a eterna necessidade deste livro, e já que estamos falando de princípios, devemos verificar mais de perto, que princípios, afinal, este livro nos apresenta.          

 

1.    O princípio do tempo. Que indica a eternidade de Deus e a finitude do homem; indica que haverá um fim, e um novo princípio eterno com Deus. “Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá.” (Isaías.46:10)

 

2.    O princípio do universo, da vida animal e humana, da história da raça; o princípio daqueles a quem Deus se revelou.

 

3.    O princípio do casamento, da família, do projeto de Deus para a harmonia do mundo, e dos relacionamentos humanos. Sempre que quaisquer destes princípios, forem adulterados pelo homem, as conseqüências serão catastróficas.

 

4.    O princípio do pecado na raça humana, e conseqüentemente da dor, do sofrimento e da morte. O princípio de tudo que amargura a nossa vida, e que tem início, com a desobediência à Deus. O inverso também será verdadeiro, a felicidade e alegria na vida, sempre terá início com a obediência a Deus.

 

5.    O princípio do ódio, da ira, do homicídio, da mentira, da arrogância, da murmuração, da poligamia, da vingança, da perversidade, da malícia. Estas não são coisas tão modernas e ao mesmo tempo tão antigas?

 

6.    O princípio da adoração, da dedicação a Deus de dízimos e ofertas como forma de gratidão Àquele que nos criou e nos sustém. Isto também não é algo inventado pela modernidade.

 

7.    O principio da nação de Israel, através do chamado de Abraão, e o embrião da Igreja. Jamais devemos nos esquecer deste princípio.

 

8.    O princípio das bênçãos e das maldições, divinas e humanas.

 

9.    O princípio do ódio e divisão, entre aqueles que pertencem e honram a Deus, e os que se rebelam contra Ele e O desafiam. Em toda Bíblia encontramos esta divisão – justos e ímpios. Os justos são orientados a não se misturar com os ímpios, pois a luz não tem comunhão com as trevas, e jugos desiguais são condenáveis. Mas sempre que for desobedecido este princípio, as conseqüências virão. Também, nunca faltou, nem faltará, a perseguição, dos justos pelos ímpios.

 

10.    O princípio da história da redenção, da revelação salvadora de Deus e das promessas evangélicas.

 

11.    O princípio das línguas diferentes e das barreiras sócio-políticas-culturais-geográficas, que tanto infernizam a humanidade.

 

12.    Também o princípio da invocação ao nome do Senhor.

 

Mas, acima de tudo, encontramos no princípio, Aquele que é antes do princípio. “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas forma feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.” (João 1:1-2)

Este foi o que adentrou o tempo, “O que era desde o princípio...se manifestou...” (1João 1:1-2). Ele é o primeiro e o último; o que é, que era e que há de vir (Apocalipse 1:8). Nele, por Ele e para Ele, tudo foi criado, e por Ele subsiste (Colossenses 1:15-17).

Todo bem, todas as maravilhas que existem no universo, foram  criadas por Deus. Precisamos contemplar a natureza em adoração à Deus. O diabo não criou nada, nada pertence a ele, é tudo do Criador, ele só atormenta e atrapalha.

Mas, todo mal que entrou nesta criação maravilhosa de Deus, através da obra que Jesus realizou, será desfeita (1João 3:8), e, novamente, esta maravilhosa criação será restaurada, restabelecida, e novamente reinará a paz, a perfeição, a harmonia e a comunhão do homem com Deus; conforme foi o projeto original de Deus (2 Pedro 3:10-13).

 Um novo princípio, uma nova humanidade, uma nova vida nos aguarda (Apocalipse 21:1-4).

Se, quando contemplamos a criação de Deus, no livro dos princípios, ficamos estarrecidos e admirados, quanto maior, não será o nosso êxtase, ao contemplar e ver o que Deus preparou para nós na eternidade, pela Sua preciosa graça (Apocalipse 21:6-7; 22:1-5).

Há outra reação, senão a de nos prostrarmos diante de Deus e adorá-lo dizendo, “Amém. Vem, Senhor Jesus?”

                                      

 

                                                                                                      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Tempo de Deus

(da série de mensagens no livro de Gênesis)

 

Há algo que podemos observar em toda a Bíblia, mas, de modo ainda mais grandioso e latente, no livro de Gênesis, que é, o tempo de Deus. Este tema salta à vista, e certamente nos traz grande consolo e edificação, ao nos ensinar, que, Deus está no controle de todas as coisas, e Ele tem um plano que se cumpre no Seu tempo, no tempo certo.

Certamente, que o dito popular tão conhecido, e que certamente foi criado por boas intenções, se mostra completamente equivocado. Ele diz: “Deus tarda, mas não falha.” A verdade porém, é que, Deus não tarda, não falha, não se apressa, Ele atua no tempo certo, no seu  tempo.

Portanto, é deveras fundamental considerar tão precioso tema, e que muito poderá nos fortalecer no combate à ansiedade que nos é comum, quando esperamos o mover e o agir de Deus a nosso favor.

O tempo, tal como o conhecemos, foi criado por Deus, para o homem. Por ser eterno, Ele está acima e além do tempo. Deus, não tem princípio, meio ou fim, não envelhece, não tem rugas e nada se Lhe acrescenta pelo passar do tempo, antes, tudo está presente e patente aos seus olhos (Hebreus 4:13). Ele vê o fim desde o princípio. Entretanto, Ele criou o tempo para o homem, que é finito, e em prol deste homem, age e atua no tempo.

Veja como a primeira palavra que encontramos na Bíblia, é a palavra “princípio“, que indica o começo, não de Deus, mas do universo, da história humana. Foi o início de algo que passou a existir num ponto da eternidade, o início de algo que terá fim.

E é neste intervalo da história humana, entre seu princípio (descrito em Gênesis), e seu fim (descrito em Apocalipse), que está a atuação de Deus, o desenrolar da Sua revelação e do seu plano redentor em prol da humanidade que criou, especialmente após a Queda.

Observe como o tempo de Deus se cumpre e se entrelaça ao nosso tempo.

 

1. Em Gênesis 3:15, há uma promessa de redenção da humanidade pela semente da mulher, promessa esta, que desencadeará diversos acontecimentos antes que venha se cumprir, como, a criação de uma nação e a preparação do mundo. Ela foi pronunciada para trazer esperança e fé, mas, só se cumpriu a quase quatro mil anos após (Gálatas 4:4-5), na plenitude dos tempos, ou melhor, no tempo de Deus.

 

2. Em Gênesis 6:3, há uma sentença, um juízo, um tempo determinado de cento e vinte anos, que só pela fé poderia ser percebido (Hebreus 11:7).

Também hoje, há a promessa da segunda vinda de Cristo e de um iminente juízo, que ocorrerá no tempo de Deus, mas que só pela fé podemos aceitar, por isto, somente os que tem fé na Palavra de Deus, se salvarão, como Noé (Mateus 24:36-39; 2 Pedro 3:3-13). Quantos morreram nesta esperança? Quantos perderam esta esperança? Quantos zombam desta promessa? Quantos ainda hoje tem esta esperança?

 

3. Em Gênesis 12:1-3, há uma chamada, uma escolha, uma promessa, uma aliança, que só se cumpriá no tempo de Deus:

 

a) Promessa de uma benção nacional - Um  grande  povo

b) Promessa de uma benção pessoal - um grande nome

c) Promessa de uma benção territorial - uma vasta extensão de terra

 

Quando se cumpriram estas promessas? Abraão não viveu para ver, morreu na esperança. A benção territorial, começa a se cumprir no tempo de Josué; a benção nacional, quando Jacó e sua família, se mudam para o Egito; a benção pessoal, após a obra messiânica de Jesus (Atos 3:25-26; Gálatas 3:6-18). Este é o tempo de Deus.

Todo Gênesis, gira em torno desta promessa. Por vezes, a promessa, parecia impossível de se realizar e completamente falida. Por exemplo, para se cumprir a promessa de que Abraão se tornaria um grande.povo, só havia dois pequenos problemas, a idade avançada e a mulher estéril, mas a promessa, era que o seu filho seria o propulsor desta promessa (Gênesis 15:1-6; Hebreus 11:11-16).

A promessa levou vinte e cinco anos para se cumprir (Gênesis 17:17-19; 21:1-2). Você sabe o que é esperar vinte e cinco anos pelo cumprimento de uma promessa, principalmente quando as circunstâncias são em tudo desfavoráveis? Quanto tempo você consegue esperar de Deus o cumprimento de uma promessa para a sua vida?

Deus prometeu, e no tempo certo, eles se tornaram uma nação (Gênesis 15:13-16; conferir com Êxodo 2:23-25; 12:40-41). Mas, antes, teriam de ser preparados, pois iriam suportar grande padecimento, antes de se apossarem de Canaã.

Ainda hoje, Deus prepara o Seu povo para as tribulações que sobrevêm (Atos 14:22), e deixa a promessa de libertação.

 

4. A Oração de Isaque a Deus, pedindo um filho (Gênesis 25:21-26), levou vinte anos para se cumprir.

 

5. A promessa, de que do ventre de Rebeca, sairiam duas nações, onde o mais velho, serviria ao mais jovem, só aconteceu muitos anos após, no tempo de Deus (36:9), e não sem ter os grandes reveses. De Esaú, se formou Edom, e de Jacó, Israel (Gênesis 32:28; 35:9-15).

 

6. E quanto ao sonho de José (Gênesis 37:5-11), de que ele salvaria o mundo da fome, de que seria senhor sobre seus pais e seus irmãos? Se cumpriu imediatamente? Não. Só veio a se cumprir, longos anos após, ´mas não sem grandes provações, nem sem o sentimento de frustração (Gênesis 41:40-46). Demorou treze anos para se cumprir.

 

7. O sonho de Faraó (Gênesis 41: 1-36), era um aviso para os próximos quatorze anos, sendo dois períodos de sete anos, um de abundância e outro de fome.

 

8. Em Gênesis 9:27, está a promessa de que os semitas, seriam os lideres espirituais dos homens e guardiãos dos oráculos de Deus, e que ensinariam o mundo a obedecer e servir a este Deus. Promessa de que os gentios entraríam nas tendas de Sem, conheceriam o seu Deus e seriam por eles ensinados. Porém, por todo o Antigo Testamento, parece ser uma promessa infundada, pois, durante dois mil anos, Deus foi exclusivo ao povo de Israel (Efésios 3:6). Mas, em Jesus, esta promessa não se cumpriu?

 

9. Por fim, a promessa de Jacó a seu filho Judá (49:8-12), de que sua tribuo, seria de reis, o governo sobre os demais, viria dele. Mas isto, só vem a se cumprir no tempo de Davi, o segundo rei de Israel. Ele é o leão das tribos, a tribo que reina.

Há aqui também a promessa de um reinado eterno, e entendemos, que só através de Jesus, que é o leão da tribo de Judá, esta promessa tem seu cumprimento (Apocalipse 5:5).

 

Que grande consolo, saber que Deus está no controle de todas as coisas, que Ele tem um plano muito bem elaborado que se cumpre no tempo, no tempo certo, no tempo de Deus. Que grande benção, saber que, nós, fazemos parte do Seu plano. Que grande incentivo, saber que Suas promessas não falham, que sempre se cumprem, mesmo quando tudo parece perdido.

Somos aqui ensinados a esperar e descansar no Senhor, pois Ele, a seu tempo, dará livramento. Deus  jamais se esquece de nós. A aparente demora na resposta às nossas orações, não deve nos desanimar. Perseveremos em aguardar o tempo certo, o tempo de Deus.

Que não percamos a esperança de que, os nossos sonhos e aquilo que Deus nos prometeu, se cumprirá. Creia nisto.

Por fim, quanto à vinda de Jesus, que jamais desfaleçamos nesta esperança, e ainda que venhamos a morrer sem a experimentar, que morramos na fé, pois certamente, alcançaremos o galardão


 

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