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IV SEMINARIO INTERDISCIPLINAR : INVERNO DA ALMA - A Construção social da culpa presente nas dinâmincas operacionais das psicofobias dias 6,7,13e14/12/2013 no Golcen Tulip - Adress Hotel - Goiânia - Go.
Palestrante : Anderson Clayton Pires (Doutor em Sociologia) ...
Apoio : Igreja Confessional Luterana e Instituto Superior de Teologia Luterana
inscrições : 62.8110-4840 _ seminariointellectus@gmail.com

APRESENTAÇÃO DO TEMA
Na tentativa de alcançar bom êxito, o risco do insucesso sempre aumenta no itinerário existencial de quem caminha num mundo complexo.
Algumas tradições religiosas tentaram definir essa condição ontológica da caminhada humana com o conceito de peccatum, uma versão latina do termo grego hamartia. Sua tradução seria a seguinte: “uma condição humana em que não se alcança o êxito pretendido no uso de uma ação planejada”.
Não pensamos que por trás da liberdade de nos tornar protagonistas de nossa trajetória autobiográfica, a possibilidade de perder a sobriedade, no ato de cada escolha cotidiana que fazemos, aumenta, e com ela o grau de imprevisibilidade da vida, comprometendo parte de um futuro colonizado pelas ações estratégicas implicadas em cada processo social de interação.
Quem assume o prejuízo quando o cálculo de uma racionalidade instrumental produz efeito cascata indesejado?
Quem assume o ônus do fracasso de uma responsabilidade socialmente compartilhado?
Esse é um dilema da vida contemporânea que vem aumentando a discussão entorno do tema da culpa.
Analistas do comportamento e terapeutas nem sempre conseguem decodificar compreensivamente o processo no qual está implicado a engenharia da culpa.
Aliás, esse é um conceito que se torna cada vez mais polêmico no campo da filosofia moral e da ética.
Assumir a fragilidade de uma vida sem culpa, sugestionado por uma “antropologia do limite”, se tornar o melhor artifício para não onerar os indivíduos que vivem sob a pressa das normas morais de uma realidade social cada vez mais exigente e competitiva, em quase todos os níveis da experiência cotidiana.
Desta forma e, paradoxalmente, a culpa vem se tornando cada vez mais presente sem ser devidamente compreendida: O que é a culpa no mundo de hoje, e quem deve assumi-la conscienciosamente?
Qual é o sentido de falar da culpa numa configuração sociocultural soft na qual os limites éticos da proibição moral cotidiana foram praticamente suspensos e sacrificados em nome de um melhor desempenho da liberdade?
Enquanto fenômeno, temos a dificuldade semântica de depreender o sentido de uma ontologia da culpa.
Entretanto, do ponto de vista de seus efeitos na subjetividade humana, podemos ter acesso compreensivo aos seus desdobramentos psíquicos: a culpa está relacionada ao aumento da depressão e de tantos outros transtornos experimentados pelos indivíduos presos na amálgama que se tornou a vida no contexto da neomodernidade.
Lidar com essa força cultural desconhecida e interiorizada, a partir dos valores assumidos pelos indivíduos inseridos na vida em sociedade, tem sido fator de complexificação e formação de realidades patogênicas determinadoras de vínculos relacionais dos processos sócio-interativos.
É sobre esse tema complexo e tão controvertido que o IV SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR se propõe refletir, com rigor acadêmico, imparcialidade e compromisso ético.
Você é nosso (a) convidado (a). Sejam bem vindos (as).


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