www.uniaonet.com/bnovassemsta2005.htm Igreja Batista Boas
Novas Fundada
em 04 de novembro de 2000 Av.
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Mensagens
de áudio :SÉRIE
DE CONFERÊNCIAS DA SEMANA SANTA 2005 ( Clique nos números para ouvir
)
1o.) JESUS - UMA VIDA SEM IGUAL - 27/03/2005: 01
, 02 , 03
, 04final
2o.) JESUS - UMA DOR SEM IGUAL - 26/03/2005 : 01
, 02 , 03final
.
3o.) JESUS - UMA MORTE SEM IGUAL - 25/03/2005 : 01
, 02 , 03
, 04final
4o.) JESUS - UMA RESSURREIÇÃO SEM IGUAL - 24/03/2005 : 01
, 02 , 03
, 04/final
“Todavia
para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós
vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as
coisas, e nós por ele.”
INTRODUÇÃO
A
história do mundo é marcada por grandes vultos, homens e mulheres
que influenciaram e afetaram toda a existência humana. Alguns
para bem; outros para mal.
Os
maus exemplos são bem conhecidos. Gente causadora de tragédias,
mortes, destruição e dor. Um deles foi Adolph Hitler. Um louco,
odioso e hipernacionalista alemão. Levou a Europa a banhar-se
com o sangue de seis milhões de judeus na primeira metade do
século vinte, não fazendo caso de crianças, velhos, senhoras,
bebês. Antes, arregimentou súditos que, às suas ordens, mataram
sem dó ou piedade, milhões e milhões de seres humanos.
Osama
Bin Laden, mais recentemente, é outro ser execrável, inimigo
da humanidade, que usa a raça e a religião para causar morte,
dor e tristeza. Jovem de origem riquíssima, era amigo dos americanos,
os quais lhe ensinaram muitas coisas, inclusive coisas erradas.
Imbuído de interesses diversos, traiu a América e tornou-se
um ser sem o menor pudor, e hoje arregimenta suicidas pelo mundo
todo, para morrerem por uma causa funesta. Fundou a AL QAIDA,
grupo terrorista e sanguinário, responsável pela destruição
das Torres Gêmeas em Nova Iorque, dos atentados na África, na
Espanha, na Europa, e só Deus sabe quantas mais serão.
Mais
um péssimo modelo de ser humano, responsável pela morte de milhares
e milhares de russos, foi Joseph Stalin. Um dos responsáveis
pela revolução bolchevista da Rússia, foi um dos pais da União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Tomando o comando, tornou-se
inimigo até dos seus partidários, e inventou um “expurgo”, sob
o pretexto de purificar o regime. Com isso, centenas de milhares
de vidas humanas simplesmente desapareceram da face da Terra.
Matou-os às toneladas. Até hoje a Rússia se envergonha de ter,
em sua história, um ser tão mau, um verdadeiro inimigo da humanidade.
Se,
por um lado, algumas pessoas fizeram e fazem tanto mal, temos
também aqueles que ornam a raça humana com sua inteligência,
seu caráter, suas obras e investimentos para toda a posteridade.
Thomas
Alvim Edison foi um deles. Com sua sagacidade e mente inventiva,
deu passos tão preciosos, que mudaram a face da humanidade.
Hoje, quando acendemos uma lâmpada em nossas casas, devemos
essa invenção a esse gênio. Os microfones que aqui nos servem
tão bem, e o som que está sendo armazenado num pequeno aparelho,
são fruto das descobertas de Edison também. Ele poderia ter
passado despercebido pela vida, mas decidiu doar-se em prol
da humanidade.
O
que dizer de Louis Pasteur? Ele, que em suas pesquisas descobriu
um método de acabar com as bactérias do leite, fervendo-o a
alta temperatura e, imediatamente, resfriando-o profundamente?
Sua descoberta salvou e salva a vida de incontáveis seres humanos.
Lembramo-nos de Alex Fleming, que, ao estudar o bolor, descobriu
a substância chamada penicilina, que nos trata de tantas e tantas
doenças, sendo o antibiótico básico para as enfermidades humanas!
Sir
Winston Churchill, que foi o primeiro ministro, líder dos ingleses
na Segunda Guerra Mundial, foi capaz de levantar a América e
todo o Ocidente, em discursos acalorados, encorajadores, para
que o nazismo fosse banido da Europa. Dificilmente teríamos
o desfecho vitorioso que tivemos, não fosse a pujança, a influência,
a fé que esse homem teve na vitória.
Martin
Luther King, o pastor batista negro mais importante da América,
conseguiu reunir em Washington, D.C., a grande e famosa Marcha
Pelos Direitos Civis, e suas célebres palavras ecoam até hoje!
”Eu tenho um sonho, que um dia esta nação se levantará e viverá
o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas
verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados
iguais.”
Mas,
mesmo que muitos homens tenham tido uma vida marcante, uns pela
sua maldade, e outros pela sua bondade, ninguém, absolutamente
ninguém, foi como nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Filho
de Deus. Ele foi UM HOMEM SEM IGUAL, e a Sua vida foi uma vida
sem igual.
Não
há termos comparativos com todos os demais seres humanos. Diante
de Jesus, os mais importantes vultos da história, perdem o seu
significado, o seu brilho, a sua importância.
E
o que fez de Jesus Cristo, nascido há dois mil anos atrás, que
viveu nas poeirentas terras da Palestina, pobre, inexpressivo
financeiramente, detentor de uma vida sem igual?
I
– SEU NASCIMENTO FOI SEM IGUAL
Seu
nascimento foi miraculoso. Sua mãe, Maria, era uma virgem, desposada
com José. Segundo os costumes da época, estavam casados, mas
ainda não terminara o cerimonial de casamento, faltando a fase
da busca do noivo pela noiva, na casa de seus pais. Só então
o casamento estaria concretizado. Maria era uma mulher pura,
simples, correta, temente a Deus. Recebera o anúncio do Anjo
Gabriel, de que seria a mãe do Salvador. Assustada, porém, fiel,
aceitou a determinação de Deus. Sem um pai humano, Cristo teve
uma mãe terrestre, mas veio do céu, através do Espírito Santo.
Ninguém, em todo o Universo, em todos os tempos, é igual a Cristo!
Seu
nascimento foi alvo de profecias inigualáveis. Ao longo de todo
o período profético do Velho Testamento, os profetas apontavam
para um dia, chamado “A PLENITUDE DOS TEMPOS”, quando o próprio
Deus encarnaria o Seu Filho, fazendo-o servo, tornando-o sacrifício
em prol da humanidade. Sobre o ser pré-existente, Cristo é o
único ser que já existia antes de nascer. Todos nós somos formados
no ventre de nossas mães, mas Cristo é o autêntico “homem que
veio do Céu”.
A
celebração de seu nascimento foi sem igual, pois até o Céu explodiu
em folguedos de alegria, pela encarnação do Verbo de Deus. Magos
do Oriente viram a Estrela, a brilhar sobre o bebê recém-nascido,
e conseguiram se orientar por meio dela. Pastores no campo receberam
a visita de um anjo, a proclamar que Cristo nascera, e, imediatamente,
um coral angelical entoou a primeira cantata, celebrando o maior
fato de todos os tempos. Profetas e sacerdotes, no templo, receberam
de Deus a indicação que o bebê, ora apresentado pelos pais,
era o Messias de Israel. Qual ser humano contou com todos esses
fatos?
II
– SEU DESENVOLVIMENTO FOI SEM IGUAL
Cristo
foi uma criança como todas as demais, desenvolvendo-se normalmente,
um filho normal, uma criança obediente e submissa. Entretanto,
desde pequeno, era alguém especial. Aos doze anos, levado a
Jerusalém, acaba deixando os seus pais voltarem sozinhos para
casa, os quais só o descobrem três dias depois, ainda em Jerusalém.
E o que fazia? Falava sobre a Palavra de Deus! Os velhos mestres,
os judeus piedosos, estavam impressionados de ver tanta sabedoria
e conhecimento, numa simples criança camponesa! Ao receber a
reprimenda da mãe, anunciou enfaticamente “Por que me procuráveis?
Não sabíeis que era necessário cuidar dos negócios de Meu Pai?”
(Lucas 2.49) Certamente seus pais não entenderam essa afirmação,
mas Cristo foi humilde, sendo-lhes submisso, o que trouxe grande
impressão a José e Maria.
O
evangelista Lucas, depois e acurada pesquisa, conclui numa célebre
frase, o que 30 anos de vida demonstrava a todos quantos viam
a Jesus: E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio
de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. (Lc 2:40).
E mais: E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça
para com Deus e os homens (Lc 2:52).
III
– SEU MINISTÉRIO FOI SEM IGUAL
Aos
trinta anos Jesus deu-se a conhecer ao mundo. Segundo o Pr.
Rubens Lopes, saudoso e primoroso pregador do Evangelho, “para
cada ano de ação, houve dez de preparação”. Cristo estava pronto
a exercer o ministério, o serviço, para o qual fora designado
pelo Pai: pregar o Reino de Deus, curar os enfermos, trazer
vida aos mortos, e morrer pela humanidade!
Seu
ministério não teve precedentes em toda a história humana. Ele
não buscava luxo, nem tampouco sofrimento. Cristo não buscava
fama, e também não suplicava pelo anonimato. Seu trabalho e
serviço estava focado no homem e em sua necessidade espiritual.
Em conseqüência disso, Ele não apenas curava o corpo das pessoas,
mas transformava os seus corações.
Cristo
pregava a Palavra de Deus. Pregava às multidões, como no Sermão
da Montanha, ou aos apóstolos que escolhera, explicando-lhes
parábolas (como, por exemplo, a do semeador). Mas Ele também
tinha tempo para falar com uma mulher samaritana, ou visitar
um publicano como Zaqueu. Cristo tinha tempo para gastar com
o perdão a uma mulher adúltera, ou para responder às indagações
dos mestres da Lei. Para Cristo, ninguém era ninguém; todos
eram alguém para Ele.
Seu
ministério não era só de palavras, mas de ação. Ele curava.
Os cegos enxergavam. Os mudos falavam. Os possessos eram libertados.
Os coxos passavam a andar. Mães com filhos mortos os recebiam
de volta, dada a compaixão de Cristo. E, tão importante quanto
tudo isso, Cristo orava. Foi na oração que Ele encontrou forças,
encontrou consolo, encontrou a direção e a sabedoria para tomar
as decisões certas.
IV
– SUA MENSAGEM FOI SEM IGUAL
Numa
época em que a antiqüíssima Lei de Talião, antigo rei da Babilônia,
exigia “dente por dente e olho por olho”, Cristo ousou falar
o “Eu, porém, vos digo”. Baseando seus ensinamentos na Lei Mosaica,
tanto no Torah (a Lei), quanto no Talmude (os comentários e
tradições da Lei), Jesus reinterpretou o pecado. Se, por um
lado, pecar era fazer ou deixar de fazer, na interpretação do
Mestre por excelência, pecado era a própria intenção, e precisava
de remédio. Assim, não era apenas matar que era pecado, mas
odiar. O adultério não era o ato em si, mas a intenção de cobiçar
quem era do próximo.
Seus
ensinos foram sem igual. Conquanto falasse de coisas tão profundas,
que dois mil anos de história da igreja ainda não conseguiram
esgotar os comentários a respeito dos seus ensinamentos, Cristo
falava de forma simples, para que o povo simples compreendesse.
Ele não tinha o objetivo de complicar a cabeça das pessoas,
mas de tornar a Lei de Deus clara e praticável. Assim, ao invés
de dar conceitos difíceis sobre fé, Cristo faz uso de um simples
grão de mostarda, e diz que se a nossa fé for daquele tamanho,
já teremos poder suficiente para tirar montanhas do caminho.
Jesus compara a alegria de encontrar o Reino dos céus ao gozo
de se achar uma ovelha perdida ou uma moeda que caiu no assoalho.
Ao falar da eternidade, Jesus diz que aquele que não se prepara,
é como o homem próspero, que morre e deixa o celeiro cheio,
mas a alma perdida. Jesus fala da eternidade com tamanha simplicidade,
que transforma o Céu num bairro, e a presença pessoal de cada
salvo numa morada, e promete morada para todos os que crêem.
Fala de ressurreição, de perdão, de bondade, de fé, de amor.
Suas
palavras foram profundas, ao ponto de deixarem boquiabertos
os mestres da Lei, que tentavam encontrar motivos de que o acusar.
No entanto, quanto mais o testavam, mais se surpreendiam. Quanto
tentaram tirar dele uma declaração de que não dever-se-ia pagar
impostos, Ele afirmou: “Daí a César o que é de César, e a Deus
o que é de Deus” (Lucas 10.25). Ao perguntarem-lhe qual o maior
mandamento, trouxe à tona a “regra de ouro”: “Amar a Deus sobre
todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo” (Lucas 10.27),
e deixou os escribas felizes e perplexos, pois, quanto mais
tentavam desmenti-lo, tanto mais o admiravam!
Há
muitos livros no mundo. As bibliotecas estão abarrotadas de
textos e mensagens. Mas nenhuma mensagem supera a mensagem de
Cristo, cujos ensinamentos não transformam homens simples em
homens-bomba, ou cidadãos honrados em justiceiros com as próprias
mãos. Aonde o Evangelho chega, chega também a prosperidade,
a graça, o perdão, o amor, a fé, a fidelidade, a pureza, a candura,
a alegria. A mensagem de Cristo é um remédio, é o elixir da
longa vida, é o verdadeiro bálsamo curador! Curadas as fontes,
curadas ficarão as águas; quando a mensagem cura o coração,
a vida humana se transforma, por conseqüência.
V
– SEU SACRIFÍCIO FOI SEM IGUAL
Por
mais que procuremos entender o propósito eterno do Pai, nunca
compreenderemos na totalidade a maldade do coração humano. Como
puderam conduzir Cristo ao martírio cruento, ao sofrimento indizível,
à crucificação horrenda? Entretanto, se fôssemos nós que lá
estivéssemos, não teríamos sido melhores do que eles, porque
somos pecadores, somos maus em nosso íntimo, e não agiríamos
diferentemente.
Cristo
foi preso. Sua prisão foi um ato de traição. Quis Judas Iscariotes
provocar o guerreiro e soberano que havia no peito de Cristo.
Desconhecia, entretanto, que o Seu império, que não terá fim,
não é feito de revoltas, mentiras e subornos, mas de conversão,
transformação, paz e verdade. Judas vendeu a Cristo. E, por
mais triste e com remorsos que tenham sido os seus últimos momentos,
não teve Judas o arrependimento, que certamente poderia ter-lhe
dado uma chance. Ele viu o Salvador sofrer.
Inúmeros
filmes e peças teatrais são exibidos nesta época, retratando
o que se passou naqueles dias horríveis do martírio do Senhor.
Seu martírio foi físico, moral, espiritual, emocional.
Sua
dor foi tremenda, porque Cristo não sofria merecidamente. Cada
um de nós, pecador que somos, merecíamos o castigo. Entretanto,
nos dizeres de Pilatos, que rendeu-se ao populacho que pedia
a sua crucificação, “Este, que mal fez?” (conforme Marcos 15.14).
A
dor de Cristo fora tão grande, que, momentos antes de ser preso,
Ele orava pedindo ao Pai para passar dele esse cálice, mas que
o Pai mantivesse Seu plano, caso não fosse possível passá-lo.
E, por não ser possível alterar o propósito eterno, seu sofrimento
foi tão intenso e grande, que Cristo suou sangue, e foi preciso
um anjo do céu para fortalecê-lo, pois poderia ter falecido
antes da hora (conforme Lucas 22.44). A mesma população que
clamava em alta voz uma semana antes, dizendo: “bendito o que
vem em nome do Senhor!”, conforme João 12.13, era a mesma que
agora clamava, incitada pelos fariseus: “crucifica-o! Crucifica-o!”
(Lucas 23.21). Como somos pecadores, mesquinhos, insensatos,
volúveis! Cristo estava sofrendo, e foi por mim! Foi por você!
Sofria
espiritualmente, porque as labaredas do Inferno chamuscavam
Seus pés divinos. Até o Pai escondera momentaneamente a graça
da comunhão, por um instante, tendo em vista que Cristo estava
com todos os nossos pecados sobre suas costas! “Mas ele foi
ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa
das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava
sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Is
53:5)
Aquela
cruz não era dele. Aquela cruz era minha. Eu é quem merecia
estar lá. Mas Ele tomou o meu lugar. Ele assumiu a minha culpa.
Ele levou sobre si os meus pecados. O que poderei eu fazer,
em gratidão por tamanho amor?
VI
– SUA RESSURREIÇÃO FOI SEM IGUAL
Morto
por tamanho sofrimento, e sepultado num túmulo escavado na pedra,
a morte não podia conter o próprio Autor da vida. Hospedando-o
por três dias, não foi capaz de suportar a presença do próprio
Deus, e vomitou-o do túmulo, derrotada, vencida e declarada
inferior. Na manhã do terceiro dia, antes que o dia raiasse,
a enorme pedra na boca do túmulo foi rolada por um anjo, e a
mesma voz do “sai para fora” tirou Cristo da sepultura, trazendo-o
à vida, e agora com um corpo incorruptível, carne e ossos, transformado,
vitorioso, glorificado.
Os
grandes homens, que citei de início, morreram, e seus túmulos
estão lá, atestando que não puderam superar o mau derradeiro.
Martin Luther King, Fleming, Pasteur, Edison, e tantos outros,
foram maravilhosos, mas morreram e continuam mortos. Os líderes
religiosos, fundadores de religiões, também morreram e foram
sepultados ou cremados: Allan Kardec, Maomé, Confúcio, Budha,
Zarur e todos os outros.
Mas
esse homem, JESUS CRISTO, o Filho do Deus vivo, um homem sem
igual, não está morto, mas ressurgiu, e sua sepultura aberta
e vazia atesta para o mundo e a história, de que Ele é o Senhor
da vida, o Senhor da morte, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores,
o único em quem podemos confiar, o único a quem podemos confiar
a nossa alma, pois nEle não há morte, Ele venceu e vive!
CONCLUSÃO
Cristo
teve uma vida sem igual. O seu nascimento, o seu desenvolvimento,
o seu ministério, a sua mensagem, a sua morte e ressurreição,
atestam para um ser acima de todos os seres, um ser celestial,
diferente, sui generis, Todo-Poderoso.
É
isso que nos faz proclamar a Sua mensagem. É isso que nos faz
anunciar hoje, em todos os lugares do mundo, que Jesus Cristo
é o único que pode salvar o homem de Seus pecados e garantir-lhe
a vida eterna! Foi Ele quem disse: “Eu sou a ressurreição e
a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” ; (Jo
11:25). Também afirmou: “Na verdade, na verdade vos digo que
quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem
a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte
para a vida.” (Jo 5:24). E também: “Porque Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
(Jo 3:16)
Dê
hoje o seu coração para Jesus Cristo. Receba-o pela fé. Reconheça-o
Senhor e Salvador. Reconheça-se pecador e indigno. Reconheça-se
carente da graça do Senhor. A bíblia diz que devemos confessá-lo
com coragem, publica e interiormente. Assim ela diz: “E digo-vos
que todo aquele que me confessar diante dos homens também o
Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus.” (Lc 12:8).
A salvação vem pela fé, e a fé na Palavra de Deus.
Confesse
Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, hoje!
Wagner
Antonio de Araújo
Obs:
O áudio desta mensagem está armazenado na página gentilmente
criada pelo Missionário Yrorrito Abe, de Goiânia, GO, sob o
título IGREJA BATISTA BOAS NOVAS DE OSASCO, SP. A ele agradecemos
de todo o nosso coração.
“Verdadeiramente ele tomou
sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou
sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus,
e oprimido.”
INTRODUÇÃO
Ninguém aprecia sentir dor.
Os laboratórios farmacológicos e os congressos de medicina
têm gasto fortunas tentando descobrir medicamentos que
combatam com eficácia todo tipo de dor. Mesmo que não
resolvam o problema da origem, assim, para dores severas,
temos os analgésicos, e para dores insuportáveis, temos
a morfina. Entretanto, há outras dores no mundo e nos
corações humanos.
Há a dor de se perder um
ente querido, ou perder um grande amor. Há a dor da despedida
quando partimos para algum lugar distante. Há a dor do
final de uma etapa, quando terminamos uma faculdade e
deixamos uma classe. Ou da aposentadoria, quando deixamos
o posto de trabalho, que ocupávamos há tantos anos.
Há também dores morais.
Há a dor de sofrer uma injustiça. Há a dor de se perguntar
“por que?”, e não obter-se respostas. Há a dor de ser
humilhado, de ser difamado, de ser criticado. Dores que
não passam com remédios, com morfina, com receitas.
Há a dor do arrependimento,
do remorso, do “por que fiz isso?”, “por que perdi o meu
tempo?”, “por que escolhi isso?”, “por que agi assim?”.
E quando não se consegue tratar essa dor, adquirem-se
sérios problemas para o resto da vida.
Dor. Infelizmente convivemos
com ela o tempo todo. Vemo-la real e presente.
Contudo, ninguém teve uma
dor tão severa, tão intensa, tão real, tão profunda, tão
extensiva, quanto Jesus Cristo em sua paixão pela humanidade
perdida.
Sim, Cristo, teve a dor
das dores, enfrentou um sofrimento intenso, palpável,
terrível, medonha, foi uma dor sem igual. E em que a dor
de Cristo foi sem igual?
I – DOR FÍSICA
A sua dor foi física. O
seu corpo suava gotas de sangue (conforme Lucas 22.44).
Levaram-no violentamente à casa do sumo sacerdote, e lá
o esbofetearam sem piedade, perguntando-lhe quem foi que
lhe batera (Mateus 26.68). Arrastaram-no a Pilatos, humilhando-o,
e depois a Herodes, e mais uma vez a Pilatos. Esse mandou
que o chicoteassem (Marcos 15.15). Tais chicotes eram
munidos de lancetas de ferro, que abriam sulcos na pele.
Os guardas lhe colocaram uma coroa feita de espinhos,
cujas pontas chegavam a três centímetros, e foram-lhe
enterradas na cabeça.
Então, quando o seu corpo
ardia em febre, e com o sangue coalhado e grudado na pele,
colocaram em suas costas uma cruz pesada. Colocar uma
madeira entre os braços, ou colocar em seu ombro a cruz
já montada, ambas as versões são possíveis, porém, indiferentes
quanto à dor e ao sofrimento. Sua caminhada de cerca de
3 quilômetros, foi cruel, severa, desumana, medonha, terrível.
Chegando lá, tomaram seus
pés, estenderam-nos e, esticando os seus pés sem piedade,
pregaram-nos a marteladas. Pregos enormes, para segurar
os pés na cruz. O mesmo fizeram com suas mãos. A dor que
Jesus sentia era agonizante. Calafrios, repuxões, ínguas,
câimbras, desconforto, ardume, picadas de mosquito, algo
cruel demais. Porém, seu sofrimento não foi apenas físico.
II – DOR MORAL
Cristo estava sendo punido
por crimes que não cometera. Você já foi injustiçado em
alguma circunstância? Imagine Jesus, sendo crucificado
sem merecer! Cristo estava sendo humilhado, martirizado,
ferido, sangrado, aprisionado, morto, e não devia nada...
Mas isso ele fazia, não
por ser um mártir tão-somente, ou por amar o sofrimento.
Jamais! A bíblia nos diz que Ele tinha uma glória anterior
com o Pai celestial (conforme João 17.5), servido por
anjos, sentado junto ao trono, na luz inacessível, via-se
punido pela própria criatura que criara! E isto ele fez
por nós! Porque o seu sofrimento foi mais que moral.
III – DOR VICÁRIA
A palavra VICÁRIO significa
“em lugar de alguém”. Cristo não sofreu por si. Cristo
não sangrou por si. Cristo não foi humilhado por si. Cristo
não se sentiu só, por si. Ele fez tudo isso em lugar de
alguém. E esse alguém era eu, era você, éramos nós.
“As nossas dores levou sobre
si”. Foi para tomar o lugar de todo aquele que crê, que
Jesus sofreu o que sofreu. Cada chicotada, cada escarrada
recebida, cada espinho na cabeça, cada tombo no caminho,
cada murro, cada prego, Cristo sofria vicariamente.
Ele tomou sobre si os nossos
pecados. Diante de um Deus justo, nada mais justo do que
se fazer justiça. Assim, para cada erro, para cada má
escolha, para cada pecado, Necessário era que fosse pago,
que fosse justamente quitado. E diante do justo Deus,
o salário do pecado “é a morte” (Romanos 3.23); isto é,
a eterna separação de Deus.
Se qualquer um de nós tivesse
que pagar com a própria pele, o pagamento seria a eterna
separação de Deus, o inferno, as trevas, o lago de fogo
e enxofre, e de lá jamais sairia.
Só havia uma pessoa capaz
de pagar esse preço, e essa pessoa não precisava fazer
isso. Jesus! Sim, porque, por não ser um homem pecador,
Ele nada devia. No entanto, “seu amor por mim é mais doce
que o mel, e sua misericórdia é nova a cada dia”. Ele
teve piedade de nós. Ele sabia que a dor seria indescritível,
mas ele quis pagar em nosso lugar, se sacrificar por nós!
E tornou-se, nos dizeres
de João Batista, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado
do mundo! “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha
para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo.”(Jo 1:29). Ele foi imolado como
ovelha muda: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu
a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro,
e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim
ele não abriu a sua boca.”(Is 53:7)
IV – DOR ESPIRITUAL
Enquanto era punido pelos
nossos pecados, Cristo experimentou a feiúra de uma alma
sem comunhão com Deus. Experimentou a solidão, experimentou
o desespero. Experimentou o medo. Experimentou a sensação
de desesperança. E, diga-se mais uma vez, fez isso em
nosso lugar, unicamente por nos amar!
Satanás estava contemplando,
naquela cruz, o ser punido como o maior pecador de todos
os tempos. Sobre as costas de Cristo repousavam os adultérios
os assaltos, os terrorismos, as traições, as mentiras,
as feitiçarias, os homicídios, as pedofilias, as rebeliões,
os vícios, os tráficos, e toda sorte de males do coração
humano.
O inferno é o lugar para
punir os pecadores, Era como se as próprias labaredas
de lá chamuscassem os pés sacrossantos do Salvador, dizendo-lhe:
“Virás pra cá, Nazareno! Te aguardamos!”
Ao olhar para o céu enegrecido,
e para o enorme silêncio espiritual, Cristo sentiu solidão,
e clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”
(Mateus 27.46). Sim, porque a dor era intensa, Jesus questionava
a situação, o porquê do Pai permitir que isso fosse tão
longe. Mas era necessário. Se o Pai interrompesse o sacrifico,
todos os que cressem em Cristo não teriam a menor chance
de serem justificados. Assim, Deus amou tanto ao mundo,
tanto a mim, e a você, que, naquele instante, optou por
nos salvar, mesmo que isso custasse todo o cruento sacrifício
do seu filho.
V – DOR DA INGRATIDÃO
Mas há uma dor posterior,
ainda queimando no coração de Jesus. Ele expressou-a ao
chorar sobre Jerusalém, dizendo: ”Porque eu vos digo que
desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito
o que vem em nome do Senhor” (Mt 23:39). É a dor da ingratidão.
Mesmo tendo sofrido tanto,
mesmo tendo doado a si próprio, mesmo assumindo cada um
dos pecados da raça humana, as pessoas ainda o desprezam,
fazendo pouco caso de sua morte, não crendo em sua ressurreição,
se envergonhando dele, e transformando a Páscoa numa festa
da fertilidade, simbolizada por ovos e coelhos!...
Por ser uma nação dita católica,
era para ser um “dia santo”, onde as pessoas refletissem
sobre tudo isso. Mas aonde estão elas, senão umas poucas
religiosas, que ainda se preocupam com isso? A maioria
está vivendo na absoluta normalidade, apáticos à palavra
de Deus, fazendo os pecados de sempre, e nem mesmo suas
igreja conseguem mobilizá-los!
Ingratidão! O mundo se esqueceu
da cruz! O mundo zomba da cruz. O mundo não faz caso da
cruz. E isto já estava predito pelo Senhor, quando disse:
“...Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará
fé na terra?” (Lc 18:8b)
Essa dor tem remédio. Ela
acaba no instante que alguém, com humildade, contrição
e fé, enaltece e aceita todo esse sacrifício, toda essa
dor sem igual, e a aceita para si próprio, como a sua
própria salvação. Sim, porque hoje, a única coisa que
temos a fazer para alcançar a vida eterna, é aceitar esse
sacrifício para nós.
CONCLUSÃO
Cristo sofreu dor sem igual.
Sua dor foi física, foi moral, foi espiritual, foi vicária,
foi em nosso lugar e por nós. Mas a dor da ingratidão,
pode ser curada, quando nós deixarmos de ser ingratos,
e recebermos a Ele como Senhor e Salvador.
Disso depende a nossa salvação.
Cristo fez tudo por nós. E de nós, só nos pede que creiamos
em seu sacrifício, e que o confessemos publicamente como
nosso único e suficiente salvador.
Somos pecadores. Merecemos
o inferno. Não há lugar para pecadores no céu. Não há
como entrar. Portanto, estaríamos absolutamente perdidos,
não fosse a dor de Jesus, que, mesmo vendo todo o sofrimento
que teria, ousou nos amar mais do que a si mesmo, e ofereceu-se
como sacrifício, pagando, na cruz, o preço pelos nossos
próprios pecados!
Amigo, aceite-o nessa noite,
em seu coração, receba-o como Seu Salvador! Ele diz em
sua palavra: “Portanto, qualquer que me confessar diante
dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está
nos céus.” (Mt 10:32). Diz também: “Vinde a mim, todos
os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei”
(Mt 11.28).
Não seja ingrato com o Senhor.
Não se envergonhe de sua cruz, de seu sacrifício. Disto
depende a nova vida, que você pode receber hoje! “Enquanto
se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os
vossos corações, como na provocação.” (Hb 3:15)
Que a dor de Jesus não tenha
sido em vão, por você.
Mas Deus prova o seu amor para
conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda
pecadores.
INTRODUÇÃO
“Por favor, não me fale sobre
a morte!” É o que dizemos através de toda a vida, não
com palavras, mas com todas as atitudes possíveis, para
nos fazer esquecer, que um dia teremos que morrer. Morrem
os jovens, morrem os velhos, morrem os bonitos, morrem
os feios, morrem os ricos, morrem os pobres, todos um
dia irão morrer. A indústria do entretenimento gasta bilhões
anualmente, para entreter as pessoas, buscando desviar
delas os pensamentos que confrontem-nas de que são mortais,
e que um dia terão que encarar a sepultura! Há aqueles
que não gostam de velórios (e eu sou um desses), mas há
aqueles que temem um morto! Não que o morto tenha algo
para falar ou fazer, mas ele representa o futuro físico
de todos nós. Salomão, há muito tempo, expressou-se da
seguinte maneira: “O coração dos sábios está na casa do
luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria.” (Ec
7:4), ou então: “Melhor é ir à casa onde há luto do que
ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim
de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.”(Ec 7:2)
Há mortes inesquecíveis, principalmente
daquelas pessoas a quem amávamos. Nossos pais, nosso cônjuge,
um filho, uma filha, um neto, nós nunca mais nos esquecemos.
Há mortes que deixaram um buraco, um vazio, uma saudade,
uma dor, um sofrimento. Nós, de quando em vez, sentimos
a ausência daquela pessoa, e isso dói em nosso coração.
Outros, contudo, quando morrem,
escutam a nossa alma dizer: “Já foi tarde! Demorou!” São
as pessoas ruins, execráveis, pessoas antipáticas, pessoas
que fazem mal, que destroem, que não amam, que não constroem.
Houve um rei em Israel, cujo nome era Jeorão, e encontramos
esses dizeres a respeito de si: “Era da idade de trinta
e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos
em Jerusalém; e foi, sem deixar de si saudades;” (2 Crônicas
21.20)
Há mortes naturais, mortes
benditas, mortes em que o moribundo morre dormindo, em
paz. Há outros que agonizam. Outros sofrem terríveis acidentes,
e ainda outros desaparecem, sem deixar vestígio algum.
Nenhum de nós aprecia qualquer tipo de morte, mas certamente
preferimos a que, aos nossos olhos, cause menor sofrimento.
O medo do desconhecido nos apavora, e, quando não sabemos
qual será o nosso destino, então nos enlouquece, e fazemos
questão de nem pensar no assunto.
Mas nós iremos morrer, cedo
ou tarde, gostemos ou não, queiramos ou não. E o que será
de nossa alma?
Houve uma morte, que marcou
a história da humanidade, não apenas por ter sido a morte
de nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, mas pelas
conseqüências e resultados da mesma, para a toda a história
do mundo. A morte de Cristo teve características marcantes,
inesquecíveis, e provocou efeitos de vida em todos aqueles
que dela se beneficiam, através da fé, do reconhecimento
e da aceitação da mesma como seu próprio sacrifício por
nós.
E em que essa morte foi sem
igual? Porque Cristo pregou morrendo! E sua mensagem ecoa
há dois mil anos, por toda parte, tocando em cada coração,
e fazendo com que o pobre se torne rico da graça de Deus,
o moribundo tenha cura de sua alma, o entristecido encontre
razões para a alegria, o perdido ache a sua salvação.
Seu sermão se Expressa em sete
frases, fulgurantes, poderosas, memoráveis, que transcendem
a cruz, e penetram na eternidade.
Quais são elas?
I – PERDÃO AOS SEUS ALGOZES
“E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes,
porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes,
lançaram sortes.” (Lc 23:34)
Como é possível alguém, em
franca tortura e martírio, poder suplicar por perdão a
quem o feria? Sim, é humanamente quase impossível que
alguém faça isso, porque nós queremos justiça! Nós queremos
que os errados paguem pelos seus erros! E, quando alguém
nos prejudica, nos fere, nos humilha, nos despreza, queremos
firmemente que tal pessoa seja punida, que reconheça o
seu erro, que pague pelo prejuízo que nos causou! É assim
quando nos roubam, quando nos acidentam, quando nos demitem,
quando nos provocam!
Cristo, contudo, não buscava
a vingança, mas suplicava por perdão. E por que? Porque,
primeiramente, ele ali estava como o cordeiro de Deus.
A ovelha segue muda perante os seus tosquiadores, e quando
vai ser imolada, não foge, não reclama, apenas chora,
lamentando, triste. A ovelha chega a enlouquecer os seus
carrascos, porque a sua mansidão fere a violência das
mãos de um matador. Cristo, ali, era ovelha, muda perante
os seus carrascos, os seus matadores. E o que ele queria?
Queria que o Pai os perdoasse, porque eles não tinham
idéia do que estavam fazendo! Eles estavam ferindo o Rei
da Glória, o Soberano do Universo, o Criador das vidas,
o Sustentador de tudo! Ali, em suas mãos, estava o Filho
da Divindade, e eles o estavam tratando como a um criminoso
da pior qualidade! Claro que seria justo pedir por vingança,
pois Deus é o vingador! Se, por um lado seria humano pedir
justiça, foi divino pedir por perdão! Tal clamor tocou
no coração do Pai, porque, após a morte de Cristo, ao
ver os sinais, o próprio centurião deu glória a Deus,
reconhecendo que matara um justo!”E o centurião, vendo
o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na
verdade, este homem era justo.”(Lc 23:47)
II – SALVAÇÃO AO ARREPENDIDO
“E disse-lhe Jesus: Em verdade
te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”(Lc 23:43) Era uma situação
terrível. Cristo pendia na cruz central, e dois ladrões
nas cruzes laterais. Um deles era ímpio, e buscava sua
própria salvação física, insultando Jesus para que descesse
da cruz e o livrasse desse sofrimento também. O outro,
contudo, ao invés disso, repreende o companheiro de pena,
dizendo que os dois eram dignos de estar pendendo na cruz,
porque os seus feitos fizeram jus ao castigo. Porém, continuou
ele, esse justo, Jesus, nada fez!
E, ao olhar para Cristo, suplicou,
dizendo: “lembra-te de mim, quando vieres no teu Reino”,
ou, nas traduções mais antigas, “lembra-te de mim quando
entrares no teu Reino”. Esse ladrão reconheceu que Cristo
era rei, que teria um reino, que reinaria, e que era suficientemente
poderosos para ressuscitá-lo, uma vez que da cruz ambos
não escapariam.
Cristo, ao invés de buscar
o seu próprio conforto, ou de repreender o outro, ou ignorar
a voz de súplica (a sua dor já era por demais importante),
encontrou tempo, misericórdia e amor, para dizer ao moribundo:
“Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”!
Oh, que Cristo maravilhoso,
que não lança em rosto os nossos pecados, os nossos erros,
o nosso passado, mas atende com amor e doçura um pedido
de clemência, de misericórdia, de perdão, de salvação!
Sim, até na cruz Cristo foi capaz de salvar! Até na cruz
um bandido conseguiu o perdão de seus pecados, e entrou
no Paraíso, lugar em que até grandes religiosos não chegarão
nem perto! Porque o caminho para a salvação não é o conhecimento
religioso puro e simples, mas é Jesus Cristo, o Salvador,
a quem podemos recorrer neste momento, clamando-lhe por
perdão e misericórdia! E quem aqui não é pecador? E quem
aqui não precisa de um salvador?
III – CUIDADOS FAMILIARES
“Ora Jesus, vendo ali sua mãe,
e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse
a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Ora Jesus, vendo
ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava
presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela
hora o discípulo a recebeu em sua casa.” (Jo 19:27)
Era responsabilidade do filho
mais velho, suprir a sua família dos cuidados que o pai
deveria suprir, se estivesse vivo. Entretanto, José já
não vivia mais, e Jesus era o responsável pela casa. Morrendo,
quem cuidaria de tudo? Havia outros irmãos, mas estes,
infelizmente, não eram tementes a Deus, nem reconheciam,
naquele momento, que Jesus era o Cristo. Talvez não fossem
responsáveis. Cristo, então, confia a sua mãe ao seu discípulo
amado João. Sim, Cristo não falta à responsabilidade familiar.
Que grande amor Jesus teve
por sua mãe! Certamente ela ocupava em seu coração, um
lugar muito especial. Ocupava e ocupa. Ela só não ocupa
o lugar em que as fábulas religiosas a colocam, qual seja,
a de rainha dos céus, a de assunta ao céu. Ela nunca foi
rainha, a não ser, talvez, carinhosamente, no coração
de seus filhos. Nem tampouco foi assunta ao céu, como
Jesus, levada viva por suas mãos. Maria também foi salva
por Jesus, pois expressa, em seu cântico, a seguinte frase:
“A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se
alegra em Deus, o meu Salvador” (Lucas 1.47)
Mas Jesus não a deixa desassistida.
Ele provê um cuidador para ela. E que beleza, quando,
posteriormente lemos, que Maria fazia parte do primeiro
grupo de cristãos, que estava entre os apóstolos, e mais
à frente, encontramos dois dos irmãos do Senhor, Judas
e Tiago, tornando-se não apenas líderes, mas escritores
do novo testamento! Bendito seja o amor pela família!
IV – SOFRIMENTO INDESCRITÍVEL
“E, à hora nona, Jesus exclamou
com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que,
traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”(Mc 15:34); “Depois, sabendo Jesus que já todas
as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se
cumprisse, disse: Tenho sede.” (Jo 19:28)
As trevas cobriam a face da
Terra. Imagino que as corredeiras pararam, as cataratas
seguraram as suas águas, o mar deixou-se envolver por
um silêncio global. Os pássaros nada cantavam, as estrelas
cintilavam com apreensão, os animais no campo, com tristeza,
aquietaram-se. As flores deixaram o seu perfume guardado.
O mundo sofria. Sofria com Cristo. Lá estava ele. Pendendo,
sofrendo, amargando a pena, que não era dele, mas era
minha, era sua, era nossa, era de toda a humanidade!
Cristo não percebe a presença
do Pai! E clama! Por que? Por que me desamparaste? É claro
que o Pai jamais deixara o filho, mas tivera que deixar
ele sofrer amargamente até a sensação da solidão, porque
naquele instante, ele representava toda a humanidade,
e todo o castigo que todos deveriam sofrer. Deus fez cair
nas costas de Seu filho, todos os nossos pecados!
“Tenho sede”, sim, o seu corpo
estava em carne viva. O inchaço agora, deveria cobrir
cada região surrada, ferida, sangrada. O sangue coagulado,
formando cascas, os mosquitos beliscando, o suor a banhar
sua barriga, o ar a faltar-lhe nos pulmões, e a garganta
absolutamente seca! Meu Deus, era eu quem deveria estar
lá, não Jesus! E ele fez isso por mim! Por que? Por que
me amor e sacrificou-se assim? Foi por mim! Foi por você!
V – A OBRA COMPLETA
“E, quando Jesus tomou o vinagre,
disse: Está consumado.” (Jo 19:30)
Sim. Agora já não havia mais
demora. Estava terminada a dor. Seu corpo já não agüentava
mais tanto sofrimento. Ele pagara tudo. Tudo o que eu
e você, e toda a humanidade, devíamos. Ele fez-se sacrifício
por nós. Naquele momento ele estava completando a justiça
de Deus. Tudo o que o Deus justo exigia de pagamento,
O filho estava pagando, e não havia mais forças, não havia
mais condições, não havia mais o que fazer.
Cristo sentia o seu corpo morrendo.
Cristo sentia cada órgão, cada membro, cada parte, parando
as suas funções, desligando-se, em plena flor da idade,
não voluntariamente, mas por causa do sofrimento a que
estava sendo submetido. Cristo morria, e estava para expirar.
Sim, a obra de Cristo era tomar
sobre si os nossos pecados. E isso ele fizera. E como
fizera! Era um espetáculo para as pessoas admirarem. Era
zombado pelos soldados, o mundo ridicularizava, e mal
sabiam que ali, diante de seus olhos, estava o maior fato
de todos os tempos, a redenção do universo, se concretizando
através de um Deus amoroso, que exige do homem um pagamento,
e ele mesmo paga por ele! Um Deus que supre até o que
pede! O único e verdadeiro Deus!
E hoje, a nossa obra é crer
na obra que Deus fez em Cristo, quando pagou pelos pecados
da humanidade, ali, no Calvário!
VI – A ENTREGA NAS MÃOS DO
PAI
“E, clamando Jesus com grande
voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.
E, havendo dito isto, expirou.” (Lc 23:46) Um grande brado,
para que o céu, a terra, o mar, o cosmos, o universo,
o inferno, as dimensões todas, todos escutassem: Cristo
terminara a sua obra, e devolvia seu espírito ao Pai!
Sim, os fatos que se sucederam
à essa entrega e à essa morte, foram aterrorizantes, e
maravilhosos! Lá no templo o véu, que separava o Santo
dos santos, que era um lugar inacessível, rasgou-se de
cima à baixo, provando, com isso, que não precisavam mais
nem de sacerdotes para levar sacrifícios, nem de sangue
algum, porque o sangue de Cristo, ora derramado, era suficiente
para todo homem e mulher alcançarem o perdão e a redenção!
Não havia mais separação, porque um novo e vivo caminho
havia sido inaugurado! Cristo era o caminho, a verdade
e a vida!
Mortos ressuscitaram e entraram
na cidade! Um terremoto atingiu toda a Ásia, e a tempestade
foi fenomenal! A morte de Cristo afetara todo o universo!
Creio que a natureza, estagnada por três horas, quando
o sol esteve de luto, aguardando o desfecho, soltou-se
violentamente, querendo dizer: “Homens, vocês não merecem
o Deus que têm, mas aproveitem esse grande amor e rendam-se
a Ele!”
Nas mãos do Pai! Foi nessas
mãos santas e poderosas, que Cristo colocou-se, para morrer!
É nessas mãos que o crente deposita a sua fé e a sua confiança,
para que a sua alma também encontre, não apenas a salvação,
mas a companhia e a graça daquele que nos criou! E Em
Cristo, confiados em seu sacrifício, podemos nos aproximar
de Deus, e nos apropriar, pela fé, de nossa salvação!
CONCLUSÃO
Sua morte foi sem igual. Os
seus efeitos foram sem igual. Ao terceiro dia, seu corpo
não continuou na sepultura, mas saiu, vivo, ressurreto,
incorruptível, imortal! A sua morte é capaz de provocar
vida, não apenas em si, mas em todo aquele que, pela fé,
aceita esse sacrifício e essa doação, como para si próprio!
Foi o que Cristo disse: “eu
sou a ressurreição e a vida! Aquele que crê em mim, ainda
que esteja morto, viverá, e todo aquele que vive e crê
em mim, nunca morrerá eternamente!” (conforme João 11.25)
Hoje, não precisamos mais pagar
pelos nossos pecados, se quisermos. Podemos aceitar que
o pagamento de Cristo, tenha sido por nós, e, pela fé,
nos apropriar dessa salvação. Então, o que estamos esperando?
Vamos receber a Cristo como o nosso único e suficiente
salvador! Não há outro que tenha feito isso pela humanidade!
Não há outro que tenha doado a vida, e tenha tomado ela
de volta, não há outro mediador entre Deus e os homens,
é só Cristo, é só Jesus! E só precisamos crer nele, confessá-lo,
recebê-lo, aceitá-lo! Seria muito pedir para que você
fizesse uma pública decisão de fé? Isso é demais?
Olhe para as mãos ensagüentadas
de Cristo! Olhe para os seus pés furados! Olhe para a
sua coroa de espinhos! Olhe para ele, quase totalmente
despido e em carne viva, pendurado na cruz! E eu pergunto:
é muito dizer: “Cristo, eu te recebo como meu único e
suficiente salvador, pela fé, e seguirei os teus passos
por toda a minha vida”?
Se for muito, sinto realmente,
mas o céu não é para quem não se considera pecador. O
céu é para os pecadores, mas pecadores humildes, que se
arrependem e se convertem.
“Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará
a nós pelo seu poder”
INTRODUÇÃO
Temos meditado, nesta série de conferências, sobre a pessoa
bendita de Jesus Cristo, a quem denominamos UM HOMEM SEM IGUAL.
E, na medida em que as noites passam, procuramos analisar pormenorizadamente
alguns aspectos desta inaudita e augusta pessoa. Descobrimos
que ele é um homem sem igual, porque sua vida foi sem igual.
Seu exemplo, suas obras, suas palavras, seu nascimento, seu
ministério, mensagem, sacrifício, tudo foi especial em Jesus.
Também caminhamos e sentimos a sua dor, que foi sem igual. Não
restringiu-se à dor física, ainda que esta fosse desumana e
cruel. Seu sofrimento foi espiritual, foi moral, foi vicário,
isto é, em lugar dos outros, foi representativo, e sentimos
tristeza, ao saber que a dor da ingratidão continua real, mas
exultamos ao descobrir que há gozo em seu coração, no instante
que um pecador inconverso decide-se entregar ao Filho de Deus.
Em nosso último encontro, estivemos a contemplar Jesus Cristo,
pendendo na cruz, sofrendo amarga dor, e pregando, com suas
últimas palavras, o maior sermão de todos os tempos. Ali, Jesus
teve, em frases soltas, a maior de todas as oportunidades, para
mostrar quem realmente ele era: bondoso, amoroso, dando valor
ao próximo, não omitindo os cuidados com sua família, sofrendo
sacrificialmente em lugar de todos os homens e completando essa
obra, e, por fim, rendendo a sua alma ao Pai.
Entretanto, nos dizeres do Apóstolo Paulo, “E, se Cristo não
ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa
fé.” (1Co 15:14). Sim, porque o ministério de Cristo, teria
terminado no pior de todos os fracassos de toda a história.
A nossa fé seria a fé em um homem vencido, um mero mártir de
mais uma causa humanitária, um pobre ninguém, que fez nome na
Palestina. Ou, então, seria mais um líder religioso, a ludibriar
os seus adeptos, ou um filósofo a proclamar bons princípios
para a vida, ou, nos dizeres espíritas, uma alma iluminada,
que guia os fiéis à luz.
Cristo, entretanto, teve algo que nenhum líder religioso, pôde
ter até hoje. Nenhum vulto da história, nenhum personagem do
universo, ninguém contou com um fato marcante e decisivo sobre
a sua carreira: CRISTO RESSUSCITOU! Aleluia! Ele saiu da seputura,
vivo, não em espírito, mas em corpo e alma, o mesmo corpo que
sofreu no Calvário, foi o corpo que foi tirado da sepultura,
e revestido da incorruptibilidade eternal!
Mas, poderiam alguns dizer, houve outros personagens bíblicos,
que também ressuscitaram. Cristo mesmo ressuscitou algumas pessoas.
No velho testamento, encontramos um profeta ressuscitando quando
o seu corpo encostou nos ossos de outro profeta. Em que a ressurreição
de Cristo foi sem igual, e o torna único e todo-suficiente para
a nossa fé?
I – SUA RESSURREIÇÃO FOI CORPÓREA
Há uma lenda religiosa, que diz ter Jesus ressuscitado espiritualmente
apenas, que o que saiu da sepultura, foi apenas a sua alma,
não o seu corpo. E, pasmem os senhores, há crentes sinceros,
ignorantes, que acreditam numa tal mentira!
Sim, Cristo ressuscitou, e foi ressuscitado fisicamente! E o
seu corpo saiu transformado da sepultura. Nós sabemos que “carne
e sangue não herdarão o Reino de Deus”, conforme lemos em I
Coríntios 15.50. Sim, carne e sangue representam a humanidade
decaída, a velha natureza, a vida que termina, que morre, que
vira pó novamente. Essa natureza não terá parte nos Céus, tendo
em vista que está sob a maldição do Criador, que puniu Adão
e todos os seus descendentes, com a volta ao pó, de onde foi
criado.
Entretanto, após a ressurreição de Jesus, Ele, ao aparecer aos
seus onze apóstolos, vendo que pensavam ser ele um espírito,
um fantasma, uma alma, uma mera aparição, ordenou: “Vede as
minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede,
pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu
tenho.”(Lc 24:39). Sim, carne e sangue não herdarão o Reino
de Deus, mas carne e ossos, transformados, incorruptíveis, revestidos
de algo tão poderoso, que brecará todas as funções decaídas
desse corpo, isto sim, herdará o Reino de Deus!
E Cristo saiu assim, da sepultura! Oh, graça bendita! Oh, poder
sem igual! Que é capaz de tomar um corpo morto, inerte, e dar-lhe
novamente a vida! Cristo não ficou na sepultura, Cristo saiu,
saiu na madrugada, e está vivo pelos séculos dos séculos!
II – SEU CORPO RESSUSCITADO É INCORRUPTIVEL
Cristo, ao sair da sepultura, saiu com um corpo transformado.
Observamos Jesus aparecendo em um determinado lugar, e, em seguida,
desaparecendo e indo para outro, sem precisar se locomover com
as pernas. Vemos Jesus comendo com seus apóstolos, ao menos
em três ocasiões (com os discípulos de Emaús, com os apóstolos
incrédulos e com João e Pedro, à beira do lago). Ele comeu,
e, se não comesse novamente, não teria o menor problema, porque
o seu corpo não precisa mais de comida!
Cristo ressuscitou com um corpo glorificado! Sua luz, sua beleza,
sua perfeição, sua glória, sua capacidade, tudo em Cristo, em
seu novo corpo, é perfeito!
Os que ressuscitaram, ao longo da história bíblica, não tiveram
essa ressurreição eterna, mas apenas um prolongamento provisório
da vida. Lázaro, por exemplo, depois de sair da sepultura, viveu
com suas irmãs Marta e Maria, até morrer novamente. O filho
da viúva de Naim, também. A menina, filha de Jairo, apesar de
ter ressuscitado, veio a falecer como todas as outras mortais!
O rapaz que caiu do segundo andar, enquanto o Apóstolo Paulo
pregava, também morreu posteriormente. As pessoas que saíram
do cemitério, no instante em que Cristo morreu na cruz, um efeito
colateral do enorme poder de sua vida, certamente que voltaram
a viver algum tempo, mas que, depois, chegada a hora derradeira,
partiram para a eternidade novamente.
Cristo, não. Cristo ressuscitou, não para morrer de novo, não
para ir novamente à sepultura, não para voltar a sofrer, não
para nascer novamente de uma nova Virgem Maria. Cristo saiu
da sepultura, vivo dentre os mortos, para viver para sempre,
para ter um corpo que nunca envelhecerá, um corpo que não se
machucará, que não ficará doente, que não se tornará pó, porque
não faz parte mais da velha criação, do pó da terra, mas possui
em sua composição, elementos celestiais, que o tornaram uma
nova criação! Apenas ossos e carne guardam a ligação com a humanidade
existente, mas, o recheio interior, tudo é novo, é perfeito,
é maravilhoso, é glorioso!
III – SUA RESSURREIÇÃO PROVA SEU PODER
Se Cristo não tivesse ressuscitado, a morte continuaria vitoriosa,
sendo a soberana sobre toda a humanidade e sobre todos os seres
vivos. Se Cristo tivesse permanecido morto, então o seu poder
seria limitado e jamais poderia salvar qualquer um que cresse
nele. Se não teve poder para livrar-se da morte, como livraria
os que nele confiam?
Essa é uma das inúmeras razões, pelas quais nós, crentes bíblicos,
não rendemos qualquer veneração a imagens de pessoas que foram
boas, religiosas, mas foram mortais, estão sepultadas. Essas
pessoas não saíram da sepultura. A morte as venceu. E, se não
contarem com um Salvador, estarão perdidas para sempre! Como
poderiam fazer algo por nós? Como esses mortais poderiam intervir,
mortos como estão? Por isso eles não são intercessores ou mediadores
entre Deus e os homens, porque a morte foi mais forte do que
eles.
Contudo, Cristo, ao sair da sepultura, vivo dentre os mortos,
por conta própria, pelo poder do Espírito Santo, com a ordem
do Pai, provou que é mais forte do que a morte, e pode intervir
na salvação de todo aquele que crê! O seu poder não é apenas
hipotético, ou seja, um poder só de palavras! O seu poder é
real, é verídico, é verdadeiro, e a sua ressurreição prova isso!
Por isso, nós podemos confiar em seu nome, em sua graça, em
sua presença, para sermos salvos, e sermos também, um dia, ressuscitados
de entre os mortos! Disse ele: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição
e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;”
(Jo 11:25) Cristo provou as palavras que disse, tempos atrás,
quando pregava a sua mensagem: “Ninguém tira a vida de mim,
mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para
tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” (Jo 10:18).
Aquele que teve poder e autoridade para tomar sua própria vida,
de volta, da sepultura, pode salvar a todo aquele que confiar
nele, e obedecer ao seu mandamento, de confessá-lo como salvador,
e segui-lo como discípulo! Que Salvador bendito!
IV – A SUA RESSURREIÇÃO PROVA A VITÓRIA
Três dias se passaram, e Cristo esteve morto, por esse tempo.
Com dificuldade levantamos os dados referentes a esse período
de sua vida, e são eles bastante discutidos pelos teólogos,
mas de duas verdades incontestes, nós podemos ter certeza.
Cristo desceu aos mortos, ao inferno. Sim, é o que diz Pedro,
em sua carta, (1Pe 4:6): “Porque por isto foi pregado
o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem
julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus
em espírito;” Sem entrarmos em detalhes sobre essa declaração,
talvez numa outra ocasião, podemos imaginar Cristo declarando,
aos perdidos, que sua obra fora realizada, que os pecados estavam
pagos na cruz, que a fé poderia salvar e que Satanás, o maior
adversário, fora vencido para sempre! Sim, Cristo não desceu
para ser punido, mas para proclamar, para anunciar a sua vitória!
A sua invasão ao lugar dos mortos, e sua saída de lá, prova
que só Ele, e ninguém mais, é portador da chave, pois que ninguém
pode de lá sair, ao entrar. Mas Cristo, oh, bendito e poderoso
Filho de Deus, entrou e saiu! Aleluia!
Também temos absoluta certeza, de que Cristo foi ao Paraíso,
e teve um encontro com o ladrão! Ele prometera, nos instantes
de agonia, àquele que suplicava que o Salvador dele se lembrasse,
quando viesse em seu reino: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te
digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”(Lc 23:43) E Cristo
não mentiu! Cristo não ludibriou! Cristo não enganou! Certamente
aquele foi um encontro glorioso! Lá no Paraíso (seria o velho
Paraíso adâmico, recolhido pelo Pai por causa da dureza do coração
humano, um oásis para aqueles que aguardam a ressurreição? Seria
outro? Pouco nos importa, porque Paraíso é Paraíso!), eu creio
que Cristo olhou aquele ladrão, que, naturalmente maravilhado
de estar num lugar tão lindo, tão aprazível, tão real, apesar
de ser pós-morte, e foi ao encontro dele, dar-lhe o abraço da
amizade, o ósculo paternal ao filho que voltou ao lar paterno!
Que cena inesquecível deve ter sido! O que prova, incontestavelmente,
que quem dorme, quem morre, é o corpo, mas a parte real, duradoura,
inesgotável de nossa humanidade, permanece viva, e em lugar
específico, ou no Paraíso, ou no inferno!
E, quando Cristo rompe os grilhões da morte, e sai da sepultura,
ele arrebenta com os cadeados inquebráveis do castigo, e declara
para o céu e a Terra: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde
está, ó inferno, a tua vitória?” (1Co 15:55)
V – SUA RESSURREIÇÃO ATESTA A SUA DIVINDADE
Nenhum mortal, por melhor que fosse, poderia ter feito o que
Cristo fez! Elias foi um excelente homem, e foi recolhido pelo
Pai através de uma carruagem de fogo. Mas isso ele fez por conta
do Pai. Enoque, o sétimo depois de Adão, não foi mais encontrado,
porque Deus o tomara para si, não que o tenha ressuscitado,
mas o levou vivo para os céus. E, provavelmente, esses dois
serão as duas testemunhas, ao pé do muro das lamentações, na
Grande Tribulação. Porém, estão preservados, não por conta própria,
mas por obra e graça do Espírito Santo.
Cristo não. Ele deu a vida, e ele tornou a tomá-la. Ele entregou-se
à morte, e ele mesmo saiu da sepultura. A sua comunhão com o
Pai é tão perfeita, a sua submissão filial é tão total, que
é o Pai quem o ressuscita, mas é pelo próprio poder de Cristo
que isso acontece, porque, como citamos há alguns momentos,
Cristo teve poder para doar-se, e teve poder para recuperar
a própria vida.
Que mortal pode ressuscitar por conta? Quem desafia a morte
e recupera a vida? Quem pode obter a libertação da hora derradeira?
Ninguém! Por isso não temos outra alternativa, outra explicação,
para clarear o porque do poder de Cristo: Ele é Deus! Aleluia!
Cristo é Deus! Cristo é o Senhor! Cristo é o Salvador! Cristo
é o próprio EMANUEL, isto é, o DEUS CONOSCO! Ele é o Pai da
Eternidade! Ele é a encarnação do próprio Criador! Esse Deus
triúno, que tem três distintas pessoas, mas que nunca, hipótese
alguma, se interpõem, esse mesmo Deus encarnou a pessoa do Filho
bendito! E, de forma inexplicável, Ele é o retrato de Deus!
Filipe perguntou: “Jesus, mostra-nos o Pai, e isso nos basta!”
E Cristo disse: “Estou há tanto tempo convosco, e ainda não
tendes me visto?” Que maravilha! Cristo é Deus!
Por isso Ele recuperou a própria vida, e tem poder para salvar
a mim, a você e a toda a humanidade! Cristo pode intervir no
destino da sua alma! Cristo pode transformar o seu futuro! Maria
jamais. José, jamais. Pedro, jamais, João, jamais. Nenhum devoto
ou religioso é apto para intervir, para interceder, para salvar,
para ressuscitar. Só Cristo, só Jesus. Só o Filho do Deus vivo!
CONCLUSÃO
O mesmo poder de ressuscitar-se, Cristo usará para fazê-lo ao
corpo de quem morreu crendo em seu nome e em sua graça. Ele
não decepcionará os que nele confiam! Aqueles que morreram em
Cristo, na confiança de sua palavra e promessa, sairão
da sepultura um dia, quando Cristo voltar nas nuvens dos céus!
Naquele dia, quando a última trombeta soar, quando Cristo enviar
os seus anjos pelos quatro cantos da Terra, aqueles que morreram
na fé, sairão vivos das sepulturas. E os que não foram sepultados?
Sairão de qualquer lugar. Seja do mar, seja da Terra, seja do
ar, seja do abismo, seja do espaço, não importa! Cristo, que
é o criador, mantenedor e sustentador da vida, pode até das
pedras tornar a trazer alguém!
E os trará com o corpo tão glorificado quanto o dele! Não haverá
coxos, nem cegos, nem aleijados, nem queimados, nem envelhecidos,
nem acidentados, nem infectados. Todos serão perfeitos, à semelhança
do corpo do Salvador!
Amigo, hoje é o dia da sua salvação. Hoje é o dia em que você
pode passar por uma ressurreição preliminar. Não a do corpo,
mas a da alma. De caído e perdido, você pode levantar-se e ser
salvo! A bíblia diz que os nossos pecados fazem separação entre
nós e Deus: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre
vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto
de vós, para que não vos ouça.” (Is 59:2)
É necessário banhar-se nas águas do arrependimento e da fé em
Cristo! Jesus disse: “se não vos arrependerdes, todos de igual
modo perecereis.” (Lc 13:3)
É necessário crer em Cristo como único e suficiente Salvador:
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu
nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos
ser salvos.” (At 4:12)
É necessário ter coragem e confessar isso publicamente, sem
vergonha alguma, pois Cristo não terá vergonha de confessar-nos
diante do Pai: “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor,
e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo”. (Romanos 10.9
Não deixe para depois. Amanhã pode ser muito tarde, hoje Cristo
te quer libertar. “Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais
os vossos corações. (Hb 3:15)
Fazendo isso, você terá, da parte de Cristo, UMA SALVAÇÃO SEM
IGUAL.
Todas as músicas em WAVE que adicionei como FUNDO MUSICAL aos
e-mails, são cantadas pelo notável e brilhante LUIZ DE CARVALHO,
da GRAVADORA BOM PASTOR, do querido Elias de Carvalho, ambos
meus amigos do coração. Nas pregações em áudio, inicio tentando,
sem sucesso, solar tais músicas. Mas tentei, e fiz o melhor
que pude.
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PÓS-ESCRITO
Agradeço a Deus a oportunidade de compartilhar com todos os
amigos e irmãos em Cristo, os sermões que preguei, na Série
de Conferências da Semana Santa 2005.
Às vezes tenciono desistir de compartilhar. Recebo, quase sempre,
palavras tão duras, tão ruins, tão ofensivas, que me pergunto:
"pra que, Senhor?" Críticas duras, pessoas considerando serem
as publicações uma auto-promoção. Tenho refletido seriamente
em deixar de repartir. Vejam que palavras dóceis: "...
seus péssimos escritos entopem a minha caixa postal; por que
não cria um flog e se 'afloga' com tamanhas mediocridades? Chega
de se auto-promover, pastor de periferia, e vá fazer o pré-primário
de novo! Meu menor rabisco teológico é melhor que o seu melhor
sermão. Não me envie mais nada! Saia da minha lista! Você não
é bem-vindo, pedante de terceira!"
Entretanto, ao mesmo tempo, sei que tais materiais poderão,
de alguma forma, ser úteis a irmãos, pastores e amigos, em algum
lugar do mundo, muitas vezes privados de maiores contatos com
outros púlpitos e meditações. Nâo sou nada e nem ninguém. Apenas
um servo. Nada mais. Pra mim é o suficiente.
Assim, se contribuí para acrescentar algo, aleluia! Se perturbei
a outrem, mil perdões. Tenho considerado os meus contatos como
amigos e irmãos.
Um abraço a todos, com grande amor. Farei algum silêncio. E,
para o futuro, decidirei se continuarei ou não essa peregrinação
espinhosa, de compartilhar a mensagem com as pessoas da internet,
e não apenas com a igreja onde sirvo ao Senhor. Afinal, será
que vale à pena?
Em nome de Cristo,
Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP bnovas@uol.com.br