www.uniaonet.com/bnovassemsta2005.htm
Igreja Batista Boas Novas
Fundada em 04 de novembro de 2000
Av. Internacional, 592 , Jardim Santo Antonio, Cep.06126-000 – Osasco – SP
Ministro: Pastor Wagner Antonio de Araújo
Telefones do pastor:
9699-8633 / 3672-6738
Secretária Izamara: 8285-6434
e-mail da igreja: ibbn@uol.com.br  e-mail do pastor: bnovas@uol.com.br
TELEFONE DA IGREJA:
  3591-3515
- TELEMENSAGENS - 3592-0993


Mensagens de áudio :SÉRIE DE CONFERÊNCIAS DA SEMANA SANTA 2005
( Clique nos números para ouvir )
1o.) JESUS - UMA VIDA SEM IGUAL - 27/03/2005: 01 , 02 , 03 , 04final
2o.) JESUS - UMA DOR SEM IGUAL - 26/03/2005 : 01 , 02 , 03final .
3o.) JESUS - UMA MORTE SEM IGUAL - 25/03/2005 : 01 , 02 , 03 , 04final
4o.) JESUS - UMA RESSURREIÇÃO SEM IGUAL - 24/03/2005 : 01 , 02 , 03 , 04/final


 

 

SERMÃO No. 61 –24/03/2005 (música introdutória clique aqui)

 
SÉRIE DE CONFERÊNCIAS DA SEMANA SANTA 2005
 
SERMÃO 1 – JESUS – UMA VIDA SEM IGUAL
 
TEXTO BÍBLICO: I CORÍNTIOS 8.6:
 
“Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.”
 

INTRODUÇÃO
 
  
A história do mundo é marcada por grandes vultos, homens e mulheres que influenciaram e afetaram toda a existência humana. Alguns para bem; outros para mal.
 
 
 
Os maus exemplos são bem conhecidos. Gente causadora de tragédias, mortes, destruição e dor. Um deles foi Adolph Hitler. Um louco, odioso e hipernacionalista alemão. Levou a Europa a banhar-se com o sangue de seis milhões de judeus na primeira metade do século vinte, não fazendo caso de crianças, velhos, senhoras, bebês. Antes, arregimentou súditos que, às suas ordens, mataram sem dó ou piedade, milhões e milhões de seres humanos.
 
 
 
Osama Bin Laden, mais recentemente, é outro ser execrável, inimigo da humanidade, que usa a raça e a religião para causar morte, dor e tristeza. Jovem de origem riquíssima, era amigo dos americanos, os quais lhe ensinaram muitas coisas, inclusive coisas erradas. Imbuído de interesses diversos, traiu a América e tornou-se um ser sem o menor pudor, e hoje arregimenta suicidas pelo mundo todo, para morrerem por uma causa funesta. Fundou a AL QAIDA, grupo terrorista e sanguinário, responsável pela destruição das Torres Gêmeas em Nova Iorque, dos atentados na África, na Espanha, na Europa, e só Deus sabe quantas mais serão.
 
 
 
Mais um péssimo modelo de ser humano, responsável pela morte de milhares e milhares de russos, foi Joseph Stalin. Um dos responsáveis pela revolução bolchevista da Rússia, foi um dos pais da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Tomando o comando, tornou-se inimigo até dos seus partidários, e inventou um “expurgo”, sob o pretexto de purificar o regime. Com isso, centenas de milhares de vidas humanas simplesmente desapareceram da face da Terra. Matou-os às toneladas. Até hoje a Rússia se envergonha de ter, em sua história, um ser tão mau, um verdadeiro inimigo da humanidade.
 
 
 
Se, por um lado, algumas pessoas fizeram e fazem tanto mal, temos também aqueles que ornam a raça humana com sua inteligência, seu caráter, suas obras e investimentos para toda a posteridade.
 
 
 
Thomas Alvim Edison foi um deles. Com sua sagacidade e mente inventiva, deu passos tão preciosos, que mudaram a face da humanidade. Hoje, quando acendemos uma lâmpada em nossas casas, devemos essa invenção a esse gênio. Os microfones que aqui nos servem tão bem, e o som que está sendo armazenado num pequeno aparelho, são fruto das descobertas de Edison também. Ele poderia ter passado despercebido pela vida, mas decidiu doar-se em prol da humanidade.
 
 
 
O que dizer de Louis Pasteur? Ele, que em suas pesquisas descobriu um método de acabar com as bactérias do leite, fervendo-o a alta temperatura e, imediatamente, resfriando-o profundamente? Sua descoberta salvou e salva a vida de incontáveis seres humanos. Lembramo-nos de Alex Fleming, que, ao estudar o bolor, descobriu a substância chamada penicilina, que nos trata de tantas e tantas doenças, sendo o antibiótico básico para as enfermidades humanas!
 
 
 
Sir Winston Churchill, que foi o primeiro ministro, líder dos ingleses na Segunda Guerra Mundial, foi capaz de levantar a América e todo o Ocidente, em discursos acalorados, encorajadores, para que o nazismo fosse banido da Europa. Dificilmente teríamos o desfecho vitorioso que tivemos, não fosse a pujança, a influência, a fé que esse homem teve na vitória.
 
 
 
Martin Luther King, o pastor batista negro mais importante da América, conseguiu reunir em Washington, D.C., a grande e famosa Marcha Pelos Direitos Civis, e suas célebres palavras ecoam até hoje! ”Eu tenho um sonho, que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.”
 
 
 
Mas, mesmo que muitos homens tenham tido uma vida marcante, uns pela sua maldade, e outros pela sua bondade, ninguém, absolutamente ninguém, foi como nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ele foi UM HOMEM SEM IGUAL, e a Sua vida foi uma vida sem igual.
 
 
 
Não há termos comparativos com todos os demais seres humanos. Diante de Jesus, os mais importantes vultos da história, perdem o seu significado, o seu brilho, a sua importância.
 
 
 
E o que fez de Jesus Cristo, nascido há dois mil anos atrás, que viveu nas poeirentas terras da Palestina, pobre, inexpressivo financeiramente, detentor de uma vida sem igual?
 
 
 
 
 
I – SEU NASCIMENTO FOI SEM IGUAL
 
 
 
Seu nascimento foi miraculoso. Sua mãe, Maria, era uma virgem, desposada com José. Segundo os costumes da época, estavam casados, mas ainda não terminara o cerimonial de casamento, faltando a fase da busca do noivo pela noiva, na casa de seus pais. Só então o casamento estaria concretizado. Maria era uma mulher pura, simples, correta, temente a Deus. Recebera o anúncio do Anjo Gabriel, de que seria a mãe do Salvador. Assustada, porém, fiel, aceitou a determinação de Deus. Sem um pai humano, Cristo teve uma mãe terrestre, mas veio do céu, através do Espírito Santo. Ninguém, em todo o Universo, em todos os tempos, é igual a Cristo!
 
 
 
Seu nascimento foi alvo de profecias inigualáveis. Ao longo de todo o período profético do Velho Testamento, os profetas apontavam para um dia, chamado “A PLENITUDE DOS TEMPOS”, quando o próprio Deus encarnaria o Seu Filho, fazendo-o servo, tornando-o sacrifício em prol da humanidade. Sobre o ser pré-existente, Cristo é o único ser que já existia antes de nascer. Todos nós somos formados no ventre de nossas mães, mas Cristo é o autêntico “homem que veio do Céu”.
 
 
 
A celebração de seu nascimento foi sem igual, pois até o Céu explodiu em folguedos de alegria, pela encarnação do Verbo de Deus. Magos do Oriente viram a Estrela, a brilhar sobre o bebê recém-nascido, e conseguiram se orientar por meio dela. Pastores no campo receberam a visita de um anjo, a proclamar que Cristo nascera, e, imediatamente, um coral angelical entoou a primeira cantata, celebrando o maior fato de todos os tempos. Profetas e sacerdotes, no templo, receberam de Deus a indicação que o bebê, ora apresentado pelos pais, era o Messias de Israel. Qual ser humano contou com todos esses fatos?
 
 
 
 
 
II – SEU DESENVOLVIMENTO FOI SEM IGUAL
 
 
 
Cristo foi uma criança como todas as demais, desenvolvendo-se normalmente, um filho normal, uma criança obediente e submissa. Entretanto, desde pequeno, era alguém especial. Aos doze anos, levado a Jerusalém, acaba deixando os seus pais voltarem sozinhos para casa, os quais só o descobrem três dias depois, ainda em Jerusalém. E o que fazia? Falava sobre a Palavra de Deus! Os velhos mestres, os judeus piedosos, estavam impressionados de ver tanta sabedoria e conhecimento, numa simples criança camponesa! Ao receber a reprimenda da mãe, anunciou enfaticamente “Por que me procuráveis? Não sabíeis que era necessário cuidar dos negócios de Meu Pai?” (Lucas 2.49) Certamente seus pais não entenderam essa afirmação, mas Cristo foi humilde, sendo-lhes submisso, o que trouxe grande impressão a José e Maria.
 
 
 
O evangelista Lucas, depois e acurada pesquisa, conclui numa célebre frase, o que 30 anos de vida demonstrava a todos quantos viam a Jesus: E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. (Lc 2:40). E mais: E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lc 2:52).
 
 
 
III – SEU MINISTÉRIO FOI SEM IGUAL
 
 
 
Aos trinta anos Jesus deu-se a conhecer ao mundo. Segundo o Pr. Rubens Lopes, saudoso e primoroso pregador do Evangelho, “para cada ano de ação, houve dez de preparação”. Cristo estava pronto a exercer o ministério, o serviço, para o qual fora designado pelo Pai: pregar o Reino de Deus, curar os enfermos, trazer vida aos mortos, e morrer pela humanidade!
 
 
 
Seu ministério não teve precedentes em toda a história humana. Ele não buscava luxo, nem tampouco sofrimento. Cristo não buscava fama, e também não suplicava pelo anonimato. Seu trabalho e serviço estava focado no homem e em sua necessidade espiritual. Em conseqüência disso, Ele não apenas curava o corpo das pessoas, mas transformava os seus corações.
 
 
 
Cristo pregava a Palavra de Deus. Pregava às multidões, como no Sermão da Montanha, ou aos apóstolos que escolhera, explicando-lhes parábolas (como, por exemplo, a do semeador). Mas Ele também tinha tempo para falar com uma mulher samaritana, ou visitar um publicano como Zaqueu. Cristo tinha tempo para gastar com o perdão a uma mulher adúltera, ou para responder às indagações dos mestres da Lei. Para Cristo, ninguém era ninguém; todos eram alguém para Ele.
 
 
 
Seu ministério não era só de palavras, mas de ação. Ele curava. Os cegos enxergavam. Os mudos falavam. Os possessos eram libertados. Os coxos passavam a andar. Mães com filhos mortos os recebiam de volta, dada a compaixão de Cristo. E, tão importante quanto tudo isso, Cristo orava. Foi na oração que Ele encontrou forças, encontrou consolo, encontrou a direção e a sabedoria para tomar as decisões certas.
 
 
 
 
 
IV – SUA MENSAGEM FOI SEM IGUAL
 
 
 
Numa época em que a antiqüíssima Lei de Talião, antigo rei da Babilônia, exigia “dente por dente e olho por olho”, Cristo ousou falar o “Eu, porém, vos digo”. Baseando seus ensinamentos na Lei Mosaica, tanto no Torah (a Lei), quanto no Talmude (os comentários e tradições da Lei), Jesus reinterpretou o pecado. Se, por um lado, pecar era fazer ou deixar de fazer, na interpretação do Mestre por excelência, pecado era a própria intenção, e precisava de remédio. Assim, não era apenas matar que era pecado, mas odiar. O adultério não era o ato em si, mas a intenção de cobiçar quem era do próximo.
 
 
 
Seus ensinos foram sem igual. Conquanto falasse de coisas tão profundas, que dois mil anos de história da igreja ainda não conseguiram esgotar os comentários a respeito dos seus ensinamentos, Cristo falava de forma simples, para que o povo simples compreendesse. Ele não tinha o objetivo de complicar a cabeça das pessoas, mas de tornar a Lei de Deus clara e praticável. Assim, ao invés de dar conceitos difíceis sobre fé, Cristo faz uso de um simples grão de mostarda, e diz que se a nossa fé for daquele tamanho, já teremos poder suficiente para tirar montanhas do caminho. Jesus compara a alegria de encontrar o Reino dos céus ao gozo de se achar uma ovelha perdida ou uma moeda que caiu no assoalho. Ao falar da eternidade, Jesus diz que aquele que não se prepara, é como o homem próspero, que morre e deixa o celeiro cheio, mas a alma perdida. Jesus fala da eternidade com tamanha simplicidade, que transforma o Céu num bairro, e a presença pessoal de cada salvo numa morada, e promete morada para todos os que crêem. Fala de ressurreição, de perdão, de bondade, de fé, de amor.
 
 
 
Suas palavras foram profundas, ao ponto de deixarem boquiabertos os mestres da Lei, que tentavam encontrar motivos de que o acusar. No entanto, quanto mais o testavam, mais se surpreendiam. Quanto tentaram tirar dele uma declaração de que não dever-se-ia pagar impostos, Ele afirmou: “Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Lucas 10.25). Ao perguntarem-lhe qual o maior mandamento, trouxe à tona a “regra de ouro”: “Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo” (Lucas 10.27), e deixou os escribas felizes e perplexos, pois, quanto mais tentavam desmenti-lo, tanto mais o admiravam!
 
 
 
Há muitos livros no mundo. As bibliotecas estão abarrotadas de textos e mensagens. Mas nenhuma mensagem supera a mensagem de Cristo, cujos ensinamentos não transformam homens simples em homens-bomba, ou cidadãos honrados em justiceiros com as próprias mãos. Aonde o Evangelho chega, chega também a prosperidade, a graça, o perdão, o amor, a fé, a fidelidade, a pureza, a candura, a alegria. A mensagem de Cristo é um remédio, é o elixir da longa vida, é o verdadeiro bálsamo curador! Curadas as fontes, curadas ficarão as águas; quando a mensagem cura o coração, a vida humana se transforma, por conseqüência.
 
 
 
 
 
V – SEU SACRIFÍCIO FOI SEM IGUAL
 
 
 
Por mais que procuremos entender o propósito eterno do Pai, nunca compreenderemos na totalidade a maldade do coração humano. Como puderam conduzir Cristo ao martírio cruento, ao sofrimento indizível, à crucificação horrenda? Entretanto, se fôssemos nós que lá estivéssemos, não teríamos sido melhores do que eles, porque somos pecadores, somos maus em nosso íntimo, e não agiríamos diferentemente.
 
 
 
Cristo foi preso. Sua prisão foi um ato de traição. Quis Judas Iscariotes provocar o guerreiro e soberano que havia no peito de Cristo. Desconhecia, entretanto, que o Seu império, que não terá fim, não é feito de revoltas, mentiras e subornos, mas de conversão, transformação, paz e verdade. Judas vendeu a Cristo. E, por mais triste e com remorsos que tenham sido os seus últimos momentos, não teve Judas o arrependimento, que certamente poderia ter-lhe dado uma chance. Ele viu o Salvador sofrer.
 
 
 
Inúmeros filmes e peças teatrais são exibidos nesta época, retratando o que se passou naqueles dias horríveis do martírio do Senhor. Seu martírio foi físico, moral, espiritual, emocional.
 
 
 
Sua dor foi tremenda, porque Cristo não sofria merecidamente. Cada um de nós, pecador que somos, merecíamos o castigo. Entretanto, nos dizeres de Pilatos, que rendeu-se ao populacho que pedia a sua crucificação, “Este, que mal fez?” (conforme Marcos 15.14).
 
 
 
A dor de Cristo fora tão grande, que, momentos antes de ser preso, Ele orava pedindo ao Pai para passar dele esse cálice, mas que o Pai mantivesse Seu plano, caso não fosse possível passá-lo. E, por não ser possível alterar o propósito eterno, seu sofrimento foi tão intenso e grande, que Cristo suou sangue, e foi preciso um anjo do céu para fortalecê-lo, pois poderia ter falecido antes da hora (conforme Lucas 22.44). A mesma população que clamava em alta voz uma semana antes, dizendo: “bendito o que vem em nome do Senhor!”, conforme João 12.13, era a mesma que agora clamava, incitada pelos fariseus: “crucifica-o! Crucifica-o!” (Lucas 23.21). Como somos pecadores, mesquinhos, insensatos, volúveis! Cristo estava sofrendo, e foi por mim! Foi por você!
 
 
 
Sofria espiritualmente, porque as labaredas do Inferno chamuscavam Seus pés divinos. Até o Pai escondera momentaneamente a graça da comunhão, por um instante, tendo em vista que Cristo estava com todos os nossos pecados sobre suas costas! “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.”  (Is 53:5)
 
 
 
Aquela cruz não era dele. Aquela cruz era minha. Eu é quem merecia estar lá. Mas Ele tomou o meu lugar. Ele assumiu a minha culpa. Ele levou sobre si os meus pecados. O que poderei eu fazer, em gratidão por tamanho amor?
 
 
 
 
 
VI – SUA RESSURREIÇÃO FOI SEM IGUAL
 
 
 
Morto por tamanho sofrimento, e sepultado num túmulo escavado na pedra, a morte não podia conter o próprio Autor da vida. Hospedando-o por três dias, não foi capaz de suportar a presença do próprio Deus, e vomitou-o do túmulo, derrotada, vencida e declarada inferior. Na manhã do terceiro dia, antes que o dia raiasse, a enorme pedra na boca do túmulo foi rolada por um anjo, e a mesma voz do “sai para fora” tirou Cristo da sepultura, trazendo-o à vida, e agora com um corpo incorruptível, carne e ossos, transformado, vitorioso, glorificado.
 
 
 
Os grandes homens, que citei de início, morreram, e seus túmulos estão lá, atestando que não puderam superar o mau derradeiro. Martin Luther King, Fleming, Pasteur, Edison, e tantos outros, foram maravilhosos, mas morreram e continuam mortos. Os líderes religiosos, fundadores de religiões, também morreram e foram sepultados ou cremados: Allan Kardec, Maomé, Confúcio, Budha, Zarur e todos os outros.
 
 
 
Mas esse homem, JESUS CRISTO, o Filho do Deus vivo, um homem sem igual, não está morto, mas ressurgiu, e sua sepultura aberta e vazia atesta para o mundo e a história, de que Ele é o Senhor da vida, o Senhor da morte, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, o único em quem podemos confiar, o único a quem podemos confiar a nossa alma, pois nEle não há morte, Ele venceu e vive!
 
 
 
CONCLUSÃO
 
 
 
Cristo teve uma vida sem igual. O seu nascimento, o seu desenvolvimento, o seu ministério, a sua mensagem, a sua morte e ressurreição, atestam para um ser acima de todos os seres, um ser celestial, diferente, sui generis, Todo-Poderoso.
 
 
 
É isso que nos faz proclamar a Sua mensagem. É isso que nos faz anunciar hoje, em todos os lugares do mundo, que Jesus Cristo é o único que pode salvar o homem de Seus pecados e garantir-lhe a vida eterna! Foi Ele quem disse: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” ; (Jo 11:25). Também afirmou: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”  (Jo 5:24). E também: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16)
 
 
 
Dê hoje o seu coração para Jesus Cristo. Receba-o pela fé. Reconheça-o Senhor e Salvador. Reconheça-se pecador e indigno. Reconheça-se carente da graça do Senhor. A bíblia diz que devemos confessá-lo com coragem, publica e interiormente. Assim ela diz: “E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus.” (Lc 12:8). A salvação vem pela fé, e a fé na Palavra de Deus.
 
 
 
Confesse Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador, hoje!
 
 
 
 Wagner Antonio de Araújo
 
 
 
Obs: O áudio desta mensagem está armazenado na página gentilmente criada pelo Missionário Yrorrito Abe, de Goiânia, GO, sob o título IGREJA BATISTA BOAS NOVAS DE OSASCO, SP. A ele agradecemos de todo o nosso coração.
 

O link é:http://www.uniaonet.com/bnovas.htm

Clique nos Nrs : 01 , 02 , 03 , 04final


 

SERMÃO No. 62 –25/03/2005 (música introdutória clique aqui)

 

SÉRIE DE CONFERÊNCIAS DA SEMANA SANTA 2005

 

SERMÃO 2 – JESUS – UMA DOR SEM IGUAL


 
TEXTO BÍBLICO: ISAÍAS 53.4:

 

“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.”


INTRODUÇÃO

 

Ninguém aprecia sentir dor. Os laboratórios farmacológicos e os congressos de medicina têm gasto fortunas tentando descobrir medicamentos que combatam com eficácia todo tipo de dor. Mesmo que não resolvam o problema da origem, assim, para dores severas, temos os analgésicos, e para dores insuportáveis, temos a morfina. Entretanto, há outras dores no mundo e nos corações humanos.

 

Há a dor de se perder um ente querido, ou perder um grande amor. Há a dor da despedida quando partimos para algum lugar distante. Há a dor do final de uma etapa, quando terminamos uma faculdade e deixamos uma classe. Ou da aposentadoria, quando deixamos o posto de trabalho, que ocupávamos há tantos anos.

 

Há também dores morais. Há a dor de sofrer uma injustiça. Há a dor de se perguntar “por que?”, e não obter-se respostas. Há a dor de ser humilhado, de ser difamado, de ser criticado. Dores que não passam com remédios, com morfina, com receitas.

 

Há a dor do arrependimento, do remorso, do “por que fiz isso?”, “por que perdi o meu tempo?”, “por que escolhi isso?”, “por que agi assim?”. E quando não se consegue tratar essa dor, adquirem-se sérios problemas para o resto da vida.

 

Dor. Infelizmente convivemos com ela o tempo todo. Vemo-la real e presente.

 

Contudo, ninguém teve uma dor tão severa, tão intensa, tão real, tão profunda, tão extensiva, quanto Jesus Cristo em sua paixão pela humanidade perdida.

 

Sim, Cristo, teve a dor das dores, enfrentou um sofrimento intenso, palpável, terrível, medonha, foi uma dor sem igual. E em que a dor de Cristo foi sem igual?

 

I – DOR FÍSICA

 

A sua dor foi física. O seu corpo suava gotas de sangue (conforme Lucas 22.44). Levaram-no violentamente à casa do sumo sacerdote, e lá o esbofetearam sem piedade, perguntando-lhe quem foi que lhe batera (Mateus 26.68). Arrastaram-no a Pilatos, humilhando-o, e depois a Herodes, e mais uma vez a Pilatos. Esse mandou que o chicoteassem (Marcos 15.15). Tais chicotes eram munidos de lancetas de ferro, que abriam sulcos na pele. Os guardas lhe colocaram uma coroa feita de espinhos, cujas pontas chegavam a três centímetros, e foram-lhe enterradas na cabeça.

 

Então, quando o seu corpo ardia em febre, e com o sangue coalhado e grudado na pele, colocaram em suas costas uma cruz pesada. Colocar uma madeira entre os braços, ou colocar em seu ombro a cruz já montada, ambas as versões são possíveis, porém, indiferentes quanto à dor e ao sofrimento. Sua caminhada de cerca de 3 quilômetros, foi cruel, severa, desumana, medonha, terrível.

 

Chegando lá, tomaram seus pés, estenderam-nos e, esticando os seus pés sem piedade, pregaram-nos a marteladas. Pregos enormes, para segurar os pés na cruz. O mesmo fizeram com suas mãos. A dor que Jesus sentia era agonizante. Calafrios, repuxões, ínguas, câimbras, desconforto, ardume, picadas de mosquito, algo cruel demais. Porém, seu sofrimento não foi apenas físico.

 

 

II – DOR MORAL

 

Cristo estava sendo punido por crimes que não cometera. Você já foi injustiçado em alguma circunstância? Imagine Jesus, sendo crucificado sem merecer! Cristo estava sendo humilhado, martirizado, ferido, sangrado, aprisionado, morto, e não devia nada...

 

Mas isso ele fazia, não por ser um mártir tão-somente, ou por amar o sofrimento. Jamais! A bíblia nos diz que Ele tinha uma glória anterior com o Pai celestial (conforme João 17.5), servido por anjos, sentado junto ao trono, na luz inacessível, via-se punido pela própria criatura que criara! E isto ele fez por nós! Porque o seu sofrimento foi mais que moral.

 

III – DOR VICÁRIA

 

A palavra VICÁRIO significa “em lugar de alguém”. Cristo não sofreu por si. Cristo não sangrou por si. Cristo não foi humilhado por si. Cristo não se sentiu só, por si. Ele fez tudo isso em lugar de alguém. E esse alguém era eu, era você, éramos nós.

 

“As nossas dores levou sobre si”. Foi para tomar o lugar de todo aquele que crê, que Jesus sofreu o que sofreu. Cada chicotada, cada escarrada recebida, cada espinho na cabeça, cada tombo no caminho, cada murro, cada prego, Cristo sofria vicariamente.

 

Ele tomou sobre si os nossos pecados. Diante de um Deus justo, nada mais justo do que se fazer justiça. Assim, para cada erro, para cada má escolha, para cada pecado, Necessário era que fosse pago, que fosse justamente quitado. E diante do justo Deus, o salário do pecado “é a morte” (Romanos 3.23); isto é, a eterna separação de Deus.

 

Se qualquer um de nós tivesse que pagar com a própria pele, o pagamento seria a eterna separação de Deus, o inferno, as trevas, o lago de fogo e enxofre, e de lá jamais sairia.

 

Só havia uma pessoa capaz de pagar esse preço, e essa pessoa não precisava fazer isso. Jesus! Sim, porque, por não ser um homem pecador, Ele nada devia. No entanto, “seu amor por mim é mais doce que o mel, e sua misericórdia é nova a cada dia”. Ele teve piedade de nós. Ele sabia que a dor seria indescritível, mas ele quis pagar em nosso lugar, se sacrificar por nós!

 

E tornou-se, nos dizeres de João Batista, o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! “No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.”  (Jo 1:29). Ele foi imolado como ovelha muda: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.”  (Is 53:7)

 

IV – DOR ESPIRITUAL

 

Enquanto era punido pelos nossos pecados, Cristo experimentou a feiúra de uma alma sem comunhão com Deus. Experimentou a solidão, experimentou o desespero. Experimentou o medo. Experimentou a sensação de desesperança. E, diga-se mais uma vez, fez isso em nosso lugar, unicamente por nos amar!

 

Satanás estava contemplando, naquela cruz, o ser punido como o maior pecador de todos os tempos. Sobre as costas de Cristo repousavam os adultérios os assaltos, os terrorismos, as traições, as mentiras, as feitiçarias, os homicídios, as pedofilias, as rebeliões, os vícios, os tráficos, e toda sorte de males do coração humano.

 

O inferno é o lugar para punir os pecadores, Era como se as próprias labaredas de lá chamuscassem os pés sacrossantos do Salvador, dizendo-lhe: “Virás pra cá, Nazareno! Te aguardamos!”

 

Ao olhar para o céu enegrecido, e para o enorme silêncio espiritual, Cristo sentiu solidão, e clamou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46). Sim, porque a dor era intensa, Jesus questionava a situação, o porquê do Pai permitir que isso fosse tão longe. Mas era necessário. Se o Pai interrompesse o sacrifico, todos os que cressem em Cristo não teriam a menor chance de serem justificados. Assim, Deus amou tanto ao mundo, tanto a mim, e a você, que, naquele instante, optou por nos salvar, mesmo que isso custasse todo o cruento sacrifício do seu filho.

 

V – DOR DA INGRATIDÃO

 

Mas há uma dor posterior, ainda queimando no coração de Jesus. Ele expressou-a ao chorar sobre Jerusalém, dizendo: ”Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mt 23:39). É a dor da ingratidão.

 

Mesmo tendo sofrido tanto, mesmo tendo doado a si próprio, mesmo assumindo cada um dos pecados da raça humana, as pessoas ainda o desprezam, fazendo pouco caso de sua morte, não crendo em sua ressurreição, se envergonhando dele, e transformando a Páscoa numa festa da fertilidade, simbolizada por ovos e coelhos!...

 

Por ser uma nação dita católica, era para ser um “dia santo”, onde as pessoas refletissem sobre tudo isso. Mas aonde estão elas, senão umas poucas religiosas, que ainda se preocupam com isso? A maioria está vivendo na absoluta normalidade, apáticos à palavra de Deus, fazendo os pecados de sempre, e nem mesmo suas igreja conseguem mobilizá-los!

 

Ingratidão! O mundo se esqueceu da cruz! O mundo zomba da cruz. O mundo não faz caso da cruz. E isto já estava predito pelo Senhor, quando disse: “...Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18:8b)

 

Essa dor tem remédio. Ela acaba no instante que alguém, com humildade, contrição e fé, enaltece e aceita todo esse sacrifício, toda essa dor sem igual, e a aceita para si próprio, como a sua própria salvação. Sim, porque hoje, a única coisa que temos a fazer para alcançar a vida eterna, é aceitar esse sacrifício para nós.

 

CONCLUSÃO

 

Cristo sofreu dor sem igual. Sua dor foi física, foi moral, foi espiritual, foi vicária, foi em nosso lugar e por nós. Mas a dor da ingratidão, pode ser curada, quando nós deixarmos de ser ingratos, e recebermos a Ele como Senhor e Salvador.

 

Disso depende a nossa salvação. Cristo fez tudo por nós. E de nós, só nos pede que creiamos em seu sacrifício, e que o confessemos publicamente como nosso único e suficiente salvador.

 

Somos pecadores. Merecemos o inferno. Não há lugar para pecadores no céu. Não há como entrar. Portanto, estaríamos absolutamente perdidos, não fosse a dor de Jesus, que, mesmo vendo todo o sofrimento que teria, ousou nos amar mais do que a si mesmo, e ofereceu-se como sacrifício, pagando, na cruz, o preço pelos nossos próprios pecados!

 

Amigo, aceite-o nessa noite, em seu coração, receba-o como Seu Salvador! Ele diz em sua palavra: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 10:32). Diz também: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28).

 

Não seja ingrato com o Senhor. Não se envergonhe de sua cruz, de seu sacrifício. Disto depende a nova vida, que você pode receber hoje! “Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação.” (Hb 3:15)

 

Que a dor de Jesus não tenha sido em vão, por você.

 

 

Wagner Antonio de Araújo

 

==================================

 

Obs: o áudio desta mensagem está disponível

em http://www.uniaonet.com/bnovas.htm

Clique nos Nrs :
01 , 02 , 03final .

 

 


 

SERMÃO No. 63 –26/03/2005 (música introdutória clique aqui)

 

SÉRIE DE CONFERÊNCIAS DA SEMANA SANTA 2005

 

SÁBADO, 26 DE MARÇO DE 2005

 

SERMÃO 3 – JESUS – UMA MORTE SEM IGUAL


 
TEXTO BÍBLICO: Romanos 5.8:

 

Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.

INTRODUÇÃO

 

“Por favor, não me fale sobre a morte!” É o que dizemos através de toda a vida, não com palavras, mas com todas as atitudes possíveis, para nos fazer esquecer, que um dia teremos que morrer. Morrem os jovens, morrem os velhos, morrem os bonitos, morrem os feios, morrem os ricos, morrem os pobres, todos um dia irão morrer. A indústria do entretenimento gasta bilhões anualmente, para entreter as pessoas, buscando desviar delas os pensamentos que confrontem-nas de que são mortais, e que um dia terão que encarar a sepultura! Há aqueles que não gostam de velórios (e eu sou um desses), mas há aqueles que temem um morto! Não que o morto tenha algo para falar ou fazer, mas ele representa o futuro físico de todos nós. Salomão, há muito tempo, expressou-se da seguinte maneira: “O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria.” (Ec 7:4), ou então: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.”  (Ec 7:2)

 

Há mortes inesquecíveis, principalmente daquelas pessoas a quem amávamos. Nossos pais, nosso cônjuge, um filho, uma filha, um neto, nós nunca mais nos esquecemos. Há mortes que deixaram um buraco, um vazio, uma saudade, uma dor, um sofrimento. Nós, de quando em vez, sentimos a ausência daquela pessoa, e isso dói em nosso coração.

 

Outros, contudo, quando morrem, escutam a nossa alma dizer: “Já foi tarde! Demorou!” São as pessoas ruins, execráveis, pessoas antipáticas, pessoas que fazem mal, que destroem, que não amam, que não constroem. Houve um rei em Israel, cujo nome era Jeorão, e encontramos esses dizeres a respeito de si: “Era da idade de trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos em Jerusalém; e foi, sem deixar de si saudades;” (2 Crônicas 21.20)

 

Há mortes naturais, mortes benditas, mortes em que o moribundo morre dormindo, em paz. Há outros que agonizam. Outros sofrem terríveis acidentes, e ainda outros desaparecem, sem deixar vestígio algum. Nenhum de nós aprecia qualquer tipo de morte, mas certamente preferimos a que, aos nossos olhos, cause menor sofrimento. O medo do desconhecido nos apavora, e, quando não sabemos qual será o nosso destino, então nos enlouquece, e fazemos questão de nem pensar no assunto.

 

Mas nós iremos morrer, cedo ou tarde, gostemos ou não, queiramos ou não. E o que será de nossa alma?

 

Houve uma morte, que marcou a história da humanidade, não apenas por ter sido a morte de nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, mas pelas conseqüências e resultados da mesma, para a toda a história do mundo. A morte de Cristo teve características marcantes, inesquecíveis, e provocou efeitos de vida em todos aqueles que dela se beneficiam, através da fé, do reconhecimento e da aceitação da mesma como seu próprio sacrifício por nós.

 

E em que essa morte foi sem igual? Porque Cristo pregou morrendo! E sua mensagem ecoa há dois mil anos, por toda parte, tocando em cada coração, e fazendo com que o pobre se torne rico da graça de Deus, o moribundo tenha cura de sua alma, o entristecido encontre razões para a alegria, o perdido ache a sua salvação.

 

Seu sermão se Expressa em sete frases, fulgurantes, poderosas, memoráveis, que transcendem a cruz, e penetram na eternidade.

 

Quais são elas?

 

I – PERDÃO AOS SEUS ALGOZES

 

“E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.” (Lc 23:34)

 

Como é possível alguém, em franca tortura e martírio, poder suplicar por perdão a quem o feria? Sim, é humanamente quase impossível que alguém faça isso, porque nós queremos justiça! Nós queremos que os errados paguem pelos seus erros! E, quando alguém nos prejudica, nos fere, nos humilha, nos despreza, queremos firmemente que tal pessoa seja punida, que reconheça o seu erro, que pague pelo prejuízo que nos causou! É assim quando nos roubam, quando nos acidentam, quando nos demitem, quando nos provocam!

 

Cristo, contudo, não buscava a vingança, mas suplicava por perdão. E por que? Porque, primeiramente, ele ali estava como o cordeiro de Deus. A ovelha segue muda perante os seus tosquiadores, e quando vai ser imolada, não foge, não reclama, apenas chora, lamentando, triste. A ovelha chega a enlouquecer os seus carrascos, porque a sua mansidão fere a violência das mãos de um matador. Cristo, ali, era ovelha, muda perante os seus carrascos, os seus matadores. E o que ele queria? Queria que o Pai os perdoasse, porque eles não tinham idéia do que estavam fazendo! Eles estavam ferindo o Rei da Glória, o Soberano do Universo, o Criador das vidas, o Sustentador de tudo! Ali, em suas mãos, estava o Filho da Divindade, e eles o estavam tratando como a um criminoso da pior qualidade! Claro que seria justo pedir por vingança, pois Deus é o vingador! Se, por um lado seria humano pedir justiça, foi divino pedir por perdão! Tal clamor tocou no coração do Pai, porque, após a morte de Cristo, ao ver os sinais, o próprio centurião deu glória a Deus, reconhecendo que matara um justo!”E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.”  (Lc 23:47)

 

II – SALVAÇÃO AO ARREPENDIDO

 

“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”  (Lc 23:43) Era uma situação terrível. Cristo pendia na cruz central, e dois ladrões nas cruzes laterais. Um deles era ímpio, e buscava sua própria salvação física, insultando Jesus para que descesse da cruz e o livrasse desse sofrimento também. O outro, contudo, ao invés disso, repreende o companheiro de pena, dizendo que os dois eram dignos de estar pendendo na cruz, porque os seus feitos fizeram jus ao castigo. Porém, continuou ele, esse justo, Jesus, nada fez!

 

E, ao olhar para Cristo, suplicou, dizendo: “lembra-te de mim, quando vieres no teu Reino”, ou, nas traduções mais antigas, “lembra-te de mim quando entrares no teu Reino”. Esse ladrão reconheceu que Cristo era rei, que teria um reino, que reinaria, e que era suficientemente poderosos para ressuscitá-lo, uma vez que da cruz ambos não escapariam.

 

Cristo, ao invés de buscar o seu próprio conforto, ou de repreender o outro, ou ignorar a voz de súplica (a sua dor já era por demais importante), encontrou tempo, misericórdia e amor, para dizer ao moribundo: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”!

 

Oh, que Cristo maravilhoso, que não lança em rosto os nossos pecados, os nossos erros, o nosso passado, mas atende com amor e doçura um pedido de clemência, de misericórdia, de perdão, de salvação! Sim, até na cruz Cristo foi capaz de salvar! Até na cruz um bandido conseguiu o perdão de seus pecados, e entrou no Paraíso, lugar em que até grandes religiosos não chegarão nem perto! Porque o caminho para a salvação não é o conhecimento religioso puro e simples, mas é Jesus Cristo, o Salvador, a quem podemos recorrer neste momento, clamando-lhe por perdão e misericórdia! E quem aqui não é pecador? E quem aqui não precisa de um salvador?

 

III – CUIDADOS FAMILIARES

 

“Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” (Jo 19:27)

 

Era responsabilidade do filho mais velho, suprir a sua família dos cuidados que o pai deveria suprir, se estivesse vivo. Entretanto, José já não vivia mais, e Jesus era o responsável pela casa. Morrendo, quem cuidaria de tudo? Havia outros irmãos, mas estes, infelizmente, não eram tementes a Deus, nem reconheciam, naquele momento, que Jesus era o Cristo. Talvez não fossem responsáveis. Cristo, então, confia a sua mãe ao seu discípulo amado João. Sim, Cristo não falta à responsabilidade familiar.

 

Que grande amor Jesus teve por sua mãe! Certamente ela ocupava em seu coração, um lugar muito especial. Ocupava e ocupa. Ela só não ocupa o lugar em que as fábulas religiosas a colocam, qual seja, a de rainha dos céus, a de assunta ao céu. Ela nunca foi rainha, a não ser, talvez, carinhosamente, no coração de seus filhos. Nem tampouco foi assunta ao céu, como Jesus, levada viva por suas mãos. Maria também foi salva por Jesus, pois expressa, em seu cântico, a seguinte frase: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, o meu Salvador” (Lucas 1.47)

 

Mas Jesus não a deixa desassistida. Ele provê um cuidador para ela. E que beleza, quando, posteriormente lemos, que Maria fazia parte do primeiro grupo de cristãos, que estava entre os apóstolos, e mais à frente, encontramos dois dos irmãos do Senhor, Judas e Tiago, tornando-se não apenas líderes, mas escritores do novo testamento! Bendito seja o amor pela família!

 

IV – SOFRIMENTO INDESCRITÍVEL

 

“E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”  (Mc 15:34); “Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede.” (Jo 19:28)

 

As trevas cobriam a face da Terra. Imagino que as corredeiras pararam, as cataratas seguraram as suas águas, o mar deixou-se envolver por um silêncio global. Os pássaros nada cantavam, as estrelas cintilavam com apreensão, os animais no campo, com tristeza, aquietaram-se. As flores deixaram o seu perfume guardado. O mundo sofria. Sofria com Cristo. Lá estava ele. Pendendo, sofrendo, amargando a pena, que não era dele, mas era minha, era sua, era nossa, era de toda a humanidade!

 

Cristo não percebe a presença do Pai! E clama! Por que? Por que me desamparaste? É claro que o Pai jamais deixara o filho, mas tivera que deixar ele sofrer amargamente até a sensação da solidão, porque naquele instante, ele representava toda a humanidade, e todo o castigo que todos deveriam sofrer. Deus fez cair nas costas de Seu filho, todos os nossos pecados!

 

“Tenho sede”, sim, o seu corpo estava em carne viva. O inchaço agora, deveria cobrir cada região surrada, ferida, sangrada. O sangue coagulado, formando cascas, os mosquitos beliscando, o suor a banhar sua barriga, o ar a faltar-lhe nos pulmões, e a garganta absolutamente seca! Meu Deus, era eu quem deveria estar lá, não Jesus! E ele fez isso por mim! Por que? Por que me amor e sacrificou-se assim? Foi por mim! Foi por você!

 

 

 

V – A OBRA COMPLETA

 

“E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado.” (Jo 19:30)

 

Sim. Agora já não havia mais demora. Estava terminada a dor. Seu corpo já não agüentava mais tanto sofrimento. Ele pagara tudo. Tudo o que eu e você, e toda a humanidade, devíamos. Ele fez-se sacrifício por nós. Naquele momento ele estava completando a justiça de Deus. Tudo o que o Deus justo exigia de pagamento, O filho estava pagando, e não havia mais forças, não havia mais condições, não havia mais o que fazer.

 

Cristo sentia o seu corpo morrendo. Cristo sentia cada órgão, cada membro, cada parte, parando as suas funções, desligando-se, em plena flor da idade, não voluntariamente, mas por causa do sofrimento a que estava sendo submetido. Cristo morria, e estava para expirar.

 

Sim, a obra de Cristo era tomar sobre si os nossos pecados. E isso ele fizera. E como fizera! Era um espetáculo para as pessoas admirarem. Era zombado pelos soldados, o mundo ridicularizava, e mal sabiam que ali, diante de seus olhos, estava o maior fato de todos os tempos, a redenção do universo, se concretizando através de um Deus amoroso, que exige do homem um pagamento, e ele mesmo paga por ele! Um Deus que supre até o que pede! O único e verdadeiro Deus!

 

E hoje, a nossa obra é crer na obra que Deus fez em Cristo, quando pagou pelos pecados da humanidade, ali, no Calvário!

 

VI – A ENTREGA NAS MÃOS DO PAI

 

“E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.” (Lc 23:46) Um grande brado, para que o céu, a terra, o mar, o cosmos, o universo, o inferno, as dimensões todas, todos escutassem: Cristo terminara a sua obra, e devolvia seu espírito ao Pai!

 

Sim, os fatos que se sucederam à essa entrega e à essa morte, foram aterrorizantes, e maravilhosos! Lá no templo o véu, que separava o Santo dos santos, que era um lugar inacessível, rasgou-se de cima à baixo, provando, com isso, que não precisavam mais nem de sacerdotes para levar sacrifícios, nem de sangue algum, porque o sangue de Cristo, ora derramado, era suficiente para todo homem e mulher alcançarem o perdão e a redenção! Não havia mais separação, porque um novo e vivo caminho havia sido inaugurado! Cristo era o caminho, a verdade e a vida!

 

Mortos ressuscitaram e entraram na cidade! Um terremoto atingiu toda a Ásia, e a tempestade foi fenomenal! A morte de Cristo afetara todo o universo! Creio que a natureza, estagnada por três horas, quando o sol esteve de luto, aguardando o desfecho, soltou-se violentamente, querendo dizer: “Homens, vocês não merecem o Deus que têm, mas aproveitem esse grande amor e rendam-se a Ele!”

 

Nas mãos do Pai! Foi nessas mãos santas e poderosas, que Cristo colocou-se, para morrer! É nessas mãos que o crente deposita a sua fé e a sua confiança, para que a sua alma também encontre, não apenas a salvação, mas a companhia e a graça daquele que nos criou! E Em Cristo, confiados em seu sacrifício, podemos nos aproximar de Deus, e nos apropriar, pela fé, de nossa salvação!

 

CONCLUSÃO

 

Sua morte foi sem igual. Os seus efeitos foram sem igual. Ao terceiro dia, seu corpo não continuou na sepultura, mas saiu, vivo, ressurreto, incorruptível, imortal! A sua morte é capaz de provocar vida, não apenas em si, mas em todo aquele que, pela fé, aceita esse sacrifício e essa doação, como para si próprio!

 

Foi o que Cristo disse: “eu sou a ressurreição e a vida! Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá, e todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá eternamente!” (conforme João 11.25)

 

Hoje, não precisamos mais pagar pelos nossos pecados, se quisermos. Podemos aceitar que o pagamento de Cristo, tenha sido por nós, e, pela fé, nos apropriar dessa salvação. Então, o que estamos esperando? Vamos receber a Cristo como o nosso único e suficiente salvador! Não há outro que tenha feito isso pela humanidade! Não há outro que tenha doado a vida, e tenha tomado ela de volta, não há outro mediador entre Deus e os homens, é só Cristo, é só Jesus! E só precisamos crer nele, confessá-lo, recebê-lo, aceitá-lo! Seria muito pedir para que você fizesse uma pública decisão de fé? Isso é demais?

 

Olhe para as mãos ensagüentadas de Cristo! Olhe para os seus pés furados! Olhe para a sua coroa de espinhos! Olhe para ele, quase totalmente despido e em carne viva, pendurado na cruz! E eu pergunto: é muito dizer: “Cristo, eu te recebo como meu único e suficiente salvador, pela fé, e seguirei os teus passos por toda a minha vida”?

 

Se for muito, sinto realmente, mas o céu não é para quem não se considera pecador. O céu é para os pecadores, mas pecadores humildes, que se arrependem e se convertem.

 

Converta-se agora! Vamos! Aceite a Cristo!

Wagner Antonio de Araújo

 

Obs: O

áudio desta mensagem está disponível em

www.uniaonet.com/bnovas.htm


Clique nos Nrs : 01
, 02 , 03 , 04final

 

 


SERMÃO No. 64 –27/03/2005 (música introdutória clique aqui)
 
SÉRIE DE CONFERÊNCIAS DA SEMANA SANTA 2005
 
SERMÃO 4 – JESUS – UMA RESSURREIÇÃO SEM IGUAL
 
 
TEXTO BÍBLICO: Romanos I Coríntios 6.14:
 
“Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder”
 

INTRODUÇÃO
 
Temos meditado, nesta série de conferências, sobre a pessoa bendita de Jesus Cristo, a quem denominamos UM HOMEM SEM IGUAL. E, na medida em que as noites passam, procuramos analisar pormenorizadamente alguns aspectos desta inaudita e augusta pessoa. Descobrimos que ele é um homem sem igual, porque sua vida foi sem igual. Seu exemplo, suas obras, suas palavras, seu nascimento, seu ministério, mensagem, sacrifício, tudo foi especial em Jesus. Também caminhamos e sentimos a sua dor, que foi sem igual. Não restringiu-se à dor física, ainda que esta fosse desumana e cruel. Seu sofrimento foi espiritual, foi moral, foi vicário, isto é, em lugar dos outros, foi representativo, e sentimos tristeza, ao saber que a dor da ingratidão continua real, mas exultamos ao descobrir que há gozo em seu coração, no instante que um pecador inconverso decide-se entregar ao Filho de Deus. Em nosso último encontro, estivemos a contemplar Jesus Cristo, pendendo na cruz, sofrendo amarga dor, e pregando, com suas últimas palavras, o maior sermão de todos os tempos. Ali, Jesus teve, em frases soltas, a maior de todas as oportunidades, para mostrar quem realmente ele era: bondoso, amoroso, dando valor ao próximo, não omitindo os cuidados com sua família, sofrendo sacrificialmente em lugar de todos os homens e completando essa obra, e, por fim, rendendo a sua alma ao Pai.
 
Entretanto, nos dizeres do Apóstolo Paulo, “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé.” (1Co 15:14). Sim, porque o ministério de Cristo, teria terminado no pior de todos os fracassos de toda a história. A nossa fé seria a fé em um homem vencido, um mero mártir de mais uma causa humanitária, um pobre ninguém, que fez nome na Palestina. Ou, então, seria mais um líder religioso, a ludibriar os seus adeptos, ou um filósofo a proclamar  bons princípios para a vida, ou, nos dizeres espíritas, uma alma iluminada, que guia os fiéis à luz.
 
Cristo, entretanto, teve algo que nenhum líder religioso, pôde ter até hoje. Nenhum vulto da história, nenhum personagem do universo, ninguém contou com um fato marcante e decisivo sobre a sua carreira: CRISTO RESSUSCITOU! Aleluia! Ele saiu da seputura, vivo, não em espírito, mas em corpo e alma, o mesmo corpo que sofreu no Calvário, foi o corpo que foi tirado da sepultura, e revestido da incorruptibilidade eternal!
 
Mas, poderiam alguns dizer, houve outros personagens bíblicos, que também ressuscitaram. Cristo mesmo ressuscitou algumas pessoas. No velho testamento, encontramos um profeta ressuscitando quando o seu corpo encostou nos ossos de outro profeta. Em que a ressurreição de Cristo foi sem igual, e o torna único e todo-suficiente para a nossa fé?
 
 
I – SUA RESSURREIÇÃO FOI CORPÓREA
 
Há uma lenda religiosa, que diz ter Jesus ressuscitado espiritualmente apenas, que o que saiu da sepultura, foi apenas a sua alma, não o seu corpo. E, pasmem os senhores, há crentes sinceros, ignorantes, que acreditam numa tal mentira!
 
Sim, Cristo ressuscitou, e foi ressuscitado fisicamente! E o seu corpo saiu transformado da sepultura. Nós sabemos que “carne e sangue não herdarão o Reino de Deus”, conforme lemos em I Coríntios 15.50. Sim, carne e sangue representam a humanidade decaída, a velha natureza, a vida que termina, que morre, que vira pó novamente. Essa natureza não terá parte nos Céus, tendo em vista que está sob a maldição do Criador, que puniu Adão e todos os seus descendentes, com a volta ao pó, de onde foi criado.
 
Entretanto, após a ressurreição de Jesus, Ele, ao aparecer aos seus onze apóstolos, vendo que pensavam ser ele um espírito, um fantasma, uma alma, uma mera aparição, ordenou: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.”(Lc 24:39). Sim, carne e sangue não herdarão o Reino de Deus, mas carne e ossos, transformados, incorruptíveis, revestidos de algo tão poderoso, que brecará todas as funções decaídas desse corpo, isto sim, herdará o Reino de Deus!
 
E Cristo saiu assim, da sepultura! Oh, graça bendita! Oh, poder sem igual! Que é capaz de tomar um corpo morto, inerte, e dar-lhe novamente a vida! Cristo não ficou na sepultura, Cristo saiu, saiu na madrugada, e está vivo pelos séculos dos séculos!
 
II – SEU CORPO RESSUSCITADO É INCORRUPTIVEL
 
Cristo, ao sair da sepultura, saiu com um corpo transformado. Observamos Jesus aparecendo em um determinado lugar, e, em seguida, desaparecendo e indo para outro, sem precisar se locomover com as pernas. Vemos Jesus comendo com seus apóstolos, ao menos em três ocasiões (com os discípulos de Emaús, com os apóstolos incrédulos e com João e Pedro, à beira do lago). Ele comeu, e, se não comesse novamente, não teria o menor problema, porque o seu corpo não precisa mais de comida!
Cristo ressuscitou com um corpo glorificado! Sua luz, sua beleza, sua perfeição, sua glória, sua capacidade, tudo em Cristo, em seu novo corpo, é perfeito!
 
Os que ressuscitaram, ao longo da história bíblica, não tiveram essa ressurreição eterna, mas apenas um prolongamento provisório da vida. Lázaro, por exemplo, depois de sair da sepultura, viveu com suas irmãs Marta e Maria, até morrer novamente. O filho da viúva de Naim, também. A menina, filha de Jairo, apesar de ter ressuscitado, veio a falecer como todas as outras mortais! O rapaz que caiu do segundo andar, enquanto o Apóstolo Paulo pregava, também morreu posteriormente. As pessoas que saíram do cemitério, no instante em que Cristo morreu na cruz, um efeito colateral do enorme poder de sua vida, certamente que voltaram a viver algum tempo, mas que, depois, chegada a hora derradeira, partiram para a eternidade novamente.
 
Cristo, não. Cristo ressuscitou, não para morrer de novo, não para ir novamente à sepultura, não para voltar a sofrer, não para nascer novamente de uma nova Virgem Maria. Cristo saiu da sepultura, vivo dentre os mortos, para viver para sempre, para ter um corpo que nunca envelhecerá, um corpo que não se machucará, que não ficará doente, que não se tornará pó, porque não faz parte mais da velha criação, do pó da terra, mas possui em sua composição, elementos celestiais, que o tornaram uma nova criação! Apenas ossos e carne guardam a ligação com a humanidade existente, mas, o recheio interior, tudo é novo, é perfeito, é maravilhoso, é glorioso!
 
III – SUA RESSURREIÇÃO PROVA SEU PODER
 
Se Cristo não tivesse ressuscitado, a morte continuaria vitoriosa, sendo a soberana sobre toda a humanidade e sobre todos os seres vivos. Se Cristo tivesse permanecido morto, então o seu poder seria limitado e jamais poderia salvar qualquer um que cresse nele. Se não teve poder para livrar-se da morte, como livraria os que nele confiam?
 
Essa é uma das inúmeras razões, pelas quais nós, crentes bíblicos, não rendemos qualquer veneração a imagens de pessoas que foram boas, religiosas, mas foram mortais, estão sepultadas. Essas pessoas não saíram da sepultura. A morte as venceu. E, se não contarem com um Salvador, estarão perdidas para sempre! Como poderiam fazer algo por nós? Como esses mortais poderiam intervir, mortos como estão? Por isso eles não são intercessores ou mediadores entre Deus e os homens, porque a morte foi mais forte do que eles.
 
Contudo, Cristo, ao sair da sepultura, vivo dentre os mortos, por conta própria, pelo poder do Espírito Santo, com a ordem do Pai, provou que é mais forte do que a morte, e pode intervir na salvação de todo aquele que crê! O seu poder não é apenas hipotético, ou seja, um poder só de palavras! O seu poder é real, é verídico, é verdadeiro, e a sua ressurreição prova isso! Por isso, nós podemos confiar em seu nome, em sua graça, em sua presença, para sermos salvos, e sermos também, um dia, ressuscitados de entre os mortos! Disse ele: “Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;” (Jo 11:25) Cristo provou as palavras que disse, tempos atrás, quando pregava a sua mensagem: “Ninguém tira a vida de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” (Jo 10:18). Aquele que teve poder e autoridade para tomar sua própria vida, de volta, da sepultura, pode salvar a todo aquele que confiar nele, e obedecer ao seu mandamento, de confessá-lo como salvador, e segui-lo como discípulo! Que Salvador bendito!
 
IV – A SUA RESSURREIÇÃO PROVA A VITÓRIA
 
Três dias se passaram, e Cristo esteve morto, por esse tempo. Com dificuldade levantamos os dados referentes a esse período de sua vida, e são eles bastante discutidos pelos teólogos, mas de duas verdades incontestes, nós podemos ter certeza.
 
Cristo desceu aos mortos, ao inferno. Sim, é o que diz Pedro, em sua carta, (1Pe 4:6):  “Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito;” Sem entrarmos em detalhes sobre essa declaração, talvez numa outra ocasião, podemos imaginar Cristo declarando, aos perdidos, que sua obra fora realizada, que os pecados estavam pagos na cruz, que a fé poderia salvar e que Satanás, o maior adversário, fora vencido para sempre! Sim, Cristo não desceu para ser punido, mas para proclamar, para anunciar a sua vitória! A sua invasão ao lugar dos mortos, e sua saída de lá, prova que só Ele, e ninguém mais, é portador da chave, pois que ninguém pode de lá sair, ao entrar. Mas Cristo, oh, bendito e poderoso Filho de Deus, entrou e saiu! Aleluia!
 
Também temos absoluta certeza, de que Cristo foi ao Paraíso, e teve um encontro com o ladrão! Ele prometera, nos instantes de agonia, àquele que suplicava que o Salvador dele se lembrasse, quando viesse em seu reino: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.”(Lc 23:43) E Cristo não mentiu! Cristo não ludibriou! Cristo não enganou! Certamente aquele foi um encontro glorioso! Lá no Paraíso (seria o velho Paraíso adâmico, recolhido pelo Pai por causa da dureza do coração humano, um oásis para aqueles que aguardam a ressurreição? Seria outro? Pouco nos importa, porque Paraíso é Paraíso!), eu creio que Cristo olhou aquele ladrão, que, naturalmente maravilhado de estar num lugar tão lindo, tão aprazível, tão real, apesar de ser pós-morte, e foi ao encontro dele, dar-lhe o abraço da amizade, o ósculo paternal ao filho que voltou ao lar paterno! Que cena inesquecível deve ter sido! O que prova, incontestavelmente, que quem dorme, quem morre, é o corpo, mas a parte real, duradoura, inesgotável de nossa humanidade, permanece viva, e em lugar específico, ou no Paraíso, ou no inferno!
 
E, quando Cristo rompe os grilhões da morte, e sai da sepultura, ele arrebenta com os cadeados inquebráveis do castigo, e declara para o céu e a Terra: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1Co 15:55)
 
V – SUA RESSURREIÇÃO ATESTA A SUA DIVINDADE
 
Nenhum mortal, por melhor que fosse, poderia ter feito o que Cristo fez! Elias foi um excelente homem, e foi recolhido pelo Pai através de uma carruagem de fogo. Mas isso ele fez por conta do Pai. Enoque, o sétimo depois de Adão, não foi mais encontrado, porque Deus o tomara para si, não que o tenha ressuscitado, mas o levou vivo para os céus. E, provavelmente, esses dois serão as duas testemunhas, ao pé do muro das lamentações, na Grande Tribulação. Porém, estão preservados, não por conta própria, mas por obra e graça do Espírito Santo.
 
Cristo não. Ele deu a vida, e ele tornou a tomá-la. Ele entregou-se à morte, e ele mesmo saiu da sepultura. A sua comunhão com o Pai é tão perfeita, a sua submissão filial é tão total, que é o Pai quem o ressuscita, mas é pelo próprio poder de Cristo que isso acontece, porque, como citamos há alguns momentos, Cristo teve poder para doar-se, e teve poder para recuperar a própria vida.
 
Que mortal pode ressuscitar por conta? Quem desafia a morte e recupera a vida? Quem pode obter a libertação da hora derradeira? Ninguém! Por isso não temos outra alternativa, outra explicação, para clarear o porque do poder de Cristo: Ele é Deus! Aleluia! Cristo é Deus! Cristo é o Senhor! Cristo é o Salvador! Cristo é o próprio EMANUEL, isto é, o DEUS CONOSCO! Ele é o Pai da Eternidade! Ele é a encarnação do próprio Criador! Esse Deus triúno, que tem três distintas pessoas, mas que nunca, hipótese alguma, se interpõem, esse mesmo Deus encarnou a pessoa do Filho bendito! E, de forma inexplicável, Ele é o retrato de Deus! Filipe perguntou: “Jesus, mostra-nos o Pai, e isso nos basta!” E Cristo disse: “Estou há tanto tempo convosco, e ainda não tendes me visto?” Que maravilha! Cristo é Deus!
 
Por isso Ele recuperou a própria vida, e tem poder para salvar a mim, a você e a toda a humanidade! Cristo pode intervir no destino da sua alma! Cristo pode transformar o seu futuro! Maria jamais. José, jamais. Pedro, jamais, João, jamais. Nenhum devoto ou religioso é apto para intervir, para interceder, para salvar, para ressuscitar. Só Cristo, só Jesus. Só o Filho do Deus vivo!
 
CONCLUSÃO
 
O mesmo poder de ressuscitar-se, Cristo usará para fazê-lo ao corpo de quem morreu crendo em seu nome e em sua graça. Ele não decepcionará os que nele confiam! Aqueles que morreram em Cristo, na confiança de sua  palavra e promessa, sairão da sepultura um dia, quando Cristo voltar nas nuvens dos céus! Naquele dia, quando a última trombeta soar, quando Cristo enviar os seus anjos pelos quatro cantos da Terra, aqueles que morreram na fé, sairão vivos das sepulturas. E os que não foram sepultados? Sairão de qualquer lugar. Seja do mar, seja da Terra, seja do ar, seja do abismo, seja do espaço, não importa! Cristo, que é o criador, mantenedor e sustentador da vida, pode até das pedras tornar a trazer alguém!
 
E os trará com o corpo tão glorificado quanto o dele! Não haverá coxos, nem cegos, nem aleijados, nem queimados, nem envelhecidos, nem acidentados, nem infectados. Todos serão perfeitos, à semelhança do corpo do Salvador!
 
Amigo, hoje é o dia da sua salvação. Hoje é o dia em que você pode passar por uma ressurreição preliminar. Não a do corpo, mas a da alma. De caído e perdido, você pode levantar-se e ser salvo! A bíblia diz que os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus: “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.” (Is 59:2)
 
É necessário banhar-se nas águas do arrependimento e da fé em Cristo! Jesus disse: “se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.” (Lc 13:3)
 
É necessário crer em Cristo como único e suficiente Salvador: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” (At 4:12)
 
É necessário ter coragem e confessar isso publicamente, sem vergonha alguma, pois Cristo não terá vergonha de confessar-nos diante do Pai: “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”. (Romanos 10.9
 
Não deixe para depois. Amanhã pode ser muito tarde, hoje Cristo te quer libertar. “Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações. (Hb 3:15)
 
Fazendo isso, você terá, da parte de Cristo, UMA SALVAÇÃO SEM IGUAL.
 
Que Deus nos abençoe.
Wagner Antonio de Araújo
 
obs: o áudio desta mensagem está em
http://www.uniaonet.com/bnovas.htm
 
Todas as músicas em WAVE que adicionei como FUNDO MUSICAL aos e-mails, são cantadas pelo notável e brilhante LUIZ DE CARVALHO, da GRAVADORA BOM PASTOR, do querido Elias de Carvalho, ambos meus amigos do coração. Nas pregações em áudio, inicio tentando, sem sucesso, solar tais músicas. Mas tentei, e fiz o melhor que pude.
 
==================================
 
PÓS-ESCRITO
 
Agradeço a Deus a oportunidade de compartilhar com todos os amigos e irmãos em Cristo, os sermões que preguei, na Série de Conferências da Semana Santa 2005.
 
Às vezes tenciono desistir de compartilhar. Recebo, quase sempre, palavras tão duras, tão ruins, tão ofensivas, que me pergunto: "pra que, Senhor?" Críticas duras, pessoas considerando serem as publicações uma auto-promoção. Tenho refletido seriamente em deixar de repartir. Vejam que palavras dóceis:  "... seus péssimos escritos entopem a minha caixa postal; por que não cria um flog e se 'afloga' com tamanhas mediocridades? Chega de se auto-promover, pastor de periferia, e vá fazer o pré-primário de novo! Meu menor rabisco teológico é melhor que o seu melhor sermão. Não me envie mais nada! Saia da minha lista! Você não é bem-vindo, pedante de terceira!"
 
Entretanto, ao mesmo tempo, sei que tais materiais poderão, de alguma forma, ser úteis a irmãos, pastores e amigos, em algum lugar do mundo, muitas vezes privados de maiores contatos com outros púlpitos e meditações. Nâo sou nada e nem ninguém. Apenas um servo. Nada mais. Pra mim é o suficiente.
 
Assim, se contribuí para acrescentar algo, aleluia! Se perturbei a outrem, mil perdões. Tenho considerado os meus contatos como amigos e irmãos.
 
Um abraço a todos, com grande amor. Farei algum silêncio. E, para o futuro, decidirei se continuarei ou não essa peregrinação espinhosa, de compartilhar a mensagem com as pessoas da internet, e não apenas com a igreja onde sirvo ao Senhor. Afinal, será que vale à pena?
 
 
 
Em nome de Cristo,
 
Wagner Antonio de Araújo
Igreja Batista Boas Novas de Osasco, SP
bnovas@uol.com.br

Clique nos Nrs :
01 , 02 , 03 , 04/final


Participe! Envie-nos seu comentário : iceuniao@uol.com.br - www.uniaonet.com