Uma viagem ao povo que amamos.

A melhor oportunidade da convivência missionária é se dar em amor ao povo para o qual somos chamados a servir.                                                                   Ulisses.

Creio que só amando os Pirahãs tanto quanto sou amado por Deus, experimento na prática o quanto vale a pena estar em Cristo exercendo fé incondicional.

                                                            Ulisses.

Foram dias cheios da presença de Cristo.

O AMOR É O MESTRE DA COMUNICAÇÃO MISSIONARIA.

ALUGUEL DA TOYOTA

Esta viagem foi diferente de todas as outras que fizemos. Todas as outras que fizemos foi de carona, vezes em cima de caminhonetes, caminhões, carros tanques etc. Precisávamos de três dias para chegar na tribo, mas desta vez Deus nos deu a oportunidade de alugar uma toyota.

Foi edificante ver meus filhos e minha esposa dentro do carro, alegres e confortáveis, nossas crianças não estavam com olhos cheios de poeira da transamazônica e nem pulando que nem pipoca na panela numa estrada esburacada, em cima de uma carroceria de caminhão. O que significa que tivemos uma viagem confortável cheia da presença de Deus como todas as viagens que fazemos para o povo que tanto amamos... Alegro-me com o desenvolver de nosso ministerio e com a maneira como Deus esta mudando as coisas e nos mostrando novos Horizontes.

 

A FÉ TEM OLHOS.

Nossa experiência no campo missionário nos fez entender que a fé não é cega, ela tem olhos, ela tem ouvidos, tem olfato, tem razão e é mística em todos os sentidos da vida, ela se deixa enxergar no outro, nos faz doadores e recebedores do amor incondicional, nos faz morrer para que outros possam viver.

DIGO ISTO POQUE A COISA MAIS IMPORTANTE DA VIAGEM FOI VER IKASO ANDANDO.

A índia percebeu a fé e o amor que tivemos por eles nos dezoito dias em que Ikaso esteve hospitalizado com meningite.Ela viu as lágrimas de Paula quando Ikaso tinha convulsões e como saía correndo em busca de ajuda. Ela percebeu nossa tristeza quando Ikaso foi pra Uti, percebeu quando os médicos disseram que só um milagre de Deus o salvaria e como oramos pedindo esse milagre Ela soube que  todos no hospital perguntavam se Ikaso era nosso filho. Ela percebeu Deus no mais importante ato da comunicação transcultural, ela percebeu o amor incondicional da fé. O amor de Cristo e dele testemunhou para a jovem índia.

·         Isto sinaliza o caminho do discipulado. Mais do que falar é preciso viver.

·         Sinaliza Deus e seu amor por todos as povos.

O CAMINHO DA PARCERIA

“No essencial, unidade; no não essencial; liberdade; em tudo caridade”.

Trabalhar numa tribo indígena implica em caminhar em unidade com vários órgãos do Governo entre eles destacamos FUNAI e FUNASA ambos tem um papel importante na vida dos índios, portanto foi muito boa a oportunidade de firmar essa parceria durante esse tempo quando uma equipe da  FUNASA chegou para uma visita de rotina e para ministrar vermífugo às crianças. Nesta visita o Dr. Nilo o Infectologista e o Sr. Amarildo, supervisor de campo, nos convidaram para colocar um posto de saúde com trabalhos básicos na área de microscopia e pronto-socorro dentro da aldeia, também disse que já tinha um microscópio separado para nós da aldeia Pitia.Visto ser ele sabedor de que a Paula tem treinamento em parasitologia e exame de malária.  

1.    FUNASA e missionários trabalhando junto.

2.    FUNAI e missionários trabalhando juntos.

 

PROJETO POMAR.

 

Com autorização da Funai de Porto Velho na pessoa do administrador Sr Osman e do engenheiro da mesma o missionário Ulisses de Sousa (Igreja Metodista) e esposa trouxeram terra da aldeia Pitia para ser analisada no laboratório da EMBRAPA tendo como responsável pela analise Dra Leda. O objetivo da analise é escolher o melhor local para implantação do projeto pomar que será realizado pelos missionários em parceria com a FUNAI e EMBRAPA.

TESTEMUNHOS.

Um trabalho feito do modo de Deus e na dependência de Deus produz frutos e relacionamentos duradouros.

Hiahoai é um índio Pirahã morador da aldeia Pitia nosso local de trabalho e disse para a FUNAI E FUNASA que durante muitos anos nós tínhamos cuidado deles e que éramos suficiente para trabalhar dentro da aldeia, éramos para eles grandes irmãos iguais aos Pirahãs que moravam na aldeia da Agiopáí.

Carinho indígena

Saí pra caçar com Eloir (missionário) e lá pelas 04 da manhã daquela noite meio sonolenta dentro da canoa ouvi os gritos do Eloir, Tosetise! Tosetise! Tosetise!(meu nome na língua Pirahã) olha a anta, olha a anta na água, levantei rápido e passei aos olhos de um lado para o outro vi o animal na água. Rapidamente engatilhando a arma atirei, e como era um casal de anta, a outra subiu no barranco e foi embora, descemos ligeiro da canoa e fomos atrás daquela que estava baleada, encontramos só sangue nas folhas e nada de anta, no outro dia chamamos os índios e fomos ver se encontrava ela morta no mato, mas não encontramos nada e voltamos tristes pra casa. Dois dias depois ouvi um alvoroço na beira do rio, era uma índia que estava acampada na roça rio abaixo chegando de canoa com a metade de uma anta dentro. Dizendo que estava trazendo para Paula e eu, aproximei dela. E ela me contou que um a das crianças tinha saído pra pescar e encontrou uma anta morrendo. Ele voltou chamou o pai dele e eles mandaram uma banda da anta pra minha família, perguntei onde tinha saído à bala e ela me falou que eu atirei no pescoço e a bala saiu nos no traseiro da anta. Para quem conhece os Pirahãs sabe que para ele mandar uma mulher subir um rio com uma banda de anta para um não índio, é inédito e esta pessoa tem que ser muito especial no coração deles, eles tem um carinho muito especial por minha família entre eles. Agradeço ao Senhor por este amor.

Agenda

Tabela: para oração.