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Pastoral Indigenísta Pirahã  

                       

          Relatório da Ultima Viagem para a Tribo Pirahã

 

            10 DE Fevereiro até 10 de Março de 2003

   Objetivo

 A.    Fazer reparos na nossa casa,  na primeira aldeia.

B.   Visitar a segunda e terceira aldeia.

C.   Apoiar o casal que trabalha na terceira aldeia.  

 

A.    O ministério Pirahã tem uma casa de Apoio na aldeia Pitía, casa de madeira, tamanha 6x8, sendo dois quartos, sala, e cosinha, uma parte e coberta de telha brasilit, e a outra coberta com palha, com o tempo foi destruída  a palha e o piso de tabuas, ficando inabitável.

No dia 10 de fevereiro, viajei para uma serraria na Transamazônica, distante 60 Km de Humaitá, comprei as tabuas e dois dias depois chegou  a Toyota com o Eloir e sua esposa que faz parte da equipe, levamos as tabuas para o rio Maici e dormimos por lá na casa de um irmão em Cristo que sempre nos hospeda. No outro dia esvaziamos a canoa recarregamos e descemos o rio, por volta das 11 horas, chegamos na 1ª aldeia.

Desembarquei e o casal seguiu para  aldeia Agiiopai. Ao desembarcar soube pelo Hiahoai  que duas famílias estava em Humaitá tratando de malaria e a filha dele também estava com febre, conversei com o Kaiihiaoepe e ele falou que os outros estavam na estrada rio acima.   Desmanchei o piso da casa e  a cobertura e dei inicio a recuperação da casa.

O trabalho de recuperação durou seis dias, pois estava trabalhando sozinho e sem pressa.

 

B. Visita a segunda aldeia e terceira.

 

Sete dias depois ouvi os índio gritar que o motor da FUNASA estava descendo o rio com os índios que estava em Humaitá,.

O pessoal da FUNASA dormiu em minha casa e no outro dia viajamos para Agiopai a segunda aldeia duas horas rio abaixo, ao chegarmos lá logo, nos chegou a noticia que Eloir o missionário estava perdido no mato, Rosangela sua esposa veio ao nosso encontro  e confirmou a historia, Eloir tinha saído com um grupo de índios para caçar e ao ver ums queixada (porco do mato) foi correu mato adentro para os matar, e ate aquele instante não tinha voltado, oramos e decidimos procura ele rio abaixo enquanto os índios iam por terá e pelo mato procurando ele, voltamos para a canoa e levamos um índio conosco descendo, dezessete minutos depois encontramos o Eloir nadando rio abaixo pois estava sem direção se sua casa ficava rio acima ou abaixo, pegamos ele e continuamos a viajem por mais uma hora e meia ate a 3ª aldeia , chamada Pereira, a FUNASA, fez seu trabalho preventivo de e duas horas depois subimos o rio de volta pra Agiopai, fizemos 20 laminas de malaria e ao ler descobriu-se que tinha recém nascidos  e outras crianças com malaria. Decidimos subir o rio com todos os doentes para a primeira aldeia no mesmo dia  seis horas da tarde, chegando na primeira umas nove da noite.

No outro dia as famílias partiram com a FUNASA e eu fiquei.

 

C. Apoiar o casal na terceira aldeia.

 

Eloir e Rosangela trabalham na terceira aldeia e ao sair da segunda aldeia, o motor quebrou vinte minutos depois, e ele remou durante quatro horas rio abaixo ate  Pereira, como o meu radio estava quebrado eu não sabia de nada, mas no décimo dia  a FUNASA entrou com uma

Enfermeira por nome de Marisa e mais dois auxiliares, rio abaixo pra segunda aldeia, dormirão lá e no dia seguinte voltaram, logo mais por volta das quatorze horas desceu o outro motor com os índios, tratados da malaria (A FUNASA faz o tratamento dos Pirahãs em Humaitá, e não na aldeia). Ao para na minha casa ele disse que estava levando um motor para o Eloir, eu perguntei, Você sabe onde esta o Eloir? Respondeu que não sabia!

Então falei eu o Eloir estava na terceira aldeia, ele disse-me que não iria ate lá pois não tinha gasolina suficiente e que, a Toyota estava esperando ele na estrada para pegar a balsa das seis horas no rio madeira, eu então decidir ir com ele ate a segunda Aldeia, ao chegar lá

Encontrei os Pirahãs bêbedos pois na noite que Marisa passou por lá eles roubarão uma garrafa de Álcool etílico, o Pirahã Kaoee  estava ferido do rosto e os Pirahãs Meii, Hiaitbi, e  estava furiosos e bêbedos, diante daquela situação o rapaz da FUNASA voltou pra estrada e eu resolvi pegar o motor que estava levando e colocar numa canoa, convidei os Pirahãs Ipoohoã e Toee, para descer o rio até Pereira, partimos as  quatro da tarde e remamos ate as nove da noite para encontrar com o Eloir e Rosangela.

O motivo da partida é que quando os Pirahã bebem álcool eles ficam no estado de Koobia (loucura) vindo a ferir ou ate mesmo matar uns aos outros.

 

                           

 

 

Ulisses de Sousa

Missionário Indigenista nos CMA    

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Porto Velho – RO

Telefone: (69) 229.6594

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