A
Jornada dos Filhos de Israel no
Deserto Desde o encerramento do Gênesis,
marcado pela morte de José, mais de meio século já se passou. Uma
nova dinastia ou família se levantou sobre o trono egípcio que não
conhecera José. A história muda. De favorecidos,
eles passaram a inimigos. Eram odiados e temidos. Odiados por não se conformarem ao paganismo e se manterem a parte.
Israel era monoteísta e isso ofendia o politeísmo egípcio. Eram
temidos por causa de seus prolíferos nascimentos. Então mediante
esses fatos veio a escravidão. Pacto Abraâmico (Gn 12). Em 15.15-16 é a 4o geração quem tomaria posse da terra. EGITO Escravidão (430 anos): as obras
de arte e monumentos públicos dão-nos conta das condições em que
se encontravam os cativos: presos uns aos outros por meio de correntes,
com um feitor atrás, de chicote na mão, obrigando-os a trabalhar
da madrugada até a noite, sob um sol abrasador. Tais eram as condições
escravas no Egito, que se calcula o tempo de dureção de um escravo
em três anos. Israel estava distante do Deus
dos patriarcas. A nação não vira nenhum milagre nem testemunhara
nenhuma ação do poder de Deus. eles só conheciam Jeová como o “Deus
de Abraão, Isaque e Jacó”. Foi por isso que Moisés pediu um nome
a Deus para se apresentar a Israel (Ex 3.13-15). DEZ PRAGAS 1.
aprenderam
que o poder e a majestade pertencem ao Deus Todo-Poderoso. 2.
os
filhos de Israel tinham de ser preparados para a experiência no
deserto que não trazia em si nenhum meio visível de sustento para
eles. 3.
pragas:
caíram sobre exatamente sobre aquilo que os egípcios adoravam. Êxodo: “saída, partida”, um
nome grego. Em hebraico: “Estes são os nomes”. No
deserto duas grandes lições que Israel tinha que aprender: 1)
O
que é a carne 2)
Quem
Deus é. Deus
estava preparando Israel para o deserto, pois ali não veriam nenhum
meio visível de sustento. Aparentemente as pragas demoraram
um período de 6 meses com pequenos intervalos. A ESTRADA MAIS LONGA Ex 13.17-18 A estrada direta ia de Ramessés
até Canaã e costeava o Mediterrâneo. Jacó desceu por esta estrada
ao Egito e foi por ela que subiu a procissão funerária para sepultá-lo
no sepulcro de seus pais. Em condições
normais a rota do mediterrâneo podia ser percorrida entre 8 e 10
dias ou em até 15 dias. Era um área fácil, rápida, segura e calçada.
Haviam povoados por toda aquela área. POR QUÊ A ESTRADA LONGA? Israel era pouco mais que escravos. Gente indisciplinada
na arte do bem-estar. Não estavam preparados para enfrentar um inimigo
formidável como os filisteus. APLICAÇÃO: O homem sempre quer o caminho
mais curto (Esaú vendeu o seu direito de primogenitura por um cozinhado).
O caminho de Deus caracteriza-se na disposição de esperar, confiar
em Deus e de ser paciente. Devemos aprender que não há sucesso sem
sacrifício e nenhuma recompensa sem trabalho. É preciso que haja
obediência antes que as bênçãos sejam concedidas. PRÓPOSITO DA ESTRADA LONGA Foi para que Israel primeiramente conhecesse a Deus. Por isso a nação
foi levada para o deserto: um lugar de solidão, lugares estéreis;
em que o povo estava total e completamente dependente dos recursos
divinos. 1.
para
que Seu maravilhoso poder fosse manifestado através de sinais em
benefícios deles fazendo-os atravessar o Mar Vermelho em segurança. 2.
para
que Faraó e suas hostes pudessem ser ali destruídos. 3.
para
que eles pudessem receber as leis de Jeová na solidão imperturbável
do deserto. 4.
para
que eles pudessem organizar-se apropriadamente em uma Comunidade
e Estado-igreja (At 7.35) antes que entrassem e ocupassem a terra
de Canaã. 5.
para
que eles pudessem tornar-se humildes, sendo experimentados e provados
(Dt 8.2-3) e para que a suficiência do Seu Deus pudesse ser plenamente
demonstrada em cada emergência. EXEMPLOS: pessoas que foram levadas
para uma estrada longa: José, de um poço em Dotã para o Palácio
de Faraó. Paulo, queria ir a Roma mais foi impedido, mais tarde
preso escreveu as Epístolas da prisão. Cristo, via dolorosa. Daniel,
de Jerusalém à Babilônia. A nação de Israel
chegou ao Egito com 70 pessoas e saiu de lá com cerca de 3 milhões. SUCOTE: Consagração dos primogênitos. Os ossos
de José são levados por Moisés. ETÃ (Ex 12): Coluna de Nuvem e de Fogo. v.20
- iniciativa de Israel em andar. O caminho era calçado. v.21
- iniciativa de Deus. “O fim do homem é a oportunidade de Deus”. “O aparecimento da coluna de nuvem e de fogo coloca-se entre as maiores
maravilhosas dos atos divinos e providenciais de Deus para com os
filhos dos homens. Esta nuvem foi mencionada perto de 50 vezes só
no Pentateuco, e encontra-se muitas vezes através da Escrituras”.
Principais
menções da nuvem: Êx 14.24; 18.10; 19.9; 24.15-16; 34.5; Lv 16.2;
1Rs 8.10-11; Ez 10.3-4; 43.4. Faraó
e o seu exército morrem no Mar Vermelho. MARA (Êx 15): murmuração. Saíram
do lugar da vitória para o deserto. Muitos acham que uma vez salvos
e dedicados, caminharão pelo caminho mais fácil. O propósito divino
sempre é o mesmo, embora muitas vezes mal interpretado: “O
caráter é desenvolvido através das dificuldades”. LIÇÃO: Deus atende as nossas
necessidades e nos repreende quando deixamos de confiar nEle. ELIM (Êx 15): 12 fontes e 70 palmeiras. O lugar
de refrigério. DESERTO DE SIM (Êx 16) Em
Mara e Elim Deus mostrou a disposição e o poder em atender às emergências
e em suprir abundantemente as necessidades temporais. Ao dar o maná
Deus revelou a Sua suficiência em atender as necessidades humanas
prolongadas de sustento. Até
aqui já se passaram 2 meses e meio!!! REFIDIM (Êx 17): uma sede consumidora gerou rebeldia
contra Deus e contra Moisés. Como sempre, o desespero do
homem se transforma na oportunidade de Deus! Moisés
fere a rocha em Horebe (Sl 105.41). LIÇÕES: 1.
Horebe
significa “deserto”, “seco”, “estéril”. 2.
Deus
estava sobre a rocha. A pedra era Cristo (1Co 10.4). 3.
A
vara fala do juízo divino. 4.
O
golpe, “ferirás a rocha”, fala do juízo que caiu sobre Cristo, nosso
Substituto, no Calvário. O maná fala da encarnação de Cristo, a
rocha ferida de Sua crucificação. Ferida na presença dos anciãos
de Israel, o ato enfatiza o caráter governamental da morte de Cristo
(Is 53.4-5). 5.
A
água, “e dela sairá água”, fala dos benefícios que resultaram para
o crente por causa da morte de Cristo. As águas correntes nas Escrituras
falam da presença do Espírito Santo (Jo 7.37-39). À mulher samaritana junto ao poço
de Jacó nosso Senhor disse: “Se conheceras o dom de Deus (Cristo)...tu
lhe pedirias, e ele daria água viva (o Espírito)” (Jo 4.10). POR QUÊ A ROCHA TINHA QUE
SER FERIDA? Sem
ferimento não há água, sem ferimento não há nenhuma satisfação e
nenhum meio de apropriação. Não há como penetrar nos benefícios
da graça sem que antes Cristo fosse ferido e nós nos apropriemos. 3 TIPOS DE MORTE NA JORNADA
DO DESERTO (Até aqui): 1)
Através
da Páscoa - Deus nos fala da redenção pelo sangue da penalidade
do pecado. 2)
Na
passagem pelo Mar Vermelho - Deus nos fala da redenção do poder
da escravidão do pecado, separando os homens da servidão, e os tornando
vitoriosos sobre o mundo pela virtude do que Ele operou. 3)
Na
rocha ferida - vemos a morte de Cristo fornecendo vida nova através
do Espírito. GUERRA COM AMALEQUE (Êx 17) Logo
que foi providenciada a água para os filhos de Israel, eles descobriram
Amaleque. Um inimigo desconhecido, que era seu parente na carne.
Amaleque era neto de Esaú (Gn 36.12), era chamado de príncipe (Gn
36.16). Esaú representa o homem carnal,
enquanto Jacó (Israel) o homem espiritual. A luta entre a carne
e o espírito está ativa em nosso meio ainda hoje (Gl 5.17). Até encontrar-se com Amaleque, os israelitas nada tinham a fazer.
Eles não enfrentaram Faraó; eles não derrotaram o poder do Egito,
nem quebraram os grilhões da servidão; eles não dividiram as águas
do mar; nem submergiram o exército de Faraó sob suas ondas; eles
não trouxeram pão do céu, nem extraíram água da rocha empedernida.
Eles não fizeram, nem poderia fazer alguma dessas coisas; mas agora
estavam sendo convocados para lutar contra Amaleque. Todos os conflitos
anteriores tinham acontecido entre Jeová e o inimigo. Eles tiveram
de “ficar quietos” e observar os maravilhosos triunfos do braço
estendido de Jeová e desfrutar da vitória. O Senhor lutara por eles;
mas agora Ele lutava neles ou através deles. A
fonte da vitória de Israel jazia em duas coisas: luta e intercessão. Relatar
a História. Uma importante LIÇÃO que
devemos aprender é que assim como a vitória estava sobre o homem
no outeiro, assim também a nossa não está sobre nossas forças, disposição,
ousadia e sim em Cristo. Saul
recebeu ordem para ferir os amalequitas, destruí-los todos, junto
com suas posses e possessões. Eles eram os mesmos descendentes de
Amaleque. Ele executou a ordem do Senhor? Não, ele temeu o povo,
poupou o Rei Agague para exibir sua vitória e também poupou o gado
gordo. Obediência parcial. SINAI (Êx 19 - 31) Até agora Deus havia tratado Israel na base da pura graça. Agora Deus
tinha que lidar com eles rudemente. Até agora então, Ele os tinha
tratado como filhos; agora, tinha de tratá-los como servos contratados
sob a lei, por causa da desobediência. O
propósito da lei apresentado nas Escrituras é para “manifestação” do pecado (Gl 3.19). a expressão “por causa das transgressões”
significa “dar ao pecado o caráter de transgressão”. A lei é como
um termômetro — detecta a febre, mas não a cura. Ou é como um espelho
— revela as manchas, mas não as lava, nem as purifica. Quem entregou as tábuas da lei segundo a tradição judaica foi os Anjos,
também a Bíblia nos mostra isso em Hb 12.1-4. BEZERRO DE OURO (Êx 31)
(1Co 10.7) Moisés
no monte e o povo em orgia. Vemos
aqui a importância de uma boa liderança. Na ausência de Moisés,
o grande líder, o povo ficou inquieto e impaciente. Eles se queixaram.
“Não sabemos o que lhe terá sucedido” (32.1). Logo ficaram dispostos
a aceitar um novo líder — um que eles mesmos tivessem escolhido,
isto é, Arão. Se
Moisés fosse presente a cena jamais teria ocorrido. Veja a importância
de uma boa liderança: Moisés
queria agradar a Deus, ao passo que Arão veio a ser servo do povo
e não de Deus, uma liderança fraca. A idéia de um bezerro de ouro
foi trazida do Egito; era o símbolo principal do culto egípcio. QUESTÃO: Como poderia Arão, que tinha testemunhado
as pragas no Egito e que vira os relâmpagos e ouvira os trovões
sobre o Sinai, ser tão esquecido? A resposta se encontra no fato
do pecado trazer seus próprios efeitos cegantes e um ópio insensibilizante. Deus
queria destruir o povo por causa da orgia que estavam praticando,
mas Moisés orou e pediu misericórdia. Ao descer do Monte, Moisés
concorda com Deus e quebra as Tábuas da lei e começa o julgamento:
queimou o bezerro de ouro, moeu os restos, jogou o pó na água e
fez o povo beber a vergonha e a humilhação da nação. Depois convocou
o povo para consagração. “Quem é do Senhor”. Os filhos de Levi deu
o primeiro passo. Cerca de 3 mil homens morreram naquele dia. Era
preciso que primeiro houvesse um julgamento e depois um chamado
à consagração (vs. 29-30). MULTIDÃO MISTA (Nm 11.4-6) Quase
dois anos de passaram (cerca de 15 meses), durante os quais não
ouvimos nada sobre esse grupo variado. Quando ouvimos, logo a seguir,
foi quando se rebelaram contra o maná, a dieta celestial.
Israel estava a caminho e Deus cuidava poderosamente do Seu povo. QUAL A IDENTIDADE DESSA MULTIDÃO
MISTA? 1.
Certamente
não eram israelitas. 2.
Não
se diz que fossem egípcios. 3.
Eram
vivandeiros, talvez atraídos pelo movimento do êxodo. 4.
Estavam
insatisfeitos e descontentes com o Egito. 5.
Outros
foram atraídos pelo amor ao espetacular. 6.
Alguns
talvez estivessem casados com israelitas e viessem por motivos familiares. 7.
Esta multidão mista está conosco
hoje em dia!!! Como os soldados que jogavam
dados sobre a cruz por causa das vestes de Cristo, esta multidão
mista deseja os benefícios e as bênçãos do Cristianismo sem se importar
um pouco que seja pelas verdades do nosso Senhor. Ela se recusa
a aceitar a Cristo, mas aceita as roupagens do Cristianismo. O segredo há longo tempo oculto finalmente aparece no verso 4. A multidão
mista deve ter sido o ponto de partida de grande parte dos problemas
e queixas que surgiram desde que os filhos de Israel saíram do Egito. A
multidão mista começou com as queixas, o povo de Deus era carnal
e logo também se queixou. “Um pouco de fermento leveda toda a massa”
(1Co 5.6). A multidão mista estava sendo testada por suas reações e atitudes para
com o maná (Êx 16.4). Na verdade, eles acompanharam Israel, mas
nunca perderam o seu apetite egípcio. Para muitos “crentes” hoje
em dia, Cristo já não lhes basta. Querem Cristo e o mundo. Eles
tentaram falsificar o maná, porque o maná já não lhes era agradável
(Nm 11.8 com Êx 16.23). Uma vez que o maná em seu estado natural
foi desprezado, o povo recorreu a uma variedade de métodos para
servi-lo. A tentativa era de torná-lo mais apetitoso para aqueles
que tinham pouco ou nenhum apetite pelo maná como ele vinha do céu. A
multidão mista sempre encontra-se entre os filhos de Deus. EXEMPLO:
Na reconstrução dos Muros de Jerusalém por Neemias. Houveram dificuldades
e oposição por dentro e por fora. Depois da leitura do livro da
Lei que fora achado, eles despediram as suas esposas pagãs e uma
voluntária separação de Israel da multidão mista. DO SINAI ATÉ CADES-BARNÉIA (Nm 11 - 14) Após
um ano no Sinai, Israel prosseguiu viagem. A experiência no Sinai
provocou várias mudanças: 1)
a
nação fora moldada em comunidade. 2)
a
economia passou da graça pura, para a aliança da lei. 3)
sob
esta aliança, embora a aliança abraâmica não fosse anulada, a posse
da Terra de Canaã ficou condicionada à obediência. 4)
até
agora Deus ouvira as murmurações com paciência e graça transbordante.
Desse momento em diante, tais pecados seriam resolvidos com juízos
apropriados e sumários. TABERÁ (Nm 11.3-6). Veja a alteração no trato
de Deus para com o Seu povo é evidenciada. QUIBROTE-TAAVÁ (11.31-34). Codornizes e a ira de Deus
contra as pessoas. HAZEROTE (11.35 - 12.16). Miriã e Arão murmuram
contra Moisés porque este se casara com uma mulher etíope. Imediatamente
Miriã é atacada por lepra, Moisés ora e mais tarde ela é curada. CADES-BARNÉIA (Nm 13) Foi um momento de crise, o momento da oportunidade. Esta nação teve
o seu momento de decisão. Avançar significaria posse imediata. Não
haveria Jordão para atravessar, nem 38 anos de peregrinação, nem morte no deserto para a geração que contemplara
as glórias da terra onde manavam leite e mel. A
promessa feita a Abraão estava a se realizar, a semente e a terra
ficaram separadas por 4 gerações. A oportunidade de Israel estava a sua frente. O que deveriam fazer
era avançar e conquistar. Deus estava sendo fiel em Sua promessa. À primeira vista, talvez pareça que eles tiveram a aprovação de
Deus quando enviaram os 12 espias para que examinassem a terra,
mas, quando lemos Dt 1.22, ficamos sabendo que essa idéia originou-se
no coração do homem. Como geralmente acontece, Deus permitiu uma
ação que era compatível com a Sua vontade permissiva. Ele permitiu
que Moisés enviasse os espias. (Êx
3.8). Eles já tinham o cumprimento da primeira e segunda parte dessa
promessa definida. Foram livrados dos egípcios e retirados da terra.
Deviam ter contado com a fidelidade de Deus para cumprir o que restava
e deviam ter avançado, dependendo d’Ele para fazê-lo.
Mas, em vez de confiar em Deus e em Sua palavra, pediram que espias
fossem enviados: ‘Vede a terra, que tal é... se boa ou má... se
fértil ou estéril’ (Nm 13.18-20). Isto equivalia a dizer: “Não podemos aceitar a descrição
que Deus fez da terra de Canaã. Temos de confirmá-la através de
homens”. Os homens sempre acham difícil confiar simplesmente
na Palavra de Deus quando a experiência humana e a visão humana
dizem o contrário. A verdadeira fé não é uma fé que interpreta
Deus através das circunstâncias, mas uma fé que interpreta as circunstâncias
através de uma visão e realização de Deus.
A fé tímida tem de ser sustentada pela investigação humana
e provas visíveis. POR QUÊ A FÉ PRECISA DE ESPIAS? “Andamos
por fé, e não pelo que vemos” (2Co 5.7). Durante 40 dias estes homens
espiaram a terra. Em seu reconhecimento foram de uma ponta até a
outra. Investigaram sob todos os aspectos a fim de verificar a veracidade
divina. Mas a verdadeira fé aceita a Palavra de Deus. Dois anos
de experiência lhes ensinaram que Deus era capaz e queria prover
cada uma de suas necessidades e atender a cada emergência. Este
período de tempo foi cheio de tais evidências. O mesmo Deus poderia
resolver qualquer perigo que a Terra de Canaã contivesse. Dez
dos espias estavam prontos a admitir que a terra era exatamente
como Deus tinha dito, comprovadas pelas uvas de Escol. Admitiram
que era uma terra que “mana leite e mel” (v.27). Mas eles introduziram
em seu relatório um “porém”. Eles viram gigantes e cidades muradas
(v.33). Apenas
2 espias, Josué e Calebe, falaram favoravelmente (v.30). Os dez espias com seu relatório desfavorável influenciaram o destino
de toda uma geração (Nm 13.26; 14.1). RESULTADOS DO ERRO DE ISRAEL: 1.
Todos
os que tinham mais de 20 anos foram condenados, a morrerem no deserto. 2.
Ficaram
condenados a uma vida de peregrinação. Teriam de viajar mais 38
anos, à espera da morte. 3.
Canaã
fora perdida — embora o povo se arrependesse depois de ver os resultados
do seu fracasso. Foi tarde demais. LIÇÃO:
a experiência de Israel é uma advertência para nós (1Co 10.6). Todos
nós nos deparamos um dia diante da nossa Cades-Barnéia. Todos nós
enfrentamos a experiência do deserto. Nesta viagem, mais cedo ou
mais tarde, chega a hora da decisão. Há pessoas que tiveram medo
de decidir seguir os caminhos de Deus e hoje estão peregrinando
pelo deserto. ANOS DE PEREGRINAÇÃO - OS
PERIGOS Durante as
peregrinações de Israel no deserto, três personagens nobres, todos
chamados por Deus e ocupando um lugar de alto privilégio e dignidade,
fracassaram de um jeito ou de outro em um momento de crise. O fracasso
destas três pessoas, Moisés, Miriã e Coré, parece exemplificar os
três pecados cardeais que frequentemente se encontram entre aqueles
que mais perto estão de Jeová. MOISÉS — um dos maiores personagens da História. Temos
que admitir que o seu pecado foi um pecado-do-momento, um fracasso
sob extrema provocação, mais ainda assim, sério demais. Moisés estava
cansado. O pecado de Moisés foi o desânimo.
Isto provocou uma temeridade que, por sua vez, acusou a Deus de
injustiça. Será que Deus tinha colocado sobre Moisés mais responsabilidade
do que ele podia aguentar? (Nm 11.11-14). Foi uma pena que Moisés, nesse momento grandioso, não percebesse que
o seu Deus era suficiente. Em resposta ao seu rogo, não recebeu
mais poder, apenas mais mecanismo. O poder que foi dado aos setenta
não foi aumentado, mas apenas distribuído. Houve setenta homens
em lugar de um, mas a multiplicação dos homens não produziu aumento
no poder espiritual. Embora esta transação feita sob a vontade permissiva
de Deus, protegesse Moisés de problemas e lhe desse setenta auxiliares,
também significou perda de poder e dignidade que até então foram
só suas. Moisés perdeu uma coisa que nunca recuperou. O
pecado do desânimo foi seguido pela impaciência. MIRIÃ —
a irmã de Moisés e Arão permitiu que o ciúme contra sua cunhada
a levasse à beira da ruína e da miséria, não se falando do desapontamento
que ela provocou naqueles que eram seus íntimos. Inveja
(Nm 12). Miriã foi temporariamente
atacada de lepra. Arão, o sumo sacerdote, encontrou favor e perdão
através de confissão. Miriã foi curada depois de sete dias através
de oração intercessória por parte de Moisés. CORÉ —
o pecado mais indigno de todos - rebeldia.
O pecado de Coré e de seus companheiros foi o de traição contra
Deus e as ordens divinas (Nm 16). Ele era um levita
que tinha a responsabilidade do serviço do tabernáculo. Sem dúvida, a seriedade do pecado de Coré consistia nisso:
Coré atingiu o âmago da obra mediatorial de Deus. se, como Coré
reivindicava, todos os homens são santos, então não há necessidade
de um sacerdócio separado. Isto implica em que todos os homens podem
se aproximar de Deus sem sacrifício e sem intermediário. O mesmo
que dizer: “Todos os homens são filhos de Deus. Deus é o Pia de
toda a humanidade”. A ROCHA EM MERIBÁ Este
foi um dos momentos mais cruciais na vida de Moisés. PERGUNTA:
Qual a profunda seriedade do erro de Moisés? As
duas rochas falam de Cristo:
O pecado que não
permitiu que Moisés entrasse na Terra Prometida foi apenas um exemplo
da doutrina atual que ensina que a pessoa que se coloca sob os benefícios
da morte de Cristo pode perder tais benefícios e tem de ser salva
repetidas vezes. Arão participou dessa ofensa, por isso receberia o mesmo castigo. A SERPENTE DE BRONZE (Nm 21.6) Arão morreu (Nm 20.22-29). Fim das peregrinações. A partir de agora, Israel marcha ou acampa, mas não peregrina mais. Os anos de peregrinação foram para advertência e não para imitação (1Co 10.1-11; Hb 3.17-19). Já se passaram 38 anos,
uma nova geração surgira, apenas Moisés, Josué e Calebe eram vivos. O povo se tornou impaciente no caminho (Nm 21.4). A serpente é um tipo de Satanás e do mal (Gn 3; Ap 12.9). A Serpente de Bronze – um tipo de Cristo na cruz. Bronze: juízo, julgamento (Jo 3.14,15 – 12.31-33).
Depois da experiência das serpentes não ouvimos mais de murmurações. BALAÃO (Nm 22 – 25 # 2Pe 2.15; Jd 11; Ap 2.14). o
Queria
servir a dois senhores. o
Queria
dos tipos de recompensa: material e espiritual. o
Queria
apoiar dois pontos de vista divergentes ao mesmo tempo: abençoar
e amaldiçoar a Israel. o
Queria
dois tipos de amigos: mundo e Deus. o
Queria
duas religiões: adaptava-se às condições contanto que o preço fosse
bom. o
Queria
duas filosofias: apegava-se a uma doutrina que não re relacionava
com a prática. AS LIÇÕES QUE ISRAEL DEVERIA APRENDER NO
DESERTO: Moisés
estava preste a morrer. Sua última tarefa foi a de treinar esta
segunda geração, preparando-a para entrar na Terra sob a liderança
de Josué. As
lições eram: CUIDAR
(Dt 8.1) Obediência,
um fator essencial que nada contará para Deus até que a obediência
esteja em evidência. O direito à posse jamais foi revogado, mas
a posse plena fora retardada por causa da desobediência. RECORDAR
(Dt 8.2) o
Foi
um caminho de disciplina (através do mar, águas amargas de Mara,
caminho do deserto, vales escuros, montanhas, etc.). o
Um
caminho perigoso (serpentes abrasadoras, povos inimigos, etc.). o
Um
caminho severo (Deus permitiu que o povo passasse fome). o
Um
caminho certo (Sl 107.7,8 comparar com Ex 13.17). SABER
(Dt 8.5) Deus
queria humilhar e provar o povo. Conhecer a si mesmo e conhecer
a Deus sempre foram as supremas lições. GUARDAR
(Dt 8.11) o
Não
esquecer de Deus (8.11); o
Auto-indulgência
(8.12); o
Orgulho
do coração (8.14); o
Auto-suficiência
(8.17); o
Desobediência
(8.19,20). Moisés
Morre. JOSUÉ (Js 1.1,2) Moisés
representa a Lei. A Lei jamais poderia introduzir a Israel na Terra
Prometida, apenas até os portais. Josué representava a graça. ATRAVESSANDO O JORDÃO (Js 3.15) O
Jordão transbordava pelas suas margens naquela ocasião. Não havia
pontes, nem meios humanos para chegar-se ao outro lado, a Terra
Prometida: “O desespero do homem é a oportunidade de Deus”. Cinco tipos de morte na Jornada do Deserto: 1.
Páscoa
– a morte do cordeiro pascal foi um tipo de Cristo, que nos livra
da penalidade do pecado; 2.
Mar
Vermelho – morte para o mundo, o poder do Egito foi desfeito; 3.
Rocha
Ferida – morte que produz vida, as águas refrescantes da rocha ferida
– Cristo; 4.
Serpentes
Abrasadoras – morte para a carne; 5.
Travessia
do Jordão – aponta para a obra do Senhor Jesus Cristo. Quando
Israel atravessou o Mar Vermelho a Coluna de Nuvem e de Fogo era
o seu guia, bem como no deserto. Agora, um novo guia, um novo instrumento
de Deus surgia: a arca da aliança (a arca fala de Cristo – nosso
Sumo Sacerdote). A travessia do Jordão não representa a morte física e nem Canaã representa
o céu! Canaã não pode representar o céu por estar ocupada por sete nações
pagãs na época da conquista e por mais tarde Israel ser desapropriada
de Canaã sendo enviada ao cativeiro. A travessia do Jordão não é um exemplo da passagem de uma alma para
a eternidade, mas, antes, ilustra a passagem de um cristão de um
nível de vida cristã para outro. Do egocentrismo para a vida cristocêntrica. O
que significam estas pedras?
(Js 4.6). O
propósito desses memoriais (em Gilgal, v.3 e no Rio Jordão, v.9)
foi o de apresentar a fidelidade de Deus no cumprimento das promessas
feitas ao Seu povo. Cerca de 450 anos atrás, Deus fez a promessa
à Abraão, agora ela era cumprida. _____________________________ Estudo
baseado no Livro: Jornada no Deserto, Editora Batista Regular.
Participe! Envie-nos seu comentário : iceuniao@uol.com.br - www.uniaonet.com |
.