CORAÇÃO DIVIDIDO Pr. Cleverson de Abreu Faria Muitos crentes têm o seu coração dividido entre a paixão por uma pessoa descrente e o amor a Deus. O principal objetivo deste estudo visa ajudar jovens crentes que se encontram envolvidos em namoro com descrentes. Namoro: vantagens e perigos A
Bíblia nada nos fala sobre namoro, a razão é porque nos tempos
bíblicos os costumes eram outros, o pai era quem escolhia
a noiva para seu filho. Uma
vantagem no namoro de hoje é o conhecimento mútuo e a liberdade
para poder acabá-lo. Um
perigo se encontra nas carícias íntimas e um outro em achar
que se pode namorar o quanto mais, melhor. Os prejuízos acarretados
por uma pessoa assim reflete em uma imagem bastante depreciada,
tempo sacrificado, constante exposição a sensualidade. Namoro
misto e separação Separação:
um dos princípios básicos das Escrituras. Baseando-se
nos princípios de separação existe uma exigência divina em
que os crentes não devem ter uma comunhão íntima com os não-crentes
(Gn 12.1; 2Co 6.14-18). Paulo
indica que pessoas diferentes, ou seja, um crente e um descrente,
que se encontram ligados entre si, sujeitos as mesmas obrigações
e responsabilidades, constitui uma união não aprovada por
Deus, um par desigual. Na
relação entre crente e descrente o que se requer é: nada de
jugo desigual, sociedade, comunhão, harmonia, união ou ligação. Existem
relacionamentos que são aprovados entre o crente e o descrente:
amizade comum, transação comercial, profissional, grêmios
culturais e esportivos em colégios, etc. Da mesma forma os
não aprovados: sociedade comercial, casamento, comunhão espiritual. Em
uma amizade íntima de um crente com um descrente há três grandes
perigos: 1.
Esse tipo de amizade desenvolve uma forte influência
de um para com o outro. 2.
O crente sente-se de várias formas tentado a se
comportar de forma não recomendável para acompanhar o seu
amigo descrente. 3.
Esse tipo de amizade toma muito tempo do crente. O
namoro desigual colide com outros princípios bíblicos. Mais
três princípios Namoro Misto e o Propósito das AçõesUm namoro cheio de propósitos puros gera automaticamente atitudes corretas (1Sm 10.7b). O propósito de todo namoro deve ser o casamento e quando esse propósito não está na mente dos namorados, então o namoro fica distorcido. Namoro
Misto e a Pureza do Crente No
namoro, o sexo mesmo sendo entre crentes, constitui-se em
uma das áreas mais delicadas da vida cristã. Sabemos que o
sexo em si não é de forma alguma pecaminosa, pois foi dado
por Deus, porém este deve ser praticado exclusivamente entre
casados. Entre o casal de namorados há sempre uma forte atração
sexual. Deve-se cuidar com carinhos que no início são sempre
ingênuos, logo avançam e transformam-se em intimidades sexuais. Paulo
incita aos crentes a fugirem de toda sorte de imoralidade.
Existe uma probabilidade bem grande do crente contaminar a
sua pureza com o descrente. Deus exige que seus filhos mantenham-se
incontaminados e o descrente dificilmente contribui para isso. Namoro
Misto e o Bom Testemunho O
namoro misto para o crente, provoca mau testemunho e sofrimento
para sua igreja. Ele afeta o testemunho para com os de fora,
ocorrendo então vários comentários e cobranças para com o
crente. Para com os de dentro o crente pode influenciar recém-convertidos
a seguirem o seu exemplo. Paulo nos fala que o crente deve
ter um testemunho digno para com todos. Argumentos??? Muitos
procuram arranjar bons argumentos para lhes servirem de “tábua
de salvação”. Entre os vários estão: ¨ “Eu não namoro para casar”,
porém esquecem que estão deturpando o significado do namoro. ¨ “Eu não consigo acabar o namoro”,
muitos culpam a Deus por não conseguirem terminar tal namoro,
porém esquecem que ‘Deus
é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas
forças’. O problema é evidenciado na falta de forças para
enfrentar a vida sem aquele namoro. O que estes devem fazer
é: primeiro, acabá-lo; segundo, e depois serem capacitados
a suportar as consequências. Talvez alegam que gostam mais
da namorada ou namorado e não suportaria ficar longe dela,
amando mais a ela do que a Cristo; ou alegam que a namorada
o ama tanto e sofreria com o seu fim. Mas Cristo nos amou
muito mais, sendo cuspido por amor de nós, esbofeteado no
rosto, humilhado e escarnecido publicamente e ainda como se
não bastasse morreu em uma cruz, tudo por amor a você. ¨ “Estou evangelizando a minha namorada”,
mas esquecem que se não estão obedecendo a Deus, como esperar
que ela o faça? ¨ “Muitos namoros desiguais já deram certo”,
porém se esquecem que fatos isolados não nos dá condições
para conclusões definidas. Algumas vezes é a misericórdia
de Deus por esse filho, apesar do namoro irregular. ¨ “Dificilmente conseguirei um crente para
namorar e casar”, porém esquecem do poder e do cuidado de
Deus por seus filhos e que Ele pode providenciar tudo, inclusive
uma namorada. ¨ “Já sou muito fiel em outras áreas”,
dizendo assim se esquecem que Cristo quer que guardemos todos
os seus mandamentos. ¨ “Já fui disciplinado, agora é que eu namoro
mesmo”, mas esquecem que a disciplina é para o crente
sentir o peso do pecado e voltar para os passos de Cristo;
reagir negativamente é acrescentar pecado sobre pecado. Vale
a Pena? Os
que namoram descrentes e acham que sinceramente não estão
cometendo pecado algum, torna-se necessário fazer uma avaliação
sobre este assunto da vida cristã baseado nas seguintes perguntas:
Tem examinado as Escrituras?
Tem orado? Os
que usam os argumentos apenas como mera desculpa se encontram
bem mais complicados diante de Deus, pois estão sendo hipócritas
e Cristo falou claramente contra esse tipo de pessoa. Uma
pergunta pode ser feita: Vale
a pena correr o risco de desagradar a Deus com um namoro misto? Os
riscos possíveis seriam: entristecer o Espírito Santo; sofrer
disciplina diretamente de Deus; provocar sofrimento a Igreja
em geral e irmãos em particular; sofrer disciplina da Igreja;
mostrar-se indigno do Senhor Jesus Cristo; vir a casar-se
com o descrente, comprometendo sua futura felicidade; os filhos
desse casamento misto serão orientados de uma maneira confusa. Outra
pergunta seria: Vale
a pena praticar algo que é, no mínimo, duvidoso? A
Palavra de Deus diz que aquele que pratica o que se tem dúvida
é condenado. Em
suma: ele está pecando perante Deus. Não um pecado que é passageiro,
sendo por um breve momento cometido, e sim um pecado consciente,
contínuo, prolongado.
______________________________________ Estudo baseado no Livro: Coração Dividido: Um estudo sobre namoro misto,
de Mauro Clark; FC Editora LTDA; Fortaleza, Ceará.
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