UNIVERSIDADE  DE  SÃO PAULO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS

DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA

ICB-5 Monte Negro- Núcleo Avançado

Posto de Correios de Monte Negro

CEP : 78965-000 - Monte Negro, Rondônia

Fone:  -Fax : 55-69-35302053

e-mail:   spider@icb5usp.med.br

 

V ATIVIDADE DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

“ OPERAÇÃO SAMAÚMA”

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO VELHO

SISTEMA DE PROTEÇÃO DA AMAZÔNIA-SIPAM

FACULDADE SÃO LUCAS

JULHO/2005

Coordenador Geral: Prof.Dr. Luís Marcelo Aranha Camargo-Médico

Coordenadora de Odontologia: Dra. Roberta Martins de Castro

Coordenadora de Biomedicina: Dra. Gleycielle Mendes

Coordenadora Acadêmica de Biomedicina: Ac. Luana Janaína Vera

Coordenadora Acadêmica de Enfermagem: Ac. Jamille C.do Nascimento

Coordenadora Acadêmica de Nutrição: Ac. Ariana Vieira da Rocha

Coordenadora Acadêmica de Odontologia: Ac. Diana C. S. Cunha

Introdução:

        Diferentemente das demais Atividades de Extensão Universitária, esta, em especial, teve um forte componente de pesquisa. Mais de 8 projetos de pesquisa financiados pelo CNPq e FINEP foram executados parcialmente durante os 15 dias da expedição. Participaram das atividades mais de 40 pessoas, dentre estas alunos  de graduação de diversos cursos da Faculdade São Lucas com bolsas de iniciação científica do CNPq. Mais uma vez aprendemos com a dura realidade destas populações: não fosse o acaso de estarmos de passagem pelo distante rio Preto, uma criança de 4 anos provavelmente teria falecido de mlária sem qualquer assistência. Para nós, acadêmicos, espanto e desespero. Para a população ribeirinha o destino, a dura rotina de suas vidas.

1-)Cronograma e Trajeto: saída de Porto Velho a bordo do Barco-Hospital Dr. Floriano Riva Filho às 14:00h do dia 16/7/2005. Chegada em S.Carlos às 19:00h do mesmo dia. Atendimento em 17 e 18/7/2005. Saída às 13:00 h de 18/7/2005 com chegada em Nazaré das Farinhas às 17:00 h no mesmo dia. Dias 19 e 20/7 atendimento em Nazaré das farinhas com saída às 12:00 h em 20/7 e chegada em Calama às 16:00 h de 20/7. Atendimento em Calama de 21 a 22/7 com saída às 12:00 h para a Gleba do Rio Preto. Descanso em 23/7. Atendimento na Gleba do Rio Preto de 24 a 29. Saída com retorno para Calama em 29/7 às 12:00h. Chegada em Calama às 15:00 h. Saída para P.Velho em 30/7 às 3:00 h com chegada às 21:00 h do mesmo dia.

COMPONENTE MEDICINA/ENFERMAGEM

Atendimento por Faixa Etária, Operação Samaúma, Julho,2005.

 

 

Local/Clientela

Nazaré

Calama

S.Carlos

Rio Preto-Jacaré

Rio Preto-Ademir

TOTAL

Crianças

10

17

7

17

9

60

Idosos

14

4

0

2

0

20

Mulheres

8

13

14

18

3

56

Homens

7

11

4

20

5

47

Total

39

45

25

57

17

183

Não foram computados 100 atendimentos domiciliares na Gleba  Rio Preto

 

Atendimento por Agravo à Saúde, Operação Samaúma, Julho,2005.

 

 

Agravo

Nazaré

Calama

S.Carlos

Rio Preto-Jacaré

Rio Preto-Ademir

TOTAL

Abscesso

3

0

0

0

0

3

Malária

5

1

0

12

0

18

Lombalgia

2

2

0

2

0

6

IVAS

4

0

3

0

3

10

Parasitose Intestinal

3

4

0

15

0

22

Diarréia

3

4

0

0

0

7

Pitiríase

2

0

5

2

3

12

Dispepsia

0

4

3

3

0

10

Solicitação Exames

0

13

0

5

4

22

Escabiose

0

0

2

0

0

2

HAS

0

0

0

2

0

2

Anemia

0

0

0

5

0

5

Outros

16

19

12

25

4

76

TOTAL

38

47

25

71

14

195

COMPONENTE NUTRIÇÃO

APRESENTAÇÃO...........................................................................................................  03

DADOS UTILIZADOS....................................................................................................  04

PERFIL NUTRICIONAL E SÓCIO-ECONÔMICO DAS COMUNIDADES.........     07

SÃO CARLOS..................................................................................................................  10

NAZARÉ............................................................................................................................ 14

CALAMA........................................................................................................................... 18

GLEBA DO RIO PRETO................................................................................................  22

DEMARCAÇÃO............................................................................................................... 26


Dada a importância dos aspectos nutricionais no desenvolvimento de uma pessoa ou comunidade, o Instituto de Ciências Biomédicas 5 (ICB-5),  coordenado pelo Profº Drº Luiz Marcelo Aranha Camargo, com o projeto de atendimento assistencial às comunidades ribeirinhas da Amazônia, implantou uma equipe de Nutrição para desenvolver trabalhos e diagnósticos pertinentes a esta área.

            Esta equipe coordenada pela acadêmica de Nutrição da Faculdade São Lucas, Ariana Vieira Rocha, vêm ao longo de um ano, estabelecendo um perfil nutricional dessas populações.

            Com trabalhos já desenvolvidos no Vale do Guaporé, Machadinho D’Oeste, e algumas comunidades do Rio Madeira, esta equipe empenha-se novamente em assistir as comunidades mais carentes do Baixo Rio Madeira, entre elas São Carlos, Nazaré, Calama, Gleba do Rio Preto e Demarcação.

Esse atendimento é feito com questionário socio-econômico, dados antropométricos, hábitos de vida e inquérito alimentar. Realizando orientação nutricional de acordo com os hábitos alimentares e necessidades decorrentes de morbidades, individualmente.


FORNECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA

            Devido ao número de doenças veiculadas pela água, e a influência dessas doenças sobre o estado nutricional, principalmente das crianças, foi levantado em conta a fonte de água para consumo e se a mesma tem tratamento.

MÉDIA DE IDADE DE MATERNIDADE

            Este dado mostra a capacidade e o conhecimento das famílias sobre como executar o planejamento familiar. Sendo que a idade de gestação pode influenciar no estado nutricional das crianças, a nas condições de saúde da mãe. Considerando também, que mães adolescentes até dezoito anos, normalmente não têm condições de administrar um lar.

TEMPO MÉDIO DE AMAMENTAÇÃO

            O leite materno é a melhor forma de alimentar uma criança até os seis meses de vida, porque além dos nutrientes, o leite fornece defesas imunológicas. Crianças amamentadas exclusivamente até os seis meses têm melhor desenvolvimento físico e intelectual em relação as crianças não amamentadas.

CLASSIFICAÇÃO DE CRIANÇAS

            Foi utilizada para classificação do desenvolvimento de crianças, a tabela utilizada pelo SISVAN (sistema de vigilância nutricional), proposto pelo Ministério da Saúde.

            Utilizou-se dados de peso e altura das crianças menores de 10 anos, para comparação com a normalidade de PESO PARA ALTURA (P/A), PESO PARA IDADE (P/I) e ALTURA PARA IDADE (A/I).

Essa relação é utilizada para indicar se o peso e a altura estão de acordo com a idade da criança. A normalidade é atingida em valores entre 30º e 70º, para valores menores que 30º é considerado risco nutricional, e superiores a 70º risco de sobrepeso.

ESCOLARIDADE DE ADULTOS

            A importância de se saber a escolaridade dos adultos, vem junto com os níveis de conhecimento relacionado ao estado social, desde a capacidade de socialização até o conhecimento da necessidade do tratamento da água.

            Dividiu-se a população em quatro níveis de escolaridade:

·        Analfabeto ou alfabetizado: são aqueles que não sabem ler e escrever, ou apenas sabem desenhar o nome;

·        Fundamental: são aqueles que cursaram total ou parcialmente o ensino fundamental (até a 8ª série);

·        Médio: são aqueles de cursaram total ou parcialmente o ensino médio;

·        Superior: são aqueles que cursaram total ou parcialmente um curso de nível superior.

FAIXA ETÁRIA DA POPULAÇÃO ATENDIDA

            Foram consideradas quatro faixas etárias:

·        0 a 10 anos, crianças

·        11 a 19 anos, adolescentes

·        20 a 59 anos, adultos

·        60 ou mais anos, idosos

IMC

            É a relação que se dá entre o peso e a altura. Com esse dado é possível saber se a pessoa se encontra em situação nutricional adequada. Sendo valores acima de 25Kg/m², predispõe obesidade e risco maior de desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas, como diabetes, hipertensão, coronariopatias, e valores inferiores a 18,5Kg/m² caracterizando algum grau de desnutrição, que pode levar atrasos de desenvolvimento físico e intelectual. Sendo considerado normalidade valores entre 18,5Kg/m² a 25kg/m².

 

 

INGESTÃO DIÁRIA DE ÁGUA

 

            A ingestão de água diária foi considerada em três níveis, ruim (de 1 a 2 copos), razoável (de 3 a 4 copos) e ideal (acima de 5 copos).

            A importância de se ingerir água em quantidades necessárias, é decorrente da função que ela exerce sobre o organismo humano, mantendo o metabolismo estável, e como meio de realização de algumas reações necessárias a vida. Quando há pouca ingestão de água, o organismo, para poupar água, diminui seu ritmo de funcionamento, predispondo a pessoa a um acúmulo maior de peso.

 

NÚMERO DE REFEIÇÕES DIÁRIAS

 

            Este dado foi classificado de 1 a 5 ou mais refeições. Sendo que um número mínimo ideal de refeições é 5.

            Considerando que pessoas que realizam mais refeições com quantidades reduzidas, têm menor predisposição a desenvolver a obesidade, em relação aquelas que realizam poucas refeições com mais quantidades.

 

DESTINO DOS DEJETOS

 

            Considerando a importância do tratamento e destino dos dejetos, foi identificado o destino dos dejetos das comunidades atendidas. Pois quando não há um tratamento adequado desse material, ele se torna contaminante das águas próximas ao seu destino, deixando a população com maior risco de desenvolver doenças como diarréias, cólera, verminoses.

 

QUALIDADE DA ALIMENTAÇÃO

 

            Para se qualificar a alimentação, utilizou-se pontuações para cada grupo de alimentos. Sendo o somatório destes pontos, o indicador para a qualificação.


PERFIL NUTRICIONAL E SÓCIOECONÔMICO DAS COMUNIDADES ATENDIDAS

 

Adultos:                                   76

Adolescentes:                          34

Crianças:                                 110

Total de atendimentos: 220 pessoas atendidas

 

CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS

 


Desenvolvimento de crianças:

Média de idade da primeira gestação:  17 anos

Média de idade de maternidade:                      22 anos

Tempo médio de amamentação exclusiva:        6,5 meses

 

Estado nutricional de adultos de acordo com o IMC:

           Embora a maior parte da população adulta tenha se mostrado dentro de uma normalidade de peso, há uma incidência muito alta de doenças relacionadas principalmente aos aspectos nutricionais, como diabetes, hipertensão, dislipidemias, e a mais comum atingindo mais que 20% da população, a gastrite.

 

Qualidade da alimentação

CARACTERÍSTICAS SOCIAIS

 

Escolaridade de adultos:

 

Fonte de água

            Apenas 30% da população atendida têm acesso a água da CAERD. O que justifica a alta incidência de doenças parasitárias decorrentes da falta de saneamento. Sempre agravado pelo péssimo tratamento de esgoto.

Destino dos dejetos:

RELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE SÃO CARLOS (16 E 17 DE JULHO DE 2005)

 

 

            Atendimentos em nutrição na localidade de São Carlos:

 

Adultos:                                   10

Adolescentes:                          6

Crianças:                                 5

Total de atendimentos: 21 pessoas

Fornecimento de água: 100% das pessoas com acesso a água da CAERD

Tratamento de água:                100% das pessoas com algum tipo de tratamento da água

Escolaridade de Crianças:        100% relatou freqüentar a escola

Média de idade de maternidade:          21 anos

Tempo médio de amamentação:           8 meses

Desenvolvimento das crianças:

 

 

Escolaridade de Adultos:

 

Faixa etária da população atendida:

 

 

Classificação de estado nutricional de adultos de acordo com IMC:

 

 

 

Ingestão de água diária:

 

 

Número de refeições diárias:

 

 

Destino de dejetos:

 

 

Qualidade da alimentação:

 


RRRELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE NAZARÉ (19 E 20 DE JULHO DE 2005)

 

            Atendimentos em nutrição na comunidade de Nazaré:

 

Adultos:                                   19

Adolescentes:                          5

Crianças:                                 18

Total de atendimentos: 42 pessoas

Fornecimento de água: 86% das pessoas relataram que tinham como fonte de água o rio

Tratamento de água:                69% da população tem algum tipo de tratamento da água

Escolaridade de crianças:         100% relatou freqüentar a escola

Média de idade de maternidade:          21,2 anos

Tempo médio de amamentação:           4,9 meses

Crescimento das crianças:

 

Escolaridade de adultos:         

 

 

Faixa etária da população atendida:

 

 

Classificação de estado nutricional de adultos de acordo com o IMC:

 

 

Ingestão diária de água:

 

 

Número de refeições diárias:

 

 

destino de dejetos:

Qualidade da alimentação

 


RELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE CALAMA (21 E 22 DE JULHO DE 2005)

 

 

            Atendimentos em nutrição na localidade de Calama:

 

Adultos:                                   21

Adolescente:                            9

Crianças:                                 14

Total de atendimentos: 44 pessoas

Fornecimento de água: 80% das pessoas com acesso a água da CAERD

Tratamento de água:                93% das pessoas com algum tratamento de água

Escolaridade das crianças:       100% relatou freqüentar a escola

Média de idade de maternidade:          22,5 anos

Tempo médio de amamentação:           4,3 anos

Desenvolvimento das crianças:

Escolaridade de adultos:

 

 

Faixa etária da população atendida:

 

 

Classificação do estado nutricional de adultos de acordo com o IMC:

 

Ingestão diária de água:

 

Número de refeições diárias:


Destino de dejetos:

Classificação da alimentação:

 


RELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE GLEBA DO RIO PRETO (24, 25 E 27 DE JULHO DE 2005)

 

 

            Atendimentos em nutrição da localidade de Gleba do Rio Preto:

 

Adultos:                                   26

Adolescente:                            14

Crianças:                                 21

Total de atendimentos: 61 pessoas

Fornecimento de água: 70% das pessoas utilizavam água do rio

Tratamento de água:                92% utilizavam algum tipo de tratamento

Média de idade de maternidade:          17,2 anos

Tempo médio de amamentação:           7,2 meses

Desenvolvimento de crianças:

 

Escolaridade de adultos:

 

 

Faixa etária da população adulta:

 

 

Classificação do estado nutricional de acordo com o IMC:

 

Ingestão diária de água:

 

 

Número de refeições diárias:

 

 

Destino de dejetos:

 

Qualidade da alimentação:

 


RELATÓRIO PARCIAL DE NUTRIÇÃO

 

LOCALIDADE DE DEMARCAÇÃO (26 DE JULHO DE 2005)

 

 

            Atendimentos em nutrição na localidade de Demarcação:

 

Total de atendimentos: 52 crianças

Média de idade de maternidade:          17,2 anos

Tempo médio de amamentação:           6,2 meses

Desenvolvimento de crianças:


COMPONENTE ODONTOLOGIA

ATENDIMENTOS

 

  • SÃO CARLOS – 17 e 18  DE JULHO DE 2005

 

- Exame Clínico

21

- Sexo Masculino

06

- Sexo Feminino

15

- ATF

05

- Exodontia

01

- Profilaxia

04

- Restauração com Resina

06

- Restauração com CIV

02

- Selante

02

- Raspagem

12

- ART

02

Idade:

- 0 – 5

05

- 6 – 12

02

- 13 – 18

01

- 19 – 34

08

- 35 – 50

03

- 51 – 65

02

- 65 em diante

00

 

- Exame Clínico

25

- Sexo Masculino

06

- Sexo Feminino

19

- ATF

01

- Exodontia

07

- Profilaxia

03

- Restauração com Resina

01

- Restauração com CIV

15

- Selante

00

- Raspagem

00

- ART

04

Idade:

- 0 – 5

01

- 6 – 12

06

- 13 – 18

04

- 19 – 34

10

- 35 – 50

03

- 51 – 65

00

- 65 em diante

00

 

 

  • CALAMA – 21 E 22 DE JULHO DE 2005

 

- Exame Clínico

64

- Sexo Masculino

22

- Sexo Feminino

42

- ATF

35

- Exodontia

05

- Profilaxia

00

- Restauração com Resina

00

- Restauração com CIV

14

- Selante

00

- Raspagem

00

- ART

24

Idade:

- 0 – 5

05

- 6 – 12

16

- 13 – 18

18

- 19 – 34

17

- 35 – 50

07

- 51 – 65

01

- 65 em diante

00

·        GLEBA DO RIO PRETO – 24 DE JULHO DE 2005

 

 

- Exame Clínico

49

- Sexo Masculino

30

- Sexo Feminino

19

- ATF

13

- Exodontia

18

- Profilaxia

00

- Restauração com Resina

00

- Restauração com CIV

04

- Selante

02

- Raspagem

68

- ART

28

- Cementação

01

- IRM

02

- Debridamento

01

Idade:

- 0 – 5

04

- 6 – 12

07

- 13 – 18

09

- 19 – 34

14

- 35 – 50

14

- 51 – 65

01

- 65 em diante

00

 

 

  • GLEBA DO RIO PRETO – 26 DE JULHO DE 2005

 

- Exame Clínico

01

- Sexo Masculino

01

- Sexo Feminino

00

-ART

01

-Raspagem

03

-Exodontia

02

-Idade

 

65 em diante

01

 

  • GLEBA DO RIO PRETO – 27 DE JULHO DE 2005

 

- Exame Clínico

15

- Sexo Masculino

07

- Sexo Feminino

08

- ATF

06

- Exodontia

03

- Selante

04

- Raspagem

21

- ART

05

- Radiodrafia periapical|

02

Idade:

- 0 – 5

00

- 6 – 12

04

- 13 – 18

05

- 19 – 34

04

- 35 – 50

02

- 51 – 65

00

- 65 em diante

00

 

 

Índice de PHP:

- Examinador 1

70

- Examinador 2

53

- TOTAL

123

 

  • ALIANÇA DO RIO PRETO- 28 DE JULHO DE 2005

 

- Exame Clínico

06

- Sexo Masculino

05

- Sexo Feminno

01

- ATF

01

- Exodontia

04

- Selante

00

- Raspagem

04

- ART

02

- Radiografia periapical

02

Idade:

 

- 0 – 5

00

- 6 – 12

00

- 13 – 18

03

- 19 – 34

02

- 35 – 50

00

- 51 – 65

01

- 65 em diante

00

  • ALIANÇA DO RIO PRETO – 29 DE JULHO DE 2005  

 

 

- Exame Clínico

07

- Sexo Masculin

06

- Sexo Feminino

01

- ATF

06

- Exodontia

00

- Selante

00

- Raspagem

02

- ART

08

Idade:

 

- 0 – 5

01

- 6 – 12

05

- 13 – 18

00

- 19 – 34

01

- 35 – 50

00

- 50 – 65

00

- 65 em diante

00

 

 

 

TOTAL DE ATENDIMENTOS DA GLEBA

 

- Exame Clínico

78

- Sexo Masculin

48

- Sexo Feminino

29

- ATF

26

- Exodontia

27

- Selante

06

- Raspagem

104

- ART

37

Idade:

 

- 0 – 5

05

- 6 – 12

16

- 13 – 18

16

- 19 – 34

18

- 35 – 50

10

- 50 – 65

02

- 65 em diante

01

 

 

 

 

 

  • LEVANTAMENTO EPIDEMIOLOGICO

 REALIZADO NO BARCO 24 e 25/07/05

 

- Exame Clínico

40

 

 

  • LEVANTAMENTO EPIDEMIOLOGICO NO CAMPO

 GLEBA DO RIO PRETO 26,27,28,29/07/2005

 

- Exame Clínico

93

- Recusa

02

- Ausente

01

 

 



 

COMPONENTE BIOMEDICINA

 


 

        O laboratório prestou apoio na realização de vários exames complementares às atividades de enfermagem e medicina, além de importante apoio na coleta de material para projetos de pesquisa fomentados pelo CNPq e FINEP.

 

PROJETOS DE PESQUISA- COLETAS REALIZADAS

 

 

Localidade

Data

Cand.vulv.

Cand.oral

Mic.sup.

Diarréia

Solo

Malária

São Carlos

17-07

01

0

07

01

02

0

São Carlos

18-07

0

0

06

02

0

0

Nazaré

19-07

01

0

02

02

10

0

Nazaré

20-07

01

0

0

0

0

0

Calama

21-07

04

01

02

03

0

0

Calama

22-07

0

0

03

01

0

0

Rio Preto

24-07

03

03

05

01

0

62

Rio Preto

25 -07

02

01

02

0

0

07

Rio Preto

26- 07

0

01

01

0

0

12

Rio Preto

27- 07

02

0

0

0

0

39

Rio Preto

28- 07

0

0

0

0

0

46

Rio Preto

29-07

01

0

0

0

0

42

Demarcação

17-20

0

0

0

0

0

150

 


EXAMES DE FEZES REALIZADOS

 

 

Foram realizados 41 exames parasitológicos de fezes, para a pesquisa de parasitas intestinais, sendo encontrada a seguinte prevalência:

PREVALÊNCIA DE ANEMIA NAS POPULAÇÕES RIBEIRINHAS  ATENDIDAS

 

 

Foram realizados   226    hematócritos, para análise da incidência de anemia, tendo separado por faixa etária, de crianças e adultos, obtendo os seguintes resultados:

amostras analisadas

abaixo de 35%

acima de 35%

crianças de 0 -12 anos

 35 amostras

37 amostras

adolescentes de 13-18 anos

10 amostras

45 amostras

adultos de 19 - 40 anos

07 amostras

55 amostras

adultos acima de 40 anos

07 amostras

25 amostras

 

 

 


PROJETO SAMAÚMA
 
 A Samaúma é considerada a rainha da Floresta. De crescimento relativamente rápido, pode alcançar os 40 metros de altura. Quando em terra firme se apresenta maior em volume e menor em altura, mas também se desenvolve nos terrenos de várzeas inundáveis. A samaúma é possuidora de algumas propriedades medicinais já conhecidas, sua seiva, por exemplo, é empregada contra a conjutivite. Da família da Bombacaceae seu nome científico é Ceiba pentandra. Em nossas várias viagens pelas áreas ribeirinhas ela desfila majestosa nos barrancos, imponente, zombando de nossa ínfima presença, indiferente ao seu destino que será se afogar nas águas fortes e bravias do rio.
 
1- Introdução:
 
 As ações de saúde coletiva, para que sejam conseqüentes, devem ser baseadas em alguns princípios básicos: devem ser continuadas, sustentáveis, eficientes e sincronizadas com a cultura local.
 Ações pontuais e periódicas são nocivas. Passa-se à comunidade uma falsa sensação de bem-estar e desmobiliza-se a comunidade. A maioria das patologias ou agravos à saúde necessitam de acompanhamento e supervisão por parte de profissionais que possam permanecer na comunidade. Em locais de difícil acesso este papel pode caber aos Agentes de Saúde ou líderes comunitários, devidamente treinados.
 Vejamos os exemplos de um paciente hipertenso, ou uma gestante, ou um paciente submetido a um tratamento dentário. A abordagem específica do paciente se dará no momento da visita de especialistas (médicos, enfermeiros, dentistas, nutricionistas, biomédicos e fisioterapeutas), porém o acompanhamento e supervisão ficarão por conta daqueles que residem no local.
 O Programa Saúde da Família (PSF), proposto pelo Governo Federal como nova proposta de atenção à saúde, merece elogios na sua teoria, porém a sua prática tem sido desastrosa. Muito embora na sua teoria contemple o trinômio continuidade-sustentabilidade-eficiência, sua cobertura está muito aquém do desejado.  Vejamos o exemplo do município de Monte Negro, 15.000 habitantes, 250 km de Porto Velho: apenas 25% da população tem acesso ao PSF, que atende áreas de acesso relativamente fácil, deixando a maioria da população em áreas de difícil acesso sem assistência à saúde. O mesmo pode ser evidenciado em áreas ribeirinhas: o PSF de P.Velho atende a cada 15 dias as principais localidades ao longo do médio Madeira, porém, não adentra o rio Machado e rio Preto, deixando mais de 1.200 pessoas, em áreas de difícil acesso, sem qualquer tipo de assistência à saúde.
 A o núcleo amazônico da Universidade de São Paulo (USP/RO), com o apoio da Faculdade São Lucas e da Prefeitura de P. Velho, tem tentado mudar um pouco esta situação. Com um projeto inovador, fomentado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia através do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico a partir de 01/2005, postulou um modelo de assistência à saúde bucal para estas populações, pautadas na visita periódica do especialista (3 a 4 vezes ao ano)  e a adoção de medidas educativas e preventivas pela população com o apoio e supervisão de agentes de saúde, professores e lideranças comunitárias. Resultados preliminares indicam uma importante melhora nos níveis de saúde bucal.
 Muito embora o projeto tenha sido um sucesso, trata-se de um modelo experimental que recebeu fomento por 2 anos. Após este período a USP/RO paralisará as atividades e tentará propor ao governo a adoção da metodologia desenvolvida, sem a garantia de que a mesma seja implementada. Neste sentido, em março/2006, procuramos a JOCUM/P.Velho para aventar a possibilidade de conseguirmos sustentabilidade financeira ao projeto, pleiteando inclusive sua ampliação para outras áreas da saúde (medicina, enfermagem, biomedicina, odontologia, nutrição e fisioterapia). O modelo desenvolvido e aprimorado poderá servir de exemplo para outras áreas ribeirinhas de difícil acesso na Amazônia.
 
2-Objetivos
 
2.1. Geral: desenvolver um modelo assistencial à saúde da população ribeirinha que seja eficiente, sustentável, contínuo e adequado aos padrões culturais das comunidades.
 
2.2. Específicos:
 
2.2.1. Abordagem preventiva e curativa de doenças tropicais, crônico-degenerativas e situações de risco.
 
2.2.2. Capacitação de pessoal local para auxiliar na abordagem preventiva e curativa de doenças tropicais, crônico-degenerativas e situações de risco.
 
2.3.3. Monitorar o impacto das ações de saúde através da adoção de indicadores de saúde
 
2.3.4. Sensibilizar os acadêmicos para a situação de saúde destas populações e de seus aspectos culturais e sócio-econômicos
 

3- Metodologia:
 
3.1. Área de Trabalho: Demarcação (rio Machado – 200 pessoas) e Gleba do rio Preto (300 pessoas)
 
3.2. Período: 1/2007 a 12/2008
 
3.3. Visitas da Equipe de Saúde
 
 3.3.1 Composição da equipe : médicos, enfermeiros, nutricionistas, biomédicos, odontólogos, fisioterapeutas e acadêmicos das várias áreas.
 
 3.3.2. Periodicidade das vistas: 4 vezes ao ano
 
 3.3.3. Ações a serem desenvolvidas:
 
  3.3.3.1. Medicina: consultas médicas e pequenas cirurgias ;
  3.3.3.2. Enfermagem: atendimentos de enfermagem, coleta   de dados e palestras;
  3.3.3.3. Biomedicina: exames laboratoriais de apoio e    preventivos;
  3.3.3.4. Odontólogo: consultas clínicas, cirúrgicas e ações   preventivas;
  3.3.3.5. Nutricionista: avaliação nutricional e dietoterapia;
  3.3.3.6. Fisioterapeutas: ações curativas e preventivas
 
3.3.4 Transporte: barco-hospital da Prefeitura Municipal de Porto  Velho.
3.3.5 Alimentação: custeado pela Faculdade São Lucas
3.3.6 Insumos: USP/RO e Prefeitura de P.Velho
3.3.7 Profissionais: USP/RO e Faculdade São Lucas
3.3.8 Acadêmicos: USP/RO e Faculdade São Lucas
 
3.4. Ações Locais Continuadas: serão mantidas, após treinamento prévio, por agentes de saúde, professores e líderes comunitários.
 4.1. Treinamento: em ações preventivas, acompanhamento de pacientes e curativas de emergência;
 4.2. Ações: controle de pressão arterial, glicemia, diagnóstico de malária e leishmaniose, diagnóstico de parasitoses intestinais, acompanhamento de pré-natal, primeiros socorros, curativos, supervisão do uso de drogas para tuberculose, hanseníase, micoses profundas, hipertensão arterial, diabetes, doenças reumáticas, anemia, etc.
 4.3. Supervisão: será realizada durante as visitas da Equipe de Saúde através de telecomunicadores (internet via satélite) alimentados com energia solar com o apoio do Sistema de Proteção  da Amazônia (SIPAM).
 
4- Cronograma
2007
Mês/
Ação 









10 
11 
12
Vista da Equipe Saúde X    X  X     X
Treino Agentes de Saúde X  X  X  X  X   X
Registro de Indicadores de Saúde X      X     X
Acompanhamento da População por Ag.Saúde X X X X X X X X X X X X
2008
Mês/
Ação 









10 
11 
12
Vista da Equipe Saúde X    X  X     X
Treino Agentes de Saúde X  X  X  X  X   X
Registro de Indicadores de Saúde X      X     X
Acompanhamento da População por Ag.Saúde X X X X X X X X X X X X
Redação de Relatório            x
 

 
5- Orçamento (1 US$ = R$ 2,3)
5.1. Equipamentos:
US$ 39,200.00 – 3 lanchas motor 25 HP
US$ 5,218.00 – 10 kits para Agentes de Saúde (esfigmomanômetro, estetoscópio,  mala de urgência, termômetro, lanterna, sonar fetal, otoscópio e medicamentos)
US$ 6,087.00 – 6 rádios
US$ 6,000.00 – 1 Kit Odontológico Portátil
US$ 3,913.00 – 2 Laptops
US$ 3,478.00 - 2 Datashows
US$ 4.000,00 – 4 kits nutrição
Sub-Total 1: US$ 67,896.00
 
5.2. Insumos (Total para 2 anos)
 
US$ 43,500.00 – Insumos Médicos
US$ 5,300.00 – Insumos Enfermagem
US$ 30,000.00-Insumos Odontológicos
US$ 14,000.00 – Insumos Laboratoriais
US$ 4,000.00 – Insumos Fisioterapia
US$ 7,300.00 – Insumos Laboratoriais
US$ 4,000.00 – Insumos para Treinamentos
 
Sub-Total 2: US$ 108,100.00
 
5.3. Horas-Aula
 
12  treinos x 24 horas x US$ 22.00/hora x 4 pessoas = US$ 25,344.00
 
Sub-Total 3: 25,344.00
Total Geral (2 anos): US$ 201,340.00


Luís Marcelo Aranha Camargo 
_ March 20, 2006   Projeto Jocum USP
 
Universidade de São Paulo ICB5-Monte Negro-Rondônia
Prezado Nilto: eis a criança. Abraços,

Luís Marcelo Aranha Camargo, MD,PhD Coordenador ICB5/USP Rondônia
 = = =
 Meu amado irmão,
 
eis ai nosso  novo projeto para as comunidades ribeirinha da amazonia 2007/2008
 
abraços
 
nilto cavalheiro

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