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GLEBA DO RIO PRETO
LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO E AVALIAÇÃO DE PROGRAMA EM SAÚDE BUCAL DA POPULAÇÃO EM REGIÃO RURAL E RIBEIRINHA DO RIO MACHADO, ESTADO DE RONDÔNIA


RELATORIO PRAT OSP III E VII

FACULDADES INTEGRADAS APARÍCIO CARVALHO - FIMCA

Disciplina de Odontologia Social e Preventiva III

Disciplina de Odontologia Social e Preventiva VII

 

Relatório Parcial das Atividades Práticas

 

PORTO VELHO

2005


RELATÓRIO PARCIAL DAS ATIVIDADES PRÁTICAS DAS

DISCIPLINAS DE ODONTOLOGIA SOCIAL E PREVENTIVA III E VII DAS FACULDADES INTEGRADAS APARÍCIO CARVALHO - FIMCA

 

1          Professores responsáveis:

-         Roberta Francisca Martins de Castro

-         Wagner Lima A. de Carvalho

 

2          Justificativa das atividades práticas

Apesar de o Brasil ter um número relativamente alto de cirurgiões dentistas em proporção à população, ainda apresenta índices de cárie e de doença periodontal bastante elevados e quase sempre distantes do que a Organização Mundial de Saúde consideraria ideal. Sendo a cárie e a doença periodontal moléstias infecciosas passíveis de prevenção com bons hábitos de higiene, esse quadro apenas pode ser justificado pelo caráter curativista que a Odontologia tem apresentado, com foco no atendimento voltado para o consultório particular e com pouca ênfase na saúde pública. Para mudar esse paradigma é que se propôs a execução desse programa preventivo, mostrando aos alunos e a sociedade a importância de se pensar em termos de coletividade para buscar a melhoria das condições de saúde de cada indivíduo da sociedade.

 

3          Disciplina de Odontologia Social e Preventiva III

 

3.1       Objetivos da atividade prática:

 

3.1.1    Objetivo geral:

§         desenvolver habilidade motora no aluno para supervisionar escovação e habilidade social no manejo com as populações.

 

3.1.2    Objetivos específicos:

§         mostrar ao acadêmico a importância de atividades preventivas e educativas para a comunidade;

§         despertar no acadêmico o interesse por ações coletivas, trabalhando dentro dos princípios preconizados pelo Ministério da Saúde e buscando tanto o aprimoramento técnico do acadêmico quanto o desenvolvimento de senso crítico mais apurado e realista frente às desigualdades sociais

§         possibilitar ao acadêmico observar a evolução da melhoria da saúde da população através de ações preventivas contínuas em uma mesma comunidade; e,

§         trabalhar a adequação de linguagem perante pessoas de diferentes culturas e classes sociais.

 

3.2       Ação:

§         escovação supervisionada em escolares quinzenalmente, a partir de 14 de março;

§         educação em saúde bucal voltada aos escolares

§         transmissão de informação em saúde bucal a agentes multiplicadores (pais, professores, agentes de saúde e pessoas da comunidade);

§         inspeção visual da boca e mensuração do índice de placa bacteriana dos escolares periodicamente para verificação da eficácia do programa preventivo; e,

§         encaminhamento para tratamento dos casos de urgência odontológica.

 

3.3       Local de atuação:

§         Escola Municipal Profª Maria do Carmo Ribeiro, localizada no Bairro Belmont, município de Porto Velho.

 

4          Disciplina de Odontologia Social e Preventiva VII

 

4.1              Objetivos da atividade prática

 

4.1.1        Objetivo geral:

-         desenvolver no acadêmico a capacidade de planejar, executar e administrar programas de saúde bucal em coletividades.

 

4.1.2        Objetivos específicos

-         oferecer ao acadêmico a chance de trabalhar com indicadores de saúde bucal;

-         observar as dificuldades de coleta de dados;

-         observar a diferença na saúde bucal de pessoas inseridas dentro de um programa odontológico e de pessoas sem assistência preventiva;

-         mostrar a necessidade de adequação de programas de saúde bucal para diferentes realidades sócio-culturais;

-         possibilitar ao acadêmico o contato direto com comunidades ribeirinhas e comunidades de baixa renda, que respondem pela grande maioria dos moradores desse Estado; e,

-         estimular a pesquisa odontológica dentro dos padrões éticos.

 

4.2       Ação

-         levantamento epidemiológico de saúde bucal realizado dentro das normas de biossegurança e dos padrões preconizados pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde, a partir de 21 de março;

-         elaboração e execução de programa odontológico preventivo, educativo e assistencialista, com ênfase em promoção de saúde;

-         atendimento clínico individualizado a ser realizado em maio;

-         avaliação do programa odontológico; e,

-         publicação dos resultados obtidos para controle posterior.

 

4.3       Local de atuação

-         Bairros Nacional e Belmont, nas residências dos alunos da Escola Municipal Profª. Maria do Carmo Ribeiro e nas dependências da clínica odontológica oferecida pela JOCUM (Jovens com uma missão), localizada no bairro Belmont.

 


5          Fotos

 

5.1       Levantamento de saúde bucal e orientação de higiene bucal nas residências dos familiares de alunos da Escola Municipal Profª Maria do Carmo Ribeiro:
. .

5.2              Orientação de higiene bucal para as crianças e professoras da pré-escola:
. .

5.3              Orientação de higiene bucal para as crianças e professoras da escola
. .

 5.4              Professora da Escola Municipal Profª. Maria do Carmo Ribeiro promovendo higiene bucal de seus alunos após orientação:


07/04/2005
Roberta Francisca Martins de Castro
Cirurgiã-dentista
Instituto de Ciências Biomédicas 5-USP
 
.
A01- levantamento de saúde bucal para os moradores do rio machado, em janeiro de 2005
 
 
A02- acadêmicos da FIMCA (Faculdades Integradas Aparício Carvalho) dando orientação de saúde bucal para os alunos da escola municipal profª maria do carmo ribeiro


ARTIGO VAI SAIR AMANHA NO JORNAL O ESTADAO
 

 
NILTO CAVALHEIRO
 
 
 
Ribeirinhos e Universitários: uma parceria que dá certo
 
 
As Faculdades Integradas “Aparício Carvalho”, FIMCA, mostrando mais uma vez seu comprometimento a sociedade, vem desenvolvendo um projeto pioneiro de saúde bucal no bairro Nacional e na comunidade ribeirinha do bairro Belmont, do município de Porto Velho. A base do projeto é a educação e promoção de saúde e a  prevenção de doenças bucais, principalmente a cárie e as doenças de gengiva e osso, conhecidas como doenças periodontais.
 
De acordo com a professora da FIMCA e pesquisadora da USP (Universidade de São Paulo), Roberta Francisca Martins de Castro, a manutenção da saúde bucal é importante porque os dentes, além da função de mastigação dos alimentos, atuam na fala e respiração da pessoa. Sem os dentes, há alteração no posicionamento da língua, provocando alteração na voz, no modo de pronunciar as palavras e no trajeto usado pelo ar durante a respiração. Os dentes são importantes também para manter o formato do rosto da pessoa: quando há perda dos dentes, o rosto fica mais curto e os lábios mais finos, deixando a pessoa com um aspecto envelhecido. As dores de dente e a perda precoce dos mesmos são causadas em mais de 90% dos casos por cárie e por doença periodontal, que são doenças provocadas por bactérias mas que podem ser prevenidas com um nível razoável de higiene bucal. Ressalta-se também o fato de que as mesmas bactérias que causam doenças bucais estão relacionadas a outras doenças, como gastrites, endocardite bacteriana (doença cardíaca), alopécia (perda de pelos em determinadas regiões do corpo) e nascimento de bebês prematuros e de baixo peso, entre outras.
 
Como a maior parte dos hábitos de um indivíduo é adquirida durante a infância, essa é a fase ideal para promover a incorporação de bons hábitos de saúde. Por isso, alunos do terceiro período de Odontologia orientam os professores e os quase 140 alunos de pré-escola a quarta série do ensino básico da Escola Municipal de Ensino Fundamental Profª. Maria do Carmo Ribeiro em questões como importância e técnicas de higiene bucal e influência da dieta na ocorrência de doenças bucais, além de realizarem quinzenalmente escovação supervisionada nas crianças. A FIMCA doou kits compostos por uma escova de dente e um creme dental para cada criança. A escovação supervisionada em escolas é um método eficaz e comprovado no controle da doença cárie. A diretora da escola, Profª Marlene Furtado de Tarabillo e os professores, motivados pela perspectiva de manutenção da saúde das crianças, observam a realização da higiene bucal relas crianças após o intervalo da merenda. Com ações parecidas em âmbito municipal, cidades como Piracicaba e Bauru (SP) conseguiram reduzir pela metade o índice de cárie mensurado em crianças de 12 anos e aumentar em mais de 20% o número de crianças sem nenhuma lesão de cárie em menos de 3 anos. Espera-se encontrar resultados semelhantes nos bairros Nacional e Belmont.
 
E para avaliar se está havendo realmente uma melhora no nível de saúde dessa população é que alunos do sétimo período estão percorrendo as casas dos familiares de cada um dos alunos da escola e fazendo um levantamento sobre as condições de saúde bucal dessas pessoas. Segundo o Prof. Wagner, o trabalho de campo oferece ao acadêmico a oportunidade de ter contato com distintos núcleos sócio-culturais e de ter uma visão mais global da realidade da saúde familiar na nossa região, além de uma melhor qualificação para atuação no sistema de saúde pública. Por exemplo, a acadêmica Paula, do sétimo período, relatou que se conscientizou da importância de se realizar o trabalho de prevenção de cárie em escolas quando, ao notar durante os exames que uma menina tinha condição de saúde bucal mais favorável que seus irmãos, perguntou a criança porque ela tinha os dentes mais “limpos” que os dentes dos irmãos e obteve a seguinte resposta: “porque na minha escola (Maria do Carmo Ribeiro) tem dentista que ensina a gente a cuidar dos dentes e eu aprendi, mas meus irmãos ainda não estudam (...)”.
 
O trabalho, que conta com apoio técnico da USP, é desenvolvido em parceria com o Ministério Eurico Nelson da Convenção Batista do Estado de Rondônia, Teen Missions do Brasil e JOCUM (Jovens com uma missão), entidades que assistem essa população e nos disponibilizaram estrutura física (auditório, barco, laboratório e consultório odontológico) e pessoal para auxiliar a realização do projeto. O coordenador do Ministério Eurico Nelson e vice-diretor da escola, Sr. Nilto Corrêa Cavalheiro acompanha, juntamente com os professores Wagner e Roberta, da FIMCA, as visitas aos familiares das crianças. A coordenação de odontologia da FIMCA aprova e elogia o trabalho por que, em referência às palavras da coordenadora Profª. Drª. Andressa Carvalho Cezar, ele traz grande benefício ao oferecer ao acadêmico uma formação integral e mais socialmente inserida, mas funciona também como uma resposta da faculdade à nossa sociedade.

26/3/05 _ Caros irmaos Nilto e Marlene,
  Nao se assustem: somos nós. Demorei, mas finalmente encontrei em meus papeis o endereço de vcs. So tinhamos o numero da conta e enviamos dinheiro algumas vezes; duzentos, trezentos, cem, o que podiamos no momento, mas nao havia nem como avisar!! O PC teve que passar por uma formataçao e perdemos alguns arquivos. Foi nesses dias que encontrei o site e acessei. Vi entao que dia 23 foi o aniversario da mais nova e dia 03 o do Samuel. Tudo no mesmo mes!!
Nos estamos bem. Mudamos daquela casa. Agora moramos nos fundos do SETSEB (ao lado da TV Tocantins), num apartamento!
Estou na UEG (Univ Estadual) - concursada - e coordeno o curso de Letras.
H. terminou o curso de Direito e esta dando aulas na Univ. particular. Vai abrir um trabalho aqui perto, ligada a Ig. Presb. esta animado! Samuel passou para Direito tambem. Começou este ano e é aluno do pai em duas disciplinas. Saulo termina Ed. Fis. no ano que vem.
Como vêem o tempo passou por aqui tambem.
Bem, sao essas as noticias. Ficamos felizes com as de vcs tambem. Ficaram bem na foto do site.
Todos mandam abraços.
Um beijo nos meninos.
Até breve _ Débora.

 Caros irmaos,Tive contato por algum tempo com os miss. Nilto e Marlene Cavalhero, mas os perdi de vista até que me deparei com o enderço de voces na Inter.
Gostaria de saber como posso voltar a me conectar com os irmaos miss.
Grata pela colaboraçao de voces,
Aguardo resposta.
Profa. Debora Santos _ (62) 315 8118 Anápolis -GO


UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS

e

CONSELHO NACIONAL DE PESQUISA

LEVANTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO E AVALIAÇÃO DE PROGRAMA EM SAÚDE BUCAL DA POPULAÇÃO EM REGIÃO RURAL E RIBEIRINHA DO RIO MACHADO, ESTADO DE RONDÔNIA

Relatório parcial do atendimento da Gleba do Rio Preto

Coordenador: Luis Marcelo Aranha Camargo

Pesquisadora: Roberta Francisca Martins de Castro

PORTO VELHO

2005


GLEBA DO RIO PRETO

RELATÓRIO PARCIAL

1.  CONTEXTUALIZAÇÃO

Localizada no entroncamento do Rio Machado com o Rio Preto, a Gleba do Rio Preto é uma comunidade composta por aproximadamente 250 a 300 famílias assentadas em projetos de reforma agrária. Os principais produtos produzidos são café, açaí e mandioca (farinha), mas o escoamento da produção é dificultado pelo difícil acesso ao rio (as famílias não têm máquinas e levam a produção a pé, caminhando de 8 a 40 km até alcançar a margem). Há uma escola, mas não há previsão para o início das aulas.

O posto de saúde fica a 8km da margem do Rio Preto, sendo que o acesso só é possível também a pé. Segundo relatos da população, o posto funciona apenas como unidade de microscopia, diagnosticando e medicando casos de malária. Embora a estrutura física do posto esteja em condições razoáveis, a higiene do local não condiz com a higiene necessária a uma unidade de saúde. Dentro do forro, que apresenta falhas em sua continuidade, há ratos e morcegos. Ao redor da unidade, o mato cresce a vontade. Há uma caixa d’água destampada, onde já se observam muitos girinos e larvas de mosquitos (figura 5). Provavelmente por se tratar de um feriado religioso, o posto de saúde estava fechado e sua responsável estava ausente. Como a visita da equipe de saúde já havia sido anunciada e estava sendo aguardada, os líderes comunitários autorizaram a abertura no posto para a execução dos trabalhos (figura 9).

 

2.  EQUIPE

A equipe de saúde do ICB5-USP (Instituto de Ciências Biomédicas 5 da Universidade de São Paulo, de Monte Negro-RO) era composta por Roberta Francisca Martins de Castro, cirurgiã-dentista especialista em saúde coletiva e pesquisadora do ICB5-USP, Theophilo Alves de Souza Neto, Daniele Paraguassú Fagundes e Diana Carla Soares da Cunha, acadêmicos de odontologia, Jamille Chaves, acadêmica de enfermagem, Patrícia Scharnoski, acadêmica de medicina e Nilto Corrêa Cavalheiro, piloto e co-responsável pela organização da expedição (figura 10).

 

3.  VIAGEM

            Concentração da equipe na noite de terça-feira, 22 de março de 2005 para saída de Porto Velho no dia 23 pela manhã (figura 10). A viagem foi feita em lancha com motor 40HP e durou cerca de 7 horas. Dormimos na casa de um morador na margem do Rio Preto (Sr. Gerson e Sra. Márcia) e seguimos nossa caminhada no dia seguinte. Andamos cerca de 1h30min e paramos para descanso e almoço na casa de outra moradora (Sra Maria da Penha e Sr. Antônio), que foram buscar nossos equipamentos com seu carro de boi. Seguimos rumo ao posto de saúde e chegamos depois de 3 horas de caminhada. Fomos recebidos por outro morador (Sr. Sebastião e Sra. Lucilene) e abrigados na escola. A carroça que transportava os equipamentos quebrou no meio do caminho e não chegou na quinta feira, por isso o atendimento teve início apenas no dia 25, sexta-feira, de manhã. Atendemos até as 12 horas de sábado e seguimos caminhada de volta. Dormimos em Calama no barco Eurico Nelson III da Convenção Batista do estado de Rondônia e Junta de Missões Nacionais (COBARO e JMN) e voltamos no domingo, chegando em Porto Velho às 14hs, depois de 5 horas de viagem pelo rio Madeira.

 

4.. ATENDIMENTO

            Participaram do levantamento de saúde bucal 39 pessoas (figura 1). Dessas, apenas 7 (17,9%) pessoas não apresentaram necessidade de tratamento odontológico, dos quais 6 eram crianças menores de 4 anos e o outro era um adulto que já usava próteses totais. Em outras palavras, todas as pessoas com mais de 5 anos que foram examinadas tinham necessidade de tratamento, seja restaurador ou cirúrgico (cárie), seja periodontal (doenças de gengiva e de inserção óssea) ou então reabilitador (próteses).

            Os procedimentos odontológicos realizados foram remoção de cálculo, exodontias (extrações de dentes e raízes residuais) e restaurações (obturações). No total, foram realizados 99 procedimentos em 17 pessoas que receberam atendimento (figuras 6 e 7). Algumas pessoas não puderam ser atendidas por apresentar condições sistêmicas desfavoráveis, com destaque para a hipertensão (figura 3). Todas as pessoas (39) receberam orientação de higiene e escovas de dente (figura 2).

            Foram realizados 8 exames preventivos e todas as mulheres com mais de 14 anos receberam orientação sobre higiene e cuidados pessoais (figura 4). Foram avaliados 2 casos de desvio de coluna e foi feita uma lâmina de malária.

            Todo o lixo produzido foi completamente queimado antes da retirada da equipe, para segurança dos moradores (figura 8).

 

5.  OBSERVAÇÕES

ü      Havia 2 pontes quebradas, impossibilitando o acesso de todas as famílias moradoras da linha 17, que fica mais próxima ao Rio Machado, ao posto de saúde.

ü      O posto de saúde não distribui medicamentos que são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde, nem sob receita, conforme relato da população. Há pessoas hipertensas sem tratamento por falta de acesso ao medicamento (não conseguem condução a Calama para comprar e não há distribuição pelo posto).

ü      Não há assistência a saúde na comunidade e não estão sendo oferecidas condições de encaminhamento dos casos com necessidades de tratamento a unidade de referência, contrariando os princípios do SUS. As poucas pessoas que tem condução cobram cerca de 100 reais para levar passageiros a Calama, também segundo relatos da população, o que é muito além do que a maioria conseguiria pagar.

ü      Foram observados várias crianças com sinais clínicos de desnutrição e anemia, com visível retardo no crescimento, o que nos leva a sugerir atuação mais profunda em termos de orientação e assistência à comunidade.

ü      Nossa equipe foi muito bem recebida pela comunidade, que já nos aguardava. Entretanto, a comunidade recebeu visita de acessores de um vereador municipal que queriam fotografar e registrar nosso atendimento e foram impedidos pela própria comunidade, que sabia se tratar esse de um trabalho independente.

6.  FINANCIAMENTO

            A viagem e o atendimento foram executados com recursos do Conselho Nacional de Pequisa (CNPq), pelo financiamento da pesquisa “Levantamento Epidemiológico e Avaliação de Programa em Saúde Bucal de População em Região Rural e Ribeirinha do Rio Machado, Estado de Rondônia”, sob coordenação do Prof. Dr. Luis Marcelo Aranha Camargo do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo.

7.  FIGURAS

. . . . . . . . . .

Figura 10. Equipe, da esquerda para direita: Daniele, Luis Marcelo (atrás),  Patrícia, Diana, Nilto, Roberta, Jamille.
Observação: Theophillo está tirando a foto

March 22, 2005 : site do icb

Oi
 
Abri hoje depois de um certo tempo o site do icb (www.icb5usp.med.br) e vi
que o flavinho incluiu algumas fotos que antes não estavam lá... Tem fotos
do nosso primeiro atendimento na JOCUM, com o deputado Beto do Trento, no
laboratório, as meninas de nutrição que atendiam na sala de aula ao lado de
onde a gente (odonto) atendia, que por sinal era do lado de sua antiga casa
(coitada da marlene, tudo o que a gente queria era para ela que pedíamos, de um copo de água a fita adesiva...).
 
Lembrei de muita coisa boa.... e foi você que fez o primeiro contato!
Natural que o trabalho evoluísse dessa maneira, até chegar no que está hoje,
com o min. eurico nelson e com a escola, e os familiares das crianças da
escola.... e tudo ir crescendo assim até onde Deus deixar.
 
Os meninos da FIMCA gostaram da experiência. Muitos deles confessaram que
nunca entraram em casa de ribeirinhos, outros que nem sonhavam que morava
gente por ali. Acho que por isso fiquei meio comovida assim (pelo relato
deles), que não é meu normal. Teve muito relato bom, acho que você não
ouviu. Por exemplo, uma aluna ficou espantada de ver que apenas uma entre 4
irmãos tinha uma boca saudável. Quando ela perguntou para a menina o porque
ela disse que era porque estudava na escola (a de vocês) que sempre trazia
dentista e que ensinava a cuidar da boca... então ela cuidava na escola e em
casa. Mas os irmãos não estudavam ainda, por isso tinham os dentes podres
(palavras da menina).
 
Mas foram muitas coisas boas ao mesmo tempo, em um período de turbulências
que é melhor nem citar... O Arsenio, prof de Bauru, quer muito vir conhecer
o trabalho da escola, e com as famílias. E ele usou um termo tão bacana para
descrever tudo: ALIANÇA. Acho que a palavra é essa. Porque de repente,
depois desse termo, parceria apenas parece muito pouco. Engraçado, ele não
sabia desse trabalho e nem do trabalho no rio machado... E olha que eu mando
meus relatórios para Bauru. Coisas boas as pessoas se esquecem de passar para frente.
 
Puxa vida... eu ia mandar um e-mail só para dar um toque para você olhar o
site e pedir uns favores e acabei chorando o leite derramado aqui.
 
Já que comecei o blá-blá-blá, OBRIGADA pela ajuda que você tem dado ao nosso
trabalho. Acho que posso falar em nome dos outros professores (a Ana e o
Wagner). Semana passada, a ajuda que você e a Marlene deram a nossa equipe
foi maravilhosa. E hoje, com toda sinceridade, não fosse você nos orientar o
dia todo, seria muito mais difícil (senão impossível).
Quanto aos favores... amanhã estou atribulada com os últimos preparativos
para a viagem para a gleba do rio preto. Nem sei se você vai ler esse e-mail
a tempo, mas se ler, será que daria para me ajudar em algumas coisas? Nossa
alimentação já está ok, mas ainda tenho que providenciar xérox de fichas de
atendimento e levantamento, receber o material da cirúrgica e autorizar
vocês a pegarem a gasolina para a lancha (que eu gostaria que você, com sua
experiência, calculasse o necessário para levarmos e/ou se comprarmos em
calama). Se formos comprar em calama, preciso da responsta antes do Marcelo
viajar, para pegar o cheque com ele. Nada muito complicado, mas estarei a
tarde toda em sala de aula, então queria deixar tudo mais ou menos pronto de manhã.
Abraços
Roberta Francisca Martins de Castro
Cirurgiã-dentista
Instituto de Ciências Biomédicas 5-USP

- - -

 March 21, 2005 : GLEBA DO RIO PRETO
Pessoal, algumas orientações:
1. POUCA BAGAGEM.
2. POUCA BAGAGEM.
3. POUCA BAGAGEM. Pouco peso e pouco volume. A lancha não é grande e
estaremos usando a lotação quase máxima. E lembrem-se que cada um vai
carregar sua própria MOCHILA (não levem mala, a gente tem que andar com
isso) e mais uma parta da comida (afinal, todo mundo vai comer) e mais uma
parte do material de trabalho (afinal, tudo mundo vai trabalhar). Isso por
umas 4 horas (8 a 10 km até a primeira casa - e não até o final), no mato....
4. Repelente costuma servir de tempero para carapanã, tipo molho de mostarda em carne assada... mas, se alguém ainda acredita que funciona...
5. Protetor solar, manga longa e chapéu (boné) até que funcionam....
6. Levem roupa de banho (short e blusa, não só biquini) porque pode ser que
a gente tome banho todo mundo junto, em igarapé (equipe + ribeirinhos).
7. Lanterna, pilha e faca costumam ajudar.
8. Rede/mosquiteiro ocupam menos espaço que barraca/colchonete.
9. A gente sai na quarta de madrugada. Estamos pensando em sair da JOCUM, e
em todo mundo dormir por lá, de terça para quarta, para não atrasar a saída.
A gente sai de lá domingo da manhã e chega no final da tarde, salvo imprevistos.
10. Vocês receberão certificados de participação em pesquisa do
ICB5USP/CNPQ. Isso deve servir para amenizar a fome de falta dos seus
professores.
11. O Nilto é nosso piloto (a Marinha libera carta para qualquer um !!!) e,
entre nós, o que mais tem experiência em rio e mato (no bom sentido....),
além de já conhecer a região. Mas, o que ele faz bem mesmo é anotar
levantamento epidemiológico em saúde bucal (te prepara, rapaz...).
12. Sobre o trabalho: na odonto, vamos fazer levantamento, inclusive de
placa, um atendimento de urgência e PRINCIPALMENTE ação educativa. Vamos
examinar todas as pessoas, então todas as pessoas devem receber orientação
de higiene. Acho importante levar algum material para palestra educativa
(banner ou, especificamente para odonto, macromodelo e escovão, por
exemplo). A enfermagem vai fazer atendimentos rotineiros e exames
preventivos e sugiro que também se preparem para uma palestra sobre higiene (íntima e para evitar verminoses).

Se alguém lembrar de mais alguma coisa, manda ver! É a hora de falar (ops, escrever).
Para quem ainda não tem meu telefone (se é que tem alguma pessoa que ainda não tenha): 222 1796 , 8115 5131
Beijos
Roberta Francisca Martins de Castro _ Cirurgiã-dentista
Instituto de Ciências Biomédicas 5-USP
- --

Meus Amados ,
escrevo para comunicar que tivemos o privilegio de ir a Monte Negro RO na USP este final de semana e la conhecemos novas pessoas envolvidas n questao de saude e formalizamos novas parcerias com nossa escola e tb com o Ministerio Eurico Nelson.
No domingo a noite tivemos tb o privilegio de participar do Culto da Primeira Ig Batista  onde compartilhamos uma palavra sobre missoes e parte da equipe da USP tb participou do culto que foi maravilhoso.
Na quarta feira as 06.00 da manha a  Marlene estara indo juntamente com as criancas com o Prof. Luiz Marcelo para Monte Negro RO onde ficara na USP e tb compartilhara na Primeira Ig Batista na quarta a noite no sabado e tb no domingo, onde ja acertamos com o Missionario Roque e sua equipe.
Eu estarei acompanhando uma equipe formada por pessoas da USP, Universidade Sao Lucas e FIMCA, para a Gleba do Rio Preto para o andamento de um projeto junto as comunidades ribeirinhas.
Estejam orando por nossas atividades.
Em Cristo
Nilto cavalheiro

- - -

Pastor Marcio,
estive em MOnte Negro final da semana e foi muito bom, tb ministrei na ig batista do missionario Roque sobre missoes e levei parte da equipe da USP para a igreja  foi muito maravilhoso.
 
A marlene estara indo na quarta feira com o prof Luis Marcelo e ministrara la tb.
eu estarei  com uma equipe no interior  Rio Preto, a USp fica apenas distante 2 quadras da Primeira Ig Batista De MOnte Negro, e muito perto mesmo.
Bem Gostaria de saber se seria possivel eu levar tb uma compra , alimentacao para a equipe, Wilson, joseane, sergio e meninos mais um dinheiro para comprar um oleo para o barco Eurico Nelson lll, passarei na convencao pela manha, comecamos um atendimento odontologico com o pessoal da FIMCA e USP na casa das familias de nossos alunos aqui da escola do Projeto cidadao na Escola, Belmont e Nacional,
abracos , nilto cavalheiro


21/3/05 _ COMUNICADO
ESTAREI VIAJANDO PARA MONTE NEGRO USP COM UM PESSOAL DE SAO PAULO.
ONDE DE LA TRAREI MATERIAL PARA A VIAGEM DE QUARTA FEIRA PARA A GLEBA DO RIO PRETO, NO BAIXO MADEIRA.
A MARLENE PASSARA A PASCOOA NA EM MONTE NEGRO COM O PESSOAL DA USP.
NILTO CORREA CAVALHEIRO


FOTOS :

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