JAIR SOUZA LEAL - 12/04/2007
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Cia. De Fiação e Tecidos Cedro Cachoeira Mila Adm. E Corretora de Seguros Ltda.
Release
da obra
O Livro "4 Homens e Um Segredo" fala sobre a vontade de Deus, pautado na experiência vivida por Enoque, Davi, Paulo e Jesus. Fala sobre o segredo do homem que andou com Deus, do homem segundo o coração de Deus, do homem chamado por Deus, do Homem Deus. Através de uma abordagem clara e impactante, este livro aborda um tema relevante à fé cristã. Como irá afirmar: a felicidade, a eficácia da oração, a admissão no reino de Deus, entre outras coisas, dependem exclusivamente da vontade de Deus, e, conhecer e submeter-se à esta vontade é a coisa mais urgente e necessária na vida do ser humano. Alguns questionamentos empolgantes são inevitáveis na obra. Por exemplo: Se a vontade de Deus é sempre inversa à nossa. Se é a mais dolorosa, a menos atrativa. Se há uma vontade específica de Deus que se aplica à uma vida em particular, e não a outra. Se esta vontade se aplica aos mínimos detalhes da vida ou só à salvação. Não faltam também os questionamentos conflitantes. Por exemplo: Se Deus é soberano, porque acontecem coisas no mundo que parecem ser contrárias à Sua vontade. Ele seria impotente ou estaria indiferente ao que acontece no mundo que criou? Esta obra busca extrair, fundamentada na Palavra de Deus, princípios que serão úteis na descoberta de respostas às questões levantadas. Traz informações que satisfazem ao desejo intelectual do leitor e lhe desafia a ter uma vida de maior relacionamento, confiança e intimidade com Deus. Nas palavras do pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, que prefaciou à obra: "Sei que o livro '4 Homens e Um Segredo'... vem como uma resposta para todos os que anelam conhecer a vontade de Deus... Sei que a leitura deste livro irá impactar o leitor e levá-lo a ter o desejo de imitar estes 'quatro Homens', que descobriram o 'segredo' para uma vida que realmente seja avaliada, não pelas circunstâncias, mas pela expressão da vontade de Deus." "Eu fui muito edificado e tenho certeza que você, ao ler este livro, também será muito edificado! '4 Homens e Um Segredo': um livro que vai trazer grande inspiração para a sua vida!" - pastor Jorge Linhares, da Igreja Batista Getsêmani. Pedidos: (31) 3235-5268 ou (31) 3086-3318
jairsouzaleal@hotmail.com Veja o resumo no www.uniaonet.com/msgjair4homens.pdf
Amado(a)
Quero bom esta mensagem abençoar a sua vida. Se ler e gostar, compartilhe com seus amigos. Gostaria de pedir algo em troca. Que orasse alguns minutos por mim, minha família e pela Igreja na qual auxilio (Batista Balneário). Passamos por um momento bem delicado neste fim de ano. Preciso que você me ajude intercedendo pelos seguintes motivos: 1. Que o Senhor nos dê uma direção. 2. Que Ele nos restaure, fortaleca e avive. 3. Que nos capacite a ouvir Sua voz nas decisões que teremos de tomar. 4. Que nos ajude a alcançar novas pessoas. Desde já te agradeço. Que o Senhor lhe recompense. Conto com você. Bom fim de semana. Desfrute agora da mensagem. 90 . A Humildade de Servo
(15/01/06)
"Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago" (Judas v.1) O livro de Judas é tão pequeno que podemos lê-lo em poucos minutos. Apesar de pequeno, tem uma mensagem tão forte e impactante que leva um bom tempo para esquecê-la. É difícil não ser sacudido por suas severas exortações. Entretanto, sempre foi um livro negligenciado na teologia e na pregação, em toda a história da igreja. Sua carta é muito parecida com a segunda carta de Pedro. Parece que um deles "plagiou" o livro do outro. Acho interessante este fato para afirmar o que penso, que a Palavra de Deus não tem dono, tem apenas um representante legal. Eu também utilizo o escrito de outros irmãos para complementar os meus. O objetivo principal de Judas é alertar a igreja contra os falsos mestres que, de modo sutil, entraram na igreja. Eles ensinavam que uma vez que você creu em Jesus, não importa o que faça, a graça lhe dá plena liberdade para pecar. Por isso Judas enfatiza a questão do juízo de Deus. Segundo ele, Deus castigará severamente tanto aos que ensinam e praticam tais coisas, quanto aos que dão ouvidos aos seus ensinos. No desenrolar da sua argumentação, Judas cita acontecimentos e pessoas do Antigo Testamento. Cita até algumas coisas de livros apócrifos (livros que não entraram no Cânon - a lista de livros aceitos como sagrados). E ainda que de forma bem sintética, fala de anjos, da vinda de Cristo, do julgamento, da Trindade, de oração, de como se deve portar um cristão autêntico. Se levarmos em conta que seu livro foi escrito por volta do ano 60 a 80 d.C., é triste constatar como, em menos de cinqüenta anos de história, a Igreja de Cristo começou a sofrer com as heresias, os falsos mestres, os falsos irmãos. Por tudo isso, é fácil detectar que Judas é um livro extremamente atual. Fazemos bem em dar-lhe ouvidos. 1. Quem é este Judas? Não devemos confundi-lo com o traidor de Jesus. A maioria dos apóstolos não escreveram livros, e Judas Iscariotes foi um destes. O próprio autor do livro se identifica como "irmão de Tiago". Mas quem seria este Tiago irmão de Judas? Fácil! O irmão de Jesus. Mateus 16:55 é claro: "Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?". O autor desta epístola, como Tiago, foi um dos irmãos de Jesus. Há outros textos bíblicos que nos auxiliam nesta identificação (Atos 1:13-14 e Gálatas 1:19). Os Evangelhos relatam que durante o ministério terreno de Jesus, os seus irmãos não creram nele. "Porque nem mesmo seus irmãos criam nele" (João 7:5). Interessante pensar que nenhum irmão carnal de Jesus se tornou apóstolo. Entretanto, em Atos 1:13-14 lemos que, logo após a ascensão de Jesus, um grupo de discípulos passou a se reunir em Jerusalém para orar e aguardar a vinda do Espírito Santo. E entre eles está Judas e toda a sua família. Ao que parece, entre a crucificação e a ascensão, eles se converteram. Passaram a crer em Jesus e foram alcançados pela graça salvadora. Que bom quando encontramos pessoas, outrora incrédulas e até opositoras da mensagem do Evangelho, se rendendo a Cristo e se tornando defensores da fé como Judas. Que bom sabermos que o Senhor salva até os obstinados e duros de coração. 2. A Humildade de Judas Mas porque Judas não se apresentou como "irmão de Jesus"? Por uma questão de humildade. Ele não se arrogou da prerrogativa de ser irmão carnal de Jesus. Não bradou aos irmãos: "Senhores, quem está falando a vocês é o irmão do dono da Igreja! Vocês têm de me ouvir! Vocês têm de me respeitar!". Ou, talvez, como é comum entre nós brasileiros: "Vocês sabem com quem está falando?" Nada disso! Judas assumiu uma postura de humildade. Ele queria ter sua autoridade estabelecida sobe o fato de ser ele um servo de Cristo e da sua Igreja. Um homem transformado tem de ser um homem humilde Baseados em que estamos estabelecendo a nossa autoridade? Baseados em que pretendemos que a Igreja nos ouça? Será baseado nos nossos títulos? Será baseado na posição que ocupamos? Muitos querem liderar, mas poucos querem ser servos. Existem pessoas sempre prontas a dar ordens, mas sem disposição para trabalhar. Muitos de nós somos ótimos para dar ordens, mas não tão bons para fazer o trabalho. 3. Um servo Jesus veio à terra para ser tanto Filho como Servo de seu Pai (Marcos 1:11; Mateus 12:18). Isto nos ajuda a entender qual é o nosso relacionamento com o Pai. Ser filho de Deus implica automaticamente que somos seus servos. Seguir a Jesus implica servi-lo, e vice-versa (João 12:26). E como nós podemos servir à Deus? Servindo ao nosso próximo (1 Pedro 4:10). Nós temos sido chamados por Deus para servimos uns aos outros (Galatas 5:13). Deus age por meio de pessoas como você e eu. Judas se apresentou como servo. Servo é aquele que está à disposição. Semelhante ao soldado, o servo deve estar sempre pronto para o dever. Judas estava pronto para o dever, disponível para o Senhor e para a sua Igreja. Judas servia a Jesus, servindo à sua Igreja. O servo não faz o que quer, mas o que o seu Senhor ordena. Judas dá esta prova. Ele havia planejado escrever sobre um determinado assunto (v.3), mas o Senhor mudou os seus planos. Por ser servo, cabe a ele obedecer. Você está disponível para o Senhor a qualquer momento? A igreja do Senhor pode contar com você? Você está pronto e disposto a deixar o Senhor mudar os seus planos sem ficar ressentido e murmurando? Como servo, você não pode ser seletivo sobre quando e onde irá servir. Ser servo significa desistir do direito de controlar sua agenda e permitir que Deus a interrompa sempre que precisar. Para concluir esta mensagem, quero citar uma ilustração que li certa vez. Nela, o autor conta que certo homem pegou um relógio de corda e disse: Há duas maneiras de fazer este relógio parar. Uma delas é jogando ele no chão, pisando em cima, despedaçando-o; a outra, é simplesmente deixar de dar corda. E ele faz a seguinte aplicação. Há duas maneiras de fazer a obra do Senhor parar: Uma delas, é a oposição externa, a perseguição; a outra, e talvez a pior, é a indiferença interna, a apatia, a falta de servos. Certamente que a Igreja do Senhor precisamos de mais pessoas valentes que digam: "Eu, servo de Jesus". Não está na hora de você, pela graça de Deus, tomar a decisão de servir a Deus com alegria? Por Jair Souza Leal - autor do livro "4 Homens e Um Segredo" e auxiliar na Igreja Batista do Balneário, bairro Ressaca, Contagem (MG). www.uniaonet.com/msgjair4homens.pdf 91. Salmo Tridimensional
(Salmos 23) 02/02/06
(Jair Souza Leal*) Parece coisa do futuro, mas na
verdade, "O Salmo Tridimensional"
refere-se a uma análise em três perspectivas diferentes do Salmo 23. É uma abordagem tripla deste salmo por três ângulos diferentes. A primeira análise é feita sob a perspectiva do seu autor divino - Deus! O pastor do salmo, o Senhor no salmo, o personagem principal, que inspirou esta palavra e continua lhe vitalizando, tornando-a sempre atual, relevante e cheia de autoridade. A segunda análise é feita sob a perspectiva do seu autor humano - Davi! O que pela inspiração divina, escreveu e viveu o salmo; o que ensinou algo mais sobre Deus e demonstrou a intensa confiança e fé que depositava nEle; o homem que experimentou Deus a ponto de estar balizado para fazer as declarações constantes no salmo. A terceira análise é feita sob a perspectiva do leitor - eu, você! Todos os que conhecem e lêem este salmo buscando extrair dele lições espirituais para o cotidiano; os que buscam extrair seu real sentido e suas implicações práticas. Portanto, sob a perspectiva de Deus, de Davi e do leitor, temos o salmo tridimensional, onde Deus é o agente causador, criador, motivador e idealizador; Davi, o meio usado para trazer o salmo à existência a partir da sua experiência cotidiana; e, nós, leitores, somos o alvo, o destino final, a razão do seu existir e a quem o salmo se aplica. Na verdade, estou convencido que toda a Bíblia deveria ser sempre abordada com esta tríplice perspectiva, nestas três dimensões. Esta forma de abordar a Bíblia proporciona equilíbrio às nossas interpretações (como a existência triúnica do nosso Deus trás harmonia e equilíbrio ao universo; como um tripé se mantém equilibrado e firme). Assim devia ser a nossa abordagem interpretativa da Palavra do Senhor Deus. Eu poderia ir mais longe e afirmar que a Bíblia é um livro tridimensional. Afinal, é um livro de autoria divina, escrito por homens inspirados, objetivando registrar a revelação de Deus para instrução e ensino dos demais homens. É um livro altamente espiritual, sem deixar de ser humano e extremamente prático e aplicável à vida. Em sua origem é divina, em sua forma é humana, em sua essência é doutrinária e didática. Aplica-se aos homens de todos os tempos - passado, presente e futuro. Fala ao corpo, à alma e ao espírito. Existe para mostrar ao homem a única maneira de se livrar da culpa, da corrupção e da escravidão do pecado; bem como para levá-lo a ter um bom relacionamento com Deus, com o próximo e consigo mesmo. Por tudo isto depreendemos a razão da sua existência perene, da sua imutabilidade e da sua infalibilidade que vêm rompendo séculos. É um livro que Deus tem preservado para que seja proclamado e crido. É um verdadeiro presente que, Deus, através do Seu filho Jesus Cristo e de Seus apóstolos e profetas, entregou-nos. Portanto, precisamos mais que tudo, ler, estudar e meditar neste livro. Esforçar para assimilar, internalizar e praticar o seu conteúdo. Buscar sempre aprender a sua mensagem, para ensinar a outros, estimulando-os a viver (tal como você), esta palavra, para a glória de Deus, para a honra de Jesus e da sua igreja, e para o seu benefício eterno. Você deseja conhecer "O Salmo Tridimensional"? *Autor do livro "4 Homens e Um
Segredo" e auxiliar na Igreja Batista
Balneário, bairro Ressaca, em Contagem/MG. Governo exige tributo!
Empresário busca lucro! Trabalhador quer salário! São interdependentes
Rivais combatentes De interesses divergentes Imposto, lucro e suor;
Poder, capital e comida Sintetizam a essência desta batalha renhida Do filão das riquezas
cada um abocanha O que mais produziu é o que menos ganha Paradoxo brutal, quem o entenderia?
Se a maior parte de tudo fica prá minoria Que se impõe e domina sobre a maioria Que são muitos, mas poucos, se arriscam a lutar Assim tornam-se fracos, nada podem mudar Não é dia de folga o que nos
empolga
Mera lembrança, não reduz a discrepância Não queremos ganhar e sim conquistar com o nosso suor, o que tem de melhor Mas se bolso e panela, permanecer vazia promessas não bastam. É só hipocrisia! Quem gerou as riquezas?
Quem a desfrutará? A realidade indica: O trabalhador não será A tal distribuição beneficia mais a governo e patrão Temos uma grande força
Só usamos no trabalho Não em pressão, nem em persuasão Retratos vivos de que desunião não impõe solução Ainda somos escravos
Com liberdade e direitos Apanhamos da vida da falta de respeito Prisioneiros da miséria rotina, exploração que faz esvair nossas vidas e ferem as nossas mãos Mas algo jamais poderão nos tirar
por mais que vivam a nos explorar A tal produção, mesmo não desfrutando provém das nossas mãos E, se pode servir para consolar: Sem nós, jamais poderão continuar Por nós, contra nós. Sim! Sem nós. Jamais! * * * * *
*Por _ Jair Souza Leal 93. A Guerra e a Violência (15/05/06) (Jair Souza Leal*) A guerra lá e a violência cá
Qual mata mais? Qual faz mais vítimas? Qual proporciona mais dor e sofrimento? Qual dá maior prejuízo? Quem são os alvos na guerra?
Quem é alvo da violência? Quais as suas causas, as suas regras? Qual requer maior combate? Em que se diferem? Com qual devemos nos preocupar mais? Em ambas os inocentes morrem!
Destruição lhes acompanham! Geram medo, horror e pavor! Insegurança e instabilidade! Usam o poder da força para combater e vencer! Faz vítimas inumeráveis! Traz prejuízos incalculáveis! A guerra é uma violência externa
A violência é uma guerra interna O inimigo externo trás a guerra O inimigo interno, a violência Estrangeiros fazem guerra atacando outros povos Concidadãos geram a violência, atacando na própria nação O Estado promove a guerra e combate
a violência
Lentamente constrói sua destruição e decadência Não se pode usar a guerra para promover a paz Nem fazer armas que matam, para defender a vida Como preocupar-se com guerra
se não conseguimos combater a violência? Que corrói as estruturas, ameaçando a paz tirando a liberdade e a vida mais do que o inimigo externo faz Mas a guerra, pode acabar
A violência, tende a aumentar O exército defende o seu país na guerra Quem defende o país da violência? A distância geográfica pode nos manter livres da guerra A violência está em qualquer lugar até mesmo dentro de casa; não há como escapar E o mundo só vê a guerra, e contra
ela se mobiliza
demonstrando insatisfação anti-imperialista E quem se levantará contra os imperadores do crime do tráfico, da ganância, da corrupção que cresce e se impõe a cada dia exterminando sem piedade os seus oponentes? Quem nos defenderá se, como na guerra confundimos mocinhos com bandidos? Ficamos calados
mas estamos cercados de todos os lados O ataque virá, não há como prever é a qualquer momento, de qualquer lugar de onde menos se possa esperar Nos sentimos frágeis, impotentes, ameaçados feito os povos em guerra ante um inimigo poderoso e bem equipado Não temos armas, nem aliados não temos quem lute a nosso favor não temos heróis Deus criou, o homem devastou
Até hoje a humanidade não aprendeu a viver tampouco a conviver quão difícil será quando não tiver mais onde viver Destruindo a tudo e a todos, o que lhe restará? A violência e a guerra, futuro não vai nos deixar Teremos de morrer para aprender a viver? Se nada mudar
e a violência e a guerra, entre nós, insistir em continuar o que nos resta fazer? Talvez clamar! Pedir a Deus e confiar que depressa venha para nos salvar Assumir o controle, a direção Mudar os rumos desta nação Pois de mãos humanas só esperamos destruição Salva-nos Deus, desta triste realidade! Livre a humanidade da humanidade * * * * * 94. A Copa do Mundo e a Fé Cristã (Jair Souza Leal*)
Jesus sempre citou acontecimentos do cotidiano para ensinar
preciosas lições aos seus discípulos (Mateus 13:10-17). Devemos usar elementos da nossa cultura, do nosso cotidiano, para contextualizar a fé, esclarecê-la, e para extrair proveitosas lições espirituais. Se Jesus assim fez, abriu precedente, deixando-nos seu aval. O bom mestre cristão é aquele que procura imitar em tudo seu Senhor. Se nestes dias as atenções do mundo estão voltadas para a Copa do Mundo, no Brasil duplamente, pois além de ter a seleção favorita, tem a única capaz de conquistar um Hexa campeonato. Sendo assim, uma reflexão sobre as lições que a Copa do Mundo pode trazer para a fé cristã é a mais oportuna e relevante. E o que a Igreja do Senhor pode aprender? Na copa as torcidas vibram, levantam com orgulho a sua bandeira, entoam com jubilo seu hino nacional. A Igreja de Cristo precisa também hastear bem alto o estandarte do Evangelho, entoar os louvores da pátria celeste, bradar forte a vitória de Cristo e jamais perder a alegria de torcer. Torcer para que almas sejam salvas. Vibrar quando da sua conquista do reino das trevas para o reino da luz (Atos 26:18; 1 Pedro 2:9). Aliás, até os anjos são grandes torcedores. Eles sempre festejam quando um pecador se arrepende (Lucas 15:10). É conhecido de todos que alguns países estão mais envolvidos que outros na Copa. Também a fé cristã, está mais presente em alguns países do que em outros. O fato do Brasil ser o único país do mundo a carregar um título de Tetra campeão também se aplica à fé cristã. A tocha do Evangelho que ardeu em Jerusalém, Ásia Menor, passou para o norte da África, esteve na Europa e foi para os EUA, hoje se encontra com o Brasil. Temos a honra de sustentá-la, somos o celeiro do mundo. Isso é um grande privilégio e uma grande responsabilidade. O título e a tocha pesa. Não é fácil jogar no único time que carrega o título de Tetra campeão, que dizer de ser um cristão no país que carrega a tocha do Evangelho? Somos o país do futebol, somos o país do Evangelho! Pensemos agora no espírito de equipe. Cada time, ainda que tendo talentos individuais, não compete entre si, antes, direcionam todo o seu esforço, todo seu potencial, na luta contra o adversário que lhes é comum. Eles têm um ideal: alcançar a vitória derrotando o adversário, pois sabem que a união do grupo é essencial à vitória. Esta é uma grande lição a ser aprendida pelos cristãos. Percebemos a ausência deste espírito de equipe, desta unidade no seio da Igreja. Digladiamo-nos, ou nos isolamos, ao invés de unirmos esforços na luta contra o adversário que nos é comum. A luta interna só trás derrota, este é um princípio bíblico. O reino dividido não subsiste (Mateus 12:25). Somente a unidade pode fortalecer para a vitória e levar a maiores conquistas. Que dizer da motivação que levam os atletas a prosseguirem até o fim? Um prêmio, um troféu, um reconhecimento humano, dinheiro, status, paixão pessoal, o fato de estar representando um país. Nós também temos razões para prosseguirmos até o fim (Mateus 10:22; 24:13; Hebreus 6:11; Apocalipse 2:10, 26). Temos promessas de recompensas, representamos um reino, esperamos um galardão, uma coroa, e acima de tudo, esperamos a aprovação do nosso Senhor (Mateus 25:34). Os que buscam glória perene nos desafiam e nos dão uma grande lição do que é prosseguir até o fim, e nos desafiam. Quanto você tem se esforçado e dedicado para ajuntar troféus na pátria celeste? Deveríamos nos entregar até as últimas conseqüências na conquista de almas para o reino de Deus. Porém, com tristeza reconhecemos que nem sempre é visível tal empenho entre os fiéis. Neste evento esportivo o investimento é bastante alto. O retorno dependerá do empenho de cada um. Para nós não é diferente. Temos a nobre tarefa de alcançar o mundo para Deus, investindo nisso todos os nossos recursos. E, se preciso, a própria vida. O empenho de cada um é essencial para haver vitória. Esta urge em ser alcançada (2 Pedro 3:12; Sofonias 1:14). Sempre haverá o adversário; regras para serem observadas. Faltas serão cometidas; punições aplicadas. Estrelas despontam; outras se apagam. Ninguém entra em campo para perder. Torcer e vibrar ajuda muito. Há um Juiz que tudo observa. Muitos são "convocados", poucos "escolhidos" (Mateus 22:14). É preciso planejar, conhecer o adversário, treinar, colocar as pessoas certas no lugar certo. Podemos comparar o narrador ao pregador. Os ingressos, aos folhetos de evangelização. Os diversos times, às várias religiões. As torcidas, aos adeptos destas religiões, que até respeitam e admiram o adversário, mas nunca deixam de acreditar que pertence à melhor. Toda equipe tem um capitão, este, ainda que não seja o melhor jogador em campo, é o líder do grupo. O líder não precisa ser o melhor. Precisa orientar bem os demais, precisa ser respeitado e honrado. Mas ele não é auto-suficiente, não faz nada sozinho. Muitos se ferem no jogo. Para isso há médicos de plantão para tratá-los e reconduzi-los. No bom combate cristão, muitos tombam, outros chegam feridos. É preciso que a Igreja exerça sua função terapêutica, curando os feridos de corpo e de alma. O preparador físico capacita cada jogador para entrar em campo. Estes têm de estar em boa forma e ter resistência para usar com habilidade a sua técnica, o seu talento. Então, precisam se exercitar muito, ter uma alimentação saudável e equilibrada, serem disciplinados e absterem-se de algumas coisas. Deus deu pastores e mestres para preparar os fiéis. Este precisa estar em boa forma. Então, precisa ter uma boa nutrição espiritual (1 Timóteo 4:6-10). Exercitar-se na piedade, estando preparado para toda boa obra (2 Timóteo 2:21), para resistir ao diabo e às tentações (Tiago 4:7). Precisa também abster-se do pecado e da aparência do mal (2 Tessalonicenses 4:3-7; 5:22; 2 Pedro 2:11). Examinar-se sempre (1 Coríntios 11:28). E usar todo seu potencial e talento na missão que Cristo lhes confiou. O campo é um mundo. Somente um sairá vencedor. Todas as posições são importantes. Cada papel é vital. Mesmo que alguns façam gols e sejam mais vistos, há também os que impedem que gols sejam tomados. O gol não beneficia apenas quem o fez. Beneficia toda a equipe. A vitória é de todos. A derrota também. Cada cristão têm a sua importância como membro do corpo de Cristo (1 Coríntios 12:18-27). É certo que alguns se destacam em algum ministério, ou dom, mas a glória não lhe pertence. Deve-se sempre visar a edificação do corpo inteiro. O jogo tem ataque e defesa. Como Igreja de Cristo, não podemos ficar apenas nos defendendo do adversário. Precisamos contra-atacar (Judas v. 3). Invadir o território adversário e lhe dar uns belos dribles (Judas v. 22-23). Aquele que fica na retranca sem atacar, acaba tomando gols, afinal, "quem não faz toma". É preciso zelar pela defesa da fé e atacar o inimigo. Biblicamente, nós não temos somente o escudo da fé para nos defendermos, temos também a espada do Espírito para atacarmos (Efésios 6:13-17). A bola está em jogo, é o centro das atenções. Podemos compará-la às almas humanas. Os gols feitos são as almas resgatadas. Os gols tomados são as almas não alcançadas. Cada cristão é o refletor do estádio (ou seria "a luz do mundo"?). Vemos muitos torcedores e poucos jogadores. Mais seguidores do que discípulos. Críticas serão inevitáveis. Muitos, no final, serão desclassificados. O árbitro de uma Copa nem se compara ao grande Juiz (Isaías 33:22; Atos 10:42). Ele vai julgar vivos e mortos pelas suas obras (Mateus 16:27; Apocalipse 20:12-13). A glória dos estádios nem se compara à glória que nos espera no porvir (Colossenses 3:4; Romanos 8:18), nem mesmo à glória da cidade celeste cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus (Hebreus 11:10; Apocalipse 21:2). Devemos respeitar nossos bons atletas, e podemos até admirá-los. Mas jamais devemos deixá-los ocupar o lugar que só pertence a Jesus. Ele prometeu um dia voltar, e segundo ele, todo olho verá (Apocalipse 1:7). Como isso seria possível? Ele seria visto em tempo real, por todos os habitantes do planeta? Mas, e as diferenças no fuso horário? A Copa do Mundo dá no mínimo uma noção do que isso possa significar. O mundo inteiro, mesmo em locais e horários diferentes, assistirão a ela em tempo real. Porque seria diferente na vinda de Cristo? Não é uma interessante possibilidade? Que mais poderia ser dito? É possível alongar esta analogia, mas o que foi dito é o bastante para mostrar que o futebol tem preciosas lições a nos ensinar. Precisamos aplicá-las. Desejo muito que você não seja apenas um torcedor que se assenta nas arquibancadas vendo o jogo acontecer sem nada fazer. Mas um que entra em campo e ajuda a conquistar a vitória. Só a estes será dado receber no último dia o troféu de vencedor, das mãos do próprio Deus (Apocalipse 3:21; 22:12). Há incentivo maior? Como crítica geral ao futebol podemos inferir que é triste pensar que por uma pequena bola os homens são capazes de fazer muitas coisas que não fariam por um semelhante. Apesar disso, como vimos, foi possível extrair preciosas lições do futebol. Que sejamos favoritos não somente no futebol, mas também na anunciação da Palavra às demais nações do mundo. A Bíblia diz que formosos são os pés, não dos jogadores famosos, mas daqueles que anunciam as boas novas (Isaías 52:7). Nestes dias teremos a chance de conversar com qualquer pessoa, pois temos algo em comum. Aproveitemos esta oportunidade para iniciar uma conversa sobre o Evangelho. Deus te abençoe! OBS: Se você gostou desta mensagem.
Divulgue-a. Aproveite a ocasião
propícia. *Jair Souza Leal - autor do livro
"4 Homens e Um Segredo, estudante de
direito e auxiliar na Igreja Batista Balneário no Bairro Ressaca em Contagem-MG. 95. Homenagem aos Namorados _ Jair Souza Leal O Amor é como uma flor*
O amor é como uma flor
- pode ser artificial.
Sendo assim ele é fabricado, e não precisa ser cultivado Engana por sua aparência,
mas não tem vida na essência
Parece muito perfeito, não apresenta defeito Não nasce, não cresce, não morre. Vem pré-fabricado, pode ser reproduzido, em qualquer lugar encontrado Sua existência é falsa.
Não possui o aroma, a beleza, que emana da natureza Eu não quero este amor fabricado, que não exija cuidado Homem algum poderá, o verdadeiro amor duplicar O amor é como uma flor
- pode ser verdadeiro
Sendo assim, vem da natureza. Invenção de Deus, com certeza Extasia por sua beleza, irradia a sua grandeza Eu quero o amor deste jeito,
ainda que tenha defeito
Mas não engana a vista ou o peito E, por seu risco de acabar, me leva à cultivar Um trabalho assim vale a pena. Enche de emoção exala suave fragrância, que goteja em meu coração Amor que arde no peito,
num doce desabrochar
Que trás sempre nova beleza. Surpresas não hão de faltar Na brisa refresca suave, oferece o néctar pro mel O fulgor da esperança, luzente resplendor do céu Doce harmonia provoca, equilíbrio na diversidade Espanta o medo, a maldade, que golpeia a humanidade Inspira a bela poesia,
compõe a linda canção
Alivia a dor, o cansaço Traz ternura ao mais rude coração Presente dos namorados, na celebração do amor Desencadeia a primavera, a estação do amor Presente na vida e na morte, adoça a mais amarga alma humaniza o cruel coração Elevado sentimento, ainda que esmagado, reage com perfume na mão Eterniza as metáforas
adjetivos não podem lhe descrever Quem tem um amor deste jeito, palavras não precisa dizer Por mais espinhoso que seja, e chegue a me ferir Prefiro o amor de verdade, que não se pode reproduzir Ainda que venha a murchar, suas folhas venham a cair Morrendo, perdemos tudo, nada o pode substituir Nos vastos campos, na praça
na imensidão do universo este amor está presente ainda aqui nestes versos Que possa sempre abundar no solo do seu coração o amor, como a flor de verdade investimento pra eternidade * * * * * 96. ESTEVÃO TÁ QUERENDO BIS* (19/06/06)
Final da Copa - Brasil x Argentina. Domingão, quatro da
tarde, muita
expectativa. O pastor alemão Estevão aluga um telão, coloca na Igreja. Paga um carro de som para anunciar nas redondezas convidando a todos os moradores da região para assistirem à final na Igreja, juntos, com direito a pipoca e Ki-suco grátis. Chega o grande dia. Meia hora antes a multidão já se comprimia. Um agradável aroma de cecê, mau hálito e chulé impregnava o ambiente. No meio do burburinho, do empurra-empurra, da algazarra, das buzinadas e apitadas "celestiais", surge o pastor Estevão. Trajando um bem engomado terno xadrez verde musgo. Uma gravata língua de boi, amarela, com grandes bolotas azuis, com nó esgoela pescoço, que vinha um palmo acima do umbigo para deixar transparecer a bela camisa branca. Ele pega o microfone e diz bem animado ao ver a igreja (pela primeira vez) cheia. - Ô pssoal, pssoal, siginte. Estou honrado com a presença de todos vocês aqui em nossa igreja. Tirando os ladrões que já nos visitaram três vezes esta semana, a maioria está aqui pela primeira vez. Vamos como um só "porco", digo, "corpo", torcer pela vitória do Brasil. Gostaria apenas de pedir dois favores para que tudo transcorra sem incidentes. Peço aos homens que se comportem e não mexam com as mulheres. E a todos, que se controlem e evitem xingar palavrões. Afinal, hê, hê, aqui é uma Igreja né? Combinado? Todos concordam unânimes: "É isso aeeeee, liga logo esse treco e sai da frente pastor". - Tudo bem gente. É só alegria... como disse, a pipoca e o Ki-suco tá liberado, é 0800. A turba grita alucinada... êêêêêêêêêêêê ... já ganhou, já ganhou, já ganhou. De repente, narrado por Gavião Broento, finalzinho do segundo tempo, 0 x 0, todos roendo as unhas de tanta angústia, Ronaldinho, "o gordinho", consegue pegar na bola, consegue correr, consegue driblar os zagueiros e consegue bailar o goleiro (tudo sem tropeçar na bola), maior show. Ele fica cara a cara com o gol, e chuta... Neste exato momento, ouve-se um click.... o pastor Estevão desliga o telão... com um sorriso amarelo que se confundia com a gravata, pega o microfone e, de Bíblia em punho, diz cheio de entusiasmo evangelístico... - Ô pssoal, pssoal, siginte ... cês já ouviram falar das "4 leis Espirituais"?!?!?!?!?! De modo Hexa simultâneo, a alucinada multidão, com os dente cheios de caroço de pipoca, cuspindo Ki-suco prá todo lado, grita... apedreja, apedreja, apedreja, apedreja, apedreja, apedreja este pastor alemão! "E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito" (Atos 7:59). *Por: Jair Souza Leal,
autor do livro "4 Homens e Um Segredo", estudante de
Direito
* Autor do livro "4 Homens e Um
Segredo", estudante de direito e auxiliar > na Igreja Batista
Balneário, no bairro Ressaca, Contagem/MG.
= = = Mary Schultze _19
de Junho de 2006 Li este artigo do escritor
Jair Souza Leal e achei tão
interessante que resolvi adaptá-lo, embora o autor escreva até melhor do que eu. Final da Copa -
Brasil x Alemanha. Domingão, quatro da tarde,
muita expectativa. O pastor alemão Estevão Schultze alugou um telão, colocando-o na Igreja Luterana de uma cidade no inteiro do estado do RJ. Pegou um carro de
som para anunciar nas redondezas, convidando
todos os moradores da região para assistirem ao final da Copa na Igreja, todos juntos, com direito a um saco de pipoca e um copo do "suco de sete frutas" feito pela esposa Mary. A formula era dele mesmo, pois como Químico de Alimentos formado em Tübingen e doutorado em Berlim, ele criou a SUKITA, que mais tarde se tornaria o refrigerante preferido da família cristã. Chegou o grande
dia. Meia hora antes a multidão já se comprimia,
em frente à igreja. Em meio ao burburinho, do empurra-empurra, da algazarra, das buzinadas e apitadas "celestiais", apareceu radiante o Pr. Estevão. Trajando um bem
engomado terno xadrez verde musgo, com uma
gravata língua de boi, amarela, com grandes bolotas azuis no pescoço, ele se achava tão elegante, que antes de sair, havia se olhado pelo menos três vezes no espelho do quarto de sua casa. Para completar o traje, uma camisa branca de tecido sintético, do tipo que nunca amassa. Ele pegou o microfone e disse, bem animado, ao ver a igreja (pela primeira vez) completamente cheia. - Oi, amigos brasileirros...
Estou honrado com a prresença de
todos vocês aqui em nossa igrreja. Forra os ladrrões, que já nos visitarram trrês vezes esta semana, a maiorria está aqui pela primeirra vez. Vamos como um só "porrco", querro dizer, "corrpo", torcer pela vitórria do Brasil, mesmo sendo eu um alemon. Gostarria apenas de pedir dois favorres parra que tudo trranscorra sem incidentes. Peço aos homens que se comportem e não mexam com as mulherres. E a todos, que se contrrolem e evitem xingar palavrrões. Afinal, isso aqui é uma Igreja, entenderram? Todos concordaram
unânimes: "É isso aeeeee, liga logo esse treco
e sai da frente pastor".
- Tudo bem, gente.
Agorra é só alegria... como disse, pipoca e o
suco alemon.
A turba gritou alucinada...
êêêêêêêêêêêê ... já ganhou, já ganhou, já ganhou!!!
De repente, narrado
por Gavião Brumento, finalzinho do segundo
tempo, 0 x 0, todos roendo as unhas de tanta angústia, Ronaldinho, "o gordinho", consegue pegar na bola, consegue correr, consegue driblar os zagueiros e consegue bailar o goleiro (tudo sem tropeçar na bola), o maior show. Ficou cara a cara com o gol, e chutou... Nesse exato momento,
ouviu-se um click... o pastor Estevão
desligou o telão... e com um sorriso amarelo, que se confundia com a gravata, pegou o microfone e, de Bíblia em punho, cheio de entusiasmo evangelístico, principiou uma pregação: Pessoas, é o seguinte ... Vamos deixar pra ver o final do jogo, depois de um pouco de Bíblia, OK? Por exemplo, você
já ouviram falar das "4 Leis Espirituais"? Foi
então que a multidão alucinada, rangendo os dentes cheios de caroços de pipoca e cuspindo suco pra todo lado, começou a gritar: "apedreja esse alemão duma figa... apedreja, apedreja, apedreja, apedreja, apedreja este pastor alemão!" E foi assim que
o Pr. Estevão Schultze caiu sob uma enxurrada de
pedras, apanhadas ali mesmo na frente da igreja. Antes de morrer, já quase sem voz, ele ainda conseguiu olhar para o céu e dizer: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito" (Atos 7:59). 97. A mensagem do arroz sobre a bênção de Deus (21/06/06) (Jair Souza Leal*)
Acabara de ler uma mensagem onde o escritor abordava
a respeito da
benção de Deus na vida daquele que é fiel. Na mensagem, ele fazia a seguinte afirmação: "Nove reais com a bênção de Deus, vale mais do que dez sem a bênção dEle". Matematicamente falando, isto seria impossível, porém, no campo da fé, plenamente compreensível. Mas seria a fé oposta à ciência? Seria a fé irracional? Foi pensando nestas coisas, tentando entendê-las e conciliá-las na mente, que fui chamado por minha esposa para auxiliá-la na cozinha. Precisávamos preparar o almoço. Enquanto a ajudava, passei a lhe observar discretamente preparando o almoço. Notei quando pegou uma pequena xícara como medida. Introduziu-a em uma vasilha maior, cheia de arroz, enchendo a pequena xícara a borda. A seguir, despejou o conteúdo da xícara em uma peneira. Lavou o arroz, tirou o excesso de água e despejou em uma panela. A panela já tinha sido previamente colocada ao fogo. Estava quente, e com um tempero especial ao fundo. Após uma breve torrada nos grãos, ela colocou água quente e tampou a panela. Em alguns instantes o arroz estava pronto. Nesta hora, algo me chamou a atenção. Aqueles grãos amarelados, que no início do processo cobriam apenas o fundo da panela, "milagrosamente" enchia agora toda ela, além de ter ficado branquinho e com um aroma maravilhoso. Assentei-me com ela e as crianças à mesa, e, enquanto degustava uma parte daquele apetitoso manjar, acompanhado de algumas outras guarnições e guloseimas, pensei. Como podia aquela pequena quantidade de arroz ter se transformado em uma grande porção? O milagre era tão visível que, se nesse momento, eu ou a minha esposa, tirássemos o arroz cozido da panela, e experimentássemos colocá-lo de volta na xícara de onde saíra, ela não seria suficiente. Precisaríamos de algumas outras xícaras como aquela. Estupendo, não? Neste momento, entendi de modo claro, por meio deste simples processo de cozer, como funciona a bênção de Deus. Era exatamente a mesma quantidade, porém, a porção de arroz, cru, não se comparava à porção de arroz cozido. Este foi um dos melhores sermões sobre prosperidade que já tive acesso. Uma verdadeira pregação sem palavras sobre como funciona a bênção de Deus. Havia acabado de presenciar uma bela ilustração para a mensagem que acabara de ler. Tão simples, e sem entrar em choque com a matemática, ou com a ciência. Agora sim, sei que faz diferença a bênção de Deus. Portanto, é possível afirmar, que o mesmo dinheiro com a bênção de Deus rende muito mais que sem a bênção dEle. Faça um teste, e verifique por conta própria o resultado das afirmações que fiz aqui 98. Parábola do dente estragado (05/07/06) (Jair Souza Leal*)
Como na música de Chico Buarque, o meu pai era gaúcho,
minha esposa
e filhos mineiros, eu sou paulista, minha mãe e irmãs pernambucanas, de Caruaru. Nessa cidade, há uma famosa feira. Lembro-me de quando, ainda criança, morando no interior da Bahia, vi meu pai chegar de lá trazendo uma lembrança para a minha mãe. Era uma pequena peça de artesanato em argila. A peça tinha a seguinte cena. Um paciente assentado em uma cadeira de dentista. O dentista com um pé no chão e o outro no peito do paciente. Segurava com as duas mãos um alicate preso no dente do paciente, e puxava. Era muito engraçado observar a cena do dentista tentando arrancar aquele dente. Há alguns anos atrás, no Brasil, a odontologia não era muito evoluída. Os dentistas eram "práticos". Acho que só arrancavam dentes, faziam dentaduras para os banguelas cujos dentes arrancaram e, os melhores, usavam um motorzinho para retirar cáries. Tapavam o buraco feito colando uma massinha. Essa, costumava sair na primeira bala chita que o paciente mastigasse. Em minha igreja havia um destes dentistas. Um belo dia, sentindo uma dor de dente horrível, eu precisei visitá-lo. Sem titubear ele dá o diagnóstico: arrancar ou, obturar. Nesse momento eu me lembrei da dentadura de meu pai, no copo de massa de tomate com água, ao lado da cama, sorridente como o Curinga (aquele inimigo do Batman). Não pretendia usar uma daquelas tão cedo. Se arrancasse o primeiro dente seria só uma questão de tempo até ter perdido todos. Pensar na possibilidade era terrível. Imagine, por exemplo, namorar nessa condição? Assim, mesmo com medo do infernal zunido daquele motorzinho, obturei o dente. Pouco tempo depois à obturação caiu. Não tendo condição para colocar outra, fui curtindo a panelinha no dente. A odontologia evoluiu (pena que os odontólogos herdaram o malfadado nome dos seus antecessores). Eles se tornaram verdadeiros médicos bucais. Neste novo estágio, extrair dente para eles, seria como perder o paciente em uma cirurgia do coração para os cardiologistas. Neste interregno, do meu dente restara somente uns caquinhos pretos que exalava um cheiro horrível. Só podia sorrir com a metade da boca e conversar de forma gutural para não passar vergonha. Fui visitar o odontólogo. Antes do diagnóstico, foi-me solicitado um raio-x. A situação não era boa: teria de fazer um canal. Após algumas sessões, nas quais o habilidoso doutor fez um verdadeiro malabarismo em minha boca, o dente foi reconstituído. Obra digna de um artífice. Agora sim, o dente havia sido tratado desde a raiz. Ficou novinho em folha. O doutor fez a parte que lhe competia, eu precisava fazer a minha: manter o dente limpo e bem escovado. Não pretendia repetir a dose. Ocorre que neste mesmo período, fiquei às voltas com a seguinte questão bíblica. Se Jesus morreu em meu lugar, levou sobre si todas as minhas transgressões. Se, pela fé, eu fui justificado por Deus, porque preciso confessar diariamente meus pecados em busca de perdão? "Justificação é uma declaração de Deus de que Ele cuidou plenamente de nossos pecados, na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Incluindo os pecados que já cometemos e os que ainda vamos cometer, tendo-nos imputado à retidão do Senhor Jesus Cristo. Considerando-nos e declarando-nos justos, porque estamos em Cristo." A história do dente ajudou-me a entender a diferença entre a justificação dos pecados (o ato que ocorre uma vez por todas), e o perdão diário (o processo contínuo). O dente estragado representa o pecador. Como um "odontólogo", Deus limpa e trata dos nossos pecados. Nos faz novas criaturas, regenera, restaura e justifica de todos os pecados. Este é um ato único, inteiramente pela graça e independe de quaisquer méritos. Tem como base de justiça o sacrifício vicário de Jesus. A única condição para a justificação é a fé (Romanos 5:1). Metaforicamente falando, que o paciente reconheça a sua condição e vá procurar o "odontólogo" para se tratar. O dente restaurado representa o homem salvo. Precisa ser escovado diariamente para manter saudável. Ainda que sua estrutura interna esteja intacta e perfeita, externamente irá se sujar. A restauração só pode ser feita pelo "odontólogo". A manutenção, deve ser feita pelo dono do dente, que não vai precisar de uma nova cirurgia cada vez que seu dente se sujar - basta escovar. Este evento contém: uma cirurgia; várias escovações. Assim é com quem foi regenerado por Deus. Teve todos os pecados tratados na justificação (o ato), mas precisa manter a sua saúde espiritual, limpar a sujeira que se apega a ele enquanto caminha nesse mundo (o processo). Uma vez justificados, o perdão para as nossas falhas e fracassos diários será para manter um relacionamento de comunhão com Deus. Como expressou Chafer: "Quando ele foi salvo, foi perdoado porque creu, e, sendo salvo, será perdoado porque confessou". Perdoem-me os dentistas e artesãos pela comparação que farei. O "dentista" representado na peça de argila é o diabo. Tudo o que ele sabe fazer é arrancar e destruir. Jesus Cristo é o "odontólogo". Para ele, mesmo a mais trágica situação dispensa esta alternativa. Ele "é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham" procurá-lo na clínica (2 Pedro 3:9b). Porque o trabalho do "odontólogo" Filho do homem é salvar o "dente" que tinha sido considerado perdido. (Mateus 18:11) Amigo, você já foi visitar a clínica do doutor Jesus? 99. A Eleição e a Evangelização (03/08/06) (Jair Souza Leal*)
O povo brasileiro tem nas mãos o poder de decidir,
o poder de
indicar os rumos que o país deverá tomar. Será que depois de todos os escândalos que vieram à tona, de todas as maracutaias e safadezas políticas, a população está mais consciente? Irá escolher melhor os seus representantes? Será que conseguiremos encontrar pérolas entre os porcos? Todo cuidado é pouco. A fé não deve ser barganhada com a política. O poder divino, celestial e eterno, não pode ser substituído pelo poder humano, terreno e temporal. A esperança e luta daqui, não deve ofuscar a esperança no porvir. A transformação pelo princípio de Deus: "não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito" (Zacarias 4:6); não pode ser esquecida, nem entendida como sendo "mas pelos meus políticos". As "armas de nossa milícia" não podem ser pregadas como sendo as "armas da nossa polícia", ou, da "nossa política". O que é de César não deve se fundir com o que é de Deus. Cada qual precisa continuar a ter lados distintos na moeda. O casamento da coroa com a cruz sempre trouxe grandes prejuízos para a fé. Ainda hoje pagamos o preço disto. Portanto, não devemos rejeitar as lições do passado. Que critérios você usará para escolher os seus candidatos nesta eleição? a. Que o candidato seja cristão? b. Que o candidato seja experiente e competente? c. Que o candidato seja honesto? d. Que o candidato apresente um bom programa de governo? Bom seria se tivéssemos candidatos que englobassem todos estes critérios. Em todo caso, alguns critérios são mais prescindíveis. Vale alertar à Igreja do Senhor que, infelizmente, muitos dos nossos representantes cristãos (pastores inclusive), têm envergonhado o Evangelho. Eles não são diferentes dos demais. Outros passam por membro de igreja, usam o nome de cristão, somente para angariar votos. Muitas igrejas têm procurado eleger parlamentares (aproveitando do seu grande número de fiéis), sem pensar no bem social. Buscam benefícios particulares e caminhos que facilitem a execução de projetos nem sempre santos. Eleger parlamentar para trabalhar em benefício de uma igreja está errado. Ele deve ser eleito para trabalhar pela sociedade. Deus não precisa de defensores. O povo, sim. Então, cuidado com os lobos vestidos de ovelhas. Dizer-se cristão, não pode ser o único critério que você deve usar para escolher um candidato. A árvore se conhece pelo fruto (Mateus 12:33). Não sejamos egoístas buscando ter um digno representante para os evangélicos. Queiramos ter um digno representante para a sociedade. É bom que a Igreja tenha representantes em todas as camadas sociais. Mas devemos estar conscientes que não será por meios de políticos que "o Brasil será do Senhor Jesus". E aqui entra a importância da evangelização. Você deseja ver o seu país transformado? Jesus não indicou a política para tal. Ele nos mandou pregar o Evangelho. Quando a maioria da população não vive no pecado, isto transforma a nação. Então, não ponha a sua esperança nos políticos. Pregue a Palavra, a tempo e fora de tempo, até que seja dito a nosso respeito: "Estes que têm alvoroçado o mundo, chegaram também aqui" (Atos 17:6). Se Jesus quisesse usar a política, teria feito o melhor uso dela. Ele transformaria o mundo. Se não o fez, você fará? Penso que o voto é para o cidadão o que o evangelismo é para o cristão. O voto é obrigatório para todos nós cidadãos. Fazer discípulos também é obrigatório para todos nós cristãos. Você pensa que pode justificar sua desobediência a Jesus como pode justificar o voto? A diferença entre o voto e o evangelismo está em que, evangelismo deve-se fazer o ano inteiro, enquanto, votar, deve-se fazer no máximo duas vezes ao ano. Portanto, vote! Exerça a sua cidadania. Pense nos que estão sendo explorados, extorquidos. Que vivem na miséria sem ter alguém que lute por eles. Que foram deixados ao acaso por falta de políticas sociais mais justas e funcionais. Mas vote em quem pode lutar por um mínimo de respeito e dignidade para o nosso povo. Evangelize! Pense nos que vivem sem esperança, alienados de Deus, entregues ao pecado. Que sofrem aqui e sofrerão ainda mais por toda a eternidade. Você tem nas mãos uma grande oportunidade de aliviar esta dupla tragédia. Votar, buscando aliviar o sofrimento daqui. Evangelizar, buscando aliviar o sofrimento de lá. Votar, por uma vida digna e melhor aqui. Evangelizar, por uma vida digna e melhor lá. "Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus" (Mateus 22:21). Isso é uma ordem! 100. Aquele que estiver sem dívidas, atire o talão de cheques (23/08/06) (Jair Souza Leal*)
Nas diversas igrejas onde tenho ministrado, nos diversos
e-mails que
tenho recebido, pessoas me procuram para pedir oração, orientação ou aconselhamento. Incrivelmente, na maioria das vezes, trata-se da questão financeira. Com tristeza fico sabendo que uma grande parcela dos amados irmãos na fé, são membros da Igreja e também no Banco Central, SPC, Serasa. Estão endividados e não sabem o que fazer! Isto me leva a questionar: Dívida é algo comum? Faz parte da cultura brasileira? Como tratar, dentro da Igreja local, de irmãos(as) que estão passando por dificuldades financeiras, quer voluntária, quer involuntariamente? O que fazer para se livrar deste crescente mal que comparo à uma doença terminal, já que nos imobiliza, desmotiva, dissocializa e faz sofrer de igual modo? Seria suficiente o tratamento dado por algumas lideranças na pregação da prosperidade? Na base da barganha do seja dizimista que Deus vai te prosperar? Quanto somos culpados por comprar o que não deveríamos comprar? Assumir compromissos que não deveríamos assumir? Tomar decisões sem consultar a Deus, não aguardando a sua resposta ou deixando a ansiedade tomar o lugar da fé? Se por um lado somos ensinados a vigiar a nossa carne nas questões sexuais, pouco somos ensinado a vigiar o nosso querer. Vigiamos tantas áreas da nossa vida e deixamos nosso bolso à mercê do inimigo. E sem o domínio próprio, fruto do Espírito e evidência de uma vida cheia do Espírito Santo, por vezes nos tornamos consumistas e acabamos sendo apanhados pelo laço das dívidas. O consultor de finanças pessoais, Erasmo Vieira, explica: "Existe uma falta de educação financeira pessoal. Nas escolas do ensino médio até a faculdade, normalmente não existe uma disciplina que oriente sobre administração financeira pessoal ou administração de uma casa. Muitas pessoas conversam sobre qualquer assunto da vida intima, porém, não falam o quanto ganham. Hoje existe uma "religião" crescendo demais que é o consumismo. Os pais ensinam seus filhos desde cedo a irem no shopping, pois é mais seguro, contudo ali é o "templo do consumismo". Muitas pessoas estão preocupadas com o ter humano no lugar do ser humano. O problema das dívidas tem provocando perda de produtividade, acidentes de trabalho e problemas de relacionamento em muitas empresas. Mas quando estudamos o principal motivo dos problemas financeiros, descobrimos que não é bem o "diabo", como alguns cristãos pensam, o culpado. O principal motivo é o descontrole das finanças pessoais, a maioria das pessoas gastam mais do que ganham todo mês." Qual o papel da igreja neste ponto? A Igreja não deveria trabalhar na educação financeira de seus membros? Não deveria desenvolver ferramentas que ajudem as pessoas a experimentarem uma libertação em sua vida financeira? Não seria a hora de as igrejas pensarem no lado social do cristianismo, no sentido de ensinar uma profissão à comunidade onde ela está inserida, oferecendo oportunidade e opção de renda para desmarginalização das pessoas? Há, sem dúvida, a influência do materialismo na vida de muitos cristãos que estão colocando o chapéu onde a mão não alcança. Há ainda pessoas acomodadas, sobre os quais o apóstolo Paulo um dia se referiu dizendo: "se não querem trabalhar, que também não comam". E há os que têm necessidades reais; para estes a Igreja deve envidar cuidados especiais, os demais precisam ser ensinados e confrontados. Não podemos fechar os olhos para essa realidade que se apresenta diante de nós. Não resta dúvida que o cristão precisa praticar aquilo que é básico, elementar, no que se refere à ética financeira e à mordomia. Bem certo estamos que Deus não tem prazer nesta situação, mas a simplicidade tem estado por vezes longe de nós. Observamos que a busca pela prosperidade tem se tornado um fim em si mesmo para muitos; às vezes até mais importante do que a salvação, a santidade. Dá-nos a sensação de que os caçadores e pregadores da prosperidade caminham na contramão dos ensinos de Jesus; apesar de usá-los para promover esta teologia. Deus sempre dá graça para superar as dificuldades. Mas não será necessário que nós assumamos uma posição, e tenhamos o forte desejo de não errar mais? Um dos nossos primeiros arrependimentos deveria ser reconhecer a efemeridade e vaidade dos bens e das coisas supérfluas e aprender a viver modestamente, contente no comer e vestir segundo as próprias possibilidades. Seria uma boa idéia que a Igreja redistribuísse o dízimo de suas receitas, em partes iguais, com cada membro fiel, beneficiando assim os de menor renda? Ao invés de continuar na prática de dar cesta básica (que não tem pasta de dente, papel higiênico, fósforo, sabonete, absorvente, massa de tomate, que não contempla as frutas e legumes nem a conta de água, luz e gás)? Afinal, ninguém vive de arroz, fubá, sal, óleo e macarrão. Nem os comem cru! Você que, como eu, já passou ou está passando por esta situação, sabe do que estou falando. Será que Deus pode fazer milagres nessa área? Será que precisamos de milagre ou de disciplina? Não se engane, uma grande maioria dos membros de Igreja e uma boa porcentagem dos lideres eclesiásticos, estão enquadrados nesta situação financeira. Não se espante porque até muitas igrejas, enquanto pessoa jurídica, também estão. Aquele que estiver sem dívidas, atire o talão de cheques O nosso país, desde suas origens, está endividado e não consegue se ver livre deste infernizante mal. Isso não é diferente com a maioria dos Estados e Municípios. Será esta uma maldição nacional que paira sobre todas as pessoas jurídicas e pessoas humanas que nascem ou residem neste solo? No mínimo é um péssimo exemplo! Como se ver livre das dívidas? Questões para discussão - Deveríamos ter um devedores
anônimos em nossa cidade?
- Como equilibrar o: viver pensando no futuro esquecendo de viver o presente; com o viver o presente, fazer dívidas e se dane o futuro? - O que dizer das dívidas por questões involuntárias como: doenças, remédios, desemprego, fenômenos da natureza, acidentes, economia, construção, estudos? - É errado casar/ter filhos se isso significa dívidas? Ou é melhor não casar/não ter filhos para não ter dívidas? - Qual a relação entre o risco nas finanças, e a fé? - Onde Deus ou o diabo entram neste negócio? - A ninguém devais senão o amor? E agora? - Jesus é a solução, e o diabo é o problema das dívidas? - Como posso planejar as despesas pessoais e familiares; evitar as compras motivadas pelo primeiro desejo; ter as finanças da família como uma empresa levando todos os membros a participarem ativamente; observar os meses críticos (Dezembro-Janeiro); gastar de acordo com o que tenho; educar financeiramente a minha família, ensinando a criança no caminho que deve andar; abrir o jogo em casa para todos estarem a par dos problemas e não carregar tudo sozinho? - Qual a diferença entre necessidades e desejos? Gasto necessário e gasto desejado? - Devo guardar tudo ou gastar pouco? - Posso, como nas empresas, colocar metas em casa com direito a prêmios? - Será que existem doenças e problemas causados pela dívida, como depressão, insociabilidade, pessimismo? - Qual a questão moral e ética com relação às dívidas? - Saber gastar é uma arte? E saber ganhar? - É melhor dar ou ensinar a pescar? Doar, ou dar a oportunidade de conquista? - E sobre o péssimo exemplo que o país nos dá em relação às dívidas? - Qual a diferença entre o econômico e o mesquinho? O liberal e o esbanjador? O necessitado e o preguiçoso? - Devo vender meu patrimônio para sair do sufoco sem cortar gastos? - Devo poupar muito ou poupar sempre? - Como planejar bem as finanças? - Como ajudar pessoas em dificuldades financeiras? Como tratar delas na igreja? - Qualidade de vida pode estar vinculado à boa administração do dinheiro? - Qual a relação entre a fé e dívidas? - Como viver pela fé sem viver endividado? - Será verdade que uma vez devedor, devedor para sempre? - Como criar formas alternativas de rendas? ***** *Autor do livro "Enchendo as vasilhas vazias - suas dívidas nunca mais serão as mesmas". Estudante de Direito e auxiliar na Igreja Batista Memorial, bairro Industrial, Contagem (MG). Indicação:
-Erasmo Vieira_consultor de finanças pessoais -Curso Crown JAIR SOUZA LEAL GSCO-CONTABILIDADE (31) 3235-5268 O voto é para o cidadão, o que fazer discípulos é para o cristão. 101. O Maná - Crescimento e Comunhão (20/09/06) (Por: Jair Souza Leal)
Deus criou o homem para ter relacionamento e comunhão
diária
consigo. O Maná e a oração solicitando o pão de cada dia confirmam isto. Este relacionamento de comunhão, iria proporcionar ao homem criado, felicidade e crescimento espiritual, e lhe capacitaria a relacionar-se consigo mesmo e com os demais semelhantes. Haveria uma harmonia horizontal e vertical. Quando o homem pecou, se rebelando contra Deus, o pecado interrompeu esta comunhão, este relacionamento. Por sua vez, isto comprometeu também o relacionamento do homem com os demais semelhantes, e até consigo mesmo. Dentre as pessoas desta humanidade caída, Deus escolheu alguns para terem comunhão diária consigo, e para revelar-se a eles a cada dia. A Bíblia diz que Ele chamou a Abraão (Gênesis 12:1), pois decidiu fazer dele uma nação especial que andaria consigo. Deus prometeu lhe dar uma terra especial. Tal promessa não se cumpriu antes de Ele libertar este povo, que estava vivendo em escravidão no Egito. Para isso Deus usou Moisés, quatrocentos e trinta anos depois da promessa feita (Gênesis 15:13; Êxodo 12:41). Após esta libertação, Deus lhes apresenta algumas leis e estatutos que passaria a reger o relacionamento deles consigo. Este povo ainda andou pelo deserto por mais quarenta anos, antes de possuir a terra prometida. Obviamente que algumas coisas são necessárias para que um povo numeroso ande pelo deserto por tanto tempo, e Deus sabia disto. Na verdade, seu povo só podia contar com Ele neste período. Haviam os inimigos externos: Deus lutou com eles e por eles, e prevaleceram. Foram guardados, foram vencedores nas batalhas. Haviam os inimigos internos: Entre eles, houve muitos conflitos de relacionamento, falta de disciplina, rebeliões, além é claro, da fome, sede, necessidade de vestuário, saúde e ensino. E Deus precisou cuidar de tudo isto também (Deuteronômio 8:4; Salmo 105:37). Israel era a nação escolhida de Deus. Isto não queria dizer que eles soubessem tudo a respeito dele, nem mesmo que confiassem totalmente nele. Enquanto caminhavam pelo deserto, precisaram aprender diariamente a confiar Nele e a conhecê-lo. Assim, por meio do seu líder - Moisés, das leis, das poderosas manifestações divinas e das circunstâncias adversas, eles foram sendo forjados neste conhecimento. Eles tiveram de caminhar juntos, como povo. Tiveram de aprender a conviver, não somente com Deus, mas também uns com os outros, por quarenta anos, diariamente. Não bastava ser individualmente de Deus, era preciso coletivamente expressar esta possessão, sendo uma irmandade, uma família. Não é minha intenção abordar neste momento, todas as circunstância com que Deus provou este seu povo, como Deus cuidou deles. Mas há um aspecto muito sugestivo que pretendo destacar. Um mês e quinze dias após a cinematográfica travessia pelo Mar Vermelho, o povo começa a murmurar contra Moisés e Arão. Diziam que era preferível ter morrido escravos no Egito, com a barriga cheia, do que livres no deserto, com fome (Êxodo 16:1-3). Deus ouve esta murmuração e providencia um alimento que foi chamado de "maná" (Êxodo 16; Números 11). Este maná iria lhes alimentar pelos próximos quarenta anos. Só cessou quando entraram na Terra Prometida e puderam usufruir do produto da terra (Josué 5:12). A dádiva do maná deixa transparecer alguns princípios extremamente interessantes, que destaco a seguir: a. Era um alimento gratuito e ficava disponível a todos de igual modo; b. Apesar de estar disponível, cada um deveria buscar o que fosse necessário para si e para a sua família; c. Era o primeiro alimento da manhã; d. Servia para que eles soubessem que dependiam de Deus diariamente para sobreviver; e. Servia para provar se eles confiariam, ou não, em Deus; f. Para provar se eles andariam, ou não, de acordo com as suas instruções e vontade; g. Cada um era responsável em determinar o quanto iria comer, o quanto seria suficiente; h. Era um alimento diário, isto é, suficiente somente para aquele dia; i. Era um alimento gostoso e que saciava; j. Eles não tinham de trabalhar por este alimento, era dado gratuitamente por Deus; k. Só Israel experimentou este alimento. Era exclusivo daquele povo escolhido. Este fato, distinguia-os dos demais povos; l. Não faltou um só dia daqueles quarenta anos. Foi suficiente para toda a jornada. Ninguém ficou sem comer porque o outro comeu demais; m. Tinha à hora certa de colher. Se por preguiça, ou descuido, a pessoa viesse tarde para colhê-lo, não o encontraria, pois derretia. A responsabilidade era individual; n. O do sexto dia tinha validade para dois dias e deveria ser colhido em dobro. Interessante neste ponto que Deus não se contradiz. Suas bênçãos não invalidam os seus mandamentos. O sétimo dia era de descanso, neste dia eles se alimentariam pelo que colheram no dia anterior. Neste caso, cuidado físico e obediência espiritual caminhavam juntos; o. Deus ordenou que uma parte fosse guardada como memorial (lembrança) às gerações seguintes, que não conheceram nem experimentaram os grandes milagres de Deus. Eles iriam precisar confirmar a sua fé no Deus de seus pais, baseando-a em sólida evidência. Vendo, creriam. Esta porção, não estragaria; p. Provava o cuidado diário de Deus para com seu povo, mesmo quando eles não mereciam. Isto mostra que Deus é fiel, mesmo quando o seu povo é infiel; q. Terminou no tempo certo. Quando não era mais necessário, cessou! E o povo teve de plantar e colher o fruto da terra que herdaram. A bênção de Deus, tem endereço certo, prazo de validade, e vem na medida certa.
Além de todos estes princípios elencados, a dádiva do
maná cumpria
quatro importantes papéis: 1. Estabelecer o relacionamento diário do povo com Deus. A cada manhã eles eram lembrados que tinham um Deus. Eram lembrados que deviam gratidão e louvor a este Deus, pelo que Ele fizera por eles, estava fazendo e iria fazer. A cada manhã tinham a oportunidade de confiar que as promessas que Deus fizera, iria cumprir. Que sua presença era mesmo real. Que o Seu cuidado era mesmo evidente. Conseqüentemente, que as suas leis eram boas, que a sua direção era excelente. Observe como o maná era capaz de trazer alegria, louvor, confiança, esperança, dependência ao coração daquele povo. 2. Estabelecer o relacionamento diário em família. Todos eram participantes da mesma bênção. Diante do milagre todos eram iguais. Uma pessoa da família poderia recolher o alimento para toda a família. Ninguém na família tinha mais privilégio do que o outro. Colher, preparar e comer o maná, era um tempo especial para a família reunir-se e compartilhar este momento de comunhão e gratidão. 3. Estabelecer o relacionamento diário consigo mesmo. Estar bem com Deus e com a família, exigia estar bem consigo mesmo. Como não pensar: "Antes eu era escravo, agora sou livre. Deus é o Deus do meu povo e é também o meu Deus. Ele cuida da nação e individualmente de cada um. A dependência de todos elimina a hierarquia. Ainda que haja hierarquia de liderança, diante do milagre não sou melhor nem pior que ninguém, pois o alimento é igual para todos nós. Todos dependemos igualmente de Deus. Ninguém é mais abençoado do que o outro. A lei que vale para um, vale para todos (jovens, velhos, homens, mulheres, líderes ou não)." 4. Estabelecer o relacionamento diário com a comunidade. Este era um aspecto central. Cada manhã, quando saíam para colher o maná, acabavam se encontrando. Ou seja, a colheita do maná levava o povo a se encontrar. Eles podiam conversar e pensar: "Todos temos o mesmo passado, somos co-participantes da mesma benção, dependemos igualmente de Deus. Temos o mesmo Deus, as mesmas promessas, as mesmas leis, os mesmos ideais, a mesma esperança, e caminhamos juntos para o mesmo lugar." Certamente, que logo cedo um podia dizer para o outro: "Bom dia irmão, posso te ajudar? Qual a sua receita para hoje? Quer a minha vasilha emprestada?" Assim, podiam compartilhar as bênçãos, falar sobre Deus e, mesmo, compartilhar as dúvidas e anseios. O maná aproximava a todos, e os levavam a estarem juntos.
Podemos com propriedade aplicar estes princípios hoje.
Creio que
eles têm relevância para os nossos dias, e que Deus os deixou registrados para a nossa instrução e aplicação prática. Todos os acontecimentos do Antigo Testamento eram figuras ou símbolos de algo maior que se descortinaria no futuro. Era uma preparação para uma revelação maior, mais abrangente e ampla. Sendo assim, esta história real e física aponta para uma realidade espiritual. A páscoa, a libertação, o libertador, a peregrinação, as leis, as batalhas, a terra prometida, a nação, o maná, tudo tem significação espiritual no Novo Testamento. Por conseguinte, olhamos para o Egito como sendo símbolo do império dominante das trevas e do pecado em que nos encontrávamos. Fomos libertos pelas mãos poderosas de Deus, por meio de Jesus, nosso libertador e Senhor. Estamos peregrinando pelo deserto da vida, rumo à Canaã celeste, ao descanso prometido (1 Pedro 2:11). Somos guiados por Deus, recebemos o Evangelho e os mandamentos celestes. Estamos sendo disciplinados, pois formamos o povo escolhido da nova aliança, uma família, um só corpo, a Igreja de Jesus. Quando Jesus veio ao mundo, nascendo em Belém, ali estava chegando o maná espiritual, a realidade maior, o verdadeiro pão - o pão da vida! "Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deu-lhes a comer o pão do céu. Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu; mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. Disseram-lhe, pois: Senhor dá-nos sempre desse pão. E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede" (João 6:31-35). Então, o que foi realidade no passado, é uma realidade ainda hoje: a. Jesus está disponível a todos os que o Pai lhe dá, não mais restrito à uma nação; b. Inteiramente de graça c. Ele tomou a iniciativa de se dar. d. Todos podem ter acesso. A iniciativa de buscar é de cada um. Jesus diz: "aquele que vem a mim", isso tem uma dupla significação. A primeira vez em que a pessoa vem a Jesus, o ato inicial, é a conversão; mas ela não deve parar neste primeiro ato, deve haver uma vinda continuada, que é a perseverança. O texto usa o presente contínuo, em outras palavras, poderia ser assim traduzido: "aquele que vem, e continua vindo a mim". e. Ele é suficiente para a nossa jornada, mas precisa ser experimentado e buscado a cada dia; f. Mostra quão dependente de Deus nós somos. Mostra também a nossa confiança em ir a Ele; g. Há um memorial que constantemente nos lembra deste fato - a ceia. h. Hoje, Cristo, o pão vivo, é uma realidade presente por meio do Espírito Santo, e sacia a fome espiritual do homem através da Palavra; o alimento espiritual, o puro leito espiritual (1 Pedro 2:2).
Buscar a Cristo, o pão vivo, por meio da Palavra, o
pão espiritual,
tem três importantes papéis: 1. Criar e intensificar o nosso relacionamento e comunhão com Deus, trás conhecimento e gera uma confiança cada vez maior na sua pessoa. 2. Criar e intensificar o nosso relacionamento e comunhão com a família cristã. 3. Criar e intensificar o nosso relacionamento e comunhão com nossa família humana.
O maná está disponível. Deus já fez a sua parte. Temo,
porém, que
muitos não o estão experimentando, e como no passado o maná não buscado se perdia, de igual modo, hoje. Ele tem se perdido, enquanto enfrentamos inanição espiritual coletiva. Há bons garçons servindo semanalmente boas refeições. Mas ninguém vive com a refeição de um restaurante, sendo servido uma vez por semana, por melhor e mais apetitosa que seja a refeição. Qual a solução? Ensinar e incentivar a cada um, individualmente, a colher e preparar a sua porção de maná espiritual. Só assim, os princípios elencados acima na colheita do maná serão experimentados. É aconselhável que, quem padece de inanição, seja alimentado em doses homeopáticas, com refeições suaves, agradáveis ao paladar, até que estejam fortes o suficiente para preparar o próprio alimento, algo mais sólido e substancial. Precisamos urgentemente resgatar os princípios ensinados na dádiva do maná. Precisamos fazer com que este maná espiritual, que temos à nossa disposição, alimente e dê crescimento; traga comunhão e gere relacionamentos profundos, com Deus e entre o povo de Deus. Boletim 02 - O Maná
Crescer e multiplicar (102 de 25/09/06)
(Jair Souza Leal*)
Quando Deus criou o primeiro ser vivente, ele concedeu-lhe
a
habilidade de crescer e multiplicar-se. Analise a criação da vida vegetal. Deus disse: "Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra." (Gênesis 1:11)
Uma árvore precisa crescer, dar frutos; mas precisa
também
multiplicar-se. Se der fruto e não se multiplicar, o fim da sua vida útil será o fim da sua espécie. Ela tem uma "responsabilidade pessoal", e um "dever coletivo" de perpetuar a sua espécie.
Analise a criação da vida animal. "E Deus os abençoou,
dizendo:
Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra" (Gênesis 1:22). É o mesmo princípio presente: crescer e multiplicar.
Analise a criação do ser humano. "E Deus os abençoou,
e Deus lhes
disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra." (Gênesis 1:28).
Analise também quando Deus destruiu toda a raça humana
e recomeçou a
partir da família de Noé: "E abençoou Deus a Noé e a seus filhos, e disse-lhes: Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra." (Gênesis 9:1)
Todo ser vivo recebe a mesma ordem: frutificar e multiplicar.
Frutificação diz respeito ao crescimento, desenvolvimento, amadurecimento, formação. Multiplicação diz respeito à reprodução; é o momento quando já não é mais só um.
Observe que em todas estas ocasiões, Deus abençoa
(capacita)
primeiro antes de dar a ordem. A sua ordem vinha carregada do poder para realizá-la. Suas criaturas tinham a sua bênção e o seu consentimento. Tudo o que tinham a fazer era obedecer. Eles não precisavam orar nem esperar no Senhor; só agir! Tinham a autoridade divina para crescer e multiplicar. Se nada fizessem, Deus não faria por eles.
Mas uma criança não tem a capacidade de reprodução,
antes de poder
reproduzir-se precisa crescer. E quando cresce, esta capacidade se torna inerente à sua natureza. A esterilidade é uma anomalia para qualquer ser vivo.
A ordem divina tinha portanto estes dois aspectos
básicos para todos
os seres vivos criados: crescer e multiplicar.
No caso do primeiro casal, como poderiam crescer se
já foram criados
adultos? O que ocorre é que eles não tinham ainda experiência com a vida, nem com Deus, nem como casal; precisavam amadurecer. Crescer tem este sentido: amadurecer, adquirir experiência, ter intimidade, aprender.
Todo recém casado precisa adquirir experiência, intimidade,
conhecimento mútuo. O que acontece ao casal que bem no início do casamento multiplica a sua prole? Tem pouca chance de adaptação, de conhecimento mútuo. A vida fica tão agitada com a chegada dos filhos, que vivem aos trancos e barrancos. Sem contar que após a chegada dos filhos, nunca mais acabam as preocupações. O ideal ao casal é que tenham um tempo para curtir a lua de mel, planejar o futuro, se conhecer melhor, se adaptar à nova vida em comunidade, ajuntar algum dinheiro.
O que acontece ao casal que envelhece sem multiplicar
a sua prole?
Eles conhecem bem um ao outro. Conhecem as mazelas, gostos, pensamentos. Mas ficam tão sozinhos, ranzinzas, egoístas, sistemáticos, impacientes, e quando morrem, a família acaba. Ela não se renova, não há posteridade, lembrança.
A Igreja do Senhor é um organismo vivo, e Deus lhe
concedeu a
habilidade de crescer e multiplicar-se. Cada igreja local tem a responsabilidade individual de dar frutos, e a responsabilidade coletiva de preservar a igreja para as gerações seguintes, por meio da fidelidade e firmeza doutrinária e por meio da multiplicação.
Para confirmar, basta pensar sobre qual é a razão
de existir da
Igreja. A Igreja de Jesus tem uma razão espiritual de existir. Um propósito com relação a Deus - Ela existe para adorar, glorificar e honrar o Seu nome (Efésios 1:12; 5:18-19). Ela tem também uma razão humana de existir. Um propósito social - Ela existe para cuidar dos necessitados, exercendo a misericórdia e o amor (Lucas 6:36; Atos 11:29; 1 João 3:17, 23). Um propósito com relação aos salvos - Ela existe para edificar, nutrir, aperfeiçoar os que já são cristãos (Colossenses 1:28; Efésios 4:12-13). Um propósito com relação aos perdidos - Ela existe para anunciar o Evangelho, e expandi-lo, alcançando novas pessoas (Atos 1:8; Mateus 28:19). E, como afirma Wayne Grundem em sua Teologia Sistemática, a Igreja tem o propósito de "manter esses propósitos em equilíbrio."
Segundo Grundem, nenhum propósito é mais importante
do que o outro;
nenhum deve ser enfatizado à custa do outro; nenhum pode ser negligenciado. Igreja bíblica forte, é a que mantém os propósitos em equilíbrio.
Grundem explica que se a Igreja só adora a Deus mas
não ensina
adequadamente, seus membros serão superficiais e imaturos. Se negligencia a evangelização, fica estagnada, voltada unicamente para si. Se só se preocupa em edificar, produz cristãos cheios de conhecimentos, porém, infrutíferos e áridos. E, também, se só evangeliza, acabará crescendo, porém, sem firmeza doutrinária e santidade pessoal."
Rick Warren, em seu livro Uma Igreja com Propósitos,
fala que
existem cinco tipos de Igrejas, as quais apresento abaixo resumidamente: 1.
A Igreja que ganha almas. Se um pastor tem o evangelismo
como
objetivo principal, então a Igreja se torna uma "ganhadora de almas". Ela está sempre alcançando os perdidos. Qualquer coisa que não seja evangelismo é considerada secundária. 2. A Igreja que desfruta de Deus. Quando um pastor tem dons e gosta da área de adoração, ele instintivamente leva a igreja a se tornar uma igreja que experimenta a presença de Deus. Neste tipo de igreja, o culto tem mais adoração do que qualquer outra coisa. 3. A Igreja da reunião familiar. Uma Igreja em que o enfoque principal é a comunhão. Ela é moldada por um pastor que tem facilidade em relacionar-se, ama as pessoas e gasta a maior parte do tempo cuidando dos membros. 4. A Igreja sala de aula. O pastor vê o seu papel principal como professor. Se o ensino é o dom que ele tem, ele vai enfatizar a pregação e o ensinamento e descartar as outras missões da Igreja. Os membros vão ao templo com blocos de anotações, fazem seus apontamentos das coisas e vão para casa. 5. A Igreja da consciência social. O pastor vê seu papel como o de um profeta e reformador. Este tipo de comunidade existe para mudar o grupo social. Enfoca, ou a injustiça na sociedade, ou o declínio moral. Crê que a igreja deve ser participante do processo político.
Qual a igreja, dos tipos acima citado, é a mais saudável?
Na
verdade, igreja saudável é a que cumpre todos os propósitos pela qual ela existe. Há um perigo grande em não "balancear todos os propósitos", porque, assim, estas igrejas vão "abraçar apenas um propósito e negligenciar os outros."
Quando os muros de Jerusalém estavam assolados, por
conta da invasão
babilônica, Artaxerxes, o rei da Pérsia, autorizou Neemias a comandar a sua reconstrução. Neemias, por sua vez convoca o povo dizendo: "vinde, pois, e reedifiquemos o muro de Jerusalém" (2:17).
Claro que isto não aconteceu sem oposição. Havia Tobias
e Sambalate,
homens maus e invejosos, que se levantaram e fizeram tudo que puderam para tentar impedir esta reconstrução. Mas Neemias estava determinado, e cheio de fé declarou: "O Deus dos céus é quem nos fará prosperar; e nós, seus servos, nos levantaremos e reedificaremos" (2:20).
Com esta determinação, tem início a reconstrução.
Algum tempo depois
ele pôde declarar: "Edificamos o muro, e todo o muro se completou até a metade de sua altura; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar" (4:6).
Mas a tarefa ainda estava inacabada. Era necessário
levantar o muro
bem alto, ao redor de toda a cidade, e estar dentro deles para se ter a proteção contra os inimigos externos. Porém, Neemias percebeu a tempo que algo não estava indo muito bem. Ele disse: "grande e extensa é a obra, e nós estamos longe do muro, separados uns dos outros" (4:19).
Obra extensa, poucos trabalhadores, longe da obra
e separados uns
dos outros, significa, obra inacabada (como muitas obras públicas no Brasil). Pequenos focos não resolveria o problema. Era preciso estar perto da obra e perto uns dos outros. A unidade geraria força e traria a vitória.
O que aconteceria se o povo levantasse somente uma
parte do muro, o
mais alto que pudessem? O restante da cidade ficaria desprotegido e aquele muro não serviria para nada! Provavelmente, cairia na cabeça deles. O que aconteceria se o povo fosse construindo ao redor da cidade e completassem o muro, porém, até a metade da sua altura? Seria insuficiente para impedir a entrada dos inimigos! Eles continuariam desprotegidos.
O que era preciso então? Que o muro fosse levantado
na horizontal e
na vertical ao mesmo tempo; para cima e para frente; altura e comprimento. Era preciso que levantassem o muro enquanto iam avançando.
Eis um importante princípio para a Igreja do Senhor.
Ela precisa
edificar os seus membros (crescer), mas precisa também avançar (multiplicar). Ela precisa crescer para cima e para frente. Mas a seara é grande e poucos são os obreiros (Mateus 9:37), que na maioria das vezes estão longe da obra, e longe uns dos outros. Pequenos focos se levantam, mas a falta de unidade impede o avanço progressivo e sistemático.
Mateus 16:18 diz que Jesus está edificando a Sua igreja.
Ele é o
dono desta edificação. Os seres humanos são o material usado nesta construção (2 Pedro 2:5). A planta, e os recursos, vêm d'Ele, que administra e comanda a obra. Mas são os pedreiros, seus servos, quem constróem.
Nos monturos, pedras são escolhidas (eleição), para
serem colocadas
na parede do templo (comunhão), mas, antes, estas pedras são lapidadas (santificação). Semelhante ao muro de Jerusalém, esta Igreja que Jesus está edificando precisa ser levantada, e precisa também avançar, isto é, crescer para cima (edificando), e para frente (evangelizando).
Observe como estas duas verdades andam sempre juntas.
"Ide,
portanto, fazei discípulos (avançar, multiplicar) de todas as nações... ensinando-os (edificar) a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mateus 28:19-20).
"Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galiléia
e Samaria
tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo" (Atos 9:31). "De sorte que as igrejas eram confirmadas na fé, e cada dia cresciam em número" (Atos 16:5). Boletim 02 - Sem maná, o povo peregrino perece (103 de 26/09/06) (Jair Souza Leal)
O cristianismo, ao longo dos séculos, tem defendido
a relevância das
Escrituras Sagradas para a sua sobrevivência. Embora, por vezes, tenha relativizado a sua suficiência.
A Escritura sempre concorreu com outros importantes
elementos
religiosos. Estes, tentam usurpar o seu lugar de primazia, quer nos nossos cultos, quer nas nossas vidas. Mas sem este maná, o povo peregrino perece.
Se a Igreja do Senhor subsistiu até hoje, em parte,
é porque sempre
houve um remanescente. Este remanescente (geralmente um grupo marginalizado pela igreja institucional), permanece fiel à sua origem e razão de existir, sob o alicerce seguro da Palavra.
Afinal, nenhuma heresia pode ser combatida sem a
Palavra. Nenhuma
apologia da fé pode ser feita sem a Palavra. Nenhum falso profeta, vestido em pele de ovelha, pode ser desmascarado se não for pela Palavra. Nenhum vento de doutrina (que de tempos em tempos sopra sobre a Igreja do Senhor) pode ser denunciado se não for pela Palavra.
Afinal, como enfrentar as crises, as dúvidas, o
pecado, a
incredulidade, os ataques de satanás, o mundanismo, as enfermidades, as adversidades, as perseguições, a morte, senão firmados na Palavra? Como saber que a Igreja está caminhando na direção traçada por Deus, e não se desviou do caminho, senão se avaliando por esta Palavra?
Sem fidelidade à Palavra não há avivamento, não
há salvação, pois o
Espírito Santo consuma a salvação do pecador a partir da Palavra. Sem fidelidade à Palavra Jesus não opera. Sem fidelidade à Palavra a Igrejadesvia-se da verdade, torna-se mera organização religiosa, institucionaliza-se, morre.
Como a oração será eficaz se não for da forma que
Jesus ensinou em
sua Palavra? Como as vidas se renderão a Cristo senão ouvindo a sua Palavra? Como está registrado em Romanos 10:17: "De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus."
Afinal, para que deveríamos esperar e buscar milagres,
sinais e
maravilhas, senão para confirmação da Palavra? "Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?" (Hebreus 2:3-4)
Como prestar adoração agradável à Deus senão da
forma prescrita por
Ele em sua Palavra? "Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." (João 4:23-24)
Afinal, porque tanto esforço da parte do diabo para
tentar destruir,
desacreditar ou relativizar a Palavra? Porque tanto esforço da parte de Deus para preservar, vivificar e absolutizar a sua Palavra? Porque tanto esforço humano para traduzir para as diversas línguas e dialetos esta Palavra? Porque tanto esforço missionário para pregar a Palavra às pessoas de todos os povos, tribos, línguas e nações do mundo inteiro?
Se os argumentos citados acima são suficientes,
válidos, sensatos e
convincentes, devemos lutar para que esta Palavra continue a ter a primazia em nossas vidas, igreja e sociedade. Outros elementos da fé e do culto cristão, por mais importantes que sejam, devem coexistir confirmados pela Palavra, sem jamais ocupar o seu lugar.
Afinal, a Igreja pode ter outro fundamento que não
seja a Palavra? É
certo que não! Como cristãos, podemos ter outra regra de fé e prática, na qual pautar as nossas vidas, que não seja a Palavra? É certo que não!
Então, é hora de verificar sobre qual fundamento
estamos firmados, e
nos certificar se temos dado uma real primazia à Palavra.
No próximo número apresentarei novos argumentos
que visa nos levar a
entender um pouco mais o porque desta ênfase sobre a Palavra do Senhor, as Escrituras Sagradas, o Maná, sem o qual, o povo perece em sua peregrinação rumo à Canaã Celestial. 104. A Primazia da Palavra (27/09/06) (Jair Souza Leal)
Dezembro se tornou um mês de ricas comemorações.
Não podemos deixar
passar desapercebido uma das datas mais inauditas deste importante mês - o dia da Bíblia.
A data especial trás consigo um elemento motivador
e impulsiona as
pessoas a darem uma maior atenção ao que se é comemorado. Nos demais dias, costuma não se dar a mesma atenção. Portanto, creio ser prudente observar as datas comemorativas, se queremos chamar a atenção das pessoas, causar algum impacto, ou conscientizá-las da importância daquilo que pretendemos apresentar.
Nestes nossos dias proliferam-se as tendências
religiosas e
teológicas, as superstições e misticismos, em substituição ou redução do valor da Bíblia para a fé cristã. Então, uma reflexão nestes termos é de vital importância.
Temos de chamar a atenção dos cristãos para que
tenham um novo
posicionamento e pensamento com respeito àquela que é a nossa única regra de fé e prática, a única fonte de autoridade - a Bíblia.
Precisamos de um padrão de conduta e fé que não
nos deixe perecer no
mar de confusão; de um guia seguro que nos faça ter certeza de que chegaremos ao destino eterno certo e almejado. Precisamos de uma bússola, um norte, que oriente o caminho e a direção certa, pois é possível estar no caminho certo, porém, indo na direção contrária. Precisamos de algo concreto em que basearmos a nossa esperança, as nossas conquistas, o nosso crescimento, o nosso ensino, as nossas doutrinas, a nossa fé.
Tudo isto só encontraremos na Bíblia, e somente
nela. Palavra esta
revelada por Deus, inspirada e infalível, que acertadamente ganhou justos adjetivos, tais como: Escrituras Sagradas, Palavra de Deus, Espada do Espírito, Pão de Deus, Bíblia Sagrada, Livro de Deus, entre outros.
No entanto, é triste reconhecer que a cristandade
evangélica, que
desde a reforma proclamou a "sola scriptura", contrastando com a cristandade católica que acrescenta às Escrituras, a tradição e as súmulas papais, tem de alguma forma desonrado as suas origens, pelas quais muitos de nossos antepassados deram a vida e ofereceram o seu sangue.
Não sei se por falta de entendimento, se intencionalmente,
fato é
que a suficiência das Escrituras tem perdido espaço, e vem gradualmente sendo substituída por outros elementos religiosos. Estes, embora importantes e verdadeiros, deveriam ocupar um lugar secundário em relação à Palavra.
A pregação da Palavra não ocupa mais o primeiro
lugar em muitos dos
nossos púlpitos. Parece radical declarar mas, por vezes, o "louvor e adoração" tem ocupado este lugar, acompanhado de shows gospel, coreografias, danças, espetáculos e eventos diversos. Não podemos esquecer das "revelações e profecias."
Repito, todos estes elementos da fé são importantes
e tem um
reconhecido valor, mas não podam ocupar o primeiro lugar no cotidiano da vida dos cristãos e das igrejas.
Se a crise, a perseguição, a dúvida, a enfermidade,
a tentação, os
ataques do inimigo e a morte vierem bater à sua porta, como você poderá enfrentá-los? Com músicas e cânticos, ou revestido da armadura de Deus e empunhando a espada do Espírito que é a Palavra? (Efésios 6:10-18)
Que força teremos para enfrentar o mal se não
nos alimentarmos? E o
que pode nos alimentar senão a Palavra? "E Jesus lhe respondeu, dizendo: Está escrito que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus." (Lucas 4:4)
Seja sincero e responda: Qual ênfase maior é dada
no Novo
Testamento, ao louvor e adoração, à revelação e profecias ou à pregação da Palavra? Quantas vezes você encontra Jesus e seus apóstolos cantando? Quantas vezes você os encontra trazendo revelações e profecias? E quantas vezes os encontra pregando a Palavra? Baseado este senso de proporção, qual elemento tem a primazia?
Sou contra o louvor na igreja ou entre o povo
de Deus? Absolutamente
que não! Sou ministro de louvor, toco instrumento, canto. Amo a música e reconheço o poder que ela tem de atrair pessoas, ensinar, motivar, alegrar, inspirar e até trazer unidade no meio do povo de Deus, entre outras coisas. Mas insisto em afirmar que, embora a música tenha grande importância, tem também hora e lugar, e a Palavra tem primazia sobre ela.
Quer voltar a fazer esta afirmação em outras palavras.
Foi com
louvor que se derrubou as muralhas de Jericó, mas com a espada afiada que se conquistou a vitória.
O louvor é o carro de fogo, como o que trasladou
Elias (2 Reis
2:11), que nos leva até o céu, para nos colocar prostrados diante de Deus em adoração. A pregação da Palavra é o momento em que Deus nos fala e ensina a Sua vontade. Ele então envia os seus adoradores de volta ao mundo dos mortais para viverem a realidade, consoante aquilo que ensinou.
Esta é a relação entre o louvor e adoração, e
a pregação da Palavra.
Um nos conduz até Deus para que lhe adoremos; no outro, Deus fala e faz conhecida a Sua vontade.
Quero chamar a atenção do povo de Deus e desafiá-los
a encontrar
descanso na suficiência da Palavra. Levá-los a perceber que ela deve ter a primazia sobre tudo o mais na vida cristã. Ela tem a autoridade, o poder e a aprovação do próprio Deus, e vou demonstrar estas afirmações, não com argumentos próprios, mas pela própria Escritura.
Quando há a primazia da Palavra, o corpo de Cristo
é saudável, as
confusões, heresias e ventos de doutrinas se dissipam, e o melhor, lhe acompanha os genuínos milagres, sinais, maravilhas, a abundância de dons espirituais, a salvação de vidas, as experiências extraordinárias, e até mesmo, há uma abundância de louvor e adoração, estes, de modo profundo, verdadeiro e aceitável à Deus.
O termo "acompanha" é sugestivo, na verdade ele
é a chave para a
compreensão de tudo quanto vou dizer nos próximos números. A inversão é que gera a confusão.
Ou seja, se os elementos acima citados são o carro
chefe e a Palavra
é quem lhe acompanha, o resultado é um falso Evangelho, ou a deturpação dele. Se a Palavra é o carro chefe, e estes elementos lhe acompanham, é a confirmação da sua genuinidade. Você consegue perceber esta sutileza?
A base que tenho para fazer tal afirmação é a
palavra do próprio
Jesus que está registrada no Evangelho de Marcos 16:15-18. É ele mesmo quem sugere isto, e demonstra de uma vez por todas que a Palavra tem a primazia sobre os milagres e sinais. 105. Comida e sobremesa (29/09/09) (Jair Souza Leal)
Como são ricas e preciosas as histórias que estão
registradas nos
Evangelhos, ou melhor, em toda a Bíblia. Certamente, estão recheadas de princípios espirituais que norteiam a nossa vida e nutrem o nosso espírito.
Confesso que não entendo bem como pode haver pregadores
tão pobres e
superficiais tendo em mãos tão abundante e inesgotável fonte de riquezas. Deus os teria chamado sem tê-los capacitado?
Quantos em sua pregação lêem um texto bíblico
por pretexto, sem se
ater a ele, sem nada acrescentar, sem exaurir a sua riqueza e beleza e, além de serem superficiais, são enfadonhos. Outros, passeiam distraidamente pela Bíblia sem chegar a lugar algum, no fim da circulante prédica, falaram muito e não disseram nada. Os seus ouvintes vão embora tão vazios quanto chegaram. Grande parte da culpa pelo desinteresse dos cristãos para com a pregação da Palavra deve-se a estes pregadores. Muitos hoje não gostam de ouvir pregação ou, preterem-na pelos cânticos, danças, teatro. Isto tem gerado uma ênfase cada vez maior e mais exagerada nos elementos de apoio à Palavra, a ponto de extinguir as pregações em alguns cultos.
É como se a sobremesa assumisse o lugar do prato
principal ou, que o
substituísse. A bem da verdade, a sobremesa fica cada dia mais gostosa, saborosa, requintada, atraente e diversificada; na proporção em que o prato principal fica cada dia mais fraco, trivial, repetitivo e insosso.
Mas não devemos ser injustos. Havemos de convir
que os que atuam na
área da música, dança, teatro, se esmeram com dedicação, estudam, ensaiam, treinam exaustivamente, buscando aperfeiçoar e ficar cada vez melhores no exercício do seu ministério; para vergonha de muitos pregadores que, grande parte das vezes, não têm o mínimo empenho no cumprimento da sua missão, quando este empenho deveria ser ainda maior.
A conseqüência é a desnutrição, a infantilidade
e a superficialidade
em que vivem muitos cristãos; bem como o surgimento de diversas heresias e práticas escusas no seio da Igreja. Afinal, quem estará melhor preparado para servir ao Senhor, enfrentar crises, tentações e viver uma vida coerente com a vontade de Deus; os que se alimentam da Palavra ou os que vivem a saborear deliciosas sobremesas?
Como Jesus expulsou o tentador: cantando, ou usando
a Palavra que
ele conhecia bem? (Mateus 4:1-10). Que força teremos para combater o mal se não nos alimentarmos? Como disse anteriormente, e quando a dúvida, a enfermidade, a tentação, a perseguição, a morte vierem bater à porta, como enfrentar: cantando, ou estando revestido da armadura de Deus e empunhando a espada do Espírito que é a Palavra? (Efésios 6:10-18).
Aparentemente, hoje, a Igreja se aproxima mais
do Antigo do que do
Novo Testamento, pois quando lemos o Novo Testamento, temos a clara idéia de que o que dominava a mente, o coração e as práticas da igreja primitiva era a evangelização, a pregação da palavra e a oração. Não o Templo, a música, a instituição.
Parece que tudo se deve à velha tendência que
a Igreja tem de
oscilar entre os extremos. Por exemplo, em gerações passadas a música ocupou um lugar inexpressivo; hoje houve uma inversão. Há sempre o perigo de não enfatizarmos aspectos importantes da fé, assim, na geração seguinte eles retornam com ênfase demasiada.
É certo que em cada época da história do cristianismo
fez-se
necessário enfatizar certos aspectos da doutrina cristã mais do que em outras. O problema é que nestas épocas, a Igreja tende a enfatizar só o que é necessário para o momento e esquece do restante da verdade.
Por exemplo, houve época em que estava em jogo
a humanidade e a
divindade de Jesus; daí, foi preciso dar uma ênfase maior na doutrina da pessoa de Cristo. Outra época, foi a doutrina da salvação pela graça; daí a grande ênfase que os reformadores precisaram dar na justificação pela fé.
Houve períodos históricos em que certas doutrinas
foram omitidas, ou
pouco enfatizadas, nas pregações e no ensino (como o evangelismo e missões e a doutrina do Espirito Santo). Resultado: a Igreja viveu períodos de letargia espiritual, pouco crescimento e pouca influência no mundo. Então eclodiram os grandes empreendimentos missionários e o movimento pentecostal, que varreu o mundo e trouxe vida ao Evangelho, além de alcançando multidões para Cristo.
O erro cometido é deixar de ensinar os demais
aspectos da fé
enquanto se enfatiza um em determinado momento necessário. Você pode pregar sobre prosperidade, mas não pode pregar só sobre prosperidade, isto gera desequilíbrio. Não nego que deva haver certas ênfases, mas não podemos esquecer que devemos ensinar às pessoas a observarem todas as coisas que Jesus mandou (Mateus 28:20).
Como disse, não sou contra o louvor, a dança,
o teatro na igreja.
Mas não sou a favor que eles ocupem o lugar principal nos cultos e na vida cristã. O louvor é bíblico, é bom e é o meio que Deus tem usado no presente para trazer unidade à sua multifacelada Igreja. É evidência de avivamento, é um grande motivador à espiritualidade, fervor e piedade; porém, em relação à pregação da Palavra, é como a sobremesa comparada com o prato principal. Ele tem o papel de dar suporte, de atrair as pessoas para que ouçam com maior atenção a Palavra de Deus.
Portanto, não devemos deixar que prato principal
seja substituído
pela sobremesa. Infelizmente, as crianças normalmente preferem à sobremesa ao prato principal. Somente adultos podem reconhecer que, conquanto a sobremesa seja mais saborosa, a refeição é mais importante. Cada qual tem a sua hora e lugar, devem conviver juntos, uma não deve ser eliminada ou substituída pela outra. Preparemos e saboreemos deliciosas sobremesas; sem deixar de preparar e degustar deliciosas refeições.
Então, é hora de aprender com Jesus o que é ser
um pregador da
Palavra; é disto que o nosso povo precisa. Pregadores verdadeiros e profundos. De tagarelas já bastam os políticos da nossa sociedade que, para angariar votos, dizem coisas que não fazem, e que nem eles mesmos acreditam.
Para Jesus, cada pergunta, cada circunstância,
cada acontecimento,
por mais trivial e fortuito não lhe passava desapercebido, e se transformava em grande e poderoso ensinamento. É uma pena que hoje em dia, a função, e não a sensibilidade, move os grandes pregadores. Não se ensina mais pelo viver, mas pelo cargo que se ocupa, e com dia, hora e lugar determinado. Em conseqüência, há uma falta de unção e de resultados reais e duradouros, bem como de autoridade e poder.
Jesus sempre aproveitou cada oportunidade para
ensinar e pregar. Não
dependia de púlpito nem de multidões, só da ocasião. Qualquer jumento, barquinho, monte, casa, estrada, mesa, pedra, era o seu púlpito. Sua vida ensinava tanto quanto as suas palavras.
Muitos hoje precisam de um púlpito, de um grande
auditório, de uma
grande igreja, de um estádio e, principalmente, de multidões para que possam ensinar e pregar. Jesus ensinava por suas palavras e com a sua vida. Que mestre, que pastor, que pregador; que ensina com a vida e com as palavras, a qualquer pessoa, em qualquer ocasião e lugar. Minha singela homenagem
ao dia das crianças
106.Ser
Criança 10/10/06
(Jair Souza Leal) Eu queria voltar
a ser criança, do tempo em que:
Atentado, era um menino travesso. Droga, era o remédio comprado na farmácia. Craque, era um exímio jogador de futebol. Sexo, era masculino ou feminino. Stress, era coisa de americano. Depressão, era coisa de panela. Tráfico, fora abolido pela lei Áurea. Separação, só de bate boca e brigas na rua. Matar, só se fosse
de fome, sede, saudade, ou raiva.
Bomba, era o que acontecia com quem perdia o ano letivo. Arma, era coisa de polícia. Assalto, era a pergunta que a mulher fazia quando ia comprar tamanco. Violência, era só nos filmes de cowboy. Desemprego, era o número de empregos que se tinha disponível. Concorrência, só havia entre garotos, disputando o amor da mesma menina. Corrupção, era um
vulcão ativo
Mendigo, era o vagabundo, não o trabalhador. Salário, era sinônimo de sustento, não de pobreza, miséria ou fome. Ser honesto, não era ser careta e cafona. Índio, era o dono das terras, não pobre marionete da FUNAI. Computador, era um malandro desbocado, falando das suas dores. Miserável, era um sujeito muito pão duro, não a população do meu país. Imposto, meu pai só ia para abastecer o fusquinha. Havia diferença entre direita e esquerda, polícia e ladrão. Será que os tempos
mudaram, ou foi eu quem mudei?
Quem sabe tudo isto já havia, mas como era inocente, não percebia. Quem sabe nada mudou, a não ser no meu interior? Será o mundo, ou só o meu mundo que precisa mudar? Pensei que me tornando adulto teria todas as respostas. Hoje estou mais confuso do que quando era criança. Pelo sim, pelo não;
não posso viver saudosista.
Preso a um tempo que não volta mais. O futuro se descortina, esta certeza me atrai. Saber que fico, mas o mundo permanece e vai. As lembranças vão se apagar. Quem sabe o que aprendi possa me modificar? Os meus pais construíram
o passado, do qual estou a relembrar.
O presente eu construi, estou começando a me decepcionar. Mas reconheço que nunca é tarde para recomeçar, reconstruir um novo mundo, onde os meus filhos possam habitar. E, como hoje faço, no futuro venham a se orgulhar, do passado que herdaram, e precisam preservar, corroborando a prudência do sábio pensar: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." 107. Faça a sua Escolha (01/11/06) (Jair Souza Leal)
Hoje em dia está muito comum, e quase natural,
sermos abordados por
pessoas que nos oferecem drogas; como se fosse a melhor coisa do mundo. Enquanto isto, fica cada vez mais raro, e parece coisa de outro planeta, sermos abordados por pessoas que nos ofereçam Jesus; como se a vida com Ele fosse uma droga. Os arautos das drogas argumentam assim: "Quem usa drogas não é careta, está na moda e em sintonia com o seu tempo, curte a vida de montão, mostra e aproveita a sua liberdade, faz altas viagens, conhece o paraíso, fica maneiro, esquece os problemas da vida e o stress do cotidiano e, o que é melhor, totalmente de graça." É claro que não mostram o outro lado da sua doutrina que, de graça mesmo, só na primeira vez que te oferecem a droga, ou, quando muito, até que você se torne um dependente. A partir de então você será um novo consumidor, de quantidades cada vez maiores, de produtos cada vez "melhores". Será um escravo que gastará todos os recursos para manter o vício. E quando estes acabarem, você vai vender tudo o que tem (e até o que não tem). Mas não se preocupe, se ainda assim for insuficiente, basta você roubar e matar para conseguir manter o vício, ainda que a sua consciência e moral (enquanto a possuir), seja contrária a estes atos. Eles afirmam que você vai curtir a vida, mas não dizem que é na sarjeta, no submundo, na miséria, na delegacia. Afirmam que você esquecerá os problemas, e é verdade, você não terá mais com o que, nem com quem se preocupar, pois perderá tudo: a família, os amigos, o trabalho, a saúde. A única preocupação que vai te restar será manter as viagens cada vez mais altas. A mais alta, fica à sete palmos abaixo do chão. Isto, após uma overdose, uma agulha contaminada, ou após a deterioração que o seu corpo naturalmente sofrerá. Mas não podemos esquecer que tudo isto, é claro, não vai acontecer antes de você ver morrer os seus amigos e entes queridos, seja de desgosto, de preocupação, de tristeza ou, até mesmo assassinado por aquele amigão seu. Afinal, ele é patrocinado pelo dinheiro que você envia quando compra a droga. Este seu novo amigo, também usuário e freqüentador do "paraíso", no afã de manter o vício, precisou fazer um assalto, e tudo acabou em morte e tragédia. Ah! Nada de mais. Como vê, estes arautos mentem para você, não são dignos de crédito. Só apresentam um lado da verdade. Você só percebe toda a verdade quando não há mais como sair do atoleiro em que se encontra. Mas o que você tem a perder!? Você não é careta. É simplesmente alguém que quer estar na moda, em sintonia com o seu tempo. E morrer, ser preso, se tornar um mulambo humano, um dependente químico, está super na moda. Também a violência, o tráfico, a bandidagem. Isto é que é ser livre, diferente, bacana, esperto e atual. Quanto à Jesus, embora não engane a ninguém e diga sempre a verdade, viver com Ele deve ser uma droga, é muito careta. O que Ele tem a oferecer não é para jovem, tanto é que os seus arautos cada vez mais se envergonham de apresentá-Lo às pessoas. Quem teria coragem de traficar o que Jesus oferece? Só um tal de irmão André (o contrabandista de Deus), mas isto foi lá na China comunista. Quem vai querer esta vida que Jesus oferece? Ele oferece a verdadeira liberdade ao livrar do pecado, como disse: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8:36). Ele promete libertar da ira, do ódio, do egoísmo, da mentira, do orgulho, dos vícios, do engano de Satanás. Ele oferece uma vida abundante, cheia de propósitos e de objetivos, que verdadeiramente possa ser curtida, como disse: "O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (João 10:10). Ele promete preencher o vazio que há em você, te dá uma razão de existir, de viver. Dá a receita da felicidade plena, e enche o coração de alegria verdadeira e constante. Quem iria querer uma vida tão boa assim? Ele faz as pessoas viajarem nas coisas espirituais, mergulharem em sua Palavra e promessas. Caminha lado a lado com as pessoas, arrebatando-as, dando sonhos, visões, curando enfermidades. E ainda oferece uma linda viagem para o céu, pois quer viver para sempre com você, como disse: "Virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também" (João 14:6). Quem quer algo assim? Quanto aos problemas, realmente destes Ele não livra, mas novamente prova ser verdadeiro ao advertir de antemão que teremos muitos, como disse: "No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 6:33). Mas Ele dá esperança, pois venceu, e promete estar sempre ao lado destas pessoas, em meio aos problemas, como disse: "E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mateus 28:20). Na verdade, o que Ele faz é livrar as pessoas de encararem os seus problemas de modo errado: "Pois tenho para mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada" (Romanos 8:18). Livra-as da expectativa e da ansiedade (que é o que lhes faz sofrer diante dos problemas), ao afirmar que cuida delas: "Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças" (Filipenses 4:6) - vide também (Lucas 12:22-31). É somente isto que Jesus tem a oferecer? Básico demais: amor, paz, perdão, felicidade, alegria, vida plena, e sem ansiedade? Comunhão e intimidade com Deus? Resposta ao que pedirmos com fé em oração? Salvação, vida eterna, tudo de graça? Ele garantiu que já pagou o que era devido, com a sua própria vida e sangue derramado, por conta do grande amor com que nos amou. Como diz: "Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Romanos 5:8). Então, contraponha estas duas realidades e descubra qual é a verdadeira droga. Observe e compare a vida e o fim das pessoas que aceitam o que o traficante oferece, com a vida e o fim das pessoas que aceitam o que Jesus oferece. Depois, "baseado" nestas observações, faça a sua escolha. Mas não seja careta! Seja apenas esperto. Compare antes de escolher o que será melhor para você. Decida-se em quem vai acreditar, e lembre-se destes conselhos: "Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte" (Provérbios 14:12); "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:33). Depois, curta a vida ao máximo, no limite do que a sua escolha puder ofertar. 108 _ Edificarei a minha Igreja (Parte I) 24/11/06 "...sobre esta pedra edificarei a minha igreja..." (Mateus 16:18)
Este texto é rico e profundo. A razão de
nos reunirmos semanalmente
em uma igreja local se deve a esta afirmação de Jesus. Esta é a primeira vez que encontramos o termo "igreja" no Novo Testamento. Este termo tinha uso comum e corrente no tempo de Jesus. A maioria das nações do mundo adotava a Monarquia como forma de governo. Os gregos inovaram "criando" a democracia. A democracia grega era um pouco diferente da que conhecemos hoje. No Brasil, temos uma democracia representativa. Nós elegemos, por meio do voto, aqueles que irão nos representar. Em tese, estes representantes eleitos fazem aquilo que a sociedade que o elegeu gostaria que se fizesse. Na Grécia, cada cidadão era o próprio "parlamentar" (democracia direta). Só que a cidadania grega era excludente, dela não participava as mulheres, as crianças, os pobres, os estrangeiros, os trabalhadores, os incultos e os escravos. Os poucos privilegiados cidadãos gregos, de tempos em tempos eram convidados a sair para fora de casa para irem se reunir em praça pública, e deliberarem sobre alguma questão. A este chamado, a esta assembléia, dava-se o nome de "igreja". Mas conquanto a palavra já existisse, Jesus dela se apropria para dar-lhe um novo significado. Hoje, quando se usa a palavra "igreja", ninguém mais pensa na assembléia deliberativa dos gregos, mas na comunidade cristã. Os termos utilizados na fala de Jesus, são claramente derivados da construção. Então, vamos pensar em suas nuances. 1. A Fundação
"Sobre esta pedra". Imaginando a cena, podemos inferir que Jesus, ao usar esta expressão, apontou para si próprio. Quando afirma que faria uma construção, começa apresentando o fundamento - ele mesmo (Atos 4:11; Romanos 9:33; 1 Coríntios 10:4). Então, aprendemos aqui que a igreja está sendo edificada sobre o fundamento que é o próprio Jesus. Ele é o sustentáculo. Fundamento pressupõe algo cujo caráter é definitivo, de uma vez para sempre. Você lança o fundamento uma vez, e então erige o edifício sobre ele. Uma vez lançado o fundamento, permanece para sempre, não pode ser alterado (1 Coríntios 3:11). A pedra fundamental já existe, é irremovível, já está posta. Quanto à edificação, é de caráter contínuo e crescente, vai começar, mas leva algum tempo para terminar. Sobre a fundação está o alicerce e as colunas. São os apóstolos e profetas (Efésios 2:20). Eles se tornaram parte deste fundamento quando foram escolhidos, para inspirados por Deus, testemunharem e ensinarem acerca de Jesus. Os profetas apontando para Jesus no futuro; os apóstolos apontando para ele no passado. A pessoa de Jesus, o seu ensino e a sua obra realizada é o fundamento da igreja, é a pedra. Então, o conteúdo de fé da igreja tem este fundamento. Deixa de ser igreja de Jesus aquela edificação que não repousa sobre o fundamento que é Cristo. Sendo assim, é fácil identificar uma pseudo-igreja. Basta observar sobre qual fundamento está erigida. Paredes podem ser removidas ou retiradas sem prejudicar a fundação. A fundação jamais poderá ser retirada sem ruir a edificação. 2. A Edificação
"Edificarei". Uma vez identificado o fundamento, devemos pensar na edificação. Toda construção requer pelo menos quatro elementos essenciais: o projeto, os recursos, a mão-de-obra e o material.
2.1 O Projeto
Vamos pensar neste projeto que Jesus estava para construir. O texto de (Efésios 2:11 a 3:11) ajuda a esclarecê-lo. - Tornar os gentios (não judeus) co-herdeiros com os judeus, concidadãos, membros da mesma família, membros do mesmo corpo e co-participantes de todas as promessas de Deus; - Tornar o Deus exclusivo de uma única nação, acessível e conhecido de todas as tribos, línguas, raças e nações da terra; - Criar uma nova humanidade de pessoas reconciliadas com Deus, e que se tornarão morada do Espírito; - Substituir a nação física - portadora da antiga aliança; por uma nação espiritual - portadora da nova aliança (Gálatas 6:16; Pedro 2:9); - Inaugurar uma Universidade, na qual os seres celestiais aprenderão sobre a multiforme sabedoria de Deus. E, principalmente, como Deus usará seres humanos para destruir o ser poderoso ser chamado Satanás. Sendo assim, não entendo porque muitos sempre tentam judaizar a Igreja de Cristo, restabelecendo formas e costumes que, numa batalha árdua, foi vencida pela igreja dos primeiros séculos. Se Jesus já desfez a parede de separação entre judeus e gentios, porque criá-la novamente? A não ser por questão acadêmica, histórica ou turística, qual o sentido de ir a Israel, nadar no rio Jordão, trilhar nos caminhos que Jesus andou, subir no monte Sinai? Isto não agrega qualquer valor espiritual, como muitos erroneamente têm ensinado. O que vai, não se torna mais espiritual e abençoado do que o que não vai. Usar termos em hebraico e símbolos da nação de Israel (se não tiver objetivo evangelístico), constitui o mesmo erro das cruzadas e guerras santas na Idade Média, que ocorreram por um não entendimento do projeto de Jesus chamado Igreja. Nenhum cidadão de Israel tem privilégio diante de Deus. Nesta nova aliança não há mais distinção (1 Coríntios 12:13). Precisamos pregar o Evangelho para eles, pois, se eles não se converterem e aceitarem a Jesus, serão condenados. É com a Igreja que Cristo se relaciona. Neste projeto, ela é a nova guardiã dos oráculos de Deus. As promessas feitas a Israel nação, se cumprirão no Israel espiritual.
Continua... com os recursos, a mão-de-obra
e o material
***** Por Jair Souza Leal - Autor do livro "4 homens e Um Segredo" 109. A Mensagem do Natal (10/12/2006) (Jair Souza Leal)
O pecado fez o homem morrer para Deus
(Gênesis 2:17). É isso o que a
traição faz. Faz com que os grandes amigos morram um para o outro e vivam em inimizade. O pecado fez Deus romper com o homem, e este com Deus. Tornou impossível o relacionamento, distanciando e separando-os. Com isso, o homem foi expulso por Deus do paraíso e, por sua vez, expulsou Deus da sua vida e do seu coração. Por conta desta inimizade que passou a existir entre o homem e Deus (Romanos 8:7; Tiago 4:4), os relacionamentos humanos também foram abalados e se tornaram doentios. Passa a haver inimizade, desavenças, ódio, traição, rompimentos. Conquanto o amor divino desejasse reatar o relacionamento, e perdoar, a justiça impedia. Exigia julgamento e punição. Afinal, foi o homem quem tomou a iniciativa de desobedecer a Deus, de ofendê-lo, de se rebelar contra Ele, transgredir a sua lei, tornando-se assim passível de juízo. Da sua parte, porém, o homem jamais seria capaz (uma vez envenenada a sua natureza), de voltar-se para Deus arrependido, em busca de perdão e reconciliação. Foi Deus, o ofendido, quem tomou a iniciativa de vir até seu ofensor (na pessoa de Jesus Cristo), para acabar com esta inimizade, reconciliar e restabelecer a comunhão perdida, oferecer perdão e, conseqüentemente, a volta ao paraíso. A única exigência feita: que o homem lhe devolva o coração. Portanto, é isso o que anuncia o Natal: a chegada do perdão, da reconciliação, da salvação. Jesus nasceu entre nós, para que pudéssemos renascer para Ele. Mas como satisfazer ao amor (que desejava perdoar), e à justiça (que exigia juízo), concomitantemente, sem diminuir qualquer dos dois atributos? Como Deus poderia agir sem ser injusto ou cruel? Houve um plano, estabelecido pelo próprio Deus, onde Ele decidiu que receberia em Si mesmo a punição devida pelo pecado humano, para satisfazer assim a sua justiça e demonstrar o seu amor. Então, na pessoa de Jesus, Deus veio, por seu amor, estabelecer a justiça. Veio para, em Si mesmo, receber a punição que era devida ao homem (Romanos 6:23). Desta forma foi satisfeita a justiça e demonstrado o amor divino. Portanto, é isso o que anuncia o Natal: que Cristo veio demonstrar a sua justiça e o seu amor pela humanidade. Ele aceitou receber o castigo que nos era devido, para satisfazer a justiça e, por amor, nos oferecer perdão. Jesus veio para morrer por nós, para que pudéssemos viver com Ele. Mas o homem precisava ser informado de que a justiça de Deus seria satisfeita. Precisava ser informado de que Deus continuava a amá-lo. De que Jesus seria feito o mediador da reconciliação. Era mister proclamar este ato divino. Os anjos são os primeiros a anunciarem a boa nova. Isto é Evangelho - a boa notícia de Deus para o homem, informando-lhe de que a inimizade estava chegando ao fim. O Natal anuncia o Evangelho (Lucas 2:9-11; 2 Coríntios 5:19; Efésios 2:14,16,17; 1 Pedro 2:24; Romanos 5:10; Colossenses 1:20). Se a vinda de Jesus a este mundo foi para anunciar que Deus estava procurando o seu ofensor para oferecer-lhe perdão, reconciliá-lo consigo, desfazer a inimizade existente, reatar o relacionamento e a comunhão rompida pelo pecado, e sem que este merecesse ou desejasse. Este é o sentido da Graça. O Natal declara a graça divina. Então, se o Natal anuncia a justiça, o amor, o perdão, a reconciliação, o renascimento, o Evangelho e a Graça, deveria, por meio destes elementos, ser comemorado. Aliás, a oferta do perdão de Deus ao homem pecador por meio de Jesus, obriga este a ofereçer perdão aos seus ofensores. Jesus nos ensinou a perdoar, perdoando, para que pudéssemos experimentar o perdão, perdoando. Seu perdão nos capacita a perdoar. O Natal deveria ser assim entendido e comemorado, pois, uma vez que fui procurado por Aquele que ofendi, para ser perdoado, sem que eu merecesse ou desejasse, não posso deixar de procurar aqueles que me ofenderam para oferecer-lhes o perdão. Ainda que não mereçam ou desejem. Natal deveria ser a data de proclamar a boa notícia de que decidi pôr fim às minhas inimizades, restaurar os relacionamentos quebrados, reconciliar-me. O Natal fala da chegada do perdão de Deus ao homem, conseqüentemente, deste ao próximo. Fala de ofendidos que tomam a iniciativa de perdoar. O Natal jamais deveria ser comemorado por pessoas que ainda abrigam ódio no coração, desejo de vingança, inimizades. Por pessoas que ainda têm relacionamentos rompidos, não reatados. Porque Natal fala de nascimento, de renascimento. Nascimento da esperança, do perdão, da reconciliação, da alegria, da comunhão. Renascimento das amizades, de relacionamentos que um dia tiveram fim. Renascimento daqueles que um dia morreram para nós. Permita portanto, nesta data, que aqueles que um dia morreram para você, que aqueles que um dia foram expulsos da sua vida, que aqueles que um dia se separaram de você, renasçam em sua vida e recebam o seu perdão. Lembre-se: a maior prova de que Jesus verdadeiramente nasceu para você está em sua capacidade de perdoar. Ninguém que tenha recebido dele o perdão, será capaz de reter o perdão. Se negarmos o perdão a outrém, não temos o direito de sermos perdoados. Se Deus nos perdoou, não temos motivo para não perdoarmos. Ou então, jamais poderemos orar dizendo: "e perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós também temos perdoado aos nossos ofensores" (Mateus 6:12). Aquele que veio para nos oferecer perdão foi quem afirmou categoricamente: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas" (Mateus 6:14-15; Mateus 18:21-35). Perdão, é o maior presente que podemos receber. Perdão, é o maior presente que podemos oferecer. Você espera receber algum presente neste Natal? Pretende ofertar algum? Lembre-se: "O verdadeiro dia de Natal, para qualquer homem, é quando Jesus nasce em seu coração" (Walter H. Armstrong). "Deus em Cristo participa de nossa humanidade, a fim de que, nós possamos também participar de sua divindade" (Walter B. Knight). Como você vai comemorar o Natal este ano? Não se esqueça de incluir o aniversariante nos seus planos! Então, feliz dia do nascimento de Cristo neste mundão! Feliz dia do nascimento de Cristo em seu coração! A
vez da literatura (
24/01/2007)
Nos últimos anos vêm despontando no
Brasil grandes talentos da
música evangélica. Eles têm buscado e alcançado a excelência. Certamente que em nenhum outro tempo da nossa história pudemos louvar e adorar a Deus com tanto entusiasmo, beleza, qualidade e profundidade. Há poucos anos atrás ouvíamos e cantávamos as músicas aprendidas dos missionários, que alcançaram a nossa pátria com o Evangelho e nos invadiu com a sua cultura. Louvamos a Deus por cada uma destas vidas dedicadas, fiéis. Louvamos especialmente pela verdade do Evangelho a nós revelada por seu intermédio. Longe estou de querer mostrar ingratidão para com o seu labor. Entretanto, penso que por vezes eles acrescentaram à mensagem do Evangelho um pouco da sua cultura, nos ensinando como sendo uma única coisa. Nós, ainda hoje, temos dificuldade para despir a imutável verdade do Evangelho da roupagem cultural que lhe vestiram. Como a música sempre acompanha a pregação da Palavra, esta foi uma das áreas mais influenciadas. Grande parte das músicas que cantamos e dos estilos que utilizamos por anos a fio, vieram acompanhando os desbravadores missionários. Porém, hoje, com esta explosão de talentos, já ouvimos e cantamos as nossas próprias músicas. Já louvamos e adoramos a Deus de maneira toda nossa. Desenvolvemos o nosso próprio estilo e até já temos exportado as nossas músicas. Fizemos, sem sombra de dúvida, um grande avanço nesta área, até ao ponto de sermos, ou estarmos nos tornando o celeiro mundial e polo irradiador da adoração a Deus através da música. Na proporção inversa, porém, a área literária pouco avançou. Conquanto sejamos o celeiro da evangelização mundial, ainda necessitamos importar literatura (de muitos que só possuem nome e diploma e não mais o poder, a unção e a graça de Deus), para nos ensinar e instruir sobre o caminho que devemos andar. Ainda que não desprezando a contribuição que os estrangeiros nos deram neste sentido, está na hora de mudarmos, passando a valorizar e a incentivar a literatura nacional. Afinal, temos competentes pregadores, teólogos, mestres e escritores. Este é um aspecto do evangelicalismo brasileiro que devemos estar conscios. Especialmente se observarmos que as editoras atuantes no Brasil dedicam mais da metade do seu volume de publicação à tradução de autores estrangeiros. O pequeno espaço que ocupa o autor nacional no acervo disponível em livrarias evangélicas. A falta de incentivo por parte das nossas lideranças visando florescer e despontar mentes literárias capazes de preencher esta lacuna. E a falta de interesse dos fiéis para com a leitura, o saber, a cultura e a instrução. Costumamos seguir a tendência secular de investir muito em música, construção de soberbos edifícios e realização de grandes movimentos de massa, como se isto fosse suficiente para atrair e manter o povo na fé. Minha expectativa é que o que aconteceu com a música, venha a acontecer também com a literatura. Tenho a convicção de que este ministério literário, tendo a mesma unção e poder de Deus demonstrados na adoração, venha reverter este quadro que clama. E sei que talentos não faltarão. Devo registrar que algumas editoras brasileiras tiveram a iniciativa e proposta de publicar exclusivamente autores nacionais, e além de se tornarem pioneiras neste aspecto, demonstram o valor atribuído ao nosso país e a oportunidade que estão dando aos talentos nacionais. Que outras possam imitar esta iniciativa e o tempo confirme a certeza que tenho de que despontarão grandes e brilhantes mentes que, como na música, reverterão este quadro. Não desprezemos a literatura e o conhecimento dos nossos co-irmãos de outras nações, mas valorizemos os talentos que o Senhor Jesus tem dado a nós. Lembrando ainda que a adoração agradável ao Senhor não consiste nos cânticos que lhe entoamos, mas na vida santa que lhe consagramos. Jair Souza Leal - Autor
do livro "4 Homens e Um Segredo", estudante de
Direito e auxiliar na Igreja Batista Memorial, Contagem/MG. Contatos: jairsouzaleal@ig.com.br
*Este texto faz parte do livro "O Maná _ Crescimento e Comunhão", que está sendo desenvolvido como
uma nova proposta didático pedagógica para desenvolvimento
do corpo de Cristo.
*Se gostou do conteúdo, divulgue, tem a minha autorização. 111. Pela diminuição da violência, e da impunidade (19/02/2007)
Gosto de viver longe de conflitos, sou da paz e
corro de uma briga.
Quem me conhece, sabe que odeio participar de debates. Mas fui dar uma opinião, acho que fui mal entendido, e houve reações. Acabei envolvido em um debate. Então senti-me obrigado a "criar coragem", e encará-lo, dando algum parecer. Pode ser que agora entre de cabeça, provocando ainda mais os ânimos ao invés de acalmá-los, mas tenho de correr algum risco. A mídia explora desgraças alheias (mas ela vive dos índices de audiência, isto é, vive do que o povo gosta). Ela consegue causar comoção nacional. Mas é por conta dela que a sociedade se movimenta. Interessante é pensar que poucas coisas nos faz ser nacionalistas e solidários, uma delas é a desgraça. Por conta deste movimento, as autoridades se sentem pressionadas a agir, inclusive criando mudanças na legislação. Vou ser mais específico. O caso do menino João Hélio, morto de forma cruel por assaltantes (leia-se: bandidos de meia tigela), movimentou a opinião pública, e trouxe à tona uma velha questão. Devemos ter pena de morte para crimes hediondos? a idade penal deve ser reduzida? (Aprendi nas aulas de direito que temos pena de morte no Brasil, em casos de guerras declaradas - Art. 5º - $ XLVII - alínea a da CF/88). Comoção nacional faz parte do contexto de uma sociedade que não suporta mais o aumento generalizado da violência, menos ainda da impunidade. Esta mesma sociedade também não suporta o fato de que, a idade esteja sendo explorada pelos bandidos para acobertar seus crimes hediondos. Nós, brasileiros, não trabalhamos com prevenção, deixamos o ladrão entrar na casa para depois trancar a porta. A tragédia tem de acontecer para depois, agirmos. Diante disto, creio que devemos fazer algumas indagações: 1. Opiniões contrárias
à parte, todos estamos em busca de uma solução;
2. A sociedade brasileira não suporta mais a corrupção, a impunidade nem a violência; 3. Quando falamos em punição para criminosos (não importa a idade), estamos pensando enquanto sociedade. Isto não significa vingança. Significa justiça, ou seja, o Estado, representado os anseios de toda a sociedade, agindo contra o crime. 4. O crime nunca vai acabar. Por mais severas e rigorosas que sejam as penas, ele sempre vão existir. Mas devemos convir que, quanto menor for o rigor da lei e maior for a impunidade, maiores serão os índices dos crimes. Portanto, a idéia não é acabar com o mesmo, mas desestimular, mantendo-o em limites aceitáveis. 5. Sou pai, e peço a Deus que me livre de duas situações: meu filho ser o bandido que mata, ou a vítima que morre. Entretanto, sem querer achar culpados, penso que muitos porcentos da adolescência e juventude pervertida é culpa da falta de "valores morais e culturais que se construíam sobre o tripé família, escola e igreja". Observamos que grande parte dos problemas começam na base mater da sociedade - o lar (desestruturado). 6. Penso também que a falta de oportunidades e desigualdade social (da qual o Brasil é quase o campeão mundial), é um fator preponderante para o aumento desta desregrada violência. E aqui vejo um paradoxo. Porque criar novas leis, se não criamos oportunidades? Os ricos são egoístas e buscam ganhar e explorar cada vez mais, eles não estão nem ai para nós, pobres. O governo é corrupto, e para alimentar os desvios públicos e a roubalheira, sufoca a sociedade com tributos excessivos, que são mal administrados, e não chegam a cumprir aquilo para o que é destinado. 7. A legislação precisa ser mais rigorosas para crimes hediondos (e eu sinceramente não estou pensando aqui na idade do bandido). A lei precisa funcionar. As autoridades policiais precisam ser treinadas, equipadas e assalariadas com dignidade, mas, o mais urgente, precisam recuperar o prestigio, para conseguir impor respeito aos bandidos e para que nós, cidadãos, consigamos diferenciar mocinhos de bandidos. 8. Porém, quando penso no descaso para com a saúde pública (do qual sou usuário), vejo decretado uma pena de morte lenta e cruel para o pobre (honesto e trabalhador). Vejo pouca diferença entre presídio e hospital público. 9. Eu, como todo
trabalhador assalariado, recebo menos pelo meu trabalho
honesto e árduo, do que o governo gasta (com o dinheiro dos impostos que pago), para manter um bandido na cadeia. Agora, Bíblia à parte, acredito que tanto o que é favorável à uma mudança na legislação, quanto o que não é, busca uma solução. Eu não gostaria que a minha opinião fosse considerada a correta, mas que encontrássemos um caminho. Porém vejo que as causas da violência são tão complexas, que ficamos paralisados, e à medida que a comoção nacional vai se esvaindo, tudo cai no esquecimento e permanece como está. Isto é claro, até a próxima desgraça que fará reascender o debate. E aqui, olhando no espelho, faço uma crítica. Eu e você não fazemos nada para mudar esta situação. Ficamos assentados, escrevendo o que pensamos, escrevendo o que a Bíblia diz, no conforto de um escritório, de uma casa. Se a eficiência do Estado em tributar e cobrar impostos, fosse tal qual a de prestar os serviços que lhe competem, este país seria um paraíso, com floresta. Mas, se os que precisavam ser os primeiros a darem o exemplo de dignidade e respeito, estão merecendo ir para a cadeia, aonde vamos parar? Criticamos a guerra, mas aqui está mais perigoso do que lá! Aqui mata mais do que lá! Que fazer? (gostaria que você lesse o artigo que escrevi "A guerra e a violência") Qual o papel da igreja nesta situação? (gostaria que você lesse o artigo que escrevi "Retirando o combustível da violência") Jesus manda o Estado perdoar os bandidos? (gostaria que você lesse o artigo que escrevi "perdão e justiça são contraditórios?") Por enquanto é só. Enquanto lemos, escrevemos e assistimos o noticiário pela TV, vamos torcendo para não sermos a próxima vítima. ***** 112. Por que estudar a Bíblia?* (15.03.07)
Creio que as dez razões apontadas abaixo são
suficientes para nos
incentivar a estudar a Bíblia com regularidade, caso estejamos interessados nas coisas de Deus. *
1 Pedro 3:15 - Para estar sempre pronto e preparado
para responder
ao que me pede a razão da minha esperança e fé. * Efésios 4:14 - Para não ser como criança: sendo levada de um lado para o outro por todo vento de doutrina; e, sendo enganado pela esperteza de homens que querem me explorar e induzir ao erro. * 2 Timóteo - Para me apresentar diante de Deus aprovado, sem ter motivo para me envergonhar, pois manejo bem a Palavra de verdade. * Mateus 4:4 - Para saber responder às tentações e acusações de Satanás; e para manter alimentada a minha alma. * Mateus 22:29 - Para não errar nas minhas escolhas, atos e pensamentos, quer sejam materiais, quer sejam espirituais. * Salmo 119:14 - Para manter um bom relacionamento com Deus, e a pureza que ele requer para a minha vida. * Josué 1:8 - Para conhecer a vontade de Deus e andar consoante a ela, e com isso, ser próspero e bem sucedido em tudo quanto fizer. * Hebreus 5:12 - Para não me tornar repreensível por estar mantendo uma condição espiritual de criança na fé, que não cresce e nem amadurece; sendo obrigado a alimentar de leite espiritual (e nunca de comida sólida). * Hebreus 5:13 - Para me tornar experiente na palavra da justiça. * Atos 17:11 - Para ser nobre, criteriosos e zelosos com aquilo que me é ensinado.
E quem deveria estudar a Bíblia?
* João 17:17 - Todos os que querem conhecer a verdade (cf. João 18:38). * João 15:3 - Todos os que querem permanecer limpos. * João 15:10 - Todos os que amam ao Senhor. * Mateus 28:20 - Todos os que querem obedecer ao Senhor e serem seus discípulos. Por: Jair Souza
Leal, escritor, cristão e acadêmico de Direito.
113.Pastor,
que homem é esse? 22.03.07
(Jair Leal*)
1. O Soldado
O pastor é um soldado em combate. Ele vive cercado de inimigos por todos os lados. Todos estes inimigos são gigantes. Cercado por dentro. Ele tem de lutar contra os próprios medos; os próprios pecados; as próprias fraquezas, desejos e angústias. Tem de lutar contra a solidão (a qual sua posição muitas vezes o leva). Tem de lutar contra a própria insensatez, impaciência e incompetência. Tem de lutar contra as necessidades materiais, conjugais e familiares; inimigos gigantescos. Cercado a esquerda. Ele tem de lutar contra as vãs filosofias e sutilezas malignas que adentram o rebanho para dispersar as ovelhas, confundir, corromper e distorcer a verdade, à qual têm por missão defender. Ele tem de lutar contra os falsos ensinos, que mantêm prisioneiras do engano as pessoas que precisa alcançar. Cercado a direita. Ele tem de lutar contra a ingratidão do povo, a incompreensão e a crítica (característica comum daqueles por quem está dando o sangue). Cercado por trás. Ele tem de se defender dos companheiros que, apesar de estarem na mesma frente de batalha, atacam-lhe pelas costas como se inimigos fossem. Cercado na frente. Ele tem de lutar contra os prazeres que o mundo oferece para seduzir as pessoas, pois a sua missão é cuidar, defender e resgatá-las. Tem de enfrentar ainda a indiferença, a apatia e a falta de entusiasmo dessas pessoas para com as coisas de Deus; tentando motivá-las. Cercado por baixo. Ele tem de lutar contra o diabo e as suas hostes malignas, que fazem oposição a Deus e à Sua obra; obra esta da qual foi constituído fiel depositário. Como se não bastasse a luta, esse homem é cobrado por Deus, pela sociedade, pela sua denominação, pelo seu rebanho, pelos colegas de ministério, pela família e até por si próprio. Este homem não pode esperar recompensas enquanto batalha. Ele sabe que só será recompensado após o fim da guerra, quando encontrar pessoalmente com o seu General. Quem pode suportar tamanha luta, tamanhos inimigos, tamanha pressão? Quem é suficiente para esta batalha? Eclesiastes 9:10 lhe diz: "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças". Mas esse homem sabe que a missão que lhe foi confiada por Deus está muito além das suas forças. Ele têm consciência que, como Davi, sozinho, jamais poderá vencer o gigante que amedronta todo o exército; só poderá vencer se for na força do Senhor. Então, o pastor é um soldado valente, porém, fraco. Ele está cônscio das próprias limitações; mais do que qualquer outra pessoa. Mas, como o Paulo, o apóstolo, sabe que o poder de Deus se manifesta na sua fraqueza. Por isso, a sua força é extraída unicamente da graça que há em Cristo. Apegado à essa graça, ele sofre todas as aflições, como bom soldado, na certeza de que um dia há de reinar com o seu vitorioso General. Amado Estou precisando de sua sugestão. As mensagens que você tem recebido por email são parte do Ministério Compartilhando Fé. Estamos precisando de um logotipo/logomarca para ele. Pense neste nome e me envie uma sugestão ou desenho Ela será nossa marca registrada para ser colocada em todo nosos veículos de divulgação da Palavra. A propósito, você tem gostado das mensagens que tem recebido? Tem sido edificado? Gostaria de continuar recebendo? Aguardo seu retorno/contribuição. Um forte abraço Jair 05/07/06 114.O Segredo do Sucesso (Salmo 128) 12/04/07 O segredo do sucesso está em conduzir a vida de acordo com o plano e projeto que Deus tem para cada um de nós. Sucesso não é fama, não é dinheiro. Sucesso é vida aprovada por Deus. Cada um de nós foi destinado a cumprir um projeto de Deus. Ninguémpoderá fazer aquilo que só compete a nós fazermos. Somos como um navio cujo leme poderá ser guiado por Deus, pelas circunstâncias, pelo mundo ou por nosso bel-prazer. Quando Deus não está no leme, encalhamos. Se Deus está no leme, seguimos na direção certa: sempre seguros e com a garantia de chegar ao destino almejado, mesmo enfrentando as tormentas e tempestades que certamente virão. Só conheceremos o projeto especial de Deus para a nossa vida, se conhecermos a Deus. Só conheceremos a Deus por meio da Sua Palavra. Só conheceremos a Palavra se a estudarmos, lermos e meditarmos diariamente nela. À medida que aprendemos a Palavra, não podemos ter outra atitude que falar dela sempre, e viver consoante aos seus princípios. Vivendo por suas diretrizes, cumprimos a vontade de Deus, nos conduzimos prudentemente e com sabedoria. Uma vida assim, certamente será bem sucedida. A Palavra descortina Deus. Deus revela a vida e desvenda os segredos: os segredos do sucesso. Participe! Envie-nos seu comentário : www.uniaonet.com/email.htm
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