06
- Deve o cristão preocupar-se com “segurança”?
Esta é, sem dúvida alguma, uma pergunta pertinente e relevante
ao momento ímpar que atravessamos em nosso país. Momento este de grande
violência urbana e de profundos distúrbios sociais. Aquilo que antes
conhecíamos somente dos filmes de Hollywood, e que parecia tão irreal
e distante, agora está muito perto. Hoje o perigo mora ao lado; para
alguns é ainda pior, pois o perigo mora dentro de casa.
Diversos recursos são apresentados como paliativos da situação,
como forma de amenizá-la. Assim, multiplicam-se vertiginosamente os
diversos meios que oferecem alguma segurança às pessoas, patrimônio,
empresas e até igrejas (pois nem estas estão escapando). A justiça
e a polícia, principais responsáveis pela proteção e combate às forças
do mal, estão impotentes e têm se mostrado insuficientes e ineficazes,
apesar de todo esforço empreendido.
Estamos bem perto do caos, e tanto a impunidade, como as drogas
e a falta de Deus na vida das pessoas, tem potencializado e agravado
a situação.
As seguradoras, as empresas de vigilância especializadas, escoltas,
segurança pessoal, as que vendem e instalam equipamentos de segurança,
armamentos e até academias que oferecem cursos de defesa pessoal e
de lutas, têm crescido como nunca e inovado espetacularmente. São
os que se beneficiam na proporção em que a violência e o medo crescem.
Cada um se vira como pode; aumentando os muros da casa, instalando
cercas elétricas, colocado cacos de vidro nos muros, grades, sensores
e até mesmo cães ferozes; hoje não dá para ter um carro sem seguro,
travas, alarmes e até blindagem; não faltam os que contratam segurança
pessoal, nem os que andam armados; como forma de se defender e proteger.
Quem hoje pode se gabar de nunca ter sido assaltado, ameaçado
ou abordado de modo violento? Quem nunca teve uma arma apontada para
a cabeça? Quem nunca teve algum bem roubado, ou pior, já perdeu alguém
que lhe era caro? Quantas vidas já não foram ceifadas de forma cruel
e trágica? Ninguém está imune, seja nos grandes centros urbanos ou
interior. Em lugar algum há segurança. Todos sofrem com a violência,
de modo direto ou indireto, e se vêem impotentes e indefesos.
Ante o terrível quadro apresentado e vivido por todos, surge
a questão: E nós cristãos, que temos fé em Jesus Cristo e sabemos
ser Ele o nosso guardião, como ficamos nesta situação. Devemos nos
preocupar com segurança? Devemos nos precaver, ou somente esperar
e crer no livramento de Deus? Estaríamos pecando ou demostrando falta
de fé, ao utilizar algum método de segurança? O que fazer? A Bíblia
diz algo a respeito?
Quando lemos o Antigo Testamento, descobrimos que o povo escolhido
de Deus, Israel, sofria constantemente com a violência de ataques
inimigos (povos vizinhos que queriam tomar a sua terra, colheitas,
riquezas, e torná-los seus escravos), e até mesmo de animais selvagens.
Eles, embora confiantes em que Deus era o seu general, escudo, protetor,
aquele que os guardava e pelejava por eles, não deixavam de tomar
as devidas precauções. Tinham soldados armados e bem treinados, vigias,
espiões, estratégias de guerra, e não se descuidavam das defesas.
Construíam muralhas ao redor da cidade, em suma, faziam tudo que estivesse
ao seu alcance para dificultar os ataques inimigos e para não ser
pegos de surpresa ou despreparados.
Por si, isto já seria um forte argumento a favor do uso de
segurança. Eles iam até onde as suas condições permitiam, mas estavam
sempre certos e confiantes de que se o que fizessem falhasse, Deus
não falharia. Em última instância, Deus era a sua segurança. Aquilo
que estava ao seu alcance fazer, eles faziam, e criam em Deus.
Dois outros textos, ainda que indiretos, seriam também suficientes
para nos dar um parecer conclusivo a este respeito. Um deles trata
da tentação de Jesus: “Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o
sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito:
Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e: eles te susterão nas
mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus:
Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.” (Mateus
4:5-7)
Se formos sensatos, saberemos que Jesus é o maior exemplo da
fé viva em Deus e em tudo quanto na Bíblia está registrado. Quando
Satanás lhe veio com a proposta de pular sem paraquedas, para provar
a Deus, a veracidade da divindade de Jesus e da Palavra, Jesus não
aceitou. Ele não deixou de crer que Deus faria como prometeu, mas
indicou que não precisamos acionar Deus para o que não é absolutamente
necessário; se fosse, Deus agiria, mas Ele não iria provocar a situação.
Semelhantemente, na grande comissão, Jesus deu esta palavra
a seus discípulos: “E estes sinais acompanharão aos que crerem: em
meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma
coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos
sobre os enfermos, e estes serão curados.” (Marcos 16:17-19) Isto
não significa que para testar a fé de alguém seja-lhe dado veneno
a beber; permanecendo vivo tem fé, morrendo era incrédulo; ou, que
devamos sair pegando em serpentes para provar a fé e a infalibilidade
da Palavra.
É certo que o que Jesus falou se cumprirá, desde que não provocado.
Não se deve tentar a Deus ou desafiá-lo. Acontecendo, pela maldade
alheia ou por ignorância, deve-se crer que a Palavra se cumprirá.
Os discípulos de Jesus não precisam temer, no exercício da pregação,
com as tentativas dos inimigos da fé, mas, não devem sair a provocar
situações. Nada está fora do controle de Deus, onde tudo mais falhou,
Deus não falhará.
Portanto, podemos
chegar a seguinte conclusão, que vale para nós como pessoas, para
nossas empresas, bens e igrejas: Façamos tudo quanto for legalmente
permitido e estiver ao nosso alcance para evitar, prevenir e dificultar
ações violentas e criminosas contra a nossa pessoa e patrimônio. Sejamos
sensatos, astutos e vigilantes, sem dar ocasião nem ser ingênuos a
ponto de provocar situações ou facilitá-las. Dar a outra face não
é dar a cara a tapa. Não vamos tentar a Deus, confiar sim.
“Pois ninguém pode entrar na casa do valente e roubar-lhe os
bens, se primeiro não amarrar o valente; e então lhe saqueará a casa.”
(Marcos 3:27) “Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança
estão os seus bens.” (Lucas 11:21) “Sabei, porém, isto: se o dono
da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria
e não deixaria minar a sua casa.” (Mateus 24:43)
Entrementes, devemos depositar total confiança na provisão
de Deus, e depois de ter feito tudo quanto estava ao nosso alcance,
e ainda assim os recursos e cuidados empregados falharam, Deus não
falhará. Ele é a segurança infalível daquele que nEle confia. Tudo
pode falhar, mas Deus não falhará.
Você poderá ter todos os recursos de segurança disponíveis,
mas, se não estiver firmado em Deus, já decretou a própria ruína.
”Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.” (Salmo
127:1) “E não temais os que matam o corpo, e
não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer
no inferno tanto a alma como o corpo.” (Mateus 10:28)
Temamos a Deus e confiemos nEle. O que podemos fazer, Deus
não fará, mas aquilo que nos for impossível, para Deus é possível.
Você concorda comigo?
07 - Retirando o combustível
da violência
Como nunca antes, esta reflexão se mostra essencial e relevante.
Vale a pena gastar alguns momentos para considerá-la, devido ao momento
ímpar que atravessamos em nosso país. Momento este de grande violência
urbana e de profundos distúrbios sociais. Aquilo que antes conhecíamos
somente dos filmes de Hollywood, e que parecia tão irreal e distante,
agora está muito perto. Hoje o perigo mora ao lado; e, para alguns
é ainda pior pois, o perigo mora dentro de casa.
Quando
vemos a violência e seus acessórios assumindo proporções alarmantes
a ponto de já se falar, com certa naturalidade, num poder paralelo
ao estabelecido por vias normais, civilizadas e democráticas. Quando
os jornais e noticiários absorvem grande parte do seu conteúdo na
apresentação da violência. Quando, apesar de todo esforço, a justiça
e a polícia, principais responsáveis pela proteção e combate às forças
do mal, estão impotentes e se mostram ineficazes, e as forças do mal
predominam, impondo as suas próprias leis e exterminando sem piedade
aqueles que se colocam em seu caminho.
Quando nem mesmo os países que vivem em constantes conflitos
bélicos matam tantos inocentes. Quando a frouxidão dos magistrados
e das leis, o desinteresse parlamentar, as pressões dos poderosos,
os interesses das grandes corporações e dos especuladores internacionais
predominam, fazendo pressão sobre a economia da nação, gerando miséria
e sofrimento ao seu povo, e sendo grandes responsáveis pelo quadro
caótico em que nos encontramos.
Quando estamos bem perto do caos, e tanto a impunidade, como
as drogas e a falta de Deus na vida das pessoas, tem potencializado
e agravado a situação. Quando ninguém mais pode se gabar de nunca
ter sido assaltado, ameaçado ou abordado de modo violento, de nunca
ter tido uma arma apontada para a cabeça, um bem roubado, ou pior,
perdido alguém que lhe era caro. Quando vidas são ceifadas de forma
cruel e trágica, e ninguém está imune, seja nos grandes centros urbanos
ou interior. Quando em lugar algum há segurança e todos sofrem com
a violência, de modo direto ou indireto, e se vêem impotentes e indefesos
para proteger suas vidas, patrimônios, empresas e igrejas (pois nem
estas estão escapando).
Quando
todos os setores da sociedade tiveram oportunidade de dar o seu parecer
e falharam, mostrando-se ineficientes e fracos para combater e mudar
a situação, chegou o momento
de chamar a atenção desta sociedade para encarar e analisar a situação
dum ponto de vista cristão.
Não
deixamos de afirmar que, também a Igreja e os cristãos em geral, são
co-responsáveis pela situação e têm grande parcela de culpa, ainda
que por indiferença. Precisamos deixar de lado nossas diferenças e
preconceitos e juntar forças para batalhar, e nada melhor do que pensar
que há uma solução, há uma saída.
Certamente, como cristãos, temos em nossas mãos a mais forte
e poderosa arma que poderá ajudar o nosso país a sair deste infortúnio,
esta arma se chama: evangelização,
que transforma e resgata vidas, tirando o combustível da violência
e das drogas. Se conseguirmos nos conscientizar da importância da
evangelização, do valor social de uma conversão e da grandeza do cristianismo
para uma nação, poderemos e revolucionaremos este imenso país, mudando
a sua realidade.
Posso
afirmar, com grande convicção que, mesmo se não houvesse nenhuma vantagem
espiritual na fé cristã, nenhuma promessa divina como a promessa do
céu, da salvação, da vida eterna, do perdão, da eterna felicidade,
entre outras, ainda assim haveriam as vantagens sociais e os benefícios
pessoais desta fé. Ela é tão superior que, mesmo eliminando tudo quanto
dissemos acima, continua sendo vantajoso ser um cristão, e isto não
só para o indivíduo como para toda uma sociedade. Veja alguns destes
benefícios.
1. Benefícios do cristianismo para a vida
pessoal
Posso
falar, com base na Bíblia, na minha experiência pessoal, e em observações
de fatos reais, quantos são os benefícios da fé cristã para a vida
pessoal.
As
companias são diferentes, livrando-nos das más influências, de locais
indesejáveis e de situações embaraçosas. Somos libertos e preservados
de vícios, envolvimentos sexuais amorais, indevidos, pervertidos ou
danosos à saúde e à família. A conversação é saudável, a moral elevada.
Há integridade, alegria de viver, disposição para o trabalho, harmonia
no lar e equilíbrio nos relacionamentos.
Há
paz, ainda que em meio a situações adversas, esperança que nunca desvanece,
ações e atitudes que enobrecem a humanidade, uma irmandade que forma
uma grande família, comunhão, fé, oração, o desejo pelo bem do próximo.
Tudo isto já seriam motivos mais que suficientes para se investir
no cristianismo.
2. Benefícios do cristianismo para
a sociedade
Toda
conversão envolve uma transformação. Só se converte e vem a Jesus,
aquele que se reconheceu pecador. E nas fileiras cristãs, todos têm
consciência disto, e, se vieram a Cristo, é porque buscam o perdão
e a libertação.
O
próprio Jesus andou entre os pecadores. Ele mesmo afirmou que veio
para chamá-los ao arrependimento, como um médico, que só é procurado
por doentes (Mateus 9:9-13). Aquele que não se reconhece pecador,
não precisa de Cristo, como os que pensam não estar doentes, não precisam
de médico. Todos os que buscam a Jesus, vêm porque são pecadores,
mas pecadores arrependidos que buscam transformação em suas vidas.
Socialmente
falando, cada conversão significa: menos ódio entre as pessoas, menos
um ladrão, menos um alcoólatra, menos um drogado, menos um marginalizado,
menos um morimbundo, menos uma família desestruturada. Menos um assassino,
menos um fanfarrão, menos um trapaceiro, menos um egoísta, menos um
explorador, menos uma prostituta, menos um chantagista, menos um estuprador,
menos um murmurador, menos um cidadão revoltoso, menos um vagabundo,
menos um sonegador, menos um traficante, menos um marginal, menos
um pivete, menos um racista. Menos um na cadeia, menos um nos botecos,
menos um nas sarjetas, menos um nos antros de prostituição, menos
um nos confrontos com a polícia, menos um no cemitério.
Aliás,
aos que gostam de criticar e zombar dos cristãos e das igrejas próximas
de sua casa, ou criticar e zombar ao ver alguém carregando uma Bíblia
ou de joelhos orando, eu pergunto: O que é melhor ter próximo da sua
casa - uma igreja ou uma penitenciária? Uma igreja ou um ponto de
tráfico de drogas? Uma igreja ou uma boca de fumo? Uma igreja ou um
bordel? O que é melhor - ver alguém carregando uma Bíblia ou uma arma?
De joelhos orando ou nas ruas cometendo crimes e ceifando vidas? Ver
alguém que fala do amor de Deus ou alguém que fica na porta das escolas
convencendo nossas crianças a usar drogas? Pense bem nisto.
Certamente
amigo, você há de convir que cada conversão, é menos uma preocupação
para o governo, para a sociedade, para os patrões, professores, juizes,
para os maridos e esposas, para as pessoas de bem.
Você
percebe como e quanto todos são beneficiados por uma conversão? Então
deve concordar que, são nossas igrejas que devem se encher, não as
delegacias ou prisões, nem tampouco os cemitérios.
Precisamos de pessoas que sirvam a Deus, não aos traficantes;
pessoas que oram, abençoam e sirvam ao país, não as que amaldiçoam,
torcem contra e tentam destruí-lo; de pessoas que vivam padrões morais
elevados, não as que vivam culturas animalescas e exaltam os prazeres
incontidos e irrefreados buscando somente a satisfação dos seus instintos
insaciáveis; de pessoas que marchem para Jesus, não para a morte.
Mais
do que nunca, este é um incentivo aos cristãos para buscar se despertar
para uma evangelização mais efetiva, eficaz e consciente, para não
se esconder, cruzar os braços e calar-se. Como cidadãos, devemos exigir
e fazer cumprir os nossos direitos, cobrar dos políticos e governantes
atitudes mais positivas, elevadas, severas e eficientes, e a criação
de leis mais justas e firmes que eleve o nível moral do país. Mas,
como cristãos, não devemos esperar somente do governo nem da policia.
Devemos levar a mensagem de Jesus às pessoas, evangelizar, resgatar
vidas, antes que a nossa seja ceifada.
Mobilizemo-nos nesta santa tarefa de libertar nosso país pelo
poder magnífico e transformador do evangelho de Cristo e pelo poder
da graça do nosso Deus. É hora de ação, de oração, de evangelização.
Todos com Cristo, por Cristo, para Cristo, levando o evangelho da
paz, colhendo o fruto de almas que se rendam aos pés do Senhor não
de corpos que caem aos pés de bandidos.
Você
aceita o desafio? Ele pode ser a única solução, mas é uma solução,
e tudo que precisamos nestes dias é de solução. Sei que é “difícil
limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada.” Então, se
não permitirmos que nós, ou nossos filhos, sejam usados como o combustível
da violência e das drogas, e ainda retirar os que já estão sendo usados,
este mal poderá diminuir ou vir a se apagar. A possibilidade de mudança
agora está em suas mãos e depende de você. Experimente e colha os
resultados.
08- A Droga é melhor?
Hoje em dia está muito comum, e quase natural, sermos abordados
por pessoas que nos oferecem drogas; como se fosse a melhor coisa
do mundo, enquanto fica cada vez mais raro, e parece coisa de outro
planeta, sermos abordados por pessoas que nos oferecem a melhor coisa
do mundo - que é Jesus; como se a vida com Ele fosse uma droga.
Os arautos das drogas argumentam assim; quem usa drogas não
é careta, está na moda, em dia com o seu tempo, curte a vida de montão,
mostra e aproveita a sua liberdade, faz altas viagens, conhece o paraíso,
fica maneiro, esquece os problemas da vida e o stress cotidiano, e
totalmente de graça.
É claro que não mostram o outro lado da sua doutrina, que,
de graça mesmo, só da primeira vez que te oferece ou, quando muito,
até você se tornar um dependente. A partir daí, surge um novo consumidor,
de quantidade cada vez maior, de produto cada vez pior, um verdadeiro
escravo, que gastará todos os recursos para manter o vício. Quando
estes acabarem, vai vender tudo que tem e até o que não tem, pois
vai começar a roubar e a matar para poder manter a droga, ainda que
a sua mente e moral (enquanto a possuir), seja contra.
Eles dizem que você vai curtir a vida, mas não dizem que é
na sarjeta, no submundo, na miséria, na delegacia. Dizem que esquecerá
os problemas, e é verdade, você não terá mais com o que nem com quem
se preocupar, pois perderá tudo; a sua família, o seu trabalho, a
sua saúde. A única preocupação que terá, vai ser a de manter as suas
altas viagens, sendo que a mais alta, fica a sete palmos abaixo do
chão, após uma overdose, uma agulha contaminada, o corpo vendido que
contraiu uma doença terminal, ou pela deterioração que o corpo naturalmente
sofrerá.
Há! E tudo isto, claro, não antes de matar os seus amigos e
entes queridos, de desgosto, preocupação, tristeza, e até assassinado
por algum bandido que você ajudou a patrocinar com o dinheiro que
envia aos traficantes quando compra drogas. Talvez seja por um amigão
seu, também usuário, freqüentador do paraíso, que no afã de manter
o vício, precisou assaltar o seu parente e tudo acabou em morte e
tragédia.
Como vê, estes arautos mentem para você, não são dignos de
crédito, e só apresentam um lado da verdade. Você só descobrirá toda
a verdade, quando não conseguir mais sair. Mas, afinal, o que se tem
a perder!? Você não é careta, quer estar na moda, em dia com o seu
tempo; e morrer, ser preso, se tornar um molambo humano, um dependente
químico, está na moda, assim como a violência, o tráfico, a bandidagem.
Isto sim é ser livre, diferente, bacana, esperto e atual!
Quanto à Jesus! Embora não engane ninguém e diga sempre a verdade,
viver com Ele, isto é ser careta. O que Ele tem a oferecer? Isto é
que é uma droga. Por isso os seus arautos decrescem a cada dia, e
cada vez mais se envergonham de apresentá-Lo às pessoas. Quem teria
coragem de traficar o que Jesus oferece?
Ele oferece a verdadeira liberdade ao nos livrar do pecado,
como disse: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis
livres." (João 8:36) Ele
liberta da ira, do ódio, do egoísmo, da mentira, do orgulho, dos vícios,
do engano de Satanás.
Ele oferece a vida abundante e verdadeira, cheia de propósitos
e de objetivos para que possamos curtir, como disse: "O ladrão não
vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida
e a tenham em abundância." (João 10:10)
Ele preenche o vazio que há em nós, dá a razão do nosso existência,
do nosso viver, da felicidade plena, e nos enche de alegria
verdadeira e constante. Quem quer isto?
Ele nos faz viajar nas coisas espirituais, na Sua Palavra e
promessas. Nos faz caminhar ao Seu lado, arrebatando-nos, dando sonhos,
visões, e oferecendo uma linda viagem para o céu, para estarmos ao
Seu lado por toda a eternidade, como disse: “Virei outra vez, e vos
tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também."
(João 14:6) Alguém desejaria algo assim?
Quanto aos problemas, destes Ele não nos livra, mas novamente
prova ser verdadeiro. Antes, nos adverte que teremos muitos problemas,
como disse: "No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, eu venci
o mundo." (João 16:33) Mas Ele nos dá esperança, pois venceu,
e promete estar para sempre ao nosso lado, mesmo em meio aos problemas,
como disse: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos.” (Mateus 28:20)
Ele
nos livra de encarar os problemas de modo errado; “Pois tenho para
mim que as aflições deste tempo presente não se podem comparar com
a glória que em nós há de ser revelada." (Romanos 8:18)
Livra-nos da expectativa e ansiedade (que é o que faz sofrer
diante dos problemas), ao afirmar que Ele tem cuidado de nós: "Não
andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos
conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças."
(Filipenses 4:6) - vide também (Lucas 12:22-31). Esta é a promessa
de Jesus, mas, quem vai querer!?
É isto que Ele tem a oferecer?! Amor? Paz? Perdão? Felicidade?
Alegria? Vida plena e sem ansiedade? Comunhão e intimidade com Deus?
Resposta ao que pedirmos com fé em oração? Salvação? Vida eterna?
E tudo de graça, porque Ele já pagou o que era devido, com a sua própria
vida e seu sangue derramado, devido ao amor com que me amou? Como
diz: "Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos
ainda pecadores, Cristo morreu por nós." (Romanos 5:8)
Compare estas duas realidades e descubra qual é a verdadeira
droga. Observe e compare a vida e o fim das pessoas que aceitam o
que o traficante oferece com a vida e o fim das pessoas que aceitam
o que Jesus oferece, depois faça a sua escolha. Mas não seja careta,
seja apenas esperto, compare antes de escolher o que será melhor para
você. Decida-se em quem vai acreditar, e lembre-se destes dois textos:
"Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz
à morte." (Provérbios 14:12); "E conhecereis a verdade, e a verdade
vos libertará." (João 8:33) Depois, curta a vida ao máximo, no limite
do que a sua escolha puder ofertar.
09 - Lições do Futebol Para a Fé Cristã
O Senhor Jesus sempre citou os acontecimentos cotidianos para
ensinar preciosas lições aos seus discípulos (Mateus 13:10-17). Devemos
também usar nossa cultura para contextualizar, esclarecer e, mesmo,
tirar proveitosas lições espirituais. Se Jesus assim o fez, abriu
precedente, deixando-nos o seu aval, e o bom mestre cristão é aquele
que procura imitar em tudo ao seu Senhor.
Penso que por uma pequena bola os homens são capazes de fazer
muitas coisas que não fariam a um semelhante, mas, reconheço que,
também, podemos tirar preciosas lições extraídas do futebol, para
nos trazer crescimento espiritual. Mas afinal, o que o futebol pode
nos ensinar?
Podemos pensar no espírito de equipe. Cada time, ainda que
tenham os talentos individuais, não compete entre si, antes, direciona
todo seu esforço e potencial na luta contra o adversário que lhes
é comum. Eles têm um mesmo ideal: alcançar a vitória ao derrotar o
adversário. Eles sabem que a união do grupo é essencial à vitória.
Esta é uma grande lição a ser aprendida, pois, por vezes percebemos
a ausência deste espírito de equipe, desta unidade, no seio da Igreja.
E digladiamo-nos, ou nos isolamos, ao invés de unir esforços na luta
contra o adversário que nos é comum. É bom lembrar que a luta interna
só trás derrota, este é um princípio bíblico, o reino dividido não
subsiste (Mateus 12:25). A unidade fortalece para a vitória e leva
a maiores conquistas.
Que dizer da motivação que levam os atletas a prosseguir até
o fim? Um prêmio, um troféu, um reconhecimento humano, dinheiro, status,
paixão pessoal, ou, o fato de estar representando um clube. Nós também
temos razões para prosseguir até o fim (Mateus 10:22; 24:13; Hebreus
6:11; Apocalipse 2:10, 26). Temos promessas de recompensas, representamos
um reino, esperamos um galardão, uma coroa, e, acima de tudo, a aprovação
do Senhor (Mateus 25:34. Os que buscam glória perene, nos dão uma
grande lição do que é prosseguir até o fim, e nos desafiam.
Quanto
você tem se esforçado e dedicado em ajuntar troféus na pátria celeste?
Certamente devíamos nos entregar até as últimas conseqüências, na
conquista de almas para o Reino de Deus. É triste reconhecer que nem
sempre é visível o empenho dos fiéis.
Em futebol, o investimento é bastante alto e o retorno dependerá
do empenho de cada um. Para nós não é diferente, temos a nobre tarefa
de alcançar o mundo para Deus, investindo todos os nossos recursos
e, se preciso, a própria vida. O empenho de cada um é essencial para
a vitória que urge em ser alcançada (2 Pedro 3:12; Sofonias 1:14).
No futebol, todos levantam com orgulho suas camisas e entoam
com jubilo seu hino, nos ensinando que precisamos hastear bem alto
o estandarte do evangelho, bradar forte a vitória de Cristo, cantar
os louvores da pátria celeste e jamais perder a alegria de torcer
para que almas sejam salvas, e vibrar quando da sua conquista do reino
das trevas para o reino da luz (Atos 26:18; 1 Pedro 2:9), e isso,
até os anjos fazem, aliás, eles são grandes torcedores e festejam
sempre que um pecador se arrepende (Lucas 15:10).
Alguns países se envolvem mais do que outros com futebol. Também
a fé cristã está mais presente em alguns países do que em outros.
O Brasil é conhecido como o país do futebol, o único tetra campeão,
e é hoje o celeiro do mundo. Isto é sem dúvida um grande privilégio
e uma grande responsabilidade, esta tocha pesa. Somos o país do Evangelho.
Outras lições podem ser aprendidas: Sempre haverá um adversário;
há regras a serem observadas; faltas são cometidas; punições aplicadas;
estrelas despontam; todos precisam vestir a camisa do time e participar
se quiser vê-lo vitorioso; ninguém entra em campo para perder; a torcida
ajuda muito mas não joga; não faltam os juizes; muitos são “convocados”
e poucos escolhidos (Mateus 22:14). É preciso planejar, conhecer o
adversário, treinar, colocar as pessoas certas no lugar certo
Podemos comparar o narrador ao pregador; os ingressos aos folhetos
de evangelização; os diversos times às várias religiões; e as torcidas
aos adeptos destas religiões, que até respeitam e admiram o adversário,
sem nunca deixar de acreditar que pertence à melhor. Toda equipe tem
um capitão, este, embora não seja o melhor jogador em campo, é o líder
do grupo. O líder não precisa ser o melhor, mas precisa orientar bem
os demais, não é auto-suficiente e não faz nada sozinho.
Muitos se ferem em jogo, para isto, há médicos prontos para
tratá-los, curá-los e reconduzi-los. Na carreira cristã, muitos caem,
outros chegam feridos. É preciso que a Igreja exerça sua função terapêutica,
curando os feridos de corpo e de alma. O preparador físico capacita
cada jogador para entrar em campo, estes tem de estar em boa forma
e ter resistência para usar com habilidade toda a sua técnica, para
isto, precisam se exercitar muito, ter uma alimentação saudável e
equilibrada, serem disciplinados e abster-se de algumas coisas.
De
tudo isto precisa o cristão: ter uma boa nutrição espiritual (1 Timóteo
4:6-10), exercitar-se na piedade, estar preparado para toda boa obra
(2 Timóteo 2:21), resistir ao diabo e as tentações (Tiago 4:7), abster-se
do pecado e do que é inconveniente (2 Tessalonicenses 4:3-7; 5:22;
2 Pedro 2:11), examinar-se sempre (1 Coríntios 11:28) e, usar todo
o seu potencial e talento nesta missão.
Há um campo, uma disputa, somente um sairá vencedor. Todas
as posições são importantes, cada papel é vital, mesmo havendo os
que fazem gols e são mais vistos, há também os que impedem que gols
sejam tomados. O gol não beneficia apenas o que o faz, mas a todos.
A vitória é de todos, a derrota também. Cada cristão têm a sua importância
como membro do corpo de Cristo (1 Coríntios 12:18-27). É certo que
alguns se destacam mais dado a sua posição e chamado, mas a glória
não lhe pertence.
O jogo tem ataque e defesa. Como Igreja, não podemos apenas
ficar nos defendendo, precisamos contra-atacar (Judas v. 3), invadir
o território adversário e lhe dar belos dribles (Judas v. 22-23).
O que fica na retranca e apenas se defende, sem atacar, está propício
a tomar gols, “quem não faz toma”. Como aqueles que só atacam sem
zelar pela sua defesa. É preciso zelar pela defesa e atacar. Biblicamente
nós não temos somente o escudo da fé, que é um instrumento de defesa,
temos também a espada do Espírito, que é um instrumento de ataque
(Efésios 6:13-17).
A bola está em jogo, é o centro das atenções. Podemos compará-la
às almas humanas. Os gols feitos são as almas resgatadas, os gols
tomados são as almas não alcançadas. Nós somos os refletores do estádio
(ou seria “a luz do mundo”?). Os equipamentos de proteção usados,
lembra-nos da armadura de Deus que precisamos nos revestir. Há muitos
torcedores e poucos jogadores. Há mais seguidores do que discípulos.
Críticas serão inevitáveis, não faltarão os desclassificados.
O árbitro, nem se compara ao grande Juiz (Isaías 33:22; Atos
10:42), que vai julgar a todos pelas suas obras (Mateus 16:27; Apocalipse
20:12-13). A glória dos estádios nem se comparam com a glória que
nos espera no porvir (Colossenses 3:4; Romanos 8:18), e à cidade cujo
arquiteto e construtor é o próprio Deus (Hebreus 11:10; Apocalipse
21:2).
Que mais poderia ser dito? É possível alongar esta analogia
mas, o que foi dito, é o bastante para mostrar que o futebol tem muitas
lições que nos desafiam, precisamos aplicá-las. Desejo muito que você
não seja apenas um torcedor que se assenta nas arquibancadas vendo
o jogo acontecer sem nada fazer, mas dos que entram em campo e ajudam
a conquistar a vitória, pois só a estes será dado receber, no último
dia, o troféu de vencedor das mãos do próprio Deus (Apocalipse 3:21;
22:12). Há incentivo maior?
10 - Jesus está feliz com você?
É interessante pensar que em boa parte das reuniões entre cristãos,
alguém sempre pergunta à congregação: Quem está feliz com Jesus diz: Amém!
E todos a uma respondem em coro: Amém! É comum repetir-se a pergunta,
e exigir uma maior veemência e euforia na resposta, e esta vêm na
dose em que se é exigida: AMÉÉÉM!!!
O interlocutor então, se dá por satisfeito com seu público e segue
dando prosseguimento ao programa eclesiástico, ciente de que tem diante
de si pessoas satisfeitas e felizes com Jesus.
Mas eu sempre me questionei, porque uma segunda pergunta nunca
é feita, aliás, a única pergunta que deveria ser feita, a pergunta
realmente vital e crucial: Se Jesus está feliz com você diz: Amém!
Imagine esta pergunta sendo feita, qual não seria a reação
do público? Cairia como uma bomba no meio do povo de Deus. Mas, pense
comigo: Existe alguma razão para alguém não estar feliz com Jesus,
especialmente um filho de Deus? Existe um mínimo de bom senso nesta
questão?
Alguém que nunca mentiu e jamais mentirá para nós, embora sejamos
capazes de mentir para Ele; alguém que nunca nos enganou e jamais
nos enganará, embora tentemos por vezes enganá-Lo com nossas desculpas
e meias verdades; alguém que nunca nos traiu e jamais trairá, embora
muitas vezes seja por nós traído; alguém que sempre atendeu e atenderá
às nossas súplicas, embora nem sempre poderá contar com a nossa disposição
de atender as suas; alguém que salvou os que se haviam perdido.
Alguém que se sacrificou por nós e que por nós deu a própria
vida, embora tenhamos grande resistência em fazer algum sacrifício
por Ele; alguém que nos amou, ainda quando o odiávamos; alguém que
sempre se importou conosco, ainda quando nem o conhecíamos; alguém
que abençoa aqueles que amaldiçoam; alguém que perdoa os que resistem
em dar perdão; alguém que nunca abandona mesmo aqueles que insistem
em deixá-Lo; alguém que nos respeita e honra, mesmo quando o difamamos
e desonramos.
Alguém que é santo, mas insiste em viver entre os pecadores;
alguém que nos oferece coisas que jamais seriamos merecedores; alguém
que não se envergonha de nos apresentar e confessar diante do Pai,
ainda quando nós mesmos nos envergonhamos de apresentá-Lo e confessá-Lo
diante dos homens; alguém que vem ao nosso encontro, mesmo quando
nos escondemos e fugimos dEle; alguém que sempre cumpriu e cumpre
o que promete, ainda que estejamos sempre falhando naquilo que prometemos.
Então, haveria alguma razão para não estar feliz com Jesus?
Este amigo que nos ama, que deu a vida por nós, que nos perdoa, que
atende às nossas súplicas, que cuida de nós, que nunca nos trai, nem
engana ou, jamais nos abandona, que nos dá o que não merecemos, que
nos respeita, que nos honra, que vem ao nosso encontro, que nos resgata
e redime, que nos salva, que nos exalta, que nos transforma, que nos
dá a alegria, a paz e a vida eterna?
Não seria mais real e sensato fazer um auto exame e pensar
se verdadeiramente Ele está feliz comigo? Se tenho trazido alegria
ou desgosto ao Seu coração? Se o lugar que tenho freqüentado, se as
pessoas com quem tenho andado, se as festas que tenho participado,
se as palavras que tenho proferido, se os pensamentos que tenho tido,
se os desejos que tenho alimentado, se o que ando vendo e ouvindo,
se a maneira como tenho me comportado, tem alegrado ou entristecido
o coração do meu Senhor.
Tenho recebido com alegria o quinhão que Ele me deu, ou vivo
a murmurar, declarando assim que estou insatisfeito com a maneira
como Ele tem cuidado de mim? Nos momentos difíceis por que passo,
tenho recorrido a Ele e confiado que Ele é suficiente para me dar
a vitória, ou recorro a outros meios e pessoas, declarando assim que
não confio muito que Ele seja capaz de reverter a minha sorte?
Então, posso declarar com segurança: Eu estou feliz com Jesus,
e você? Mas, talvez, seja um pouco mais difícil inverter esta declaração
e afirmar com a mesma segurança: Jesus está feliz comigo, e com você?
Mas é desta certeza que precisamos, Jesus fez e continua a fazer a
parte dEle. Tem alegrado, confortado, trazido segurança e confiança
aos nossos corações, cabe a nós agora, fazer a nossa parte, e trazer
alegria ao coração do nosso Senhor.
Portanto, viva de tal modo que, quando te perguntarem: Se
Jesus está feliz com você diz: Amém! Você possa dizer com
veemência, segurança, euforia e em alto e bom som: AMÉÉÉM!!!
Na certeza de que Ele testificará favoravelmente.