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Jair Souza Leal _ Artigos de 21 a 25

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21 Parceiros de Deus
22 Aos Pés do Mestre
23 A Família de Jesus
24 Uma severa advertência de Deus
25 O Que fazer ante as adversidades?

 

 

21 - Parceiros de Deus

 

Deus precisa de nós, ou da nossa ajuda? Você deve pensar como eu que não! Somos nós quem precisamos dEle. Ele é o criador, nós as criaturas; Ele é infinito, nós finitos; Ele é todo poderoso, nós limitados; Ele é eterno, nós mortais. Portanto, em sentido absoluto, Deus nunca precisou e jamais precisará do homem. Ele é auto-independente.

Mas aqui nós aprendemos algo da grandeza de Deus, que apesar da sua auto-independência, decidiu usar-nos para cumprir os seus propósitos neste mundo. Ainda que não precisasse, decidiu usar o homem como parceiro. Diz Paulo em 1 Coríntios 3:9 “Porque nós somos cooperadores de Deus.” Para realizar os seus poderosos feitos Deus conta com seus parceiros, e é através desta parceria que Ele tem agido. Alguém expressou bem esta afirmação ao declarar sinteticamente; “sem Deus não podemos, sem nós Ele não quer.” Esta é uma linda parceria entre Deus e o homem.

Isto é bem real e transparece em várias partes na Bíblia. Jesus diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Apocalipse 3:20). O onipresente, quer ser convidado para entrar; quer que tomemos a iniciativa; não quer agir independente à nossa vontade.

Deus quer abençoar os lares, mas precisa ter um parceiro na família que ouça a sua voz e abra-lhe a porta da casa. Precisa ter alguém que seja o meio pelo qual os seus milagres e as suas bênçãos alcancem a todos.

Diz-nos a Bíblia em 1 Coríntios 7:12-14 que; “Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela. E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não se separe dele. Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher, e a mulher incrédula é santificada pelo marido crente; de outro modo, os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.” Um cônjuge trás a benção de Deus para o lar. O ideal é que todos sejam parceiros de Deus, mas, em todos casos, que ao menos um do lar seja.

Em Atos 16:30-34 lemos: “Senhores, que me é necessário fazer para me salvar? Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. Então lhe pregaram a palavra de Deus, e a todos os que estavam em sua casa. Tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes as feridas; e logo foi batizado, ele e todos os seus. Então os fez subir para sua casa, pôs-lhes a mesa e alegrou-se muito com toda a sua casa, por ter crido em Deus.” Por meio do marido (o carcereiro da história), a palavra, a salvação e as bênçãos de Deus, alcançou toda a família.

A família está nos planos de Deus, Ele a inventou e a tem preservado, e quer abençoar os lares, para torná-los uma família espiritual. E é bom observar que Deus sempre começa a agir num lar através de um dos seus membros.

Deus usa homens, e não anjos, como parceiros. Conforme podemos aprender na história de Cornélio registrada em Atos 10. Nesta narrativa, um anjo poderoso da parte do Senhor aparece a Cornélio, para elogiar-lhe, e dar a ordem para ele chamar Pedro, que ensinaria o que precisava aprender, é que ainda faltava algo importante à sua fé.

Já te ocorreu que o próprio anjo poderia, pessoalmente, ter falado a Cornélio o que lhe faltava? Mas não o fez, antes, deu ordem para que Cornélio chamasse a Pedro. Aprendemos pois, nesta história, o princípio de que Deus usa homens e não anjos, e também que, a bênção de Deus alcança toda família a partir de um dos seus membros.

Milagres, só Deus pode fazer, mas antes de fazê-los, Ele usará os seus parceiros. Vejamos mais dois exemplos:

“Ora uma dentre as mulheres dos filhos dos profetas clamou a Eliseu, dizendo: Meu marido, teu servo, morreu; e tu sabes que o teu servo temia ao Senhor. Agora acaba de chegar o credor para levar-me e os meus dois filhos para serem escravos. Perguntou-lhe Eliseu: Que te hei de fazer? Dize-me o que tens em casa. E ela disse: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite. Disse-lhe ele: Vai, pede emprestadas vasilhas a todos os teus vizinhos, vasilhas vazias, não poucas. Depois entra, e fecha a porta sobre ti e sobre teus filhos; deita azeite em todas essas vasilhas, e põe à parte a que estiver cheia. Então ela se apartou dele. Depois, fechada a porta sobre si e sobre seus filhos, estes lhe chegavam com as vasilhas, e ela as enchia. Cheias que foram as vasilhas, disse a seu filho: Chega-me ainda uma vasilha. Mas ele respondeu: Não há mais vasilha nenhuma. Então o azeite parou. Veio ela, pois, e o fez saber ao homem de Deus. Disse-lhe ele: Vai, vende o azeite, e paga a tua dívida; e tu e teus filhos vivei do resto.” (2 Reis 4:1-7)

Esta história apresenta uma família vivendo uma situação extremamente crítica: A perda do marido e pai que acabara de falecer; a falência financeira que acarretaria a perda dos filhos e da própria liberdade.

Mas havia um homem de Deus, o profeta Eliseu, e uma mulher de Deus, a senhora da casa. Ambos eram parceiros de Deus. Não fosse pela iniciativa da mulher em procurar o homem de Deus, o milagre jamais aconteceria. Uma grande desgraça cairia sobre aquele lar e o destruiria completamente. Entretanto, um milagre mudou a sorte e o destino da família. O milagre Deus operou, mas a iniciativa partiu da mulher em procurar ajuda. Deus pode mudar o destino da sua família, só precisa que tenha alguém da família que tome a iniciativa, como fez a mulher da história.

            “Ora, estava enfermo um homem chamado Lázaro... Mandaram, pois, as irmãs dizer a Jesus: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas... Quando, pois, ouviu que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde se achava... Chegando pois Jesus, encontrou-o já com quatro dias de sepultura... Marta, pois, ao saber que Jesus chegava, saiu-lhe ao encontro... Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui meu irmão não teria morrido... Respondeu-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir... Onde o puseste? Jesus... foi ao sepulcro; era uma gruta, e tinha uma pedra posta sobre ela. Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque está morto há quase quatro dias. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram então a pedra. E Jesus... clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! Saiu o que estivera morto, ligados os pés e as mãos com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desatai-o e deixai-o ir. “ (João 11)

Aqui está mais um lar arrasado por uma tragédia. Não fosse pela iniciativa das irmãs Marta e Maria de procurar Jesus, Lázaro jamais teria ressuscitado. Mas, este era um lar que tinha as portas abertas para Jesus, e elas puderam recorrer a Ele sem hesitar. Seu lar tem as portas abertas para Jesus? Há algum parceiro de Deus nele?

A ordem de Jesus nos ensina. “Tirem a pedra”, isto vocês podem fazer, eu não preciso fazer por vocês. Ressuscitar, ninguém poderia, só ele, e assim fez. Confirmamos novamente os princípios apresentados acima. O que nós podemos fazer Deus não fará, Ele nos deixa participar do milagre, e para que seus milagres alcancem a família, necessário será alguém que tome a iniciativa.

É preciso agir enquanto há tempo. Há um último exemplo de alguém que tentou tomar a iniciativa quando já era tarde demais, e assim, tanto ele como toda a sua família pereceu. Isto está registrado em Lucas 16:19-31, na parábola do rico e Lázaro.

“Ora, havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e todos os dias se regalava esplendidamente. Ao seu portão fora deitado um mendigo, chamado Lázaro, todo coberto de úlceras; o qual desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as úlceras. Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado. No inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado. E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós. Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham eles também para este lugar de tormento. Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se arrepender. Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.”

           

O princípio estabelecido por Deus então é este: Apesar de não precisar de nós, Ele decidiu agir por nosso intermédio, e não agir independente à nossa vontade e cooperação. Deus está pronto para realizar milagres, abençoar e salvar, mas nós devemos dar o primeiro passo, tomar a iniciativa. O que podemos fazer, Ele não fará.

Então só resta saber: Você tem sido um parceiro de Deus na sua casa? Ele te diz: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jeremias 29:13) e; “Chegai-vos para Deus, e ele se chegará para vós” (Tiago 4:8).

Agora que já sabe o que deve fazer, ter um lar abençoado depende de você. É sua a iniciativa, a bênção é de Deus.

22 - Aos pés do Mestre

 

“Indo eles de caminho, entrou numa aldeia. E certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa. Tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços e, aproximando-se, disse: Senhor, não te importas de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. Respondeu-lhe Jesus: Marta, Marta, estás ansiosa e preocupada com muitas coisas, mas uma só é necessária. Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”. (Lucas 10:38-42)

 

Jesus chega com seus discípulos à Betânia, perto de Jerusalém, entra numa aldeia, e se dirige para a casa de Marta, irmã de Maria e de Lázaro. Jesus já os conhecia, tinha intimidade com eles e os amava, por isso foi direto para lá, sendo muito bem recebido na casa. Existe privilégio maior do que ser amado por Jesus? Ter intimidade com Ele e recebê-lo como hóspede de honra em nossa casa? 

Mas ainda que esta família desfrutasse deste grande privilégio, há uma diferença na maneira como as duas irmãs servem a Jesus. Marta, assume a postura de dona da casa, zelosa, ativa, ansiosa, tão desejosa estava para servir bem ao seu ilustre visitante. Ela faz Jesus se sentir muito querido como visitante. Maria, assenta-se aos pés de Jesus, assume uma postura passiva, amorosa e de humildade. Ela faz Jesus se sentir o dono da casa, a pessoa mais importante no recinto. Mais do que fazer algo para ele, ela deseja a sua presença, a sua pessoa, quer ouvir seus ensinamentos e não pensa ficar um só momento longe dele.

Incomodada pela situação, Marta reclama de Maria a Jesus. Há um tom de acusação na pergunta. “Não te importas?” Na verdade uma dupla crítica: a Maria e a Jesus. Ainda que pensando em Jesus, ela o critica. Noutras palavras, disse: “Senhor, faça alguma coisa, manda ela me ajudar, será bom para você mesmo.”

Aqui está alguém que ama e tem zelo por Jesus, alguém que o tem no coração, mas que ao invés de saber dele, da sua própria boca, o que Ele quer que se faça, ela corre para fazer o que pensa ser melhor. Assim, se empenha em tantas coisas que não aproveita a pessoa de Jesus, não ouve a sua doce voz nem o seu ensino.

É triste pensar que há muita gente agindo como Marta, fazendo o que pensam ser melhor para Jesus sem procurar saber dele. Envolvem-se num ativismo irrefreado, fazendo coisas para Ele e perdendo o mais importante. Não têm tempo para ouvir a sua voz, o seu ensino, para sentir a sua presença. Fazem sem saber se é isto que Ele quer que se faça, e ainda assumem uma postura crítica para com os que estão aos pés de Cristo, aparentemente passivos.

Como saber o que é melhor a fazer senão ouvindo do próprio Jesus? O que você tem feito para Jesus é o que ele gostaria que você fizesse? Você o tem ouvido? Tem sentido a sua presença? Tem aprendido dele? Jesus, o grande pregador e mestre, aproveita cada oportunidade que tem para ensinar. Ele não depende de púlpito nem de multidões, só da ocasião. Ele ensina uma lição à Marta levando-a a refletir.

Quando Jesus ensinou a lição a Marta, ela poderia ter tido duas reações diferentes. Pense na Marta orgulhosa dizendo: “Ah, Senhor! Estou tentando fazer algo para você e ainda me repreendes?” Agora pense na Marta humilde dizendo: ”Perdão Senhor! Eu me enganei, sei que você sabe o quanto te amo e quero te servir, no entanto, se te agrada mais ter-me junto a Ti, deixo tudo, eis me aqui.”

Qual destas reações agradaria mais ao Senhor? Saiba, o Senhor usa as circunstâncias, e mesmo os nossos erros, para nos corrigir e ensinar preciosas lições. Como você tem reagido à correção do Senhor: com arrogância ou humildade?

Jesus levou Marta a refletir: Estás ansiosa e preocupada. Não fica assim. Se precisar eu multiplico o pão, mando corvos trazerem alimento para nós ou, mando o maná. Vem me ouvir, aproveite o tempo para ficar comigo e aprender aos meus pés. O que estás a fazer, é o que farias para qualquer outro visitante, mas eu não sou qualquer um. Estas coisas te impedem de ter comunhão comigo, te deixam inquieta, ansiosa, cansada, mas, e depois? Como você vai viver de forma a me agradar se não teve tempo de aprender? Você tenta me agradar à sua maneira, fazendo coisas, mas deve buscar me agradar à minha maneira. Não deves fazer o que pensas, mas o que eu mando. A comida que você vai servir alimenta o corpo, a comida que eu estou servindo alimenta a alma, qual é melhor?

Depois, o que você vai ensinar a outros sobre mim; qual o meu prato preferido? Como vai fazer a minha vontade se só se preocupou em fazer coisas para mim mas, não em me ouvir e conhecer melhor? Como vai ter fé em mim nos momentos difíceis de angustias e tribulações que te sobrevirão e nas decisões que tiver de tomar?

Após falar isto para Marta o que terá ela feito? Terá deixado a sua comida para receber a de Jesus? Jesus não quer o que podemos lhe oferecer, ele nos quer. Se nos tiver, terá também o que é nosso, se apenas tiver o que é nosso, poderá não nos ter.

Você acha que Jesus foi injusto com Marta? Certamente que não! Ela continuou crendo em Jesus. Jesus continuou a amá-la, mas quis lhe ensinar que há certas coisas mais importantes que outras. Quis lhe ensinar que é possível estar tão ocupado fazendo coisas para ele ao ponto de esquecer dele, que é mais importante.

Ademais, qual destas irmãs estaria melhor preparada para enfrentar uma tragédia em família - a morte do irmão Lázaro que viria a seguir. Ele era o homem da casa, o sustento do lar, o provedor. Com sua morte, elas estariam numa situação familiar, financeira e social desesperadora. Qual delas estaria melhor preparada para enfrentar esta adversidade? Qual delas estaria melhor preparada para enfrentar e entender a morte de Jesus, que também aconteceria em breve? 

Mas vejamos a história de Marta e Maria pelo lado da religiosidade versus comunhão. O religioso é capaz de se atarefar com tantas coisas que pode perder de vista o que é mais importante, a comunhão com Deus e o amor ao próximo. Haverá uma grande decepção para muitos religiosos que fizeram tantas coisas para Deus mas que não serão aprovados no dia final.

            Veja esta história pelo lado das boas obras versus fé. As boas obras diz: Eu mereço seu amor e elogios, olha o que fiz para Ele, certamente estou lhe agradado e ele tem de me recompensar. A fé diz: Não há nada em que me apoiar, exceto na pessoa de Jesus, sei que nada mereço do Senhor, tudo que ele me oferece é pela sua graça e misericórdia, eu só posso me gloriar nele.

            Como você tem servido a Jesus? Você faz obras para ele ou ele faz obras por meio de você? Jesus está na sua vida? No seu lar? Se não está, que tragédia, mas se está, como tem se sentido, como um visitante ou como o dono?

A comida que agrada Jesus é que seja feita a vontade de Deus. “Ele, porém, respondeu: Uma comida tenho para comer que vós não conheceis. Então os discípulos diziam uns aos outros: Acaso alguém lhe trouxe de comer?  Disse-lhes  Jesus:  A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra” (João 4:32-34). “E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:2-4).

Uma coisa só nos é necessária: “Não te comprazes em sacrifícios, senão eu os traria; não te deleitas em holocaustos. Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Salmo 51:16-17), e; “Uma coisa pedi ao Senhor e a buscarei, que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor e aprender no seu templo” (Salmo 27:4).

Qual das duas agradou mais ao Senhor! Qual delas representa melhor a sua vida? Saia da cozinha, venha para a sala, coloque-se aos pés do Mestre, para aprender dele e gozar da sua doce presença e da comunhão com os seus discípulos. Escolha a boa parte, a qual nunca lhe será tirada, e receba a aprovação de Jesus.

23 - A Família de Jesus

 

“Falando ele ainda à multidão, sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, pretendendo falar-lhe. Disse-lhe alguém: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te. Porém ele respondeu ao que lhe dera o aviso. Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe.” (Mateus 12:46-50)

 

Jesus estava em sua segunda viagem pela Galiléia, acompanhado por seus discípulos e algumas mulheres que o serviam com os seus bens. Ele curou um endemoninhado cego e mudo. Os fariseus não gostaram disto e o acusaram de estar sendo usado por Belzebu, o príncipe dos demônios. Jesus os repreende severamente. Eles rejeitam o seu ensino, mas pedem um sinal. Jesus não lhes dá nenhum sinal, antes, os repreende ainda mais severamente, desmascarando a sua incredulidade. Você já se perguntou porque todo incrédulo pede sinal?

Eles ficaram muito irados, e só não mataram a Jesus por temer a multidão que estava com Ele. Mas, começam a tramar contra a vida dele. Seus familiares ficaram sabendo disto, e temendo o pior, foram decididos a tirá-lo de lá. Tentaram justificar aos seus algozes dizendo que Jesus estava fora de si. “Quando os seus ouviram isso, saíram para o prender; porque diziam: Ele está fora de si” (Marcos 3:21). É Neste clima tenso que há o desenrolar desta história.

Jesus estava numa casa e, como sempre, grande multidão o acompanhava, de sorte que não podia nem comer com seus discípulos. Após a discussão com os escribas e fariseus, o clima geral era de expectativa, mas ele ensinava tranqüilamente. Neste interim, chegam seus irmãos e sua mãe e mandam chamá-lo, pois não conseguiam entrar na casa que estava lotada. Alguém o interrompe e dá o recado. Jesus não para de ensinar, somente ensina outra lição que não estava no script.

 

Aproveitando as oportunidades - Fica aqui um princípio aos pregadores e mestres, que devem, sem dúvida, se preparar, mas devem também estar atentos às ocasiões que se apresentam. Muitas vezes uma lição diferente daquela que foi planejada se fará necessário. Precisamos aproveitar bem as oportunidades que surgem para ensinar às pessoas sobre Deus.

O Mestre por excelência - Jesus, nunca desperdiçou uma oportunidade, por mais trivial que parecesse. Ele sempre aproveitou cada ocasião para ensinar preciosas lições espirituais aos que estavam junto dEle. Qualquer jumentinho, barco, monte, casa, estrada, pedra, era o púlpito de Jesus. Sua vida ensinava tanto quanto as suas palavras. Observá-lo, já era um grande aprendizado. Que mestre, que pastor, que pregador. Ensina com a vida e com as palavras, a qualquer pessoa, em qualquer ocasião e lugar. Daí seu grande poder, influência e autoridade.

Muitos, hoje, precisam de um púlpito, de um auditório, de um estádio, de uma grande igreja e, principalmente, de multidões, para que possam ensinar e pregar. Mas para Jesus, cada pergunta, cada circunstância, cada acontecimento, por mais fortuito, não lhe passava desapercebido, e se transformavam em grandes e poderosas lições.

 

Encontro de família - Há nesta história, um interessante encontro entre a família física e a família espiritual de Jesus. A física, dizendo a Jesus o que fazer, dando ordens, fazendo por ele, pois são senhores da situação. A espiritual, ouvindo o que Jesus tem a dizer e obedecendo as suas ordens, pois, sendo ele Senhor, é quem faz, é quem manda. A nossa relação com Cristo tem sido física ou espiritual?

Se perguntarmos: Quem no texto é a família de Jesus? Certamente teremos duas respostas. A família física, são os que estão do lado de fora chamando a Jesus; a família espiritual, o próprio Jesus responde apontando para os seus discípulos.

 

            Pressionando Jesus - Na sua imaginação, o que se passou na mente dos parentes de Jesus? Seus irmãos não acreditavam muito nele, não concordavam com Ele, e até o achavam meio maluco. “Disseram-lhe, então, seus irmãos: Retira-te daqui e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras que fazes. Porque ninguém faz coisa alguma em oculto, quando procura ser conhecido. Já que fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Pois nem seus irmãos criam nele” (João 7:3-5). Isto não quer dizer que queriam vê-lo ser linchado ou morto. Então, convenceram Maria, sua mãe, para irem chamá-lo e levar de volta para casa enquanto ainda havia tempo. Porém, na impossibilidade de entrar na casa para falar com ele, apelam para o trunfo que tinham, o seu parentesco sangüíneo. Somos seus parentes, portanto, temos prioridade e autoridade sobre Ele. Ele tem que parar o que estiver fazendo para vir falar conosco.

Nós também, constantemente, apelamos para Jesus usando os nossos trunfos. Gostamos de apresentar argumentos para pressioná-lo a atender-nos mais depressa. Usamos argumentos para convencê-lo a fazer o que queremos. Sou dizimista, orei no monte, fiquei quarenta dias em jejum, sou regular na igreja, sou uma boa pessoa, também sou filho de Deus. Não faltam os mais ousados que determinam, exigem, ordenam. Tudo é como se estivéssemos dizendo: “Senhor, pára já o que estiver fazendo e venha me atender. Agora! Faça o que eu digo. Seja feita a minha vontade.”

Precisamos urgentemente aprender que: Jesus não se impressiona com os nossos argumentos; ninguém tem maiores privilégios que outros diante dEle e; ele não precisa que lhe digamos o que fazer. Ele sabe o que é prioridade. Ele sabe o que é mais importante. Suas prioridades são espirituais e não materiais. Ele não faz a nossa vontade, mas a vontade do Pai. Ele não faz a vontade da mães, mas a do Pai.

 

Boas intenções - Vimos que a família terrena de Jesus vem em seu socorro para salvá-lo. É até hilário pensar no salvador precisando de salvação. Eles se esqueceram que é Ele quem salva, não se pode usurpar o seu papel. Eles precisavam crer que Ele não veio ao mundo para morrer num levante popular ou, numa tragédia, sem cumprir a sua missão. 

Não podemos negar que os seus parentes o amavam e estavam bem intencionados, mas, tornavam-se um grande impecilho para Jesus. A intenção era boa, mas no fundo, demonstrava incredulidade ou ingenuidade, por pensar que, talvez, ele não fosse capaz de realizar o que prometeu e precisava de uma forcinha. Revelaram uma tremenda falta de fé.

Somos nós quem precisamos da sua ajuda e salvação. Somos nós quem precisamos que Ele venha em nosso socorro. Ele não precisa que o defendamos (como Pedro também tentou fazer e foi repreendido - Mateus 26:51-54).

 

A Lição de Jesus - Jesus reage ensinando uma lição. Aponta para os seus discípulos e declara: Estes são a minha família, e não somente estes, qualquer um pode ser minha família, não há uns poucos privilegiados, todos podem tornar-se. Só há uma condição; que façam a vontade do meu Pai. Se assim fizer, este é minha família.

E você, também faz parte da família espiritual de Jesus? Os que fazem a vontade de Deus é que fazem parte desta família. Você faz a vontade de Deus? Se sim! Você faz parte da família de Jesus. Se não! Você pode se tornar parte da família espiritual de Jesus fazendo a vontade de Deus.

No texto paralelo a este que lemos (escrito em Lucas 8:21), há uma explicação mais clara do que Jesus quis dizer com fazer a vontade de Deus. Nele Jesus diz: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a executam.”

Você tem ouvido a Palavra de Deus? Tem-na colocado em prática? Esta é a condição para tornar-se parte da família espiritual de Jesus. É isto o que significa fazer a vontade de Deus.            

Poucos tiveram o privilégio de fazer parte da família terrena de Jesus, quando ele desceu do céu e se fez carne, habitando entre nós. Mas, muitos podem ter o grande privilégio de fazer parte da família espiritual de Jesus, fazendo a vontade de Deus. Noutras palavras, ouvindo a Palavra de Deus e a colocando em prática. Este segundo privilégio, além de ser eterno, é bem maior que o primeiro. Experimente!

24 - Uma Severa Advertência de Deus

 

“Assim fala o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a casa do SENHOR deve ser edificada. Veio, pois, a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: Porventura é para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica deserta? Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos. Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vesti-vos, porém ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o num saco furado. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai os vossos caminhos. Subi ao monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei, e serei glorificado, diz o Senhor. Esperastes o muito, mas eis que veio a ser pouco; e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu dissipei com um sopro. Por que causa? disse o SENHOR dos Exércitos. Por causa da minha casa, que está deserta, enquanto cada um de vós corre à sua própria casa. Por isso retém os céus sobre vós o orvalho, e a terra detém os seus frutos. E mandei vir a seca sobre a terra, e sobre os montes, e sobre o trigo, e sobre o mosto, e sobre o azeite, e sobre o que a terra produz; como também sobre os homens, e sobre o gado, e sobre todo o trabalho das mãos. Então Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e todo o restante do povo obedeceram à voz do SENHOR seu Deus, e às palavras do profeta Ageu, assim como o SENHOR seu Deus o enviara; e temeu o povo diante do SENHOR. Então Ageu, o mensageiro do SENHOR, falou ao povo conforme a mensagem do SENHOR, dizendo: Eu sou convosco, diz o SENHOR. E o SENHOR suscitou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, e o espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito de todo o restante do povo, e eles vieram, e fizeram a obra na casa do SENHOR dos Exércitos, seu Deus.”  (Ageu 1:2-14)

 

O livro de Ageu, foi escrito em 520 a.C., 70 anos após o cativeiro na Babilônia, quando os judeus regressaram sob a política de Ciro, que encorajava seu retorno, e, em cumprimento de uma profecia (Jeremias 25:11,12 e Daniel 9:2).

Neste retorno, houve grande oposição por parte dos seus vizinhos, os samaritanos, que fizeram de tudo para impedir o trabalho de reconstrução do templo. Estas perseguições resultaram na suspensão da construção por 14 anos.

Mas isto era parte do problema. De um lado a perseguição e oposição, de outro, a indiferença do povo, que tinha voltado para reconstruir a casa de Deus e acabaram se voltando para si próprios e se envolvendo com seus próprios problemas. Porém, isto não se mostrou muito rendoso. Deus então lhes dá;

 

1. Uma severa advertência (2-4)

            Deus os repreende por sua indiferença para com a Sua obra. E qual foi a causa desta indiferença? O egoísmo. Eles pensavam só em seus bens, em sua própria situação. Quanto a casa e a honra de Deus, isto não lhes importava.

            Você tem feito para Deus o tanto que faz para si mesmo? ou tem agido como o povo de Israel? Você está assustado, tem andado derrotado, não será porque não tem investido nem se importado com a obra de Deus?

 

2. Deus mostra as conseqüências desta atitude e os convoca a reflexão (5,6,9)

            Deus, através do seu profeta, leva-os a pensar: Valeu a pena? Vocês tiveram benefícios? Não! Vocês tiveram somente seca, má colheita, problemas financeiros.

            Leva-os a pensar: Aonde vocês irão chegar? Como Eu posso abençoa-los? Será que vocês querem enriquecer às minhas custas e ao mesmo tempo me desprezar? Sou eu quem dá a saúde, o trabalho, faço a terra produzir, e você não tem feito para mim o tanto que faz para si mesmo.

            As colheitas os tem desapontado? estão se consumindo de tanto trabalhar e nada têm? Nada parece suficiente; nem roupa, nem alimento, nem bebida? O salário é tão pequeno que desaparece diante das necessidades? Então, lembrem-se, quando Deus é esquecido, todo trabalho é sem lucro (Mateus 6:33). Então, por que não investir na obra de Deus?

 

3. A ordem de Deus para agir (7,8)

            Pensem onde vocês irão chegar se continuarem a agir assim. Ponham-se a trabalhar imediatamente. Assim vocês obtêm o agrado de Deus e grandes bênçãos se seguirão.

            Sabendo que é Ele quem dá a saúde, o trabalho, faz a terra produzir, o dinheiro render, traz alegria e paz (Salmo 127.1-2), agiam em contrário a este conhecimento. Por isto Deus ordena, trabalhem, tenha-me como prioridade em sua vida e Eu lhes retribuirei com grandes bênçãos.

            Saiba irmão, a prosperidade econômica está ligada à obediência espiritual. Nada glorifica mais a Deus do que a obediência e a disposição (1 Samuel 15:22 e Mateus 15.7). O tempo é já.

 

4. O Resultado da mensagem de Deus dada pelo profeta ao povo        

 

a. O povo avaliou a mensagem e aceitou-a, começando a trabalhar.

 

b. Nenhum profeta apareceu em momento mais critico da historia do povo, e talvez, nenhum profeta teve mais êxito. Ageu, foi um dos poucos profetas bem sucedidos da Bíblia.

 

c. Deus exige o primeiro lugar em nossas vidas. Quem não coloca Deus e sua causa em primeiro lugar, sofre muitos danos. Não seja indiferente, e jamais pense, eu tenho problemas demais para me preocupar com estas coisas, isto foi o que aquele povo pensou, e você viu o resultado. Não queira este resultado em sua vida... amém?

 

d. Que lugar Deus tem ocupado em sua vida? Que lugar tem ocupado a causa de Deus em sua vida? Você tem se dedicado a Deus e a sua obra como tem se dedicado a si mesmo? Certamente que oposições e dificuldades surgirão, mas isto, ao invés de nos desanimar, deve nos levar à ação, porque Deus sendo conosco a vitória é certa.

 

e. Eu me ponho a pensar, terei eu o mesmo sucesso do profeta Ageu? As pessoas que o ouviram e foram desafiadas pela sua palavra, reconheceram o seu erro, se arrependeram, e mudaram de vida, e Deus grandemente os abençoou. E quanto a você?

25 - O Que fazer ante as adversidades?

 

E, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram; E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo. E os seus discípulos, aproximando-se, o despertaram, dizendo: Senhor, salva-nos! que perecemos. E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pouca fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança. E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?”  (Mateus 8:23-27)

 

            Esta seria uma história engraçada e cômica não fosse trágica a situação vivida pelos discípulos de Jesus. E esta mesma história retrata, com muita fidelidade e perfeição, a maneira como nós encaramos as situações adversas que nos sobrevêm. Vamos juntos considerar,

 

1. A situação vivida pelos discípulos

            Eles estavam num barco com Jesus, em pleno mar, quando de repente, lhes sobrevêm uma terrível tempestade da qual era impossível fugir. Humanamente falando, eles estavam perdidos e iriam morrer afogados ou comidos por peixes. Naturalmente eles entraram em pânico, ficam desesperados e amedrontados, pois não viam saída e certamente iriam perecer. Mas... esperem, Jesus estava com eles.

            Bastava pensar e lembrar quem estava com eles no barco para não mais temer. Tão somente tivessem lembrado que com eles estava Jesus, o Filho de Deus, o Messias prometido, o Salvador do mundo, aquele que foi enviado por Deus para resgatar os pecadores através da sua morte... não afogado, ou comido por um tubarão; lembrado de tudo quanto Ele havia falado e prometido. Tão somente tivessem pensado que jamais a missão de Jesus seria frustrada ou impedida por causa de uma tragédia, descansariam seguros.

Poderia o Salvador do mundo morrer afogado ou comido de peixe? Isto só, não era razão suficiente para não mais temer? Aquele que criou o mar, abriu o mar, andou sobre ele, poderia ser tragado por ele?

            Bastava pensar que, enquanto Jesus estivesse no barco, tudo acabaria bem, que enquanto estivessem com Ele estariam seguros, mesmo não prevendo o que ele iria fazer, duma coisa deviam estar certos, nesta tragédia não iriam perecer. Era só agarrar-se a Ele e pronto. Deixa a tempestade vir.

            Mas ao invés desta atitude de fé e confiança na pessoa de Jesus, eles só viam as circunstâncias, e assim temeram. Temeram muito. Em todo caso, depois de passar aperto por sua pouca fé e falta de confiança, ainda foram capazes de tomar uma decisão acertada. Correram para Jesus.

            Em tom de desespero e de crítica disseram: “Como pode o Senhor dormir tranqüilo”? Acorda Senhor, estamos perecendo.

O Senhor Jesus demonstra toda a Sua autoridade. Com uma ordem Sua, faz-se grande bonança. E Ele aproveita a ocasião para deixar-lhes uma boa lição. Jesus deixou os discípulos aprenderem que, Ele, está no controle de todas as coisas.

            O medo e pavor, se transforma em temor e admiração a Deus. Que forma difícil de aprender a confiar em Jesus, não é mesmo? Espantados eles exclamam: “Que homem é este”?

            Não é de rir e se admirar com a pergunta? Eles não sabiam? Este homem é Jesus.  Se você riu deles, vamos aplicar esta lição a nossas vidas.

 

2. A nossa situação 

            Devemos aplicar a nós esta história. O pequeno barco, representa a nossa frágil vida. O mar, representa tudo aquilo que nos rodeia; o mundo que nos cerca, do qual não temos como escapar. Estamos nele. A tempestade, representa os problemas da vida, as circunstâncias adversas que nos sobrevêm inesperadamente em nosso dia a dia. Os discípulos, sou eu, é você.

            Obviamente, a primeira coisa a ser feita, é certificar-me de que Jesus está no barco. Isto é, em minha vida. Se não estiver, a situação está realmente desesperadora. Não haverá saída. Não há a quem recorrer, e certamente você irá perecer. Portanto, este primeiro passo é absolutamente essencial. Não viva sem ter a plena certeza de que Jesus está com você e em você.

            Se Ele estiver, o que se precisa fazer é lembrar da Sua palavra, das Suas promessas, da Sua pessoa sempre presente. Ele diz: “Eis que estou convosco todos os dias” (Mateus 28:20); “não andeis ansiosos” (Mateus 6:25). Deus cuida de nós

            É preciso fé, muita fé. Esta foi a lição que Jesus deixou e que precisamos aprender, se não queremos afundar nem ser derrotados pela tempestade. Lembre-se, no mar sempre haverá tempestades. Em nossas vidas não faltarão os problemas, as dificuldades, as tribulações, mas o barco não precisa afundar.

           

3. Nós podemos estar em uma destas situações

 

a.   Não ter Jesus no barco, e por isso não exercer nenhuma fé, consequentemente estar condenado ao fracasso.

b.   Ter Jesus no barco, mas viver sofrendo atormentado, ansiosos, com medo, em meio aos temporais, por falta de fé.

c.    Ter Jesus no barco, confiar plenamente na Sua pessoa e na Sua palavra, descansando na certeza de que Ele jamais falhará, jamais abandonará, e assim viver a vida que Ele tem para nós, vida intensa, segura, verdadeira e vitoriosa.

 

            É vital certificar-nos em qual das situações nos encontramos, qual delas é a ideal, e procurar transferir-me para ela. Precisamos nos certificar, não podemos nos arriscar a viver sem a absoluta certeza de que Jesus está no nosso barco, na nossa vida.

            Então, se pouca fé é uma atitude irracional e condenável por demonstrar desconfiança na pessoa e na palavra de Jesus, que atribuição dar aos que não têm nenhuma fé?

Em último caso, é melhor uma pequena fé do que a ausência completa desta. Mas o ideal ao discípulo de Jesus é viver cheio de fé, porém, repito, em último caso, ainda é preferível ter Jesus no barco e no momento do desespero poder recorrer a Ele, ainda que tendo uma pequena fé, e experimentar os seus milagres, do que não ter nenhuma fé, não ter a quem recorrer e, consequentemente, perecer.

            Não deixe para conhecer o seu Senhor em meio a tempestade. Procure conheçê-lo antes, pois só assim estarás capacitado a enfrentar a tempestade por saber quem está com você. Conhecê-lo em meio a tempestade é bem doloroso

            É importante sempre lembrar que, se Cristo está no barco, não há por que temer a tempestade. Agarre-se a Ele, clame a Ele. Poderemos até ser repreendidos, mas não iremos perecer.

            Que privilégio poder servir a um Deus poderoso, que desconhece o impossível, que até as ondas e o mar lhe obedecem, que cuida de nós, que nos anima e conforta. Portanto, não temas, crê somente, pois, se creres, verás a glória de Deus. 

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