FACULDADE
KURIOS e CENTRO DE MISSÕES MUNDIAIS
BACHAREL
EM TEOLOGIA - CONVALIDAÇÃO
DENIVALDO
BONFIM DA CRUZ
MATÉRIA
: PSICOLOGIA DA RELIGIÃO
RESENHA
CRÍTICA: CONVERSÃO
TEMA: Verdadeira Conversão
Jesus rejeitava, muitas vezes, aqueles que tentavam segui-lo. A um jovem
rico que buscava o seu conselho, ele replicou com palavras tão fortes que o
homem foi embora entristecido, não disposto a seguir Jesus a tão alto preço
(Mateus 19:16-22). A um importante líder religioso, Nicodemos, que tinha vindo
louvando Jesus, o Senhor respondeu abruptamente: Você tem que nascer de novo,
se quiser ao menos ver o reino de Deus (João 3:1-8)! Jesus pintava francamente
as dificuldades em segui-lo e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma
inadequada (Lucas 9:57-62). Jesus pregou sobre o tema: "Não pode ser meu
discípulo", discutindo abertamente a necessidade de calcular o custo antes
de embarcar na vida de discípulo (Lucas 14:25-33).
Não era porque Jesus não quisesse seguidores. Ele veio ao mundo para
buscar e salvar os perdidos (Lucas 19:10). Ele estava profundamente comovido
pelas multidões perdidas e ansiava pela sua conversão (Mateus 9:35-38; Lucas
19:40-41). Mas Jesus sabia que não seria fácil para os homens segui-lo e que
eles estariam inclinados a enganarem-se a si mesmos, pensando que eram
discípulos, quando não eram. O Senhor nunca deixou de declarar francamente o
que a conversão real exige.
Em duas ocasiões separadas, Jesus retratou a cena apavorante do
julgamento, quando os homens condenados estivessem esperando ser aceitos por
Deus, mas não seriam (Mateus 7:21-23; Lucas 13:22-30). Há muitos, que se
consideram fiéis a Deus, que ele não aceita. É essencial examinarmo-nos. Talvez
nos sintamos confiantes em nossa salvação, mas assim o fizeram aqueles de
Mateus 7 e Lucas 13. O que Jesus exige para sermos realmente convertidos?
Humildade Espiritual
Em Mateus 18:1-5 Jesus usou uma criança para ensinar a lição que temos
que humilharmo-nos para entrarmos no reino de Deus. Freqüentemente, a humildade
era a qualidade que distinguia os verdadeiros discípulos (Marcos 2:13-17; Lucas
7:36-50; 18:9-14).
O primeiro passo em direção à bem-aventurança é ser pobre em espírito,
isto é, reconhecer o nosso próprio vazio espiritual e a indignidade (Mateus
5:3). Os sermões do livro de Atos sempre destacaram a culpa do homem. A
verdadeira conversão nunca ocorre, a menos que a pessoa se tenha humilhado
primeiro.
A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos, em João 3, é fascinante.
Nicodemos era um chefe religioso. Ele veio a Jesus, louvando seus ensinamentos
e milagres. É difícil saber o que se passava na mente de Nicodemos, enquanto
falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na administração de
Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava fazendo, como
mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi: "Nicodemos,
você precisa nascer de novo, se quiser entrar no reino de Deus." Seja o
que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto! A resposta de Jesus
significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua atividade no ensino,
toda a sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação ao domínio de Deus.
Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa própria grandeza
nada valem. As realizações do passado nada representam. Precisamos recomeçar
tudo novamente para sermos capazes de entrar num relacionamento com Deus.
Cálculo da Despesa
Jesus ensinou que é loucura começar um projeto sem entender primeiro o
que será exigido para terminá-lo. Ele ilustrou com a idéia de um homem que
começou a construir uma torre, mas loucamente esqueceu de fazer um orçamento
para determinar se teria fundos para completá-la, e assim teve que parar no
meio do projeto. A verdadeira conversão necessita de um cuidadoso exame do
estilo de vida que Deus espera do convertido.
Observe em Lucas 14:26, 27, 33: "Se alguém vem a mim, e não
aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua
própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não tomar a sua cruz e
vier após mim não pode ser meu discípulo. . . . Assim, pois, todo aquele que
dentre vós não
renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo". Para servir a Deus fielmente, ele
precisa ter o primeiro lugar em minha vida. Preciso servi-lo acima das
considerações de família, do bem-estar material e de meus próprios desejos.
Jesus ressaltou a necessidade de tomar-se a própria cruz. A cruz daquele tempo
era um instrumento de morte, e não um objeto ornamental. Jesus estava dizendo
que haveria dificuldades e lutas para quem o servisse (Hebreus 11; Mateus
10:24-25). Não seria fácil. O conceito atual de uma religião confortável,
socialmente correta, é bem diferente do ensinamento de Cristo, que é preciso
sacrificar os próprios desejos, a si mesmo e até a própria vida (veja Lucas
9:23-24; Mateus 10:34-39; 16:24).
Verdadeiro Arrependimento
O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão (Atos 2:38; 17:30),
envolve morte ao pecado (Romanos 6). A Bíblia o compara à morte e ressurreição
de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa
termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com
minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas (examine Efésios 4:17-32;
Colossenses 3). Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância,
orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser
acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade. Este é o
resultado do arrependimento.
Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem
arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício.
Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco sobre
as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. Entendamos
isto claramente: Não há conversão sem transformação. Aquele que creu e foi
batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa fielmente das
atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. O arrependimento
é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria vida.
Conclusão
A tendência das pessoas religiosas do século vinte e um tem sido
amenizar as exigências da conversão e inventar um plano mais fácil. A mensagem
deles é muito diferente da de Jesus, que até repelia os candidatos a
discípulos, dizendo-lhes as condições estritas que ele impunha. Muitos se
surpreenderão ao saber, no dia do julgamento, que o Senhor jamais os tinha
conhecido (Mateus 7:21-23; Lucas 13:22-30). Vamos Reexaminar nossa própria
conversão. Vamos Ensinar a outros nos certificando com cuidado que não tentamos
passar por cima das exigências de Deus
Acadêmico – Denivaldo Bonfim da Cruz