A. VELHAS ARVORES
Olavo Bilac
Olha estas velhas árvores, mais
belas
Do que as árvores novas, mais amigas
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o inseto, à
sombra delas
Vivem, livres de fome e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigos, a mocidade!
Envelheçamos rindo! Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que
padecem!
B. CELEBRA O TEU ANIVERSÁRIO
Como o tempo passa depressa! Depressa
demais!
Cinqüenta anos já foram!
Imagina, tu já viveste meio século!
De experiências tristes e alegres,
De alguns dias maus e muitos dias
bons!
Tiveste cinqüenta anos de vida!
Tiveste saúde para trabalhar,
Coragem para enfrentar,
Forças para vencer.
Tiveste incompreensão, mas também
desfrutaste do amor.
Enfrentaste lutas, mas encontraste
soluções.
Enfim, enfrentaste a vida.
Alegra-te e dá graças ao teu Senhor
Pelos cinqüenta anos de vida que
tu tens.
Recorda as horas felizes que tiveste,
Os prazeres que experimentaste,
O colo de tua mãe, a mão forte
de teu pai,
Os dias felizes da tua juventude,
O olhar de tua escolhida,
Os rostinhos corados de teus filhos,
O apoio e dedicação de teus amigos
E o amor insondável de Deus.
Quantas bênçãos recebeste nestes
cinqüenta anos!
E muitas coisas boas ainda estão
por vir!
Haverá trabalho para fazer,
Oportunidades para servir,
Coisas novas para aprender,
E sempre haverá gente, muita gente,
Precisando do teu amor!
Entrega o teu caminho ao senhor
E verás o quanto Ele fará contigo
Começa desde já a aproveiar a vida
que tens
Celebrando com alegria o teu aniversário!
C. BEM-AVENTURANÇAS DE UMA ANCIÃ
Bem-aventurada sou porque fui criada
à imagem e semelhança de Deus, redimida por Jesus Cristo, e santificada
pelo Espírito Santo.
Bem-aventurada sou quando posso
ensinar aos mais jovens e aos meus contemporâneos o que é vida
abundante em Cristo.
Bem-aventurada sou pelas rugas
de meu rosto e pelos meus cabelos brancos, reflexos de um longo
caminho percorrido com o Senhor, que me deu o dom da vida.
Bem-aventurada sou quando os que
me foram dados para amar e a santificar pelo amor, me abraçam
e me beijam.
Bem-aventurada sou porque me sinto
útil e percebo que minha vida agora é um símbolo de experiência
e dignidade. Posso continuar ativa e não me "cansar de fazer
o bem".
Bem-aventurada sou quando percebo
que eu, também posso dar a mão a quem me estende a sua, e consigo
entender as gerações mais jovens, de lado a lado se constrói a
ponte da Amizade.
Bem-aventurada sou ao retirar do
tesouro sagrado de minhas memórias coisas novas e velhas, envoltas
em lágrimas e sorrisos. Bem-aventurada, mil vezes bem-aventurada
sou por ter aprendido a orar, muito cedo na vida, as palavras
do Salmista: "Senhor, ensina-me a contar os meus dias de
tal maneira que alcance coração sábio".
D. SONETO
(Guilherme de Almeida)
Quando as folhas cairem nos caminhos,
do sentimentalismo do sol-poente,
nós dois iremos, vagarosamente,
de braços dados, como dois velhinhos.
E que dirá de nós toda esta gente,
quando passarmos mudos e juntinhos?
- "Como se amaram esses coitadinhos!
Como ela vai, como ele vai contente!"
E por onde eu passar e tu passares,
hão de seguir-nos todos os olhares
e debruçar-se as flores nos barrancos...
E por nós, na tristeza do sol-posto,
hão de falar as rugas do meu rosto
D. e hão de falar os teus cabelos brancos!"
E. Salmo 90.12
(Hori Vieira)
Contar meus dias, um a um, eu quero
saber contar, Senhor. Contar não sei
Ajuda-me, pois não quero que aconteça
de nessa conta eu não saber somar.
Rápidos os dias são e posso não
lembrar
de Tua graça, Teu amor e Teu perdão...
Mesmo que eu viva até setenta,
oitenta,
noventa... não importa quanto!
Eu quero que essa conta seja feita
na correção da Tua lei que é certa,
Na exatidão daquele tempo justo,
que pedires pra que a conta seja feita.
Não quero esquecer que nessa conta,
cada parcela, que dia-a-dia, eu conte
Inteiramente é graça, eu não mereço;
é por Tua conta que aumenta a minha conta
Vale dizer que o total da minha
conta,
reflete apenas, o que Tu fazes por mim...
Expressa somente o meu louvor,
que eu quero
seja puro e tão grande quanto a conta
aquela conta dos grandes benefícios,
que
me fazem o coração crente e sincero.
F. Até o fim da vida
O calor da fé e do amor os acompanhou
E o casal o atalho tortuoso da
montanha contemplou
Ele perguntou a ela com um sorriso
amigo
"Querida, mais um quilometro,
você vai comigo?"
Ela olhou nos olhos que lhe pediam
amor,
Olhou o caminho íngreme e ameaçador
E disse, contemplando além, o riacho
na floresta
"Eu vou com você, querido,
todo o caminho que resta".
Permaneceram na floresta o outono
inteiro.
E o murmúrio das folhas era constante
companheiro,
Ele sacudiu a carga acumulada
E perguntou-lhe, olhando para a
estrada
"Você vai comigo, querida,
até aquela encosta varrida pelos ventos?"
Ela olhou para o vale abaixo, o
coração cheio de pensamentos.
Ante o vale ameaçador, com voz
embargada...
"Eu vou com você, querido,
até o fim da caminhada."
Pararam na crista do monte para
descansar;
A claridade fraca do sol, o céu
escuro a manchar.
Profundo e sombrio era o vale,
e a jornada
Que enfrentaram, difícil e prolongada.
A primavera e o outono, quão distantes.
E quão longe a mocidade com seus
apelos ressoantes.
Os cabelos dela, cheios de listras
de neve, ele olhou,
O vale cheio de agruras assim o
tornou.
Ele não conseguiu encontrar palavras
- seu coração explodia
Mas ele sabia que ela sabia
- desde o começo sabia -
E, então, apenas seus olhos lhe
perguntaram:
"querida..."
Ela ternamente respondeu:...
"até o fim da vida".
Autor Desconhecido
G. APRENDENDO, dos 5 aos 90 anos...
(H.J.Brawn Jr.)
Aprendi que quando meu quarto fica
do geito que gosto, minha mãe manda arrumá-lo.
(13 anos)
Aprendi que casais que não tem
filhos sempre sabem melhor como você deve educar os seus. (29
anos)
Aprendi que a maioria das coisas
com as quais me preocupo nunca acontecem. (64 anos)
Aprendi que envelhecer só é importante
se você é um queijo. (76 anos)
Aprendi que quando você quer saber
quem manda numa família, é só observar quem toma conta do controle
remoto da TV. (48 anos)
Aprendi que a professora sempre
me chama quando não sei a resposta. (9 anos)
Aprendi que você pode fazer alguém
ganhar o dia, simplesmente mandando-lhe um pequeno cartão. (44
anos)
Aprendi que se você espera até
se aposentar para começar a viver de verdade, esperou tempo demais.
(67 anos)
Aprendi que nunca se deve testar
uma receita nova quando se tem convidados. (24 anos)
Aprendi que você nunca está tão
ocupado que não possa dizer "por favor"e "obrigado".
(36 anos)
Aprendi que quando as coisas vão
mal, eu não tenho que ir com elas. (72 anos)
Aprendi que todas as mulheres gostam
de ganhar flores, especialmente sem nenhum motivo. (33 anos)
Aprendi que não posso mudar o que
passou, mas posso deixar pra lá. (63 anos)
Aprendi que os grandes problemas
sempre começam pequenos. (20 anos)
Aprendi que o dia em que chego
atrasado no meu trabalho, meu chefe chega cedo.
(51
anos)
Aprendi que crianças e avôs são
aliados naturais. (51 anos)
Aprendi que nunca devo elogiar
a comida da minha mãe quando estou comendo alguma coisa que a
minha mulher preparou. (27 anos)
Aprendi que ainda tenho muito o
que aprender. (92 anos)
H. ORAÇÃO PARA A IDADE DE OURO
(Reflexão sobre a Velhice)
SENHOR,
sabes que estou envelhecendo.
Conscientiza-me,
rogo-te, da responsabilidade que me impõe a lei do tempo.
Convence-me
de que a comunidade não me faz agravo algum, se discretamente
me vai exonerando, concedendo-me títulos e honrarias, e já não
mais solicita as minhas opiniões, preferindo outros em meu lugar.
Despoja-me
do orgulho de converter-me num museu de experiências acumuladas
e da veleidade de julgar-me insubistituível.
Ensina-me
a, no estádio da vida, sentir a mesma alegria do atleta que, sorrindo,
entrega a tocha acesa para o seu sucessor.
Ajuda-me
a transferir o turno das minhas responsabilidades para os elos
deste mundo em transformação.
Mostra-me
as palpitantes expansões da vida, que se renovam sob o impulso
da tua Providência.
Sela
os meus lábios acerca da ladainha das minhas decepções e doenças
que aumentam, já sem conta.
Dá-me
a paciência para saber que a minha memória não foi programada
como um computador.
Que
eu vá me afastando do lugar que plantei, com tranqüila serenidade
e toda a beleza de um sol poente.
Torna-me
feliz com minhas mãos tremulas, com os meus artelhos inseguros,
o meu coração descompassado, os meus olhos lânguidos, os meus
ouvidos ensurdecidos...
Sobretudo,
Senhor, que, assim como a árvore plantada junto a ribeiros de
águas vivas, plantado na Casa do Senhor, floresça eu nos teus
átrios e, na velhice, dê ainda frutos viçosos para anunciar-te
como Rocha e Justiça minha.
N.M.
I. Senhor, Tu sabes que eu envelheço
Senhor, tu sabes melhor do que eu que
estou envelhecendo e que um dia eu farei parte dos "velhos".
Guarda-me do hábito fatal de crer que
eu tenho de dizer alguma coisa a propósito de tudo em todas as
ocasiões.
Tira de mim o desejo obcecante de por
em ordem os negócios dos outros.
Torna-me mais ponderado mas não mal-humorado,
serviçal, mas não autoritário.
Impede-me de recitar sem fim os detalhes,
dê-me asas para chegar ao alvo.
Sela meus lábios sobre meus males e
dores, mesmo que eles aumentem sem cessar e que seja agradável,
ao longo dos anos, proclamá-los.
Creio mesmo que é pena não utilizar
toda a minha reserva de sabedoria, mas tu sabes, Senhor... eu
quero manter alguns amigos.
Não ouso te pedir uma memória melhor, mas dá-me
uma humildade crescente e menos presunção quando minha memória
se choca com a ds outros.
Ensina-me a gloriosa lição de que pode
acontecer que eu me engane.
Guarda-me.
Eu não tenho tanto desejo de santidade;
alguns santos são difíceis de suportar.
Mas um idoso amargo é seguramente uma
das supremas invenções do diabo.
Torna-me capaz de ver boas coisas onde
ninguém as consegue enxergar e de reconhecer os talentos das pessoas
subestimadas. E dá-me a graça de poder demonstrar esse reconhecimento.
(Oração
escrita por uma religiosa do século XVIII e encontrada na catedral
de Canterbury. Trad. por Pr Paulo Roberto Sória)
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J. AS BEM_AVENTURANÇAS DOS ANCIÃOS
Bem-aventurados
aqueles que compreendem meus passos vacilantes e minhas mãos tremulas.
Bem-aventurados
aqueles que levam em conta que meus ouvidos tem que se esforçar
para captar o que dizem.
Bem-aventurados
os que percebem que meus olhos já estão nublados e minhas reações
são lentas.
Bem-aventurados
os que desviam o olhar simulando não ver o café que por vezes
entorno sobre a mesa.
Bem-aventurados
os que, com afável sorriso, contentam-me, concedendo-me alguns
momentos para falar de coisas sem importância.
Bem-aventurados
os que nunca dizem: “já me contou isso tantas vezes!”
Bem-aventurados
os que sabem dirigir a conversa e as recordações para as coisas
dos tempos passados.
Bem-aventurados
os que me fazem sentir que sou amado e não estou abandonado.
Bem-aventurados
os que compreendem quanto me custa encontrar forças para carregar
minha cruz.
Bem-aventurados
os que me facilitam a passagem final para a Pátria com amabilidade
e boas maneiras.
K. VELHICE DIGNA
Prof.
Walter Alvarez ( Clínica Mayo)
Meu
Deus, permiti que eu viva bastante. Ajudai-me a não ser tagarela
e que eu seja um ser positivo e veemente a respeito das muitas
coisas que eu conheço tão pouco.
Ajudai-me
a não ter o hábito do monólogo. Ensinai-me a ouvir tão bem quanto
falo. Fazei com que eu não tome o costume de fazer uma verdadeira
biografia de todas as pessoas que menciono ou que esteja sempre
oferecendo detalhes sobre todas as coisas.
Ajudai-me
a ter bons amigos tanto jovens quanto velhos e que eu não esteja
sempre me lamentando sobre meus males ou me queixando de injustiças
e indiferença por parte dos outros. Que eu jamais fale da ingratidão
dos meus filhos. Que eu nunca esteja falando sobre minhas enxaquecas,
a não ser para o meu médico.
Ajudai-me
a manter meus velhos amigos e que eu possa ser útil aos novos
amigos que adquirir. Fazei com que eu entenda que ao ser visitado
possa dar prazer às visitas, inclusive estímulos, pois, caso contrário,
elas não voltarão.
Ajudai-me
a ter real interesse pelos meus conhecidos e amigos, simpatia
para com eles, agindo para ajudá-los em seus problemas. Ensinai-me
a ouvi-los pacientemente, inclusive em suas queixas.
Ajudai-me
a estar sempre bem com meus parentes e amigos.
Ajudai-me
a livrar-me da idéia de que eu possua ou deva dirigir a vida daqueles
que estão em torno de mim. Ajudai-me a compreender meus próprios
problemas e não dizer aos outros o que devem fazer.
E,
acima de tudo, bom Deus, ajudai-me a manter-me atencioso e delicado,
livrando-me de amargura, livrando-me da mania de falar mal do
presidente ou de alguns de seus atos dos quais não tenho gostado.
Livrai-me de explodir com qualquer aborrecimento . Ajudai-me a
evitar a avareza, embora deva manter o senso de humor e a autocrítica.
E fazei com que eu suporte as queixas e irritações de outras pessoas
porque na verdade, necessito que elas também suportem os meus
defeitos e irritações.
L. Prece
Neli Silva
Senhor! Eis a minha prece,
O maior anseio do meu coração
Vou revelar-te agora o que mais
quero
Durante esta longa caminhada:
Senhor! Não me importa a velhice...
Será até muito bom viver bastante...
Viver
muito...
Viver
eternamente.
Não vai me incomodar, nem vai me
chatear
a velhice cronológica que mudará
meu rosto,
encurvará
o meu corpo
retardará
os meus passos.
Porém, Senhor! Existe a velhice
psíquica!
Ah! Senhor! Se me livrásseis dela...
eu morreria de felicidade!
Sentir o tempo passar,
sofrer as experiências necessárias,
porém, conservar intactas: a emoção,
a vibração interior,
o ideal, a vontade, a fé.
Viver o tempo passando e não conhecer:
a amargura,
o desencanto,
a apatia mental.
Sofrer os desajustes afetivos,
financeiros, morais...
Porém, ser dona de uma coragem
tão imensa
que ressuscitem em mim a cada dia:
a esperança
a
ansiedade
a vaidade interior.
Senhor! Eis a minha prece,
O maior anseio do meu coração...
-Dá-me por caridade, a velhice
exterior,
Mas não permita, Senhor, que morra
em mim
esta chama interior que me revigora
este halo de fé que nutre os meus
sonhos,
este fio magnético por onde jorra
a vida que me vem de ti.
M. Quando você for bem velhinho
Yolanda Rizzo
Quando algum dia você for bem velhinho,
Quando seus olhos tão castanhos
Estiverem pequeninos atrás das lentes;
Quando o calor de suas mãos quentes tiver desaparecido
E esquecido na gaveta da vaidade esse seu andar elegante,
Esse seu porte ligeiro, esse seu olhar fascinante...
Quando você, nas tardes de verão
Vier a este jardim sentir a viração,
Trêmulo, apoiado à sua bengalinha
Como se estivesse sentindo muito frio...
Quando no seu colo, a netinha brincar alegremente
Com sua barba muito branca, como flocos de neve;
E você corrigir a lição daquele que mal escreve
E mesmo como você, antigamente, já se sente
O maior escritor de toda a escola...
Não olhe com saudade os dias da mocidade.
A nossa vida... é isso mesmo!
Hoje somos jovens, dominamos o mundo inteiro,
Acreditamos resolutos que o sonho será eterno,
Que somente a delícia, o prazer é verdadeiro.
Amanhã seremos afastados da vida
Para um novo mundo; o das faces enrugadas,
Dos cabelos brancos, das bocas desdentadas...
E o meu conselho, caro e jovem amigo
É que você saiba, quando for velhinho,
Sorrir ainda, para a vida que se vai.
Saiba beijar com carinho seu netinho
Para esses dois olhos recém-abertos viver,
Saiba guiá-los, ensiná-los a vencer.
Ser velho, meu amigo, é muito mais do que ser moço.
Ser velho é relembrar hora por hora
As doces lembranças de antigamente,
É sorrir e chorar suavemente diante de um lenço perfumado,
E que encerra todo um poema vivido,
Toda a glória de ter um dia sido amado.
Ser velho é chegar à cruz do rosário!
É ser para a vida das emoções, o sacrário.
É encarar a morte como o fim de horas monótonas e iguais.
Ser moço... é ter esperanças... nada mais!
N. ENVELHEÇA SORRINDO
Sany Bella Santa
Ao notar uma ruga no rosto
E que outra muito perto vem vindo,
Não lamente, não tenha desgosto.
Envelheça, mas sempre sorrindo.
Se o cabelo começa a pratear
Semelhante ao luar, fica lindo!
E por fim você vai gostar
Envelheça, mas sempre sorrindo.
Também a energia corporal
Pouco a pouco vai diminuindo
Mas o espírito é imortal
E por isso, envelheça, mas sempre sorrindo.
Envelheça, mas sempre sorrindo
É uma arte que deve aprender
E verá como o céu se abrindo
Fará todo o mal esquecer.
O. VIVER PARA AMAR
(Thiago
Rocha)
Tenho certeza de que a minha vida,
que já passa o limite da Escritura,
é dádiva divina, concedida
a mais modesta criatura.
Na caminhada longa, já vencida,
a mão de Deus a minha mão segura,
e sei que, ao fim da estrada percorrida
a vida eterna Cristo me assegura.
Oitenta anos, direis, que bela
idade!
Poucos irão vivê-la, na verdade,
por mais que o tempo alongue os
dias seus.
Devo este dom ao Pai Onipotente.
E lamento que a vida, no presente,
seja tão curta para amar a Deus.
P. Conta teus dias
Conta teus jardins pelas flores,
Nunca pelas folhas que caem,
Conta teus dias pelas horas felizes,
Nunca te lembres das nuvens escuras.
Conta tuas noites pelas estrelas,
Não pelas sombras.
Conta tua vida pelos sorrisos,
Não pelas lágrimas.
Q. Meus Quinze Anos
(Myrtes Mathias)
É lindo descobrir que o botão
se transformou em flor;
é lindo fazer quinze anos.
Ser jovem e ser criança ainda
é um poema tão lindo que é difícil
agradecer.
Uma vida inteira para ser vivida,
milhares de horas para serem gastas,
uma existência para investir.
Meu
dia de hoje.
Maravilhoso
dia de hoje
que
não se repetirá jamais:
será
um perfume que fica,
uma
música que se ouviu um dia.
Meu dia de hoje.
Dia de ser feliz,
de cantar, de rir, de escolher.
Dia de receber.
Dia de pedir a Deus o essencial,
e que ficará para sempre:
“Ensina-me, Senhor, por vereda
plana
porque são muitos os que me espreitam.”
Meu
dia de hoje
Dia
de festa, de beleza, de felicidade,
da vontade
de ser sempre assim.
Dia
de responsabilidade,
do preço
que a gente paga
para
ser moço e para ser feliz.
Os amigos
me olham,
A família
espera, o mundo indaga,
procurando
em mim algo diferente
alguma
coisa que lembra Jesus.
Ensina-me, Senhor, o teu caminho,
perfeito, sem falhas, sem manchas,
sem remorsos:
ensina-me teu caminho de amor e
luz.
Cheguei
à encruzilhada,
vejo
muitas estradas,
não
sei qual escolher:
Ensina-me, Senhor, o caminho do
serviço
da vida útil, do exemplo vivo,
do que não me arrependerei:
o teu caminho, Senhor!
Amanhã meu dia de hoje será ontem,
quero continuar com a cabeça erguida
quero sentir saudade,
deixar saudade do meu dia de hoje.
Dá-me,
pois, Senhor, o teu caminho,
mesmo
que tenha a forma de uma cruz.
Ouve
Senhor a minha petição,
segura
a minha mão
até
que eu me pareça com Jesus!
Q. “Mais Um Dia...”
(Rev. Amantino A. Vassão)
Mais um dia... Mais um ano...
Vai mudando o calendário...
Mais uma etapa vencida:
Hoje é teu aniversário!
Entre presentes que ganhas,
Do menor até o maior,
Verás que o AMOR DE DEUS
É, de todos, o melhor.
Então, dá graças a DEUS,
Que sustenta a tua vida,
Apresenta em seu altar
A tu’alma agradecida!
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