02/08/04 _ Prezados Irmaos e Irmas:
PARCEIROS DA COLHEITA

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(Pr.Luiz Correa Filho _ Ministerio Seara Africana)
CONEXÃO BRASIL-ÁFRICA _ 27/11 Um em cada cinco adultos da África do Sul está contaminado com o vírus da AIDS . Quatro em cada dez adultos estão desempregados;Um estupro a cada 19 segundos, a maior incidência do mundo;105 homicídios por grupo de 100 000 habitantes em Johanesburgo, mais que em Bogotá, São Paulo ou Rio.

2 REAVIVAMENTO EM LEBOWAGNOMO

 

Aos nossos olhos parecia que o trabalho programado em Lebowagnomo, uma localidade negra ao norte da África do Sul, seria algo pequeno. Tudo iniciou através do discípulado de um jovem moçambicano de nome Raimundo refugiado na África do Sul em uma area à 400 km, aproximadamente, de nossa base. Este jovem chamou-nos a atenção para a necessidade de levarmos as boas novas do Reino de Deus em sua região que segundo ele era dominada por feiticeiros.

 

O DIA DAS COISAS PEQUENAS

 

Programamos o trabalho e para este efeito instalamos uma pequena tenda com capacidade para 50 pessoas. O Senhor falou-nos ao coração através do texto de Zc. 4:10 para que não desprezassemos o dia das coisas pequenas e nos deu a convicção que algo especial estava em Seus soberanos propósitos.

 

Ao chegarmos ao local onde a tenda estava  instalada nos dedicamos a fazer algumas visitas. Em uma pequena casa que visitamos tivemos uma experiência interessante. Uma senhora de mais de 80 anos de idade quando nos recebeu em sua casa saiu pelos arredores chamando as vizinhas. Como não compreendemos o que estava sucedendo perguntei ao Raimundo e ele disse-nos que ela estava dizendo o seguinte: “Venham depressa, venham ver um branco em minha casa. Eu pensei que fosse morrer sem que isto acontecesse. Venham depressa, venham ver...”. Este acontecimento comoveu-nos sobremaneira.

 

 

 

COMBATE ESPIRITUAL

 

Nesta tarde tomamos conhecimento que os feiticeiros haviam se reunido na noite anterior para invocar zumbis para impedir que o evangelho prevalecesse naquele lugar. A noite chegou e recolhemo-nos para o local que fora-nos preparado. No meio da noite fomos despertados por ruídos que vinham de fora, a casa parecia estar cercada por pessoas reais. Inicialmente pensamos que assim o fosse, pois eramos os unicos brancos a kilometros e kilometros do local e aquela era uma época de tensões raciais. Os cães latiam  desesperadamente. Discernimos espiritualmente que aquilo era uma ração do inimigo ao nosso trabalho. Os feiticeiros enviaram zumbis, como é comum naquela região,para nos intimidar. Combatemos espirualmente o restante da noite contra as forças das trevas e ao raiar da manhã sentimos que o Senhor havia nos dado a vitória.

 

No dia seguinte nos deslocamos para uma area distante 70km onde ministramos em uma escola para em torno de 400 alunos. Distribuimos literatura e doamos bíblias para a escola.

 

O Espírito do Senhor moveu-se de maneira poderosa nos cultos da noite, a pequena tenda superlotou. O unção  Deus foi manifesta através de sinais e prodigios, muitos cairam debaixo do poder.

 

 

 

ONDE ESTÁ O TEU LENÇO?

 

A notícia daquilo que o Senhor estava operandio em nossa pequena tenda espalhou-se pelos vilarejos  no dia seguinte. Tivemos que ampliar a pequena tenda e recebemos mais de 200 pessoas. Enquanto preparavamos para o culto o Senhor nos levou para o texto de Atos 19:12, esta seria a mensagem da Palavra de Deus. Antes de sair o Espírito do Senhor veio sobre nós e ouvi claramente o Senhor fazendo a  pergunta: Onde está o teu lenço?”. Apanhei o lenço sem compreender a razão da pergunta e o Senhor disse-me que a unção naquela noite fluiria através do meu lenço. Tentei argumentar, e o Senhor corrigiu-me novamente. Afinal de contas não estava eu pregando que até os lenços e aventais de Paulo eram levados aos enfermos eles eram curados? Obedeci e iniciei a orar pelas pessoas, quando o lenço tocava em algumas pessoas o poder de Deus era liberado, muitos caiam debaixo do poder, outros eram curados, outros recebiam o batismo no Espírito Santo. Foi uma noite onde a presença do Senhor era tão real naquele lugar que depois de algumas horas orando pelas pessoas, pensamos em terminar a reunião e assim fizemos. Porém ninguém se retirava do local, era como se estivessem presos alí. Um pequeno grupo de jovens foi cheio do poder de Deus e no dia seguinte sairam para evangelizar o vilarejo vizinho, o Senhor os acompanhou confirmando a Palavra com sinais que os seguiram.

 

A esposa do evangelista nativo voltou na noite seguinte e testemunhou que ao encontrar o seu esposo entregou-lhe a camisa, este vestiu-a imediatamente e no mesmo instante caiu debaixo do poder de Deus. O Senhor honrou a sua fé e revistiu-o da unção.

 

Testemunhos de libertação, cura e enchimento do Espírito foram compartilhados.

 

Aprendemos a não desprezar o dia das coisas pequenas. Um jovem discípulo, uma pequena tenda e um reavivamento espiritual é inciado em uma area dominada por feiticeiros.

 

Certamente naquele lugar o evangelho não poderia ser apresentado com palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstação de Espírito e poder.

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Milagre na África do Sul

Foi cheia de tensão e árdua a antecipação das primeiras eleições democráticas na África do Sul. Partidos políticos acusavam e contra-acusavam-se. A ruína parecia inevitável, mas o sol continou brilhando e a paz prevaleceu. Glória a Deus! Qual a razão disso? Será que os políticos foram notáveis? Será que certos partidos foram forçados à submissão? Será que os feiticeiros foram chamados? NÃO! O poderde Deus foi liberado. Aleluia!

Um pacto de oração

A chamada à oração em união nacional foi realçada quando o Major Johan
Botha, de Nelspruit, teve uma visão de Jesus chamando a nação à um pacto de
oração. Esta chamada foi aceita por cristãos em toda a nação. No dia 06, e
também 24 de Abril de 1994, a África do Sul ajoelhou-se suplicando que Deus
interviesse.
African Enterprise organizou um rally pela paz em Durban, algumas semanas
antes das eleições, para focalizar a atenção no fato de que somente Deus
poderia suprir a solução para a inimizade, ódio e violência. Aproximadamente
vinte e cinco mil pessoas participaram.
O líder do movimento internacional de "African Entreprise", sr. Michael
Cassidy, tornou audível os sentimentos das pessoas ao dizer: "...nós,
efetivamente, estamos esgotados de soluções humanas...". Ele disse que
cristãos se juntavam para mostrar à África do Sul o verdadeiro sentido da
paz, que paz não consiste, simplesmente, na ausência de luta e de morte, ou
o favorável manejar das eleições. A palavra do Antigo Testamento Hebraico
fala de algo mais rico que uma compreensiva paz na sociedade, baseada em
esforços humanos. Mas, profundamente enraizada em relações retas com Deus,
conosco mesmos, nossas famílias, com nossa sociedade e ao nosso redor.
Estas foram a coluna dos muitos esforços das igrejas e cristãos individuais
para proclamar a paz em vez da guerra; benção em oposição a sangue
derramado; Cristo em oposição à calamidade.
A nação estava sendo coberta com oração, e os acontecimentos que se
seguiram provaram que Deus respondeu a estas súplicas.
Experiência Pessoal

Em verdade nós sentimo-nos privilegiados, por Deus nos ter concedido
vivenciar o milagre que ocorreu na África do Sul.
É necessário esclarecer que no ano de1982, o Senhor nos deu uma visão e
falou profundamente ao nosso coração que desenvolveríamos profícuo
ministério em terras sul- africanas. Naquela ocasião tinhamos poucas
informações sobre a África do Sul.
Nos anos seguintes trabalhamos no sul do Brasil, porém pesava sobre os
nosso ombros o senso do chamado. O Senhor imprimira em nosso coração a Sua
vontade e sabíamos que o Sul do Brasil era apenas uma etapa na preparação
para aquilo que realizariamos para o Senhor.
Não vamos nos deter em detalhes, desejamos apenas enfatizar que durante
esse tempo de preparação muitas vezes pensamos em desistir de nos
encaminharmos para a África do Sul. As notícias e relatórios que recebiamos
davam conta de que esta nação estava prestes a mergulhar em uma sangrenta
guerra civil. Não parecia razoável uma família deixar o seu país
deslocando-se para uma terra cujas expectativas eram essas.
Porém, no final de 1992, o Senhor falou-nos de maneira clara que era
chegado o momento de deixar-mos nossa terra e parentela e dirigirmo-nos para
o
que Ele havia determinado. Nesta ocasião estive por quarenta dias na África
do Sul e o quadro era assustador, todos afrimavam que a guerra civil era
inevitável. Retornei ao Brasil com a convicção de que deveriamos nos
deslocar para terras sul-africanas, mas ao mesmo tempo preocupado com a
situação que se vislumbrava.
O ano de 1992 foi marcado pelos preparativos, sendo que alguns meses antes
do nosso embarque fomos aconselhados por pastores que atuavam na África do
Sul a adiarmos o nosso embarque para depois das eleições, que seriam
realizadas em Abril de 1994. Na ocasião recebemos uma correspondencia que
dizia o seguinte:
"A situação política deste país esta cada dia mais séria, estamos mesmo
ouvindo falar abertamente de guerra civil. Os ataques terroristas contra
diversas instituições tem se intensificado nestes dias. Estes fatos nos
levaram a colocar diante de ti o seguinte: As eleições gerais estão marcadas
para Abril do proximo ano, até lá a tendência é que a situação se agrave
ainda mais. Por isso, a menos que tenhas a absoluta convicção de que deves
vir mesmo em Outubro, o melhor seria transferires a tua vinda para cá, para
depois das eleições, ..."
Sabiamos, porém que era o tempo determinado por Deus e no mês de Novembro
de 1994 desembarcamos na África do Sul. Glória a Deus!
Um Movimento de Oração

Ao chegarmos à Africa do Sul, fomos imediatamente acionados para apoiar a
Assembléia de Deus Portuguesa, que nesta ocasião enfrentava um momento
dificil. A Igreja havia tido muitos problemas no passado, e agora, em meio a
crise que se abatia sobre a nação, estava sem pastor. Alguns obreiros haviam
sido contatados, mas, talvez por serem mais cautelosos que nós, determinaram
esperar o resultado das eleições para depois assumirem qualquer compromisso.
Os portugueses que residem na África do Sul vieram para este país na
situação de refugiados após explodir a guerra civil em Angola, Moçambique e
Zimbabue (antiga Rodésia). Nestas nações tiveram experiencias duras, sendo
que alguns perderam tudo o que tinham. Para a maioria deles a história seria
repetida na África do Sul e, por isso, preferiam sair do país antes das
eleições.
As poucas igrejas de expressão portuguesa estavam esvaziando dia após dia.
Assumir uma igreja, segundo alguns em extinsão, não era muito razoável. Mas,
o Senhor mostrou-nos que deviamos aceitar o desafio de assumir a direção
desta igreja e assim o fizemos.
Enquanto desarrumavamos nossas malas, muitos, dos não muitos, crentes nesta
igreja preparavam as suas para irem-se embora.

Muitas fomos questionados sobre quando retornariamos ao Brasil ,ao que
respondiamos que o Senhor nos trouxera e Ele nos guardaria no dia difícil.
Além do que, diziamos nós, a passagem que adquiriramos no Brasil era só de
vinda !
Tudo girava em torno do mês de Abril, marcado para as eleições.
Determinamos convocar a Igreja para unir-se ao pacto de oração que estava
envolvendo a África do Sul. Somente as orações do povo de Deus poderiam
mover o braço de Deus no sentido de impedir a catastrofe iminente, pois:
"...se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar
a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos
céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra". (2 Cr. 7:14)
Dividimos a cidade de Pretoria em regiões e implantamos células de oração.
O povo de Deus passou a reunir-se semanalmente em clamor e oração diante de
Deus. Enfatizamos a verdade bíblica que afirma que:
"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não
chovesse, e por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra."(Tg. 5:17)
Foi uma experiência gratificante, estavamos envolvidos em um grande combate
espiritual que determinaria o futuro não somente da África do Sul,
mas, certamente, de todo o continente africano. Os olhos de todo o mundo se
voltavam para a África do Sul. Se a experiencia de um governo multi-racial e
multi-partidário fracassasse aqui, todo o continente africano estaria
condenado à guerra, fome e miséria.

Os Agentes de Deus

Um dos "jogadores" por detrás das cenas do drama que se desenrolava era o
Pr. Ray Mc Cauley. Ele apelou aos líderes de igrejas para que se
envolvessem, e tentou organizar uma reunião com o principe dos zulus,
Ministro Buthelezi, sr. De Klerk e Nelson Mandela. Os pastores criam que a
igreja poderia ser eficaz como mediadora no impasse dos "3 grandes".
Mas, os políticos voltaram-se para uma equipe de negociadores
internacionais liderada pelo Dr. Henry Kissinger e Lord Carrington, como se
essa fosse a solução.
O Pr. Mc Cauley com uma delegação da igreja despenderam seis horas
negociando com o monarca zulu Rei Goodwil Zuelithini. Quando o rei zulu
permaneceu determinado que seu povo lutaria por seus direitos. No entanto,
Deus impulsionou o arcebispo Desmond Tutu para, literalmente, ajoelhar-se e
em lágrimas suplicar ao rei que ele se colocasse acima de políticas de
partidos. A atitude do rei se transformou milagrosamente e a porta para
Dr. Kissinger e Lord Carrington achavam que a guerra civil era inevitável e
um acôrdo impossível. Eles não tinham respostas ou soluções e desistiram.

Um Forasteiro

Washington Okumu, professor do Kênia, conselheiro da equipe de negociadores
internacionais, foi convencido por Michael Cassidy a não desistir. Ele
conhecia o professor Okumu como um cristão dedicado e sentiu que o professor
poderia ser o instrumento usado por Deus para desempenhar um papel
importantíssimo nas negociações de um acôrdo.
O que se seguiu foi uma corrente de acontecimentos que a imprensa secular
chamou de MILAGRE!
O assinar de um acôrdo que levou o Inkhata Freedom Party (o partido dos
zulus) a participar das eleições, através da mediação de um quase
desconhecido professor do Kênia, para impedir a iminente catastrofe
nacional, foi realmente um MILAGRE.
Numa ocasiao quando o professor Okumu tentou contatar o Dr. Buthelezi, por
questão de minutos não conseguiu alcança-lo, visto que o seu avião já havia
decolado. Incrivelmente, o avião apresentou problemas técnicos, voltou para
o aeroporto e a reunião crucial pode realizar-se.
Okumu, que o Dr. Buthelezi telefonou ao sr. De Klerk nessa noite e pediu uma
reunião urgente na manhã seguinte. A reunião foi dirigida pelo professor
Okumu e um acôrdo foi alcançado. Aleluia !
O Inkhata Freedom Party anunciou que participaria das eleições. O
impossível aos homens é possível para Deus !

Nosso Deus Reina

O Pr. Mc Cauley declarou: "Eu creio que o que aconteceu foi verdadeiramente
orquestrado por Deus. Não somente houve uma completa volta do Inkhata
Freedom Party, mas a paz e a calma prevaleceram durante e depois das
eleições. Foi uma resposta óbvia das orações de milhões de cristãos, não
somente na África do Sul, mas, também, em todo o mundo".
Não temos qualquer sombra de dúvida que Deus nos concedeu o privilégio de
vivenciar um autêntico milagre na África do Sul.
O papel que cristãos desempenharam nesta nação, ajudando a formular o
acordo de paz nacional em Johannesburg, é uma indicação clara de que quando
a igreja e seus líderes são permitidos envolver-se, Deus pode ter a Sua
vontade cumprida nos assuntos de uma nação.
Testemunhamos um milagre inconfundível e como cristãos tivemos nisto uma
parte ordenada por Deus.
Agora, os homens de Deus devem continuar a proclamar a Sua soberania. Temos
de manter os nossos ouvidos no Seu peito e ouvir a pulsação do Seu coração.
A vontade dEle tem que correr em nossas veias, os Seus sonhos devem estar
nos nossos olhos. Ele deseja usar-nos para realizar a cura de muitas mágoas
profundas nesta nação. Todos nós temos que tomar uma parte ativa em
reconstruir, reconciliar e restaurar.