RESTAURAÇÃO EM MOÇAMBIQUE

 (Pr.Luiz Correa Filho _ Ministerio Seara Africana)
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Leia também em http://www.igrejaunida.com.br/mensagens/mocambique.htm "Moçambique: Terra dos Sorrisos"
imagens de Moçambique,photo - Chris Smith, 2002.
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Veja mais fotos em http://www.ca-smith.net/moz-city.html

Apesar de uma guerra civil que teve a duração de 16 anos, Moçambique é conhecida como: TERRA DE SORRISOS O nosso ministério já vem atuando em Moçambique desde o ano de 1994, quando efetuamos a nossa primeira viagem missionária àquele país. Devido à circunstâncias fora de nossa vontade tivemos de interromper as nossas atividades temporariamente. Porém, o Senhor tem falado ao nosso coração que está chegando o momento de retomarmos alguns projetos. Recentemente fomos desafiados a promover um Seminário para Líderes e estamos orando neste sentido. Moçambique, segundo dados de 1997, possui uma população de 16.099.246 hab., sendo que a projeção para o ano 2000 era de 17.242.240hab. O índice de analfabetismo na capital (Maputo) era de 60,5% em 1997. O português é a língua oficial. As línguas ronga, macua, xangan, muxope, e chonas(53%) e outros (0,9%)


RESTAURAÇÃO EM MOÇAMBIQUE

Quando o Senhor chamou-nos para o Sul da África falou ao nosso coração que desenvolveriamos um trabalho de missões estratégicas voltado para os países africanos de língua oficial portuguesa.

Instalada a nossa base na África do Sul, aguardamos a direção do Senhor para avançarmos com esta visão. Procuramos informações sobre as oportunidades missionárias em Moçambique como também informações sobre o povo moçambicano. Para melhor se compreender um povo é necessário conhecer a sua cultura e, dentro desta, a sua religião.

 

UM POUCO DE HISTÓRIA

Como em toda a África, sub-sahariana, em Moçambique subsistiram, desde tempo

as religiões animistas, baseadas na crença da existência da alma e dos espíritos que habitam em objetos e fenômenos da natureza viva e morta e têm o poder de influenciar bem ou mal a vida dos homens.

As igrejas cristãs protestantes começaram a espalhar-se em Moçambique a partir dos finais do século XIX, quando agudizaram-se os conflitos entre os interesses das potênciais coloniais européias na partilha da África.

A religião, infelizmente, foi, algumas vezes, um instrumento de serviço ao colonialismo, porque os missionários, que acompanhavam as expedições dos decobridores, eram maioritariamente portugueses e tinham a mentalidade de “civilizar” os povos primitivos tanto pela cultura como pelo evangelho. Pela concordata  de 1940, entre a Santa Sé e Portugal, o Catolicismo se tornara a religião do Estado, fato que colocava todas as outras confissões religiosas em estado desfavorável. A Concordata implicava que a hierarquia da Igreja Católica passasse a compartilhar o poder colonial. Dignatários da Igreja Católica participavam em todos os domínios nas ações do governo em posição destacada, mesmo em relação a esferas como o exército, a polícia e poder judicial. Em particular, a Igreja Católica recebeu a responsabilidade exclusiva pela educação dos africanos “indigenas” nas suas escolas.

Moçambique ficou independente em 25 de Junho de 1975. A sua primeira constituição reconhecia a todos os  moçambicanos uma igualdade nos direitos e deveres independemente de cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de nascimento, crença religiosa, grau de instrução, posição social ou profissão.

Até meados de 1995 estavam registradas no Departamento de assuntos Religiosos do Ministério da Justiça cerca de 300 confissões religiosas. Segunda as estimativas oficiais do governo as Igrejas Protestantes contam com cerca de 2 milhões de membros.

 

ARREBATADO EM ESPÍRITO

A nossa primeira viagem missionária à Moçambique aconteceu no ano de 1994, e pudemos entender que a guerra não poupou as igrejas. Houve vítimas entre padres, pastores e leigos. Além de escolas, hospitais e fábricas, muitos locais de culto e instalações pertecentes às confissões religiosas foram atacados, saqueados e incendiados.

A guerra civil já havia terminado mas os seus efeitos permaneciam diante dos nossos olhos. A procura de caminhos para a paz intensificava-se e naquele momento havia certa descrença de que a paz prevaleceria

Na primeira noite de nossa visita à cidade de Maputo, capital de Moçambique, ficamos hospedados em um edificio que ficava de frente para a Avenida Eduardo Mondlane, antiga Pinheiro Chagas. Nesta ocasião fui arrebatado em espírito. O Espírito do Senhor levou-me sobre a cidade de Maputo, mostrou-me palhotas(pequenas habitações nativas), mostrou-me edificios habitacionais, todos marcados pela destruição que a guerra trouxe. Mostrou-me ainda pessoas adormecidas em seus leitos. e disse-me: “Todos sonham com a paz.” Foram momentos emocionantes. Chorei sobre aquela cidade e perguntava em meu coração. “Por que tanta destruição?, Por que tanto sofrimento?” A presença das forças espirituais das trevas tornou-se perceptível naquele momento. Lembrei do texto do evangelho segundo São João: “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir;”.

Foi então que perguntei ao Senhor: “Até quando oh Senhor?” O Senhor respondeu-me: “Eis que inciei nesta nação uma obra poderosa de restauração. Resituirei a esta nação e a este povo tudo aquilo que o inimigo roubou nos últimos anos. Uma grande colheita está sendo preparada, estou arregimentando os meus trabalhadores que virão de todos os cantos do mundo para proclamarem o evangelho do Reino. Este povo necessita de esperança e  os meus servos serão instrumentos para reconstruir  esta nação”

O Espírito levou-me de volta para o quarto, levantei-me e chorei na presença do Senhor.

 

ESFORÇOS MISSIONÁRIOS

Desde aquela primeira visita já empreendi esforços missionários em Moçambique por diversas vezes. Em todas as ocasiões o Senhor abençou-nos. Tenho ministrado em pequena igreja nativas, como também em Seminários que contaram com a presença de centenas de pessoas, como por exemplo o Seminário Sobre Seitas e Ocultismo realizado na cidade de Maputo que contou com a cobertura da imprensa local. Na ocasião a rádio, tv e jornais estiveram presentes, o Jornal Notícias dedicou meia página à uma entrevista com a minha pessoa. O jornalista Daniel Cuambe declarou: “O assunto é delicado, embora o seu debate seja apaixonante...”(Jornal Notícias). O Pr. Dino Amade das Assembléias de Deus, nos dias que antecediam o Seminário afirmou: “...penso ser este o momento de realiza-lo face às circunstâncias em que se vive em Moçambique em relação a religiões e doutrinas falsas e a necessidade de esclarecer a Igreja do Senhor””.

Tive a grande honra de ser um dos preletores da Convenção dos Pastores das Assembléias de Deus em Moçambique, além de ser um dos professores do primeiro curso de Bacharel em Teologia da Escola Bíblica das Ads (Missão Canadense),  tendo atuado ainda como professor em Escolas Bíblicas de denominações como Missão de Fé Apostólica, Exército da Salvação.

O Senhor colocou em nosso coração o projeto dos Seminários  Avançados de Liderança que estamos implementando.

Em tudo sempre lembramos que junto a outros fomos chamados para proclamar que é chegado  um novo tempo para esta nação. Um tempo de esperança e restauração. Aleluia!

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