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Castelo Forte é nosso Deus,
Espada e bom escudo;
Com Seu poder defende os Seus
Em todo transe agudo.
Com fúria pertinaz persegue Satanás,
Combate nossa fé, astuto e forte ele é:
Igual não há na terra.

A nossa força nada faz
Num mundo tão perdido,
Mas nosso Deus socorro traz,
Por Cristo, o escolhido.
Connosco está Jesus,
O que venceu na cruz,
Senhor dos altos céus;
E, sendo o próprio Deus,
Triunfa na batalha.

Se nos quisessem devorar
Demónios não contados,
Não nos podiam assustar,
Nem somos derrotados.
O príncipe do mal, com rosto infernal,
Já condenado está; vencido cairá
Por uma só palavra.

Que Deus a luta vencerá
Sabemos com certeza.
E nada nos assustará,
Com Cristo por defesa.
Se temos de perder os filhos, bens, mulher,
Embora a vida vá, por nós Jesus está
E nos dará o Seu Reino.

Castelo Forte Lá por volta do ano 1500 da nossa era, estava triunfante o movimento da Reforma Religiosa na Europa. Iniciado por Martinho Lutero e coadjuvado por Melanchton (um leigo-teólogo), Calvino, Zwinglio, Huss, Farel e outros, tomou logo conta de todos os países; mas no ano de 1523, em Bruxelas, dois jovens, cujo único crime fora a sua profissão de fé na nova doutrina, foram queimados. Em honra a esses dois mártires, Lutero escreveu e compôs a música do seu primeiro hino: Castelo forte é nosso Deus, o qual é uma paráfrase do Salmo 46. 1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. 2 Pelo que não temeremos, ainda que a terra se mude, e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares; 3 ainda que as águas rujam e espumem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Martinho Lutero(1483-1546) é conhecido como o Apóstolo da Reforma. Foi também o pai do canto congregacional, pois antes disso a congregação não tinha o costume de cantar hinos. Os poucos hinos que havia eram cantados em latim, somente pelos oficiais da igreja. Foi ele que introduziu o cântico por toda a congregação! Mas, o hino em foco foi considerado como a "Marselhesa da Reforma", pois todos os cristãos da Reforma cantavam-no com o mesmo entusiasmo dos patriotas da França. De facto, sendo a letra e a música de Lutero, este cantico espalhou-se por toda a Terra e tornou-se o hino oficial da Alemanha Protestante. Era cantado diariamente por Lutero e por seus companheiros. Até os inimigos da Reforma diziam: "O povo inteiro está cantando uma nova doutrina". Assim, este hino cooperou muito no desenvolvimento da Igreja cristã naqueles dias. Foi tão grande a repercussão deste hino que homens ilustres, artistas e músicos de fama usaram-no nos seus temas: o exército de Gustavo Adolfo cantou-o antes da Batalha de Leipzig, em Setembro de 1631; Meyerbeer usou-o como tema de sua ópera de fundo religioso, "Os Huguenotes"; Mendelsohn usou-o na sua "Sinfonia da Reforma"; Wagner utilizou-o em "Kaiser-Marsch" e J. S. Bach também o usou numa de suas cantatas sacras. E hoje, faz parte de todos os hinários sacros da Igreja Cristã, levando o número 328 em "Hinos e Cânticos" - 16ª edição. Ele nunca morrerá, mas viverá para sempre! _ spr-carapicuiba

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